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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sábado, 26 de dezembro de 2009

Álvaro de Godoy Pereira Neto

Duas e cinquenta da madrugada do dia 25 recebi o telefonema do Álvaro Godoy.
Emoções antigas, reencontros. Depois liguei de novo para ele, em Marília, já voltando para Jacarezinho. Dezoito anos se iam sem nos falarmos.
A vida é ponte, o passado se liga ao presente e ao futuro.
Ele foi ver o pai do Camillo de Moraes Bassi, o seu Lívio, que parece que está nas últimas, para nossa tristeza, e chorou. Esqueci de perguntar de Dona Marli, sua mãe...
Sempre podemos resgatar amigos, conversas, olhar para trás sem rancor, com o coração aberto e ver que aqui dentro temos sempre a mesma idade, um tempo esquisito, que insiste em não passar no meio do turbilhão que é viver.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

89,7

Sou ouvinte, entre outras da Nova Brasil FM.
O Lobão uiva bonito, a Calcanhoto sussura notas, Beto Guedes bale um pouco, suave, e por aí vai.
Quase no escuro dessa tarde modorrenta, quente e ensombrançada.
Meu quartinho dos fundos é meu reino.
Gil, "Vamos Fugir"...
Minha pátria é minha música.
Tranquilo, na nova ortografia, às vezes!

Sem assunto

Fim de ano muito especial.
O primeiro de um trabalhador da Produquímica.
O primeiro de um comutador típico da capital metropolitana.
Zona Sul, Zona Leste.
Sul, sol, sal, céu, siu!
O rádio a toda é quase o silêncio!

Então é Natal!

Sensação repisada ou renovada, pouco importa!
Importa ter quinta e sexta "livres", para assar pernil longamente e pensar no ano, no que se finda e no ano que virá. Para encher meu IPod de meus cedês, de estar com o irmão recém separado e o sobrinhos, ambos carentes.
Carentes de amor como eu!
Estou amando minha família, meu país, meu emprego e essa cidade que tem sido tão difícil nessas "caminhadas" longas e repetitivas de manhã e mais longas no retorno de Suzano à tarde.
Mas, "tudo vale a pena" se a alma não é pequena.
Minha alma parece ser muito grande, sem falsa modéstia.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Filhos

"Melhor não tê-los...mas se não tê-los, como sabê-lo..."
O Vina sabia, e os fez, muitos mais que eu, até a velhice!
Sofro com meus dois, mas se não fosse isso eu estaria sentindo uma falta danada do trabalhão que eles me dão!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Bodas de Ouro

Dia 12 de Dezembro meus pais teriam comemorado essa efeméride.
Muito antes, em 1979, eles se divorciaram.
Depois meu pai foi assassinado, em 1984.
Mas pensei nele no sábado de manhã, falei sobre isso com minha mãe e irmã (a primeira nem se lembrava e a segunda nem sequer sabia a data, que eu lembro por estar gravada nas alianças que o casal usou por muito tempo e que eu na infância lia de vez em quando por dentro).
Pensei em quanto seria bom completar os ciclos, o casal ser homenageado pelos filhos, netos, sobrinhos e amigos. Ode à sobrevivência num mundo de escombros e relações emocionais efêmeras.
Mas a vida é feita de incompletudes, mais que de finalizações.
Mais de derrotas (que infelizmente geralmente são jogadas para debaixo de um tapete de esquecimento) que de vitórias retumbantes.
No carro, com meu filho, olhei para o banco de trás e pisquei para o vazio, como se meu pai acompanhasse seu ignoto neto à Liberdade!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Brasil

Ufano-me do Brasil, antes de tudo, por ter nascido aqui.
Aqui essa língua entrou em mim.
Assim eu sou brasileiro descendente de ibéricos, mais que tudo.
Mas múltiplo, pois aqui me fiz, entre tantos outros, italiano, árabe e japonês.
A convivência me fez ucraniano e alemão, me fiz francês e coreano, boliviano e chileno, me fiz peruano, argentino e equatoriano, venzuelano e colombiano, uruguaio e paraguaio.
Bom brasileiro cosmopolita é um pouco de tudo, com todos conviveu, tudo viu, viveu de relances costumes alheios.
Somos holandeses, suíços, finlandeses, letos, estonianos, lituanos, russos e bielorrussos, ugro fineses e magiares, mongóis como o são os nossos índios, bérberes, guanches, luxemburgueses e polacos, suevos, pomeranos, sudetlândios, africanos todos, somalis e etíopes, sudaneses e angolanos, guineenses e moçambicanos.
Somos a raspa da calda do fundido do cadinho são dessa mixórdia.
Do lodo nasce o lótus.

Homenagem a Ataulfo Alves

Na Cadência do Samba
Tom: Bm
Bm Em
sei que vou morrer não sei o dia
F#7 Bm
levarei saudades da Maria
B7 Em
sei que vou morrer não sei a hora
A7 D F#7
levarei saudades da Aurora
Bm F#7
quero morrer numa batucada de bamba
Bm
na cadência bonita do samba
F#7
quero morrer numa batucada de bamba
Bm
na cadência bonita do samba

A7 D
mas o meu nome ninguêm vai jogar na lama
F#7 Bm
diz o dito popular morre o homem fica a fama
F#7
quero morrer numa batucada de bamba
Bm
na cadência bonita do samba
F#7
quero morrer numa batucada de bamba
Bm
na cadência bonita do samba

Credo da Fé Renovada

Creio em minha existência e na minha capacidade de resolver os problemas que crio e outros que o Universo me sujeita.
Creio na existência dos que me rodeiam, nesse tempo e nesses lugares onde vou.
Creio que minha alma existe enquanto existo e na possibilidade remota de vida eterna do espírito, seja lá que batatada isso seja.
Creio em discos voadores e alienígenas.
Não creio que Deus perca tempo comigo e como ele é indescritível deixo Ele quieto.
Creio que nasce um esperto por minuto e um otário por segundo.
Creio que vou morrer, não sei o dia nem a hora, e que levarei saudades da Maria e da Aurora!
Creio que existem mais coisas entre o céu e a terra que supomos e que há Universos dentro de um átomo.
Creio mesmo que este Universo é um átomo de Universos muito maiores.
Creio que nada sei e que adoro ter tido essa vida para crer em tudo isso.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Resende

Vou por aí, fundir tortas, chinês Chang na Clariant, Ecochamas.
Outro dia falei das tietáicas águas, agora vou nas Paraibanas do Sul...
Onde fica o divisor de águas?
Com certeza aqui pertinho!
Logo depois de Guararema!
Umas águas indo lá para Buenos Aires e outras para Atafona!
E quase se cruzando a poucos quilômetros daqui.
Caprichos do relevo, caprichos do mundo, isso é que é bonito, o Universo nos surpreende a cada momento que nossa curiosidade é satisfeita.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Carta sobre o Natal para minha prima Sandra

Você que é mais católica que eu me pergunta se lembro de Cristo, afinal o aniversariante dessa festa toda...
Respondo que aqui, apesar de não religiosos no stricto sensu, a Kátia mantém a tradição de comprar coisas chinesas, às vezes de outro lugar (durante anos montamos um presépio de gesso muito bonito da minha mãe) e enfeitar a árvore (este ano está quase no teto da sala). No quarto do Gil ele montou uma menor.
Levamos elas até dia 6 de Janeiro, Dia dos Reis Magos.
Mas o mais importante é que realmente nos importamos com os outros, tentamos ajudar os empregados mais próximos, com cestas ou caixinhas, as crianças carentes ou doentes com doações, e pensamos nos familiares, nos que podemos ver sempre, nos que se foram, nos que não podemos ver sempre como o Guto, mas que habitam em nós.
Pensei que esse ano vai ser muito especial pelo Tio Rubens. Todos nós estamos muito apreensivos pela saúde dele, espero que ele esteja duro e firme, com a memória a postos quando eu pedir para ele falar bonito, biblicamente, como o patriarca que ele agora é, o pai de todos nós! Um papel que o Vô fez com seus pais e o meu lá nos 70, que nossa Vó fez pelas décadas seguintes e que agora, que o Rubens se vai de uma maneira, nossas queridas mães e o Tio Paulo vão levando, como a tocha olímpica, nosso farol, nossa luz nesse tempo não mais de trevas, mas de claridade exuberante que às vezes nos cega.
Estou emocionado. Chove, trabalho longe e me desgasto no trânsito, mas me alegro.
Penso dia 24 acordar cedo, moer alhos, regar com o vinho sanguíneo da purificação a perna do pobre bicho que comeremos, honrar essa perna de carne, como nossos irmãos índios antropofagicamente, como se fosse o Corpo de Cristo, as tábuas da lei de Salomão e de Moisés, e como se fosse mesmo os ensinamentos de Maomé, de Descartes e Copérnico, de Da Vinci, de Marx, Freud e de Einstein, entre tantos Prousts e Machados.
Vou com fé, fé em encontrá-los, em sabermo-nos próximos, unidos na distância e na proximidade que o sangue que nos une. Elos como o amor aos primos irmãos, aos que os amam, o amor a esse clã que somos.
Tudo isso para mim foi, é, continua sendo, será portanto, meu espírito de Natal.
Como o Cristo, tomo o vinho e o bebo, parto o pão e o como, como com vocês, Apóstolos dessa Santa Ceia! E bebo o vinho santo das Palavras da Salvação!
Amém

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

(Auto)depreciação chauvinista

Preto ou pobre
Crente ou corintiano
Paulista ou mineiro
Paranaense ou goiano
Gaúcho ou parisiense
Carioca ou baiano
Comunista ou judeu
Bicha ou mussulmano
Se salva um
Por engano

sábado, 21 de novembro de 2009

Tietáicas águas

Porque um filete de água de Salesópolis vai parar em Buenos Aires, 4.500 km depois, sendo que a Praia de Boiçucanga em Bertioga a levaria ao mar há só míseros 25 ou 30 km em linha reta, é mistério geográfico que só Deus dobrando terrenos caprichosamente pelas eras geológicas pode contar como se faz!
Em outras palavras, mal entendo que capricho tem essa Bacia do Prata de vir "comer terra" do meio do Continente Sul Americano e se meter aqui nessas plagas que por "direito" (resta saber quem legisla) são de Paraíbas do Sul, Ribeiras, Itanhaéns e Velhos Chicos, Meios Nortes, Amazônias...
"O" Rio dos Paulista, assim contra a natureza, bandeirante mal caído da nau portuguesa e se embrenhando em busca de metais, vai de costas pro mar, caipira renitente, subiu a Serra do Mar para voltar a ele depois de velho e cansado.
Salesópolis, Biritiba-Mirim, Santa Isabel, Guararema, Arujá, Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, cada um, principalmente depois de Mogi das Cruzes, pregando um prego na cruz da pobreza, do desmatamento ciliar, do aterramento de várzeas (que seriam, de outra forma, um pantanal metropolitano!), da feiúra pobre de tijolos a vista, escancarada pobreza, esperança infinda de melhoria e beleza.
Aí já estamos na Capital, fedido e mal tratado, sofrido e sujo, sem oxigênio nem peixes. E depois é tentar suportar Osasco e Barueri, Santa de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus, Cabreúva, Salto e Porto Feliz, Tietê, Laranjal Paulista, Anhembi, Igaraçu do Tietê e Barra Bonita, Macatuba, Pederneiras, Itapuí, Bariri, Arealva, Itaju, Iacanga, Uru e Pongaí, Ibitinga, Sabino, Sales e Adolfo, Barbosa, Brejo Alegre e Buritama, Santo Antonio do Aracanguá, Sud Menuci, Terceira Aliança e Pereira Barreto e batendo lá na Ilha Solteira.
Depois já é uma mistura de águas com raízes mineiras e goianas, que vem descendo do Grande, do Parnaíba e de tantos outros, já juntados no que chamamos Paranazão, tal a dimensão dessas águas a nos separar do Mato Grosso do Sul.
Depois é descer a rasgar o que falta de Paranás, Paraguais, Santa Catarinas e Pampas gaúchos (os afluentes bem certo), Entre Rios, Corrientes e outras províncias argentinas para se espraiar no Tigre tingir Colônia do Sacramento (que já foi terra portuguesa) e Buenos Aires (essa sempre espanhola) com seu barro de terra vermelha que pegou aqui perto de casa, num canavial que daqui há pouco vai adoçar meu café.
Mas isso já são outras histórias...

Zona Leste, Suzano, a ida

Saio de casa cedinho e deixo esse canto de Chácara Itaim, ao lado do classudo Jardim Europa, a Nove de Julho a nos separar, mais fisicamente que em espírito (sim, tenho um espírito de burguês nobre também!). Atravesso "meu bairro", Cerqueira César, depois a Bela Vista, o Anhagabaú, a Sé, Santa Ifigênia e a Luz, a Ponte Pequena, o Bom Retiro, o Pari, a Ponte Grande, o Catumbi, o Belém, o Piqueri e o Parque São Jorge (vou vestido com as roupas e as armas de Jorge!), entre o Tatuapé e a Vila Maria.
Aí começa uma vertigem de Penha, Cangaíba, Ermelino Matarazzo, Vila Jacuí, São Miguel Paulista, Vila Curuçá, Jardim Helena e Itaim Paulista. Como estou no vale do Tietê, nas encostas vê-se ao longe Carrão, Vila Matilde, Cidade Líder, Ponte Rasa, Artur Alvim, Itaquera, José Bonifácio, Lageado, Guaianases, Cidade Tiradentes, essas escondendo ou deixando ver pedaços da Água Rasa, Vila Formosa, Aricanduva, Sapopemba, São Mateus, São Rafael e Iguatemi.
Depois desvio de Guarulhos e Arujá, passo ao largo de Feraz de Vasconcelos, cruzo Itaquaquecetuba e Poá e chego na "minha" Suzano.
Você precisa de uma fábrica numa cidade para chamar de sua, mesmo que seja Suzano!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta feira 13, é massa!

Fui nesse calorão de primavera madura tropical para Campinas, Unicamp, Mein Kampf, Inova e Laboratório de Plasma Industrial do Professor Aruy... Sol, Bandeirantes na cabeça, "quem vai pagar as contas desse amor pagão?"? André e suas idiossincrasias, sei que vamos amalgamando algo que vai se solidificando aos poucos, ainda sem ossos, mais se calcifica um dia depois do outro...
Que pelo menos seja até o fim, não tou deixando gota de líquido sem sorver, migalha de sólido sem comer, tou vivo, vivo, vício de viver!
Em casa no Shabat: beber cerva e pinga, assei minha maminha, com alhos, fritei tofu e queijo minas, escutei Paralamas e vi que só os bobos não veem que a vida é estranhamente bela, mas "ninguém quer a morte, só saúde e sorte", tou na fita, tou no páreo, trifeta na testa, na sinagoga, no cabeção!
E Gogle Earth da Zona Leste e Suzano na cabeça e que mais posso dizer!
Eu quero mais!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Produtividade baixa

Se o blog está mais esporádico do que nunca é porque acordar cedo, pegar o carro, rodar até Suzano, passar o dia todo enfurnado na fábrica, de vez em quando ir para Alagoas, fazer outras viagens por aí, tudo isso consome um bom tempo.
Se escrevo pouco, trabalho "na firma" bastante...
A vida é assim: temos filhos para criar, temos a mulher para olhar, temos o emprego, o bairro, que falta me faz a yoga, temos o trânsito e o eterno cansaço da falta de verde, de árvores e de rio.
Mas, estranhamente, depois de ter demorado tanto para aqui chegar, não me convidem para mudar de São Paulo!
Caipira converso a metropolitano, somos os mais fanáticos!

Paris

Fui ver o melancólico filme, de Cédric Klapisch, sobre essa cidade e alguns de seus atores emblemáticos (Roman Duris, Juliette Binoche, Fabrice Luchini e Malanie Laurent). Histórias desconexas que se cruzam, costuradas pelo amor dos que fazem o filme pela cidade.
Eu também amo Paris. Posso me dizer um conhecedor da cidade, talvez tenha ido lá uma dez vezes, sempre meio corrido, só algumas vezes com bastante tempo livre para flanar como eu queria.
É bom saber que a cidade eterna continua lá. Algo me diz que ainda ponho os pés lá outras vezes nessa vida. Sem planos e sem frustrações!
Eu daqui dessa São Paulo olho a cidadania do povo parisiense com uma inveja boa!

sábado, 31 de outubro de 2009

Outros Outubros vieram

E virão, mesmo que um dia eles não sejam mais para mim.
Quando eu morrer essa terra existirá para além de mim.
Sou e um dia não serei, assim como um dia, por eternidades antes do meu nascer, eu ainda não era nem tinha sido, dormindo em essência e potência num lugar difícil de se imaginar, num futuro que agora é passado pregresso.
Progresso!
Segura! É sábado de manhã de um feriado prolongado.
Vou viajar com a família para o Sul, Vale do Ribeira.
Dentro de poucos minutos vamos partir.
Medo de encontrar algo meu fora do lugar, alguma coisa onde não a quis.
A vida é assim, até para passear temos medo, o reeencontro do passado é sempre cheio de frios na barriga, e idem para o "temido" futuro, que traz o novo, sempre!
Carro abastecido, malas no porta malas, esperando os meninos virem da escola (já que o Pueri está repondo o adiamento do reinício desse segundo semestre pela gripe suína assim, alguns fins de semana tem aulas no sábado cedo também)...aproveito minha velha ansiedade, já minha amiga, para "matar o tempo" escrevendo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Aos Sérgios que voltam

Um eu tenho certeza que lê e quiçá comentará.
O outro eu acho que lê e por isso mando o recado.
O recado é contenção, mas euforia contida.
Por ver que não preciso perder os amigos por quereres, mas devo saber calar e escutar suas mudas reprovações.
E entender que dedos em riste não nos convém.
Devemos espalmar-nos, apertarmos as mãos e estreitar os abraços.
De amigos irmãos de fés, de outras plagas, de memórias e possibilidades de rendenções perpétuas.
Pois "amigo é prá se guardar", "amigo estou aqui", "mas é muito bom saber que você é meu amigo" e por aí afora, vida afora, a fora estarmos distantes dentro do peito vos carrego.

Quinta Feira

Recebemos as visitas do Presidente e do Vice (da empresa, toda quinta o primeiro vai lá e o segundo chegou na empresa nessa semana).
Desempenhei. Tá certo que ainda tomei comida pelo custo do projetista.
Mas o dono não levantou a voz, só quando disse que ia falar uma besteira e falei de contratar energia para as dez unidades com uma concessionária só a troco de desconto e ele pilheriou, mas quis ouvir.
Bem, aos poucos vou virando "da casa" e rola uma certa camaradagem.
Bem vindo seu Gerson Veríssimo!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O não legar é a grande dor

O professor perto da compulsória se debate para não ver seu legado ser dispersado ou mesmo sucateado.
Salas fechadas, há anos sem pessoal de inciação científica, mestrandos e doutorandos...
É como não ter filhos e ver que nossa raça se acaba!
Urubus, alguns dos pares só esperam o dia de sua aposentadoria para comer espaços, espólios, passar tratores onde um dia ele sonhou jardins e flores.
Se precisamos de muitas coisas, uma delas é legar a outrem nosso espírito!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Unicamp, Plasma Industrial

Amanhã vou ver um professor que estuda isso, no Instituto de Física Gleb Watachin...
Recordar é viver, vou na DGRH para pedir meu PPP, talvez dê um abraço na Angélica e na Verona.
No Caetano, em quem mais?
É bom ter essas grandes escolas no currículo e poder voltar sempre a elas para se banhar na fonte do saber, que lá tem!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mais um amigo Sérgio se vai

Perdi um amigo Sérgio por não querermos meia amizade.
Agora outro anuncia sua ida.
Acho que já vai tarde, tanta desfeita ele me fez e faz.
Amigo ruim, já bastam os inimigos.
É um preço de envelhecer, ficar mais só, mas ter muito mais personalidade para continuar sendo você, sem precisar de uma turma que te apóie e te foda.
"O homem velho deixa vida e morte para trás...
A solidão agora é sólida, uma pedra ao sol
Já tem a alma saturada de poesia, soul e rock'n'roll..." (Caetano Veloso)
Um abraço meus ex amigos, que a morte nos seja leve e, que se seus espiritismos e rosacrucianismos estiverem certos, que nos encontremos na outra vida para a benquista reconciliação e curtição do tempo fora desse (tão cruel) tempo!

Incertezas da profissão

Não quero um poder que não tenha.
Quero um poder que me seja dado, conquista de meu passado e potencial de meu futuro.
Quero ser xerife, de estrela no peito, de revólver na cinta, de ouvido e olhos atentos e de pontaria precisa para acabar com os vida torta da cidade!
Quero Diretoria Operacional sim, mas quando vier que venha armada, armas e bagagens, pois não mendigo cargo nem vou na casa alheia dar palpite e ser mal recebido.
Ou tudo ou "insultoria".
Meio poder não me serve!

Fados, de Carlos Saura

"Oh musa do meu fado"...(Chico Buarque e Ruy Guerra)
Quem gosta de música, de dança, de teatro e de lusofonia, além do bom cinema de Carlos Saura, tem que ir ver esse filme aí.
Lisboa principalmente e vista "de fora", o Rio, Luanda e Maputo, o Porto, as ilhas oceânicas, Cabo Verde, a diápora toda lusitana, que aqui, nessa terra sulamericana lesa, gigantesca e esparsa, se nutre de 200 milhões de lusófonos, estão todos lá.
E pasmem, descobre-se que o fado é também de raízes afro brasileiras, sendo os retornados e emigrantes daqui e de lá os precursores do gênero!
Grande Carlos Saura que faz da imagem e do gesto a sua própria expressão.
Se é documentário, se é musical ou outra coisa, eu não sei.
Só sei que é grande cinema ibérico e lusófono, com toques de castelhano e de kriolu.
"E deixa os portugais morrerem à míngua,
Minha Pátria, Minha Língua." (Caetano Veloso)

Låt den Rätte Komma In, 2008

O título do post é o original sueco de "Deixe Ela Entrar" (e vejam como essa língua nórdica deixa entrever as raízes saxônicas...).
Esse filme traz no bojo de um repisado vampirismo, de novo na moda, algumas boas surpresas.
Uma é uma visão sueca do mundo, muito fria e organizada, mas também decadente, invernal e triste.
A outra é a idéia de que o amor pode ser o portador de um revide.
O amor nasce entre Oskar (Kåre Hedebrant), garoto de 12 anos, um lourinho filho de divorciados e saco de pancada na escola, e a vingança é trazida por Eli (Lina Leandersson), que também tem 12 anos, só que há muito mais tempo.
Se apaixonam, no jardim coberto de neve diante do prédio, à noite.
O diretor Tomas Alfredson ironiza o pai de Eli (no meu entender seu ex amante, como o será Oskar) que só toma leite, e os vizinhos do condomínio (o criador de gatos, os fumantes alcoólicos, os pobres diabos bem nutridos pelo gordo sistema social sueco, a violência por baixo da casca supercivilizada encarnada no irmão do "buller").
Um filme para não se levar a sério demais. Mas ainda assim um belo espetáculo!

Herbert de Perto

Vi o filme acima e vi passar tanto a vida dele como a minha na tela.
Não matei minha mulher, nem estou paraplégico.
Mas vivo assim indeciso e decidido, embalado aqui e ali pelas canções dos Paralamas.
E severino, vou de Fito em Charly, vou de uma brasileira a outra, sonhando acordes jamaicanos e de todas cores.
Rio Brasília, paulistanamente!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Segunda à domingo

ou "Segunda feira dominical"
O dia da mãe de Cristo Aparecida (ô lenda vale sul paraibana!) nos deixou do jeito que paulistanos amam ainda mais sua cidade. Ainda sem carro, ir a pé na pada, misto e expresso com vitamina paulista, jornal, ir ao Extra comprar nos caixas vazias, preparar sempre um almoço e convidar amigos, reunir a família sem os traumas da pressa, das angústias e ranços diários.
Frango atropelado ao queijo parmesão, aspargos brancos peruanos ao vapor, milheto coreano, quinua boliviana, um cachi assado, pimentões vermelhos e ceboa com as batatas corados na gordura galinácea pregada no fundo da forma...
Um trago de graspa, uma cerva e depois, na mesa, um bom vinho vermelho argentino.
Café, transar, fumar um cigarrinho, ou dois!
Um licor e fazer a mala (pois o jogo da selecinha nas alturas foi ontem, dois a um pros "moralenses".
E voar de noite prá Alagoas, espero que no contra fluxo, mas ainda assim retorno de feriado.

domingo, 11 de outubro de 2009

Irmão e Cunhada

"Quando um não quer, dois não brigam."
Ali os dois queriam e tiveram.
Meu irmão saiu de casa empurrado por uma ordem judicial de separação de corpos.
É humilhante, previ isso há seis meses quando intuí que iam para um divórcio pouco amistoso, principalmente pelos dois disputarem a casa, a herançca do meu pai que nem sequer a conheceu. A psiquê dos meninos ficou em último plano: era preciso cuidar de tijolos primeiro!
Agora, entre depressões e euforias, ele precisa achar um bom imóvel para passar os próximos pelos menos três anos...Precisa jogar fora as roupas velhas, se arrumar bem e cuidar de dentes, rim (que ele só possui um), das enxaquecas e pressões altas, se conhecer e se melhorar, entender a filosofia do 5S e aplicá-la em seu escritório e na sua vida particular.
Eu, da minha parte, peguei na mão na hora pior.
Enxuguei seu pranto e dei algum tutu.
Agora estou de novo a 450 quilômetros e quero que ele se vire!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio de Janeiro 2016

Falávamos da ascenção da China.
Agora digo que em 2016 vamos, com a Dilma, sermos um país mais forte e respeitado!
Vamos fazer a primeira Olimpíada na América do Sul!
Viva a vitória brasileira!

Etimologia dos nomes dos elementos II

Térbio (65, família dos lantanídeos) vem de Ytterby, região da Suécia onde o dito foi encontrado, depois o elemento foi separado e descoberto por Carl Mosander em 1843.
Samário (62, família dos actinídeos) vem de samarskita, minério descrito por Samarski, um engenheiro russo, onde se encontam urânio, nióbio, tântalo e traços do samário!
Nióbio (41, metal de transição) vem de Niobe, na mitologia filha de Tântalo e mãe de Anfião.
Tântalo (73, metal de transição) já está dito!
E Urânio (92, actinídeo) vem de Urano, divindade que personifica os céus e dá nome ao sétimo planeta (e adoro o número sete).
Hidrogênio (1, não metal) é o "gerador de água", como seu nome diz.
Hélio (2, gás nobre) é o "sol", pois lá no "astro rei" tá cheio dele.
Lítio (3, metal alcalino) é "lithos" (pedra) ou "que se dissolve"? Fico com a segunda!
Berílio (4, alcalino terroso) é "gema de cor verde mar", em tradução quase livre do grego "bêrúllion", que também pode ser a origem de "brilhum", brilho em latim.
E tem mais...

Etimologia dos nomes dos elementos

Mendeleiev sabia das coisas... tanto que temos o Mendelévio (101, actinídeo) em sua homenagem.
Molibdênio (42, metal de transição) vem do grego "mólubdos", origem do correlato do latim "plumbum", chumbo. Então o latino "molybdaena" seria qualquer "massa de chumbo" (do grego "molúbdaina"), já que a molibdenita, minério sulfetado de molibênio, parece a galena, sulfeto misto de chumbo e, geralmente, prata.
O Índio (49, metal não de transição), chama-se assim pelo índigo, pois o metal "apresenta raias azuis" (não sei se a olho nu ou em alguma análise).
O Cério (58, lantanídeo) vem de Ceres, deusa filha de Saturno, que ensinou os homens a agricultura, nome introduzido por Berzelius para um elemento descoberto por ele, Klaproth e Hisinger em 1803!
Gadolínio (64, também lantanídeo) é homenagem que os descobridores (Marignac e Boisbaudran, em 1880) fizeram ao químico finlandês Johann Gadolin (que tinha estudado as terras raras, ditas gadolinitas, em que ocorrem Berílio, Ferro, Ítrio e, minoritariamente, Gadolínio).
E por aí vai...

sábado, 26 de setembro de 2009

Projetos para alimentar o pensar

Na Sexta almocei no Galeto's com o chefe.
Caminha rápido e vai perguntando, tudo nervoso e sem amenidades.
Ele se interessou por mim. Sentamos, perguntou me se eu tinha hobbies.
Disse que sim, tenho muitos, e ele se impressionou.
Faltou dizer que gosto de motocicleta e cinema também.
Falei que o Jair me tinha dito que ele gostava de barco (mas não perguntei se era vela ou motor).
Ele disse que se as coisas forem em frente vai pensar em como me dar "uma participação", mas que o começo é hora de "dar duro".
Estou dando!
Agora mesmo faço um projeto.
Vamos em frente.
E como tenho que tomar decisões, entre a indústria nuclear e a de reciclagem de compostos químicos, meu coração já se decidiu pela segunda!

Sbah el Nor

No Marrocos, quando se diz Bom dia! (Sbah el Khir, literalmente Boa manhã!), uma forma de polidez é responder com o Sbah el Nor! (manhã ou dia radiante!).
Lembrei disso nessa manhã, quando entre veranicos e invernicos temos céu azul, ar fresco, ruas lavadas, pessoas bonitas na padoca, onde fui tomar café curto e forte e vitamina de frutas com laranja.
Antes comprei o jornal, sentado na padaria o despi dos classificados, li um pouco, voltei para casa pensando em depois ver no Caderno 2 e na Ilustrada os filmes em cartaz nos cinemas que me esperam com mais prazeres para esse sábado luminoso e despreocupado...
Depois talvez eu compre um carro novo...
A pedido da Kátia será um Corolla e não mais os Vectras que uso há já mais de dez anos...
Deus me dê muitos fins de semana assim!

domingo, 20 de setembro de 2009

Paripueira

Fui na terra do colega de REluzNor, o Eronildes do Laboratório.
Litoral Norte das Alagoas, caminho de São Luís do Quitunde.
Bar do Seu Osvaldo, mais piscinas naturais (que dessa vez não vi pois choveu e o passeio não deu quórum para o piloto da lanchinha que nos levaria).
Mais dez mil almas perdidas e achadas!

Jangada

"É doce morrer no mar". Dorival Caymi
Mas é muito mais doce entrar e sair dele quando quero!
Fui prá bordo de uma jangadinha, a "Roberta Cristina" que vem a ser a filha do mestre dessa, o José Roberto Silva, jangadeiro da Pajuçara. Dizem que os índios as copiaram dos portugueses, que as chamavam de xangas, de Xangai, por sua origem chinesa.
Os tupis nos antigamente usavam paus roliços para as fazer, as mais tradicionais com seis paus (duas mimburras, dois bordos e dois paus de centro). Hoje se usa isopor mesmo, graças à dona Basf que nos deu o poliestireno expandido. Depois é que botaram vela e sofisticaram os acessórios. Hoje vai samburá, rede de todo tipo, varas de pesca e linhadas, tem uma que tem viveiros para as iscas irem vivinhas para as bocas dos peixes grandes. Há jangadas de vinte braças, que levam seis homens por vinte dias no alto mar, e voltam às vezes com atuns de cem quilos cada, xaréus maiores que homens e por aí afora.
Passaram a se chamar itapaba, piperi, igapeba, catamarã, candandu e hoje burrinho, bote, catre e paquete.
E mais informação vou lhe dar: a prancha ou piso era feita de tábuas de boas madeiras, hoje de fibra de vidro ou compensado. Coisas da indústria plástica, do século vinte.
A vela (ou pano ou cutinga), triangular, de algodão rústico e forte, fica apoiada no mastro e se "fecha" com a tranca ou retranca, apoiada no mastro pela munheca. Quando se enfuna, há uma "pá" especial que pega água do mar e a molha, para favorecer, encharcando-a, a "impermebilização" da trama do tecido ao vento, aumentando a velocidade.
O mastro se alinha pelo banco de vela, por sua vez sustentado pelos pés do banco de vela que se apóiam nos mancais, tudo amarrado por cordas enroladas como as de forca, as peias. Entre os mancais, a tábua dos furos onde se posiciona a parte inferior do mastro, cada posição, das normalmente onze (uma no centro e mais cinco dee cada lado, repartidas simetricamente), sendo indicada para uma combinação de direção e força do vento com direção e velocidade que se quer imprimir à jangada.
Ali perto tem o furo da bolina que obviamente é o furo da bolina, aquela quilha que dá mais estabilidade lateral à frágil embarcação. A salgadeira é uma prateleira ou estante, pode até ser fechada com tampa, onde se carrega o sal e por extensão as coisas salgadas e coisas secas.
Aquele remo esquisito se apoia nas fêmeas do calçador para ir zingando,como chamam sua remada, de pé ou no banco de comando.
Em volta da prancha fica a borda mesmo, um ressalto de uns 10 cm de madeira, vazado de metro em metro para a água das ondas passar e não a encharcar.
E dá-lhe carninga (peça de apoio no piso, do francês carlingue), espeque, calços de bolina, toletes, forras, cavilhas, carretilhas, poitas ou âncoras, etc.
É doce aprender palavras e significados.

sábado, 19 de setembro de 2009

Praia do Francês

Há 25 anos e meio atrás me banhei nessas águas, hoje com o entorno tão mudado, e dormindo acampado ali no coqueiral descobri que meu pai tinha sido morto.
Meu companheiro de aventuras então era o João Féres Júnior.
Penso em meu pai morto, penso no João vivo, penso no meu filho Ariel com suas dores de parto de sua personalidade adulta, e no Joaquim do João.
Um pouco apreensivo, mas feliz de reencontrar essa Praia um quarto de século depois!
Penso a relatividade espaço tempo: agora mesmo espaço, o tempo tão outro...às vezes outros espaços e mesmo tempo da globalização, todos "pensando" igual, mas sabemos que as vidas não se globalizaram tanto assim.
Eus de mim estiveram aqui em dois tempos diferentes.
O que era aquilo?
Parecia uma fratura no espaço tempo!

Sono adiado

Olhos vermelhos, ajudo a digestão com uma Coca e escrevo.
Logar no hotel é caro e chato, gente abrindo e fechando portas barulhentas de elavador, todos turistas, do Brasil sobretudo, muitos "vizinhos" meus, noto pelos falares.
Loguei e bloguei.
Saíram felizes esses últimos seis posts.
Boa noite a todos!

Vejo...

...Maceió de cima, foto aérea, mil prédios começando na Ponta Verde e espraiando pelos seus um milhão de almas, Alagoas rica!
Quantos hotéis e restaurantes, usineiros e deputados, quem sabe um parente ancestral, tal a quantidade de Cerqueiras por aqui.

Alagoas de comer

Crustáceos: da lama, lambreta, sururu, mussunim e caranguejo, dos rasos siri e siri mole, dos médios lagostim e das funduras, lagosta.
Cioba, ova de curioba, farinha amarela, alface, tomate e vinagrete puxado no coentro. Peixada no côco. Peixe frito, todo tipo.
Tudo na pimenta!
Tapioca de queijo coalho, todas carnes de sol, charques, porcos e bois.Frangos, patos, outros avoantes.
E de beber: pinga salineira, mas é só procurar para se tomar boas daqui.
Terra de canas doces, rapaduras, melaços, demerara, acúcar cristal grosso e escurinho, cristais como diamentes brutos pequenos mordidos e derretidos nos fundos dos cafés. Água gelada e de todos côcos que abundam.

Vento, coqueiro, jangada, beira mar

Céu.
Às vezes azul.
Agora entendo Caymi.
Quente, úmido e fresco da brisa.
Que beija e balança.
Setembro cresceu!
Segunda será...:
PRIMAVERA!

Gabriel Fodas

Milico certinho, na aparência. Noivou 3 anos com ela, morando juntos desde o começo do namoro, que acabou recentemente em casamento com brandir de espadas na missa e coquetel, banquete e baile.
Três meses depois da festa ele arruma malas e a deixa.
Diz que ela é dependente demais, o que parece ser verdade.
Se foi morar no quartel.
Disse o amigo comum, gaúcho, que ele tá "em dúvida".

Pajuçara

Hoje saí por aí com o "fiat" (da Produquímica, do Seu José Pedro) branco e pequeno, nem rápido nem lerdo e pouco gastão.
Ponta Verde, Jatiúca, tantos nomes, Mundaú, Manguaba, Praia do Francês, Gunga, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte, Marechal Deodoro, antiga capital com nome de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul ou Vila Alagoas ou só Alagoas.
Aqui em Maceió, também tem Pontal da Barra, Trapiche, Prado, Jaraguá, Ponta da Terra, Stella Maris, Centro e Vergel do Lago, Ilha de Santa Rita, Ilha dos Patos, Mangabeiras e Cruz das Almas.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Vó e netos

Ali aninhados, minha mãe e meus filhos.
Doce é ter avós.
Bom é ter minha mãe de vó deles.
Bom é tê-los todos.
Quizera não tivesse fim, mas na vida tudo é passageiro!
E ligeiro!

444

Meio cabalístico... vi o número do contador de visitas e dei-lhe o título do post.
Pensei: Quando virá o 555?
E o 666?
E o 777?
Não nego!
Trabalha e Confia!

Semana que vem em Alagoas

Viagem longa: de madrugada na segunda vou até o Carrefour do Limão. Com os colegas Osmar Moura e Pompeu Abreu Filho vou até São João da Boa Vista, de lá para Corumbataí, ver foros de arco.
De lá eles me trazem até Cumbica, para onde vôo até Maceió. Hospedo-me em Pajuçara e trabalharei pelo menos uma semana em Marechal Deodoro.
É a vida. Às vezes cansativa, mas tem seus descanços.
E é boa!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Maria Apparecida Corrêa de Cerqueira César

Por ela hoje ter vindo estar conosco por mais de cinco dias depois de mais de dez anos, eu a homenageava.
Mãe! Minha mãe! Mãezinha! Mamãe!
Não que seja pequena ou fraca, mas tem sua carência amedrontada algo que compele a usar diminutivo.
Para mim foi Senhora, Dona Cida ou algo igualmente respeitoso. Agora a chamo você, enquanto ela dorme a sono solto no sofá da sala.
Vai ficar dando mil conselhos bons para os filhos, mas o seu tom choroso acaba lhe conferindo ar meio infantil e atrapalhado, dado quão elevado é o grau de ansiedade que ela impregna quando fala do futuro dos seus.
Não se daria por satisfeita nem se seu filho fosse o Einstein.
Ia lhe acusar de negligenciar a família!
Iydish mami!

domingo, 6 de setembro de 2009

O terceiro dia - A volta

O retorno começa em Betim e sobe a Serra do Brumadinho, de volta!
Então fui dormir em Itatiaiuçu...Hotel Varanda, terra de mineiros (profissão) mineiros (gentílico), boteco e uniforme de firma, coisa de filme!
Comi e bebi, joguei sinuca com amigos que se fazem assim, em poucos minutos e se larga assim, em outros poucos segundos de um tchau.
Comprei cueca limpa e camiseta fresca, um chinelo havaianas azul e também novo, um chapéu de chaminé de terracota, xampu Celsun Azul para evitar a caspa.
Fui na Barberia Queiroz e cortei a "juba". Numa cadeira Ferrante, tradicionalíssima!
A barbearia, velha! A cadeira de quarenta e cinco anos já! E o seu Queiroz, imaginem que idade tinha já com esse tempo todo na tesoura.
No dia seguinte, cedinho, saí e vim parando: principalmente em Oliveira, com sua bela igreja (todas cidades de Minas tem Igreja, e a maioria é bela) e casarões (quase toda cidade de Minas tem casarios belos, sejam de épocas de fausto ou apenas tetos para famílias remediadas)...

O segundo dia da ida a Minas

Acordei ao lado do Rio das Mortes, que logo se junta ali em baixo com o Rio Grande, sim, aquele que da divisa do Rio de Janeiro solta águas em Buenos Aires, irmão mais ao norte dos meus queridos Paranapanema e Tietê, esse que agora vejo todo dia que vou a Suzano!
Esse Rio Grande ainda menino logo ali, ao lado de Nazareno, enchia a barragem linda e alta de Itumirim Itutinga, verde, lindo e piscoso! Quanta vontade tive de então me banhar, mas, se tinha o aonde, não achei o tempo do quando cair n'água na situação de trabalho, ali naquelas Minas Gerais.
Na margem, astutamente quieta, uma garça, cujo nome é graça, de pluma e acerto de flecha nos peixes da beira.
Mas voltando ao trajeto: de São João Del Rei embiquei pela avenida Leite de Castro e rumei a Ritápolis, São Tiago e Morro do Ferro até voltar à Fernão Dias, BR 381 como falam, saindo ao lado de Oliveira.
E daí foi um vôo aperreado só, pois tinha que ir na Refinaria Gabriel Passos em Betim. Então foi: Carmópolis de Minas, Itaguara ao lado de Cláudio, Piracema, Crucilândia, Rio Manso, Igarapé ao lado de Mateus Leme, Brumadinho e Ibirité, essas duas também um pouquinho dora da 381...
E a metropolitana Betim: FIAT enorme e tanques de combustíveis até amedrontadores encarapiados em alterosos montes que são serpenteados pela estrada perigosa e cheiíssima. Mas cheguei quase na hora e lá dei o meu bom recado!

sábado, 5 de setembro de 2009

Caminho de Ida - 1o dia

São Paulo, Mairiporã, Atibaia, Bragança Paulista, Joanópolis, Extrema, Itapeva, Camanducaia, Cambuí, Estiva, Pouso Alegre, São Sebastião da Bela Vista, Careaçu, Lambari, Campanha, Três Corações, Varginha, Carmo da Cachoeira, Lavras, Itumirim, Itutinga, Nazareno e São João del Rei.
Falando em Regiões: Região Metropolitana de São Paulo, Cantareira e Bragantina. Serra Verde, Sudeste de Minas, Região dos Emboabas ou do Alto Rio Grande, Estrada Real. Dormi no Hotel Ponte Real, estava mais para surreal, tal o impacto que o enorme e riquíssimo patrimônio histórico de São João del Rei me causou.
Depois de acordar, Campos das Vertentes, Serra Azul ou das Cachoeiras, Serra do Brumadinho e Região Metropolitana de Belo Horizonte. Mas isso fica para depois.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Itatiaiuçu, quase 7 de Setembro

Há uns poucos quilômetros da "BR 381", Fernão Dias, 82 quilômetros de Belzonte.
Dizem que a estrada já ia lotada, todos de BH fugindo como paulistanos e cariocas.
Chovia fino, perigo redobrado.
Devia descançar e seguir viagem recomposto, depois de dormir sem despertador tirano.
No Bar do Israel, lingüiça boa, puchero e um naco de torresmo, um gorpe de pinga de Salinas, um cigarro Free "solto" e uma garrafa de Skol, gelada, homem.
Como a maioria de Minas, aqui tem minerações.
Tem ferro, manganês, silicatos, tântalo, etc.
Uma riqueza incrível, e, como desde os tempos de El Rey, muita pobreza e ignorância de cafundós velhos e preconceituosos.
Amanhã tiro o time de campo, volto para a metrópole.
Acharei uma cachoeira nessa Serra Azul de Pedra Grande?

Shaiene II

Ela não beijava seus "namorados".
Sempre pedia na hora do gozo que gritassem a plenos pulmões:
"Vagabunda!".
Ela só dessa forma ria. Então gritava feliz e gozava.

Historieta de bar de Minas - Shaiene I

Em Itatiaiuçu ouvi essa de Davi e Zequinha, paulistas perdidos como eu, enquanto desfrutávamos umas fichas de sinuca, "cada um mata cinco".
Chamava-se Shaiene, "namorava ambos", peões de trecho por ali, e caíra na vida. Pensava que seu nome era de indígenas locais, de quem descendia.
A tatuagem de tribal com borbetas pelas bordas, no tornozelo esquerdo, tinha no centro uma queimadura quelóidica sobre a pele escura.
Fora "ele", a quem todos atribuíam caráter angelical.
Com uma colher ao rubro e uma faca em seu pescoço, sobre a cama do casal, apagara a força e fogo, com dor intensa e recuperação lenta, o nome do ex dela que um dia gravara, muito antes, por amor.
Ato contínuo chamou um tatuador que o aguardava na porta da casa, tudo combinado de véspera.
E no braço dela o tal gravou, entre soluços da coitada: "Elder".

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tchau

Vou dormir ou ver tv!

O contador de visitas...

...me avisou que enquanto eu escrevia alguém entrou aí!
Boa noite!

Sampa na night e conexões cearenses

Night bikers passaram pelo Arpège, enquanto bebia Serramalte gelada e fumava um Marlboro. Marlboro vermelho de maço, coisa fina!
No Vaca Véia, e em toda redondeza, os filhos diletos da burguesia com suas Triumphs caríssimas, seus carros e roupas impecáveis, e suas minas, sem contar as independentes que lutavam por subir na firma!
Andei pela Rua da Mata, Pela Antônio Felício.
E voltei para a casa que dormia no escuro.
Abri o pc e compus mais um post, um drops de mim, esse fio de contas de contos de contar como era viver aqui agora, figo maduro!
Vontade imensa de construir a cidade de Itataia, interior do Ceará antigo, siriarás seus índios, ou canto do jandoim, ou ceuro zara, ou ainda ci araã, a moléstia do calor, ou o calor da moléstia!
Ainda me pego metido no furo da mina da fazenda Itataia, deus como estou feliz de dizer que vou fundar uma cidade como meu pai (Marialva e Mariluz), meu avô (Mineiros) e meus bisavô (Uberlândia) e meu trisavô (Uberaba).
E viva Itataia!

BH

Sampa de madrugada, marginal lotada, parar no posto BR depois da ponte do Tatuapé e pegar o Osmar. Sair pela Dutra, embicar na Fernão Dias, encarar a Mata Fria e a Cantareira, deixar Mairiporã para trás, Atibaia, Bragança. Ganhar as profundas, templárias, judaizantes e jesuíticas Minas Gerais.
Coisa de iniciáticos! Cavalaria de Malta, coisa de Jorge!
Os mineiros são a maçonaria nacional, trazem tendido, exposto e desfraldado o estandarte do "oculto do mistério" que lá se escondeu, em Saint John of Latrão d'El Rey, minas ricas de ouro de lá e de Vila Rica Ouro Preto, sendo BH apenas a expressão modernista, juscelínica e niemeyrica.
Ir por Lavras, Nepomuceno, Airuoca, "São Tomé das Letras Apagadas", a industrial Betim, Gabriel Passos, de passos largos te passo até tuas ruas, Aarão Reis!
Gente: tô mineirando!

"Quando entrar Setembro...

...E a boa nova andar nos campos,
Quero ver brotar o perdão onde a gente sonhou..."
Beto Guedes

"Eu quero sair
Eu quero falar
Eu quero ensinar o vizinho a cantar
Nas manhãs de Setembro"
Vanusa (sim, a do Virumdum drogada)

"Quando setembro chegar…

Quando setembro chegar o inverno terá acabado e o amanhecer virá me acordar,
apressado.
Não mais haverá folhas secas caídas ao chão, pois as cores, antes tímidas,
voltarão em puro êxtase, bailando num festival deliciosamente provocante.

Quando setembro chegar o sol estará pleno, iluminando os mares do meu mundo.
Uma brisa suave teimará em bater de leve em meu rosto, desajeitando meus cabelos
úmidos e pesados. Um aroma antigo se fará presente, trazendo consigo a quietude
do meu ser.

Quando setembro chegar serei embalada por uma música e por alguns instantes
deixarei de respirar. Em órbita, minha razão terá sido arrancada de mim por algo
que não pretendo explicar.
Teremos tempestade. Ventania.
Um doce fechar de olhos.
Um meio sorriso preso nos lábios.

Quando setembro chegar correrei ao encontro dos sentidos. Ao abrir uma janela
descobriria um novo cheiro, ao escancarar uma porta um novo gosto. Na intimidade
de um toque, desvendaria um olhar.
Uma onda de felicidade atingirá todo meu corpo. Alegria em forma de espuma nos
pés, contentamento em forma de grãos de areia nas mãos. Não haverá nuvens no meu
céu.

Quando setembro chegar eu serei todas as estações do ano…

Ludmila Garçoni

domingo, 30 de agosto de 2009

Agosto se vai

Se esvai, com gosto.
Não me trouxe desgostos.
Vai indo, abrindo caminho para
Setembro entrar, sol de primaveras
Chuvas de primaveras
Fim de Inverno.
Amor em flor, inseto no cio!
Prenho estou de idéias!
Novo lar, nova casa, renascer!
O fim de ano gesta um verão histórico.
2010 chuta a barriga desse 2009!

Porque como ? II

China in Box: yakissoba de vegetais e tradicional, rolinhos primavera, frango empanado...biscoitinhos da sorte!
E o domingo chega ao fim, assistindo Pânico e comendo no sofá!

Leituras dominicais

Na manhãzinha: O Globo no café Suplicy da REnato Paes de Barros.
Em casa: Estado, Folha e tudo da Isto É (Isto É, Dinheiro, Planeta, e Isto E Gente). Mais Caros Amigos, GEO, National Geografic, Carta Capital, Serafina, Revista da Folha, os suplementos dos jornais. Dava para passar a semana inteira lendo. Mas passo só os olhos nas manchetes e corro os olhos.
Nas demais noites, volto à "A Noite de Chumbo" de Hans Henny Jahnn (na competente tradução de meu amigo Marcus Tulius Franco Morais, Ed. Ugrino).

Por que como?

Algumas razões de hoje: carne com creme de leite, legumes no tajine, batata corada ao forno com alecrim, couve crocante, suco de uva Salton, cerveja, caipirinha, grapa, mandioca cozida com mateiga derretida, salada de palmito, alface, champignon e tomate.
Quer mais?
Sobremesas: goiabada cascão, bolo de caneca banhado em calda de chocolate, bolo de laranja, nozes, castanhas do pará.
Café.
Licor de laranja!
Um cigarrinho!
Vai tomá no cú, só falta meter!

Joelho fudido

7 arrobas.
Andar até o Ibirapuera ver o Xará Burle Marx.
Divino!
Fudeu meu menisco direito.
Tive que voltar de táxi.
Tomar no cu, culpa minha!
Para de comer feladaputa!

Bêbado

Domingo me permiti beber...
Delícia!
Estou muito feliz!
Um beijo do
Beto

sábado, 29 de agosto de 2009

Shabat Matinal, trabalho no Shabat

"Para ir ao Shabat no Chabad ao norte da Faria Lima, passava pelas mansões do Jardim Europa que ainda o faziam lembrar das "Maiores Cidadezinhas do Mundo", Cajati e Marília, onde passara mais de quinze anos em cada uma, boa parte da vida. Ia pensando na ocasião festiva e alegre. E no frango assado até o kugel de batatas de dar água na boca, pois a Rebetsin agradava com ótimas iguarias do Shabat. Mal se esquecera dos quitutes solitários de sexta feira e já sonhava o Kidush compartilhado.
Entre bobka de chocolate e cholent fumegante (cozido que é mantido quente durante todo o Shabat), discutiram as leis sobre a proibição de trabalhar neste dia.
R. não prestou realmente muita atenção numa parte da discussão porque não era dono de uma "loja" e manejava para não fazer coisa alguma para ganhar dinheiro no Shabat.
Encerraram a tarde com uma discussão sobre o conceito de coincidência.
Mais tarde, chegando em casa, R. ouviu uma mensagem na secretária eletrônica. O corretor de imóveis chamara do interior informando que após meses de tentativas para vender o imóvel com a antiga fábrica de bananada Kosher finalmente tinha uma proposta legítima para o imóvel e o negócio. Por uma razão de viagem, o comprador queria falar-lhe com urgência.
R. respondeu com medo de perder o negócio.
Parte de R. ficava lhe lembrando que era Shabat, que deveria esperar até a noite ou o dia seguinte. R. desligou o telefone. Medo de perder o negócio e de trabalhar no Shabat...Passou o resto do dia lendo e relaxando. Após o término do Shabat, pegou o telefone com calma, conversou com o corretor e depois com o comprador. A venda foi consumada.
Coincidência? R. achava que não."
(adaptação de uma história de Reno, Colorado, coletada na internet).

Diário Esporádico e o Fontenelle do bigode hirsuto

Sim, "rides again", uso o título do "blog" para nomear o "post", quanta modernidade!
Pois já iam uns anos na lida de buscar leitores, esperar comentários, imaginar quem via, me expor.
Fratura exposta ao mesmo coberta de véus, pois quem é o humano que realmente se revela ou sabe mesmo quem é a si e a outrem? Visões de cegos, a pessoa é para o que nasce! Obleskblom! Num te te entendendo, oh Adriano!
Ronaldo!
Onde está Belchior, sobralense legítimo de boemia da UFCe, aluno de medicina com meu padrinho Eládio Baba Pessoa de Andrade.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Shabat quatrocentão, sabá amazônico, prosopopéia à moda de Saul Bashevis Singer

"Em meio desta obra alpestre e dura,
Uma boca rompeu o mar inchado
Que na língua dos bárbaros escura,
Paranambuco de todas é chamada:

De Pará, no que é mar; Puca, rotura,
Feita com a fúria desse Mar Salgado,
Que sem derivar, cometer mingoa,
Cova do Mar se chama em nossa lingoa.
Prosopopéia" (Bento Pinto Teixeira)

R. fechou o escritório de engenharia minero-química e veio vindo correndo para casa enquanto o comércio do "shtetzel" do bom retiro do Itaim Bibi se fechava. Azáfama de retornar à casa para a primeira estrela da sexta feira. Vinha carregado, gordo e um pouco suado.
O inverno tropical brasileiro lembrava-lhe um verão de Birobidjan no Oblast Judeu, quase nos confins da velha Rússia, na divisa chinesa... Ou as primaveras de Toledo, Sefarad Al Andalus, ladino granadino e galego, e do Marrocos, Magribia haktia, todas terras onde estivera para conhecer "mais sobre os antepassados" aquele ingênuo mestiço (de ashkenazim com sefardim e sabe-se lá mais que sangues autóctones, africanos ou europeus haviam se caldeado e nele fundido). Mais "recentemente" ele se sentia velho já de trezentos a quinhentos anos naqueles cafundós da Amazônia, do Nordeste e do Centro-Sul americano. Pois se vocês não sabem, mas D's sim, em São Paulo em 1550 já se fugia do Santo Ofício sendo cripto judeu e a primeira sinagoga americana foi a Kahal Zur Israel na Recife de Nassau, consagrada em 1636.
Seus tris e tataravós, indo "bandeirantes" ou "mascates" e depois retornando "doutores", tinham chegado, ou voltado, a São Paulo já há séculos.
Agora ele meio que corria, ansioso como só ele. As longas barbas e costeletas da cabeça raspada se enroscando com os tfilim, com as abas de seu paletó preto, as sacolas de compras e amarfanhadas com o jornal íidiche que tanto ele se esforçava para achar e decifrar. O kipá pendendo sobre a perna dos óculos de lentes grossas de míope astigmata profundo aumentavam grotesca figura de judeu ortodoxo extemporâneo na moderna metrópole sul americana.
No apartamento confortável se recompôs, ainda fedido acendeu todas velas da menorá, abriu a Torá e começou a lê-la. Também foi ao Guia dos Perplexos de ben Maimon. Esperava a mulher médica chegar do consultório. Os filhos... o menorzinho (grande e gordo na sua pré adolescência) ainda na "barra da saia" apesar de já ter passado recentemente seu Bar Mitzvah na Hebraica, fazendo o pão fermentado antes de ter que comer as matzot. O mais velho ("quase "maior"" se dizia ao descumprir as ordens do conformado pai), mais "desgarrado", tinha saído (sem se preocupar com os costumes "de velho", de "gueto" do seu pai "trouxa"), correndo que estava atrás de disvirginar uma "goi" qualquer que ele podia achar no "Baixo Augusta", onde ele ia se enfiar em "inferninhos sujos", segundo os milhares de preconceitos de R.
A mulher entrou pela porta e ele esqueceu tudo que maquinava em sua cabeçorra nariguda. O pão "de fermento" foi comido com manteiga e vinho kosher.
Se banhou como um rabino e pôs o melhor terno.
A primeira estrela apareceu, ele fez seu Sêder, bebeu mais, todo pio, rezou muito e se alegrou, pôs pijama, fez leituras rituais, esperou o filhão voltar da balada, acolheu-o, e se preparou para dormir. A casa sem "nada elétrico" funcionando, para "não prender lume", como dizia, até o fogão "interditado", sem tv, só o candelabro...até que soprou as velas e foi se deitar ao lado de Katiushika.
"No dia em que todos fizerem seu shabat corretamente, como eu," pensava R. envaidecido, o que também é pecado, "o Messias estará mais próximo!".

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A Lambança

O PT mijou na bandeira da ética!
Dom Lula I vai indo para o pedestal marmóreo, qual Stalin benfazejo, com seu séquito de Dirceus e, agora, Renans...
Eu tô descendo, tô sem partido, sou "independente" (e eu já era isso em 1982, nas contendas estudantis...). Minha "corrente" é a dos Independentes (fica aí a sugestão para algum cacique político que valha o nome de chefe índio: fundar o Partido de Esquerda Independente, o PEI, apesar da sigla estar ruim, pois PIE de Partido Independente de Esquerda é ainda pior, parece um pintinho).
O Lula que vá dormir com o Sarney, de pijama um, de fardão o outro, ambos com todos cumpinchas enganchados ao saco!

domingo, 16 de agosto de 2009

"Se nada mais der certo"

No filme do José Eduardo Belmonte, o Cauã Reymond, como o repórter Léo, chega perto de "enganar" como marginal. O João Miguel, como Wilson, é mais convincente, assim como a "Ângela" (Luíza Mariani), a puta trista e drogada, e o "Marcin" (Caroline Abras), a menina-menino largada no mundo de trambiques e tráficos.
Um gosto amargo de sonhar vidas assim, tantas e tão tortas na metrópole...

Domingo de Sol

Corpo na luz da sacada.
Vento fresco, mas céu azul e Sol forte, calor gostoso do inverno tropical.
Os meninos se enroscam nas camas, como gatos e cachorros novos que são.
Um tosse, outro ronca...Todos barulhos orgânicos das abluções matinais!
A Kátia arruma as correspondências, a casa ainda está limpa, não a vamos sujar, pois vamos ao Bom Retiro num restaurantinho coreano que gostamos.
No rádio, escuto a Nova Brasil em 89.7, entre algumas bobagens muitas das minhas músicas preferidas.
Shorts e camisetas de puro algodão, chinelos de borracha, simplicidade e conforto, leveza e proteção. Nunca pensei, mas o "melhor lugar do mundo é aqui, e agora".

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Molibdênio

Interessante essa minha profissão. A Química é desde há muito a matéria que adoramos odiar, uma outra matemática ou gramática...E daí as pessoas não se interessam por saber sobre o mundo que as rodeia.
Alguém aí sabe que o Molibdênio é essencial à plantas, que sem ele não há fixação de nitrogênio (base das proteínas) nem formação de pólen (base da reprodução vegetal)?
Não. Ninguém se interessa por isso!
Sorte minha: gosto do que faço, tem pouca gente competente na área e sobra mais para mim!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Suzano...

... parece Registro, uma pá de japonês dominando o comércio, empreeendimentos e profissões liberais.
Poucos prédios "grandes" (em Registro só dois, em Suzano algumas dezenas, 60 mil habitantes a do Baixo Ribeira e 400 mil a do Alto Tietê)...
Dormi no Hotel Imperial, o "único" de Suzano.
Uma arquitetura de cidade sem graça, e não me pergunte porquê, mas tem cara de cidade "japonesa" (nasci em Marília, Alta Paulista de Bastos, Pompéia e Tupã, me "criei" indo sempre a Registro; como não me reencontrar e me "encantar" com Suzano?).
Comi espetinho no Mea, lembrei do Turco de Cajati...
A vida se repete, mas os dias não são nunca iguais!

domingo, 9 de agosto de 2009

Dubiedade e dualismos

Sobre meu trampo...
Aqui em Suzano e Gerente? Ou em Pinda e Diretor?
Química Inorgânica (que já estou acostumado) ou Petróleo?
Mais é menos?
Menos é mais?
Lançar dados e decidir, mas há muitas coisas que não dependem de nós!

sábado, 8 de agosto de 2009

Pranzo di Ferragosto

Já já vou ver o filme do título, do diretor Gianni Di Gregorio, no Lumière Uol, aqui na Joaquim Floriano!
"Dando um Google", aprendo que Ferragosto é uma festa balneário-gastronômica do pico do verão italiano, dia 15 de Agosto...
Como eu digo, mesmo que eu não seja "oriundi" (mas meus filhos o sendo pelo lado Cossi da Kátia), aqui todos nós somos "italianos" e o filme me pareceu (pelo trailer) extremamente italiano!

Zona Leste

Zona leste, mano! Nóis na fita! Operário químico de Suzano, passo em Itaquá e Poá, para chegar lá, pela Airton Senna, vê-se à direita dezenas de quilômetros de bairros. Da auto estrada, todos se parecem, não tem nomes a não ser as grandes subdivisões como São Miguel, Itaim Paulista(e eu que moro no Bibi sei a diferença entre um e outro)...Mas ontem na volta, três horas de carro, vim "por dentro", Av. Marechal Tito, e havia ali mil cidades, mil pequenos centros, centenas de "Casas do Norte", mistura de boteco e mercearia de produtos regionais, da Paraíba, do Ceará, do "Piauí", do "Pernambuco" e assim, reconhecendo seus donos e seus conterrâneos, no meio de muitas lojas pequenas, alguns grandes magazines como as Casas Bahia em avenidas melhores. Pode-se dizer que são centenas de cidades do interior aglomeradas, umas favelas perdidas no meio ou umas cidades perdidas entre as favelas? Em Sampa ainda não usamos esse papo politicamente correto de chamar de "comunidades"...Não nasci aqui, se fosse paulistano poderia me dizer que sou de Cerqueira César e moro no Itaim Bibi, se bem que eu seja mesmo do centro de Marília (você pode sair da sua vila natal, mas arrancá-la da memória é outra coisa). Então vou conhecendo novos mundos, Zona Leste e ABCDM! São Paulo vai se entranhando nas narinas, rescende no suor, pinga lágrimas. Vejo nisso, mais que estupro, uma transa boa, amazônica, candanga, mineira, brasileira, pantaneira, sulina, carioca e bandeirante!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Produquímica

Começo a trabalhar amanhã nessa empresa e espero estar começando a última relação empregatícia da minha vida (=quero me aposentar lá).
Estou feliz dessa fase de transição ter acabado!
Vamos fazer uma super festa nesse domingo ("meu dia", ou seja Dia dos Pais, aniversário do Ariel e recolocação!).
Vida longa e feliz a todos!

Expectativa

Saí ontem à tarde para a yoga.
Voltei e tinha duas ligações perdidas no celular.
Respondi hoje cedo, para a secretária de um poderoso homem da indústria química brasileira, que me entrevistou e "prometeu" me contratar...
Agora, talvez faltem horas, ou poucos dias para a recolocação.
A múlti francesa, 25% de chance na próxima quarta feira... prefiro ir lá como empregado que como "desempregado" ou "consultor" (as aspas são apenas para denotar que meu negócio é CTPS mesmo!).
Almoçar, ir ao terapeuta e esperar...deixem-me sonhar...o homem liga, dono sócio CEO, vou para Suzano, vou propor e fazer muitos bons negócios e dentro de alguns anos sucedo ele na presidência, quando ele estiver pronto para se aposentar...
O futuro começa essa tarde!

Uma borboleta pousou em minha mão

Vim da caminhada no Ibirapuera.
Mexi nas plantas e tirei o lixo.
Lavei as mãos e parei ao Sol na janela para descançar.
Veio uma pequena borboleta amarelinha, uns dois centímetros, não mais que uma polegada, pousou na minha mão direita e esticou a língua, um canudinho comprido, mais de meio corpo dela, a enorme linguinha, com a qual ela passou a cuidadosamente rastrear o filme de água ainda não seca da pela das costas de minha mão direita...
Se fartou, ficou longos minutos, fiz o foco dos olhos míopes, já meio presbíopes, para aquele palmo de distância dos olhos, que mantive parados para não espantá-la, e então a tive assim, como a um prédio sonhando amar uma passante.
E como diria o sábio chinês, já nem sei se sonhei que era uma borboleta ou se sou uma borboleta e sonho que sou eu!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Esportes hoje

As meninas do vôlei, time renovado contra time renovado, colocaram 3 sets a zero contra as estadounidenses! Parabéns a cada uma, a CBV e ao técnico!
E o fim do campeonato de "natação" (esportes aquáticos, né!) nos deixou em décimo no quadro de medalhas, acho que deve ter sido a melhor classificação...Dois ouros, nos 50 e 100 m livres e recorde mundial nos 100m livres, do Cesão Cielo, o que o colocou como o maior dos "sprinters" das piscinas... o que não é pouco! Parabéns, muitos, também! Sem esquecer da prata do Felipe França nos 50 m de peito e o bronze da Poliana Okimoto na maratona de 5 km!

domingo, 2 de agosto de 2009

"À Deriva"

O filme do título desse post, do diretor pernambucano Heitor Dhalia (o mesmo de "O Cheiro do Ralo", baseado no romance de Lourenço Mutarelli), tá cheio de paisagens (de Búzios, eu diria) e gente bonita (Débora Bloch, Camilla Belle, Vincent Cassel, Cauã Reimond, a estreiante Laura Neiva, Gregório Duvivier, etc), mas concentra uma tensão de fim de casamento muito interessante, na verdade insuspeitável para um "filme nacional", ao qual fui, por ignorância, sem muitas expectativas!
A separação sob o ponto de vista dos adolescentes e crianças é ainda mais devastadora que para os próprios adultos envolvidos, e o filme demonstra isso em uma sucessão de cenas onde pensamos que tragédias familiares, tipo de morte, vão ocorrer, mas na verdade é "só" uma separação que vai rolar...
Boa dica, que dou de graça!
Saibam que me orgulho prá caramba de ver tudo isso, todos esses filmes brasileiros atuais que estão rolando, mesmo que irregulares na média... Informo que sou da geração que, nos anos 80 viu ainda uma boa quantidade de longas brazucas, depois com o "assassinato" da Embrafilme pelo Collor em 1990, ficou dois anos (1993 e 1994) sem ver nenhum longa novo feito na Terra Brasilis, até os primórdios da Lei Rouanet permitirem o "Cinema da Retomada", do qual o bom "Carlota Joaquina", da Carla Camurati, aparecendo em 1995, foi a aurora, diria eu, radiante.
Precisamos nos ver nas telas, é nosso espelho, uma questão de identidade e necessidade! Melhor que nos vejamos em bons filmes!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

V Bélgica

Volto aos mini itinerários de viagens, só para chegar na "Boa Idéia" (51) posts em Julho...
"Bruxelas, a Grand Place-Gross Markt, Lewen, o Gross Markt, Liège, em torno de Guillmins, Huy, a ponte e o Castelo, Gant, Bruges, Antuérpia, os judeus lapidadores, as fábricas da Prayon em Engis, beira do Meuse, e em Ruisbroek, canal de Puurs. Tudo é fluvial, tudo é limpo (quando fui pela primeira vez as diferenças eram muito maiores, hoje considero São Paulo, digam-se os bairros "ricos", quase tão limpa quanto as cidades de lá), batatas "frites" num cone de papel pardo, com maionese, moules (mariscos cozidos na caçarola com creme de leite e temperos), as mais de mil cervejas, e as igrejas, abadias, mosteiros e casas muito velhas, as fazendolas walons e as indústrias flamengas, meus amigos Philippe, Bernard e Denis, o finado Michel e o "sumido" George Belpaire..."

Julho produtivo II

DEntro em breve vou tomar banho, me agasalhar para sair (ver o filme "Horas de Verão" no Espaço Unibanco). Além de bater esse recorde auto blogueiro, 50 posts num mês (quando eu voltar para casa deve ser já Agosto), há outras boas notícias.
Só para ficar em uma, relativa à Bovespa e à "parte mais sensível do meu corpo", meu bolso:
"No mês, a valorização foi de 6,41%. No acumulado dos sete meses do ano, a alta foi de 45,85% - a maior para o período nos últimos dez anos segundo a consultoria Economática."
Para quem se lembra, o IBOVESPA já passou de 70 mil há um ano atrás, caiu para menos de 30 mil e agora já está batendo em 55 mil pontos. Em breve espero ver nos extratos os valores nominais de então... Oremos!
"Rico ri à toa!"

O ser (eu) e o outro (Ulrike Meinhof)

Fulcros existencialistas de nosso mestre Jean-Paul Sartre, em "O Ser e o Nada", aplicados ao "realismo" do filme em pauta ("Baader Meinhof Komplex").
"A negação nos remeteu à liberdade, esta nos levou à má fé, que por sua vez nos portou ao ser da consciência como sua condição de possibilidade".A temporalidade e a transcendência nos levam à existência do próximo. "A mulher que vejo vir a mim, o homem que passa na rua ou o mendigo que ouço cantar são para mim objetos, sem dúvida". "Existo: a primeira dimensão do ser. Uso meu corpo, que é cohecido pelo próximo: é a segunda dimensão do ser". "O em si e o para si estão reunidos por uma conexão sintética, que é o próprio para si"."Nossa ética é ou se revela, frente a essa dicotomia, essa realidade humana situacional, descobrir que a origem mesma dos valores se expressa em uma falta com respeito a qual o para si se determina em seu ser como falta! O homem se faz homem para ser Deus, pode se dizer".
Devemos então renunciar à seriedade, para não achar que valores são existências...
A "verdadeira e real Ulrike Meinhof" é um para si, inatingível, mas "Apesar de tudo, o para si é. Quaisquer que forem os obstáculos que o venham fazer naufragar, o projeto da sinceridade é ao menos concebível".

Natureza "Self"

"Roberto é uma pessoa extrovertida, dotada de grande capacidade de adaptação às situações de relacionamento, uma vez que junto a elas poderá contar com atributos como eloquência, expressividade e simpatia. Seu poder de comunicação, já acentuado, é ainda enfatizado pela sua autoconfiança e originalidade. Não se deixa imobilizar por regras rígidas ou padrões pré-estabelecidos. Assim, frente a eventuais problemas poderá apresentar soluções criativas e inovadoras."
(As aspas denotam que isso foi escrito por outro, no caso "um software", ou sua autora, acredito que psicóloga, Claudia Riecken (que "avaliou meu momento profisional").
"Estilo Profissional: O ponto forte é a comunicação segura e assertiva, mas deve prestar atenção para não transformar sua fluência verbal em um discurso prolixo" (ou "pro lixo"? me questiono...).
E segue assim cheio de elogios, até que "mata" com o final: "Estilo de Decisão: Muito Subjetiva. É sentimental, usando intuição e sexto sentido. De estrutura não racional, emotiva, às vezes não muito realista".
Então tenho que citar Daniel Cohn-Bendit, líder no movimento estudantil de Maio de 68, na França: "Soyons réalistes, demandons l'impossible".

Hibernação

A cidade (e quem souber que exponha as demais causas além do inverno e das férias escolares extendidas pela gripe suína) sofre uma certa inatividade parcial, uma redução metabólica, abriga-se, adormece em um certo torpor, modorrenta e semi paralisada.
Andei na rua Itacema e podia, como quase nunca, ouvir as pessoas falando dentro dos apês, tão reduzido o movimento e o barulho de carros. Estamos falando de uma sexta feira à tarde!
Dia dos Pais virou um Papai Noel antecipado, extemporâneo, como se tivéssemos sido anestesiados, um pouco pela crise e um pouco pelo ritmo mais calmo do inverno, da paciência que precisamos para enfrentar dias assim, de recolhimento, de encolhimento...

Gripe suína

Depois de pegar um maço de espinafre no Chelmi, atravessei a Renato, indo para o São Pedro e São Paulo...pisei na calçada ao lado do ponto de táxi e espirrei...bem que a Kátia disse que meus espirros são escandalosos, mas acho que nem foi isso de verdade...um dos taxistas, de pé em frente aos demais, sentados, começou a se persignar e dizer em brados: "vai! passa que eu estou forte e com saúde!" e por aí afora, pelas minhas costas (nem me dei ao trabalho de olhar, brincar ou repreendê-lo; senti que era mais um brincadeira "interna" do grupo que uma ofensa pessoal).
Mas quanto mais ele falava e gesticulava (pude ver com o canto do olho), mais me veio o sentimento de que havia ali, além do medo genuíno, um preconceito "genérico" dos "saudáveis" contra "os doentes" de qualquer sorte (digo, azar)...
E fiquei feliz por meu espirro ter sido apenas uma reaçãozinha alérgica, pois nem gripe comum eu tenho! E tive pena dos que se contaminam e raiva dos que os menosprezam.

Fim de Julho

Julho se vai, amanhã começa o "mês do Cachorro Louco"! Mais uma semana também se vai...
Meu filho fará dezesseis anos dia oito e eu vou continuar ansioso pela recolocação no mercado de trabalho. Hoje temos mais um dia frio (esperança de fim de semana mais ensolorado depois da sucessão de dias cinzas e de garoa fina).
Vi no jornal televisivo da manhã que, em Registro, o Ribeira subiu 4 metros e 40 famílias ficaram desabrigadas; pouco quando comparamos com as enchentes históricas, mas um fenômeno bastante raro para o inverno...
Sinais misturados, vontade de controlar a vontade de outros (os responsáveis pela minha eventual contratação), feliz pela vida e pela maior parte das coisas e uma ponta de amargura por ter que ficar esperando e saber que o que vou encontrar tem também suas limitações e chateações, afinal nada é perfeito.
Resiliência à frustração...bem vindo à maturidade!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ulrike Meinhof

Leiam o post abaixo e vejam que acabo de ver o filme, dirigido por Uli Eidel, meio documental sobre o grupo terrista conhecido pelo nome de Baader Meinhof. Pois então, no post confundi muitas histórias, mas a jornalista, inteligente, bonita, essa militante do RAF (Rote Armee Fraktion, ou "Facção do Exército Vermelho", que levou a alcunha de seus principais militantes, Baader-Meinhof, de Andreas Baader e agora corretamente, de Ulrike Meinhof) era a Ulrike, pois Ulrich é nome de homem, Ulrike é de mulher... . A mulher que era a "terceira da hierarquia" era Gudrun Ensslin, companheira de Andreas Baader.
Trinta anos de luta (o RAF foi finalmente dissolvido apenas em 1998), socos na bem postada Alemanha Ocidental pós nazismo, mas um alto grau de porra-louquice...sexo livre, maconha, "os fins justificam os meios" e um inconformismo que ainda hoje me anima a lutar contra a maré!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Baader Meinhof

Se eu tiver coragem de enfrentar a chuva fria e forte que cai (sorte que o Kinoplex é aqui pertinho), um amigo vai vem me ver e vai "me levar" para ver a história do grupo terrorista alemão.
Na juventude tive uma relação ambígua, de certa admiração, pelos mais famosos grupos revolucionários europeus (IRA, ETA, Baader Meinhof e Brigadas Vermelhas). Todos tinham um discurso convincente da alienação que o capitalismo neoliberal nos trazia.
Mas, pacifista há muitos anos, na maturidade não suportei nem suportaria sequestros e "justiçamentos".
Mas é preciso conhecer melhor a história. Lembro-me, ainda "pequeno", das prisões e greves de fomes de Andreas Baader, Ulrich Meinhoff e se não me engano, de uma mulher que era a "terceira" na hierarquia (isso se eu não estiver confundindo esses fatos com outros ligados aos dos líderes do IRA).
Vamos lá: os tempos são outros, mas é preciso "conhecer o que fomos para melhor prosseguir".

Quarenta

Passada a infância de menos de 10, a jovialidade púbere dos menos de vinte, a plenitude física dos menos de 30, a maturidade dos menos de 40, agora a vida me brindava com a experiência de estar rondando os menos de cinquenta anos...
Como todos sabemos, chamar velhice de "melhor idade" é uma má piada, mas por enquanto me animo com a vida que tenho pela frente e não reclamo desses dias sob o Sol!

Julho produtivo

Em Julho escrevi ainda mais posts que em Junho.
Não tive emprego, então o blog foi uma forma de me ocupar.
Amanhã vou ver a total lubrificância pindamonhangabense...
Quem sabe em breve estarei entre mantiqueiras serras e cidades mortas da rota velha do ouro, abruptamente se lançando no mar de matos, Mata Atlântica do Litoral Norte desse lindo Estado de Sampa!

IV França

Umbigo de Paris pode ser Montmarte, pode ser a Torre, os Jardins da Tulherias, a Via na porta do Louvre. E os umbigos da França? Ficam em Orleans, partida de peregrinos para Santiago? Na terra de Santa e Louca Joana D'Arc, tão cara aos lepenistas, e terra dos antepassados dos antigos imperadores de Brasil, Portugal e Algarve? Será que se esconde na Ile de France, Saint Quentin sur Yvellines, Versalhes? Na bretã Lille ou na normanda Calais, nas alsacianas Estrasburgo, Mulhouse, na franca catedral de Reims, na "polonesa" Nancy, na "sulina" Toulouse, nas profundas de Vitry le François ou Limoges? Na Provence? Nos Alpes? Ou na árabe mediterrânea Marselha?
A França tem os pés, se não a cabeça, metidos em brumas e histórias de idades médias, apontando um futuro de fraternidade, igualdade e liberdade...

III Itálica Bota

De onde começar? O começo pode ser "meu" começo, vindo do suíço Ticino, de Lugano e Lago de Como, pegando o Vale do Pó para Milão, a sépia Siena, a impressionante Florença de Michelangelo e Piza, o cemitério dos soldados brasileiros em Pistóia, as marítimas Massa e Carrara, ambas com cidades nas "falésias" a 15 km do mar, Spezia e a costa de Gênova, aquário da Ligúria, e a Costa Azurra, Remo e "La festa appena cominciata é già finita Il cielo non è più con noi Il nostro amore era I'invidia di chi è solo Era il mio orgoglio la tua allegria É stato tanto grande ormai non sa morire Per questo canto e canto te La solitudine che tu mi hai regalato Io la coltivo come un fiore
Chissà se passerà se un altro amore la mia mano prenderà Se a un'altra io dirò le cose che dicevo a te Ma oggi devo dire che ti voglio bene",
Ventimiglia indo prá Mônaco...Mas o "começo" podia ser Roma, ser Óstia, e uma bisteca inacreditável no campo de Fiumicino, Terracina, Napoli, Sorrento, Capri, Amalfi, Caserta...Podia ser Venezia, podia ser o salão modesto de um café na planura do campo a quarenta e poucos km de Milano, onde uma mulher gorda, cujo marido velho a tratava a impropérios, entre gatos e frequentadores quase sórdidos, nos serviu um capeletti al burro que até hoje unta minha memória gustativa e sonora e diz, sim é ali que reside o espírito do turista ou do viajante, onde nada havia no guia, onde nada fora planejado, onde o vinho de jarro tornou a continuação da viagem após esse almoço mítico num rodar sonolento, com o tempo multiplicado num cigarro, numa tarde perdida na Itália...

II Espanhas

Se comparado a Portugal, e no contexto da Europa Ocidental, a Espanha são vários continentes...Dos já citados, a Andaluzia, de Palos a Jerez, Cadiz, Huelva, Sevilha, Córdoba, Jaen, Úbeda, Motril, Granada, Almeria até o Cabo de Gata, minhas recém conquistadas Tarifa e, a ainda mal conhecida, Málaga...encostando acima na Castela de Toledo, Albacete e Cuenca e chegando em Madrid, de Escorial e Guadarrama, Madrid de Gran Via, Reyna Sofia o Prado com o Jardim de Aclimatação por detrás, da renovada e tristemente famosa Estação de Atocha, do trem para Salamanca, gelada no último inverno nevado. Basca Bilbo, Gasteiz, Santander Donostia, resvalando na castelhana Burgos que hoje sofreu nova bomba, a asturiana Oviedo, galega Santiago e todos peixes da ria de Vigo, Finisterre, refúgio da serrinha de Orense... E voltando à costa, mas agora do lado de lá, do Cabo de Gata a Cartagena, à Múrcia já trocando de língua, para Alacant, Alicante e a rica e já enorme Valência, no jeito de pegar em Denia o ferry para Ibiza e Mallorca (Menorca fica prá um desejado futuro?)...E Barcelona de todos Gaudis, Mirós e Picassos, de Tapies e Dalis, em Figueres, em Cadaquez, em Sitges e em Tarragona, onde fui não em meu corpo, mas nos olhos de outra carne. As Baleares "é" o Mediterrâneo e as Canárias são atlânticas Áfricas, semi americanas. Fugiu de mim a ida a tuas marroquinas Celta e Melilla, no protetorado fascitóide de Tétouan e costa mediterrânea de Tânger...Como todo casamento e família, tive ódio de ti, mas amo-te Espanha!

Pequenos roteiros já percorridos - I Portugal

Lisboa, e, indo ao Sul, Setúbal, Alcácer do Sal, Évora, Beja, Portimão e Faro até a Fronteira de Palos...Ao Norte, Sacavém, SAntarém, Batalha, Coimbra, Aveiro e o Porto, defletindo para Leste, prá Trás Os Montes em Chaves, as "Acqua Flavie" até a fronteira com Ourense...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Fale-me da chuva

O divertido (e profundo) "Parlez moi de la pluie" ("Enquanto o Sol não vem", no quase adversativo título em Português), da diretora e protagonista Agnès Jaoui, com Jean Pierre Bacri e o impagável Jamel Debbouze (aquele que fez um egipiciozinho amalucado em "Asterix e Obelix: Missão Cleópatra") é mais uma coletânea de tipos muito interessante.
A mulher forte, o homem fraco, a mulher fragilíssima, os imigrantes sempre rejeitados ou inferiorizados, o maconheiro velho, os filhos da nova geração, os adúlteros em geral, o senhor apaixonado, os políticos, os roceiros e tantos outros caracteres que rondam Paris, a Côte D'Azur e os Alpes Marítimos ou aqui a seu lado, na sua família...
O mundo está se globalizando: um filme francês, a despeito das paisagens, casas de campo e cidades tão distintas e distantes, trás gentes que podiam estar por aí por São Paulo, Belo Horizonte ou Curitiba...
E para mim, fala também da esperança: não importa que chova, o Sol está lá atrás e vai voltar a nascer numa nova manhã!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Coisas que me fazem bem

Minha mãe feliz com o apê novo.
Sonhar com negócios no novo emprego.
Fazer Yoga bem feita.
Emagrecer.
Cuidar da mulher e dos filhos.
Ajudar meu irmão.
Ir ao cinema, nos filmes "cabeça".
Escutar as "minhas músicas".
Bater papo.
Escrever nesse blog.
Curtir o friozinho.
Comer e beber e transar.
Viver.

domingo, 26 de julho de 2009

Marcelo Cardia

Na porta de uma sala do Cine Reserva Cultural, lá estava meu primo.
Aparentemente, supus apesar de não ver mãos entrelaçadas ou beijos, estava com a companheira e outra mulher, eventualmente uma amiga dessa, quiçá cunhada.
Demorei para reconhecê-lo, depois vi ali a careca do Tio Luís, seu pai, a cara do irmão mais velho, o Luís Roberto, e alguns traços do outro irmão, o Zezé.
Mas eu fiz como ele, titubeei, não fui o Corrêa comunicativo que tinha que ser, nem o sangue Cerqueira César falou mais forte, nos forçando a comunicar abertamente os laços que nos vinculam. Falar dos anos separados, perguntar dos familiares? E olha que estive com a Marta há bem pouco tempo...
Usei a mesma timidez caturra deles lá e fiquei, entre olhadelas (que achei que ele também as dava, na angústia de não ter que se manifestar, esperando ansioso por entrar na sala e deixar aquilo para lá), parado e calado.
Ele entrou na escuridão e eu levantei e fui para o outro compromisso.
Simultaneidades, rocei um conhecido, um parente e não falei nada!

sábado, 25 de julho de 2009

São Paulo

Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Distrito Federal, já fui também!

Marrocos

Espanha, Itália, Grécia, Inglaterra, Bélgica, França, Estados Unidos, Portugal, Andorra, Suíça, Alemanha, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Mônaco, Estados Unidos, Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, o que esqueço?
Já fiz o inventáro dos paises que fui e deu trinta (excluindo o Brasil)...
Por que agora não me vem todos?

Coração Vagabundo

Saí agorinha do filme do Fernando Gronstein Andrade sobre o nosso muso, Caetano Veloso...o que me dá, sob a garoa fria de Sampa, inspiração para ter uma trip de megalomania. Então...:
- Marília é Santo Amaro da Purificação (e aí cada uma na sua, mas a terra Natal pode ser nova, mas tem muito a oferecer...)
- Eu, sem ser músico, poeta, escritor ou cineasta, sou também um artista (essa é outra pérola: viver com alguma sabedoria, buscar a felicidade, me faz feliz como ele)
- Sou igual a Caetano! (não no sentido de igual mesmo, mas semelhante).
E tome chuva e outro filme!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Vale cultura

Vi a foto do Lula abraçado ao Zé Celso Martinez, no lançamento desse programa cultural de incentivo fiscal aos empregadores que propiciarem aos seus empregados mais acesso à eventos e produtos culturais.
Vi no Estadão on line, que leio por ser grátis e bom. O público desse é mais conservador que o da Folha (que não disponibiliza gratuitamente seu site), e então tenho que engulir os comentários (mais das vezes facistóides ou reacionários apenas) dos seus assinantes ou cadastrados.
Os dois que se pronunciaram falavam, um, que o governo corrupto estava comprando os artistas e, o outro, que ia ser mais um vale para ser trocado nos botecos e nas calçadas por qualquer outra coisa (acho que o bem pensante pensou em pinga, cigarro e coca cola). Tá certo que, no quesito corrupção, o Lula não se ajuda defendendo o Sarney...e que muitos artistas são compráveis com migalhas...
Mas ponho meus "óculos cor de rosa" e vejo mais gente entrando pela primeira vez num museu, indo ao cinema (mesmo que seja para ver um filme bobo da Globo), sei lá, indo a um show ao vivo, ou ao teatro.
Cultura é coisa séria, precisa de incentivo sim, e sabemos que a nossas faxineiras e nossos porteiros estão a anos luz de gastar os dez, vinte ou trinta contos como eu gasto em qualquer besteirinha (ou não) do mercado cultural (fantástico aqui na metrópole, modesto nas províncias e inexistente nos rincões!). Talvez essas categorias que citei nem sejam beneficiadas (uma por não ter carteira e outros por serem de um setor de serviços menos propenso a esses benefícios fiscais, já que tem a contabilidade "torta"), mas formas criativas de se financiar a cultura precisam ser criadas e apoiadas dentro de um critério de seriedade na universalização da cultura.

Vinicius Pérgamo

Meu ex chefe foi, por questões até um pouco bestas, uma carga pesada.
Tanto nos "dávamos bem" que quando o demitiram peguei a pecha de "menino do Vinicius" e tive que ouvir, na minha demissão que viria logo no ano seguinte, que eu "só servia para trabalhar com o Vinicius".
Agora me vem um empresário, que recebeu meu currículo via DQueiroz, me dizer que foi amigo pessoal do Vinicius nos tempos de Seleção Brasileira de Handebol...
Senti uma empatia na voz que me convidou para uma entrevista hoje à tarde, lá na Paulista, centro velho novo de tudo daqui dos bandeirantes modernos. Sei que esses atletas detestam gordos, mas não vai ser isso que vai me abater, pois tenho negócios fabulosos a propor e capacidade de gestão de sobra a empehar nos negócios do cara!
Vou cheio de esperanças encontrar o "amigo do Vinicius", a quem, em silêncio, do fundo desse blog que "ninguém lê" (desculpem os leitores, é só uma forma de auto depreciação!) e também do fundo do coração agradeço os ensinamentos e camaradagem.
E mando um abraço afetuoso de amigo afastado.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Addagio Sostenuto

Lento, devagar, pingando, escorrendo o tempo, lento, lentíssimo.
O frio veio em frente, eu me retraí, espero nova onda de entrevistas, expectativas.
Sem ânimo? Ralentando?
Ânima, alma, animal, vontade de sair por aí de carro, com bolso cheio e sem problemas, de barco, praias, rio de Bonito e piraputanga nadando comigo, sem medo nós dois, sem cobra e jacaré violentos, sem qualquer suspensão no aquário divinamente cristalino. Moderato!
Vontade de ir contra a corrente, só prá exercitar, de tomar iniciativa, de emagrecer 7 quilos sobre a bike, de fazer regime e tomar muita água, de viver veraneando, no gramado da USP, no Ibirapuera, no Parque do Povo, na Ilha Comprida ou no Cardoso, em Camburi...
Sonho de quarta feira de manhã, ioga se tem tá perdida, mas hoje ainda irei (é difícil voltar a praticar! estica e cansa!).
Allegro e vivaci!

Luciana Salvi de Mesquita

Ligo o "Mais Você", vejo a irmã "mais nova" (na verdade ela é a terceira e tem o mais novo) do Doutor Paulo Eduardo Salvi de Mesquita, sim ele o Mesquitôncio, da Paulista e agora da Unoeste. Mas a Luciana Mesquita vai atravessar, se tudo der certo nessa semana, o Canal da Mancha a nado.
O que faz uma mulher de quase 40 se meter na água gelada por horas, batendo o braço até quase morrer, enjoando nas marolas mais ou menos fortes, lutando em zigzag contra correntes?
Sem contar o medo pânico que tenho de estar sozinho dentro do mar, aquela coisa de tubarão vir por baixo te comer!
Sei lá bicho, mil coisas!

Canadá

Pediram Comissário Comercial, Trade Commissioneer, para o Consulado daqui. LES, Locally Engaged Staff. Nível 9 (imagino que os embaixadores estejam no nível 20!
Mandei curriculum, estudei, passei na seleção de cv's (de 600 para 25) e acho que vou passar na entrevista telefônica que fiz ontem. Estarei entre os 10; serei eu o número 1, o escolhido?
Salário "baixo", de governo, quase um emprego público, escrever muitas laudas sobre as transnacionais no Brasil, escritório com 15 ou 50? Terno? Ar condicionado ali no lado do Hilton na Marginal...O visto especial no passaporte e as viagens mais ou menos constantes são os maiores atrativos. Trabalhar para o Canadá também me agrada, é a América do Norte que mais me agrada, vindo o México em 2o! E dentro do Canadá, tá na cara que sou quebecois, seja por ter estudado no Cristo Rei de Marília (onde os irmãos do Sagrado Coração eram todos da região de Montreal, seja por ter amigos e ter trabalhado na Bélgica, seja por ter morado no Marrocos e ter filias judias marroqouinas (e essa colônia é muito forte no Canadá).
Sonho trabalho, mais que isso sonho emprego, mesmo que mais "pobre", mais tranqüilo, não preciso ir a mais de dez km para ir e outro tanto para vir, engarrafamentos de manhãzinha e à noite, a vida normal da gente de Sampa.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nunta muta

O filme do título ("Casamento Silencioso" em português), do ator e diretor romeno Horatiu Malaele, é uma tragicomédia sobre como os "latinos" romenos (a antiga Dácia romana) receberam o stalinismo que a URSS impôs-lhes sob a esteira dos tanques de guerra, em pleno auge da guerra fria e nascimento da "Cortina de Ferro".
Mais que isso, é uma pintura que fala de gente da roça, com seus fervores superticiosos, seus preconceitos, sua licensiosidade, seus sonhos de circo e de calor estival, de vontade de fartura. E de como os jovens estão sempre, premidos pela libido, na vanguarda da liberdade!
E ainda trata de temas como o nanismo, a questão cigana no leste europeu, a relação dos chefetes provincianos com o poder central, a subserviência, o pós cosmunismo e o "liberalismo" que o seguiu após a queda de Ceausescu, a complexidade da ideologia marxista-leninista e sua versão "degenerada", o stalinismo, frente às crenças simples e idiossincrasias cristãs ortodoxas e pagãs de interioranos.
A comédia histriônica está lá, seja nas referências aos Três Patetas ou no casamento que eles tentam de todas formas realizar sem um barulhinho sequer.
E a tragédia no final se revela, gigantesca, sem sentido e (assim se transcorre a cena de encerramento, dando indícios de sua veracidade), absurdamente real.

domingo, 19 de julho de 2009

Separação

Advogado meia boca ele e médica administradora hospitalar ela.
A casa o único bem mais valioso do patrimônio, recebida dos pais dele lá no interior.
A relação degenerando em rancor há anos.
Ele não sai de casa pois diz não ter pecúlio.
Ela não sai de casa pois diz, e está certa, que "não ponho patrimônio nenhum na mão dele, e você sabe porquê"...
Os irmãos e mãe temem que a sarjeta de algum modo o aguarde.
Pena dos filhos, dois homens, um adolescendo já e vendo o legado torpe que herda.
"Vão viver sob o mesmo teto até trocarem tiros"?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Traição

A historinha é real e vou contá-la como a vi à maneira de Dalton Trevisan...

Ela era jovem, vinte e poucos anos, tipicamente brasileira e meio "raimunda", cabelo alisado na chapinha e óculos pequenos e grossos de miopia. Falava ao telefone e chorava na porta de um consultoriozinho médico do bairro onde trabalhava, o uniforme chinfrim denunciava.
"Sei que você é casado!(mais soluços)... e que amanhã é aniversário da sua esposa..."

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Bem Vindo à transumância

O tristíssimo filme (e como gosto de filmes tristes) de Philippe Lioret ("Welcome" no original apesar de francês) mostra o amor impossível, Romeu e Julieta de nossos tempos, de dois jovens iraquianos curdos de Mossul. Ela já vive em Londres com a família e ele anda 4000 km a pé e depois vai atravessar a Mancha para encontrá-la.
Imagine-se assim sem terra natal, premido pela guerra, a tirania, e solto pelo mundo sem valores, eventualmente praticando pequenos crimes (não o protagonista, Bilal, que com seus apenas 17 anos se mostra de uma tenacidade e um caráter de "homem feito" na correção).
Já tive que marchar de casa, nada tão drástico, talvez já tenha sentido esse amor por uma mulher (a minha!, mas os anos, vocês sabem, são implacáveis com as paixões), e com certeza tenho um amor incomensurável pelos meus filhos (e Bilal se torna um filho para o divorciado, meio bloqueado emocionalmente, que o acolhe), mas há universos a descobrir no argumento e na construção dos personagens.
O frescor dos "jovens" do "terceiro mundo" encontra a frieza dos "velhos" do "primeiro mundo". Querem mais?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Trabalho

Emprego ainda não arrumei, quero uma CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social..)! Mas arrumei trabalho, uma pequena consultoria para meus antigos empregadores!
Mercado Mundial de Ácido Fosfórico Purificado, no que sei que sou o maior especialista do Brasil. Pelo menos em uma coisa eu sou o melhor desse país, o que já não é pouco, mesmo que seja sobre uma coisa que pouquíssimos se interessem...
A cabeça está repleta de idéias, tanto do lado técnico como do lado comercial do assunto. Já as organizo no computador, textos e tabelas, gráficos e sinóticos se concatenarão.
Aqueci um pouco a casa, estou confortável em meu escritorinho, a casa muito tranquila (o Gil trabalha em seu quarto e o Ariel saiu com seu amigo, também chamado Ariel). Penso em usar formalmente a empresa de um amigo do ramo, assim não ter que abrir a minha, pois é inviável ter firma por menos de um ano).
Estou feliz! Sinto-me útil! E o dinheiro será muito bem vindo!

terça-feira, 14 de julho de 2009

São São Paulo, meu amor e ódio

Saí de casa cedinho, com pretexto de comprar cook top vitrocerâmico de duas bocas para a minha mãe. Rodei mais de três horas a pé, entre Fast Shops, Pontos Frios, Americanas, Extras e quejandos...
Mas como diz o Paulo Vanzolini, "do povo, de cada um eu não gosto, mas do povo em geral eu gosto muito"...mas no meu caso eu gosto de cada um também, como o João Porteiro e o Rodrigues Zelador, gente "do Norte", de Minas, do sul. Sei que muitos seriam capazes de empenhar amizade mais fiel que de cães.
E de manhazinha é todo um outro lance. Tem executivos, mas são sobretudo as faxineiras, cozinheiras, empregados em geral de casas e comércios que se esbaforem, vindos já de longe, Cangaíba, Guaianazes, Rochedale, Parque Novo Mundo, Bonsucesso (esse de Guarulhos, não da Baixada Fluminense...
Aqui perto de casa mais bonitinhos, lá no Largo de Pinheiros (onde cheguei antes do shoppings abrirem às 10 h, cansado e com os pés doídos, mais de uma hora de pernada, e com três moedas no bolso, pois caíra do meu bolso aberto a nota de dez que sobrara dos vinte que era toda minha "fortuna" já meio usada para o café expresso doppio do Suplicy e os salgados dos botecos que tanto aprecio)...Sorte conseguir desconto e alcançar, por R$ 1,20 e não pelo preço "ofcial" de R$1,50, a garrafinha de água gelada Levíssima de Pinhalzinho que me saciou a sede ajudando também a passar o tempo...
Gente feia, enfezada, de Ipatinga ou São Gonçalo, de Propriá, Marília, Caruaru, Campina Grande ou Petrolina, como disse esses dias o Cony...gente como eu, oprimida, amedrontada, feliz, com amor e ódio a essa cidade linda e horrível ao mesmo tempo!

domingo, 12 de julho de 2009

Dilma e os empresários

Lendo a "Isto É - Dinheiro" dessa semana, tive mais clara a impressão que já que vinha subliminarmente à cabeça: de que Dilma se tornou, para os empresários em geral (principalmente da construção civil, eletroeletrônicos, automobilísitca, agronegócio, etc) mais palatável que o próprio Serra!!
Como o mundo dá voltas! (Faz menos de duas décadas que Lula foi execrado por Mário Amato, o que falou que 800 mil empresários fugiriam do Brasil no dia seguinte à sua posse, caso ele vencesse o Collor, e Abraham Szajman).
E também faz apenas sete anos que, na eleição do 1o mandato, Lula foi apoiado publicamente apenas por empresários como Oded Grajew, Lawrence Phih e outros poucos que se arriscavam a ser tachados pelos pares de "comunas"...
Agora vamos "cerrar fileiras" ao lado de Blairo Maggi e Paulo Skaf (que pasmem, é cotado para vice de Dilma!).

Venda do Pueri Domus

A tradicional escola dos nossos meninos foi vendida para o Chaim Zaher, dono também do COc e do Dom Bosco...
Um leve sentimento de traição, parece que as filhas "venderam" as idéias da fundadora, Beth Zocchio, talvez adeus à escola "experimental" e a vinda de um projeto pedagógico mais "pragmático"...
Impossível reverter e um sentimento de "tarde demais" para se rebelar, trocando-os de escola.
Deixar como está para ver como é que fica...impotência de pai que quer ir logo pro trabalho!

sábado, 11 de julho de 2009

Mongol

Se você acha que você já superou alguma coisa na vida, vá ver o filme acima (no Brasil o título é o ridiculamente óbvio e chamativo "O guerreiro Gengis Kahn") de Sergei Bodrov, co-produção russa-japonesa-coreana-cazaque-estadounidense e sei lá mais quê!
Conta a "história ficcional" de Temudgin (1162-1227) (antes de ele se tornar o unificador de todos os Kahns, "legisladores" ou chefes de clãs, da Mongólia), sua esposa Borte e família e dos clãs ali implicados.
Detalhe: será uma trilogia, ou seja, virão mais dois depois desse primeiro. Ele ainda vai acabar tomando a China (então o império de Tangut) e reinos adjacentes, até seus descendentes "atingirem" como um raio a Europa Oriental. Um império, no auge, mais extenso que o predecessores de Alexandre o Grande da Macedônia e de Roma.
Mas como eu disse, se você achava que você tinha se superado em algo, vá ver o que o Temudgin passou dos 9 aos 30 anos!!
Senão puder ir ver, veja o site www.mongolmovie.com

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Vazio

Sair para caminhar ao Ibira?
Pular a janela para catar as bitucas que os vizinhos dos andares de cima me jogam na sacada onde cuido dos meus vasos?
Arrumar as camas?
Escovar os dentes?
Tomar um copo d'água?
Verificar a programação cinematográfica para saber o que fazer hoje à tarde (teve estréias, oba!)?
Procurar quais sites da internet?
Começar a cozinhar?
O que eu quero?
O que me falta?
Porque esse vazio?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Marília revisita III

Como o João ia para lá com o Joaquim (a Zena ficou num simpósio em São Carlos), fiz de um tudo para convencer o Gil e para lá seguimos. A proximidade com esse filho mais novo, a amizade que se pode desenvolver "on the road" (mesmo que seja com uma criança impúbere e "sua"), a possibilidade de ter um tempo com um amigo, o olhar nostálgico que nunca deixarei de lançar à terra natal, terra do "paraíso perdido" da infância, me fizeram extremamente bem.
Tudo foi coroado hoje com o mítico churrasco. No quintal do finado seu João, no "Morro do Querosene" um pouco decrépito (a recessão afeta diferentemente os bairros da cidade e aquele parece que se ressente até hoje de ter sido a "zona" da cidade, aquela área atrás da Igreja Santo Antônio não engatou nunca e agora parece que piora por sei lá que soma de fatores), debaixo de uma jaboticabeira que, aos quase cinquenta anos, parece que produz cada vez melhor, em quantidade e qualidade, fizemos uma sequência de camarões de aperitivo, fraldinha de boi e pernil de porco maravilhosamente acompanhados por Corvo do Duca di Salaparuta, maionese de palmito, saldada de folhas verdes, vinagrete, pão e farofa com Farinha Biju Deusa, tudo inesquecível. (Coisa boa que só tem no Brasil é só jaboticaba; coisa que "só" tem em Marília, mesmo sendo feita em Garça e se encontrando em Pãos de Açúcares da vida, é a tal farinha de mandicoa "flocada", biju, Deusa! Delícia.).
A dona Eleni já meio esquecida e enxergando menos, firme mas triste pela viuvez, o Marcelo apático e desempregado, o Sérgio parece que melhora de saúde, o Maurício cuidando bem dos pais, obrigado. A vida foi. O Joaquim e o Gil (esse já como "mentor" daquele) no computador com o "Coelho Sabido" versão segunda série e meu irmão Alexandre ausente, por ter ido buscar precatórios lá no Carmo do Rio Verde no Goiás distante...A vida vai. Quero as fotos logo para fincar o encontro com prego enorme na parede da memória!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

No Museu Afro Brasil

Agora que entrei no tema, vou fundo!
Outro dia fui numa exposição no lindo museu do Emanoel Araújo e "descobri" que eram pretos: Theodoro Sampaio, José do Patrocínio, Castro Alves, Clara Nunes, Carolina de Jesus, Virgínia Leone Bicudo, Gonçalves Dias, Mario de Andrade, Milton Santos, Cruz e Souza, Carlos Gomes, Lima Barreto, Chiquinha Gonzaga, Luiz Gama, José do Patrocínio, Leônidas da Silva (conhecido como Diamante Negro), Juliano Moreira,
André Rebouças, Machado de Assis, Castro Alves, Geraldo Filme e tantos outros, que negaram ou foram negados em sua negritude.
É hora de limparmos a mancha de termos "alvejado" tantos negros ilustres!

Mais uma sobre os presidentes "pretos" que o Brasil já teve

ÉPOCA - O país já teve um presidente negro?

Alberto Costa e Silva - Nilo Peçanha era mulato escuro, assim como diversos outros presidentes da república, a começar por Rodrigues Alves, que era mulato, e também Washington Luís (apud meu: não se esqueçam do Rodrigues Alves e do FHC, que tinha um vô negão). A questão é que nenhum desses políticos brasileiros era considerado mulato ou negro. Eles eram tidos como brancos, por terem uma posição social elevada. Faziam parte do "mundo dos brancos", e não de uma minoria. A população dita "branca" no Brasil na realidade era composta por muitos mestiços.

A negritude de Nilo Peçanha e de outros presidentes

Como tratei desse tema no outro post, e muitos no Brasil, inclusive eu, escondem seu passado negro, no bom sentido, mando aí um catado na Wikipédia sobre o tema.
Biografia de Nilo Peçanha
Era filho de Sebastião de Sousa Peçanha, padeiro, e de Joaquina Anália de Sá Freire, descendente de uma família importante na política norte fluminense. Teve quatro irmãos e duas irmãs. A família vivia pobremente em um sítio no atual distrito de Morro do Coco, Campos dos Goytacazes até que se mudou para o centro da cidade quando Nilo Peçanha chegou na idade escolar. Seu pai era conhecido na cidade como "Sebastião da Padaria".
Foi descrito como sendo mulato e freqüentemente ridicularizado na imprensa em charges e anedotas que se referiam à cor da sua pele. Durante sua juventude, a elite social de Campos dos Goytacazes chamava-o de "o mestiço do Morro do Coco".
Em 1921, quando concorreu à presidência da República como candidato de oposição, cartas atribuídas falsamente ao candidato governista, Artur Bernardes, foram publicadas na imprensa e causaram uma crise política pois insultavam o ex-presidente Marechal Hermes da Fonseca, representante dos militares, e também Nilo Peçanha, outro ex-presidente, que era xingado de mulato. Gilberto Freyre, escrevendo sobre futebol, usou-o como paradigma do mulato que vence usando a malícia e escondendo o jogo mencionando que "o nosso estilo de jogar (...) exprime o mesmo mulatismo de que Nilo Peçanha foi até hoje a melhor afirmação na arte política".
Alguns pesquisadores afirmam que suas fotografias presidenciais eram retocadas para branquear sua pele escura. Alberto da Costa e Silva diz que Nilo Peçanha foi apenas um dos quatro presidentes brasileiros que esconderam os seus ancestrais africanos, sendo os outros Campos Sales, Rodrigues Alves e Washington Luís. Já o presidente Fernando Henrique Cardoso confirmou ser descendente de uma escrava. (apud meu: Lula pode não ser "preto", mas não prima pelo arianismo, pois é um "caboco", no melhor sentido que os Paralamas lhe dedicaram).
Abdias Nascimento afirma que, apesar de sua tez escura, Nilo Peçanha escondeu suas origens africanas e que seus descendentes e família sempre negaram que ele fosse mulato.
A biografia oficial escrita por um parente, Celso Peçanha, nada menciona sobre suas origens raciais, mas uma outra biografia posterior o faz. Portanto, alguns pesquisadores expressam dúvidas sobre se Nilo Peçanha era ou não mulato. Em qualquer caso, suas origens foram muito humildes: ele mesmo contava ter sido criado com "pão dormido e paçoca".
Terminou os estudos preliminares em sua cidade. Estudou na Faculdade de Direito de São Paulo e depois na Faculdade do Recife, onde se formou.
Casou-se com Ana de Castro Belisário Soares de Sousa, conhecida como "Anita", descendente de aristocráticas e ricas famílias campistas. O casamento foi um escândalo social, pois a noiva teve que fugir de casa para poder se casar com um sujeito pobre e "mulato", embora político promissor.
Participou das campanhas abolicionista e republicana. Iniciou a carreira política ao ser eleito para a Assembléia Constituinte em 1890. Em 1903 foi eleito sucessivamente senador e presidente do estado do Rio de Janeiro, permanecendo no cargo até 1906 quando foi eleito vice-presidente de Afonso Pena.
Foi maçom e Grão-mestre do Grande Oriente do Brasil de 23 de julho de 1917 a 24 de setembro de 1919, quando renunciou ao cargo.
Presidente da República
Com a morte de Afonso Pena em 1909, assumiu o cargo de presidente. Seu governo foi marcado pela agitação política em razão de suas divergências com Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano Conservador.
Apoiou o candidato Hermes da Fonseca a sua sucessão em 1910, contra Rui Barbosa e o presidente de São Paulo Albuquerque Lins candidatos de oposição que fizeram a campanha civilista que foi derrotada por Hermes. Os conflitos entre as oligarquias estaduais se intensificaram, sobretudo em Minas Gerais e São Paulo. Minas Gerais apoiou Hermes e São Paulo apoiou Rui Barbosa. Hermes da Fonseca foi eleito para governar de 1910 a 1914.
Durante seu governo presidencial, Nilo Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), e inaugurou o ensino técnico no Brasil.
Vida após a presidência
Ao fim do seu mandato presidencial, retornou ao Senado e, dois anos, depois foi novamente eleito presidente do Estado do Rio de Janeiro. Renunciou a este cargo em 1917 para assumir o Ministério das Relações Exteriores. Em 1918 foi novamente eleito senador.
Em 1921 foi candidato à presidência da República pelo Movimento Reação Republicana, que tinha como objetivo contrapor o liberalismo político contra a política das oligarquias estaduais. Embora apoiado pelas situações pernambucana, gaúcha e fluminense, e por boa parte dos militares, foi derrotado pelo candidato governista Artur Bernardes nas eleições de 1o de março de 1922.
Faleceu em 1924, no Rio de Janeiro, afastado da vida política.