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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sábado, 30 de julho de 2016

Bike art: luz na Luz

Esther com Ivan. Ariela com César.
Luz vespertina. Cigarro cerveja na Cracolândia.
Esperança aos montes em ocupar as ruas metropolitanas com cidadania, civilidade, saúde, arte, curtição, alegria e amor.
E ao mesmo tempo os olhos e o coração antenados com o corredor ecológico dos milhares de quilômetros das margens de rios caudalosos.
Só replantando milhões de quilômetros quadrados, recompondo boa parte da cobertura vegetal pré descobrimento, as cidades poderão sobreviver sustentavelmente nos séculos à nossa frente.
Não eram projetos simples nem rápidos. Eram só indispensáveis para as gerações futuras, das quais um jovem casal (de sorriso colgate, sonhando filhos, que iniciou o casamento ontem) era a representação melhor que me ocorria.
E do lado de cá: sonho de pé ante pé, passo a passo, ir colocando pedras sólidas para dar base robusta a um experimento de amor, confiança e convivência duradoura e profícua.
Não é pouco. Não é pobre.
Um pouco arriscado? "Todo caminho é um risco".
Mas não me assusta desse ponto das campinas de onde miro um possível futuro nosso.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

O prazo se estendeu?

Forcei a barra.
Tomei mais metade do queijo pra dormir 5 horas em paz.
Sem vozes contraditórias ou sem voz.
Nada para aturdir.
Silenciei a cabeça com 0,5 mg.
Acordei meio no susto.
Inteiro, em paz.
Competente como meu povo trabalhador.
(Muito e muito mais sofrido materialmente que eu.)
Era todo um propósito agora: trabalhar com afinco e sem neura.
Depois eu ia ver depois.
Focado no aqui e no agora.
E festejar forte hoje à noite, escutando a voz da Cássia Eller.
Se eu me sentisse bem...tomaria uma cerveja amarga e seria feliz.
O resto que me viesse por acréscimo e merecimento, depois dessa fase infantilizada de medos e embotamento.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Ligar o foda-se ou conservar

Tenho tido uma insônia e vou dormir cansado e dopado.
Aí duas vozinhas interiores ficam discutindo.
Uma manda eu partir pra outra e outra manda eu calmar e seguir na minha história profissional.
Falar acalma. Mesmo falar aqui.
Já fiz besteiras enormes nesse blogue.
Agora espero que não fira nenhuma suscetibilidade e me ajude a suportar o perrengue que atravesso na vida.
Dona Marina devolverá meu apê semana que vem e isso pode trazer um porto que tive por empréstimo  (abençoado cunhado), mas era também transitório e embutia estresses outros.
Hoje estou melhor e amanhã é um dia longo.
Um passo depois do outro!

terça-feira, 26 de julho de 2016

O que será, será

Mal entendido danado sobre suas intenções.
Pensei que era um fora e agi assim.
Essa antecipação negativa do futuro é a minha doença e preciso entender melhor os meandros do meu pensamento para tratar de achar novos e bons caminhos.
Aí parece que azedei o doce e entornei o caldo.
Mas ao mesmo tempo, você me trouxe muitas esperanças, pois foi mais uma vez franca e direta.
Sem travas nem papas.
Quer coisa melhor para alguém que se ressente de ter tido no passado que lidar com uma muda casmurra?
E sinto que essa sinceridade mútua te atrai e até te vincula, tão rara e cara que é encontrá-la.
Falando a gente se entende.
E aí a coisa pode se resolver de 50 milhões de maneiras... 

Manhã metroviária

Faria Lima às 5:30. Até o preço é diferente, só 2,92.
Sou praticamente o mais branco do vagão, de toda composição.
Porteiros. Faxineiros. Pouquíssimas mulheres. Além de não branco é um horário misógino.
Na Paulista às 5:45 muda um pouco, um pouquinho.
Ajudei um gringo perdido em Pinheiros, ajudei uma deficiente visual.
Na Consolação às 5:47 um terço as mulheres não atingem, mas vão crescendo em número. Poucos brancos como eu,  que nem branco por inteiro sou.
Estou sem medo. Dormi pouco, ainda ansioso. O remédio causa uns pensamentos estranhos, como se fossem dois de mim a conversar conversas diferentes e defasadas ao mesmo tempo.
Ninguém te falou que ia ser fácil ser catapultado da vida familiar depois de décadas.
O importante agora é seguir só e ir se fortalecendo na adversidade. Se não matar, que também não engorde. Ontem peguei um quilo facilmente, com coffee breaks da Sipat.
Vigilância e auto estima. Disciplina corporal e amor próprio. Para tentar viver 4 décadas bem.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

O fim do que nunca começou

Você conta o fim de semana de festa em lugar lindo e com gente feliz.
Aniversário da amiga de infância, "fora de São Paulo".
Imagino esse lugar para mim utópico nessa fase. Uma mistura de lugares que frequentei e  cenários de revistas.
Não farei aqui conjecturas sobre locações. Correria o risco de intuir certo e deixá - la preocupada com invasão de privacidade. Nada sei.
Sei sim o que é isso, a ambiência, pois já vi e senti muita felicidade.
Só posso esperar que, com tratamento, trabalho e sorte, momentos assim agradáveis retornem a fazer parte do meu repertório de vivências.
Não vou vampirizar suas alegrias. Quero o melhor pra você e nesse momento não sou eu.
Se isso não é ainda um adeus, é a constatação de minhas fragilidades e eventual baixo astral.
Vou cuidar bem de mim antes de querer cuidar de você.
Não descarto te procurar, mas o farei em momento mais apropriado.

Confidências

Para outras seria, por exemplo, um cabeleireiro.
No meu caso, em cinco minutos pelas manhãs corridas, abro o coração com o manobrista do estacionamento.
Aquele tipo de alma boa, talvez eleitor potencial do Bolsonaro (entre pobres trabalhadores é um pensamento difundido que matar bandido não é crime), que te dá um monte de conselhos.
Uns bons, outros nem tanto.
Tome florais, suco de maracujá, não deixe que isso atrapalhe seu ganha pão, coma o que aparece, não envolva mais o coração, etc.
De vez em quando rola até um abraço e já nos beijamos nas faces como dois irmãos.
Perdidos na metrópole  (por incrível que pareça, acho que mais eu que ele) nos encontramos fugazmente, sem capacidade de viver uma amizade maior.
E ainda assim é tão puro e bom.

domingo, 24 de julho de 2016

Fim de domingo

O metrô ia meio vazio e as vestes eram mais de passeio que de trabalho.
Busquei um filme leve e em 3D, dublado para não por a caixola a trabalhar muito pesado.
Funcionou. Depois do filme falei com a genitora, preocupada com razões.
Preservar o trabalho para ir bancando os meninos e meus confortos.
Tratar a sinagoga para que o coração não seja assaltado continuamente pelo lobo da ansiedade.
Agora era preparar a semana. Lavar roupas no tanque. Dar uma limpeza nas coisas que ficaram por ajeitar.
Gratidão pela presença do irmão. E aceitação pela rejeição da ruguinha à direita de sua entre vistas.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Matinal

Invernal manhã.
Ponto lá da Avenida do Café.
Eu sem alzopralom ou seja lá como chama o benzodiazepínico que insisto em não decorar o nome.
Os benefícios da psicoterapia já se fazem presentes.
Reformas no apartamento eu.
Quem vai entrar e quando. ..Isso é lá uma outra história.
Agora é trabalhar e crer na minha capacidade de viver e ser feliz.
Bora lá.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Âmbar

Como inseto pré histórico conservado por multi milênios, meu amor jazia petrificado à espera de um cientista  (em você) que despertasse todo dna congelado nessa Sibéria que atravesso.
Minha força, sem ser infinda, tinha que ser hercúlea.
Se eu deixo de sofrer, vivo e sou eu.
Seu nome não digo.
Guardo no coração.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Te espero

Já saíste de casa.
Não moras tão longe.
Em breves desces por aqui.
Se der tudo certo vou ter a força para continuar a caminhada prevista até a aposentadoria.
Sem ânsias.
A calma de ir e vir, de trabalhar e construir o que falta de mim.
Juntar dinheiro, viagens de férias, o que mais?
Bons restaurantes, a vida boa de sempre, tão abençoada.
Até morrer sim, sem medo!
Medo que não demonstastes para falar do seu fim.
Mas que ainda te assalta ao apertar o botão do elevador...
Isso vai passar!

domingo, 17 de julho de 2016

Domingou

A Fnac só as 11. Ciclistas e outra tribo se organizam. Vim atrás de conexão via modem usb pro laptop.
O tal skype pro terapeuta.
Sem mais entregações aqui.
Penso em ti.
Espero que não me deixes.
Tantas promessas entrevistas... que me nego a desacreditar que o sonho se desvanecerá.
Hoje tenho calma e me acostumo à espera introspectiva que se descortina à minha frente. Espera ativa que vai ter culpa, raiva e fúria. Vou me ver inteiro e interessante.
Quero crer que não foi só o tarja preta e sim a parte saudável em mim, a parte boa, forte, verdadeira e inteligente, amante da vida que agora se manifesta.
Há longas horas num domingo solitário.
Bom teste.

sábado, 16 de julho de 2016

A pequena fratura na redoma

Ele ficou calado e me angustiou por demais.
Falou que eu tinha essa submissão de querer ser agradável e educado.
Estou seco e por isso não vivo a culpa, a raiva, a dor que pode haver em mim e que seria meu capital emocional.
O conflito ético que você levantou ele resolveu dizendo que ia perguntar ao meu filho se ele se importa dele seguir comigo, mas que ele não via tanta conexão seja pelo tempo que se passou como porque ele não me conhece, ou seja, sou novo para ele.
Vou ter que dormir com esse barulho e com o benzodiazepínico.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Você ainda acontece

O "Big Jato" já está se tornando uma lenda e a Sofia (o Maurício já deu nome para minha ansiedade há anos, com as perdas da esposa e dos quilos de gordura ela só veio à tona para roubar a minha paz...antes roubava a dos outros) me impediu de trabalhar.
Pedi arrego. Trocamos por uma pedalada. Meio aterrorizante o trânsito do Centro na tarde quente. Mas reages sorridente aos meus galanteios e vamos nos conhecendo como amigos (que amigo?!)...
Ah...nossa bola de Berlim e pastel de Belém compartilhados! Seu sorriso de francesa nas zonas pobres do centro de Paris...burgueses integrados ao populacho!
Fomos bem. Até estourar o raio traseiro. Que todos infortúnios fossem assim...de pequena monta!
Recebe um cheiro de dama da noite na sua porta e lembra que na claustrofobia do elevador travado estou ao alcance de teus dedos que já toco.
Feliz praia!
Se quiser essa tarde sou seu...

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Você aconteceu

Fomos até o Piauí.
Sem beijos nem mãos dadas.
Só um começo, empatia para sairmos de novo amanhã. Crer na possibilidade do amor que talvez demore  a chegar.
No meu caso, controlar a ansiedade é tudo. No seu, ainda não sei. Histórias diferentes que podem se completar. A sensação de garimpar e achar um tessouro. (Pausa explicativa: Escrevia essas linhas no celular, primeira vez que blogava assim.)
Toda uma vida a dois desfeita, acampado por aí e pedindo ajuda e clarividência para sair do túnel escuro.
Depois vais sumir de mim na praia do fim de semana. Curtir o rebento longínquo. E não se iluda, nem tudo que lerás será o se possa pensar que seja. Fica aqui a vontade infinita de darmos certo.