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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Do meu "Face" em 18/8/2013 às 3 da manhã

Roberto De Cerqueira César (do Facebook) 18/8 Hoje vim à Marília na carreira com mamãe para enterrar o último tio (irmão do meu pai) do primeiro casamento de meu vô Luiz. Sobram: daquele primeiro casamento (com minha avó Claudimira) apenas a Tia Cota (se foram mais cedo ou mais recentemente o Eduardo, a Iracema, o Erasmo, o Clóvis, a Julieta, meu pai Alexandre e hoje o "Renatinho"). Graças a Deus que do segundo casamento do vovô Luiz (com a minha vó Eugênia) está firme e rija uma turma linda de tios: a Cida, o Paulo, o Zeca, o Joaquim, a Lúcia, o Luís, Sebastião Portes De Cerqueira Cesar e o Alfredo (que foi prá longe e não vejo há tantas décadas!)... Bem mal estou, destruído! Perdi mais um pai! Sei que a dor minha é ínfima perto da dos filhos (Sílvia, Zeca e Nato) e desprezível perto da que sente a esposa, mas ainda assim não para de doer. Força, Tia Meire e todos familiares! A dor só foi amenizada pelo reencontro com os primos e tios, irmão e todos mais. Não por acaso a avenida e o cemitério onde estivemos se chamam da SAUDADE!

Tempo estelar: confuso

Enquanto helicópteros voam, se debate se se deve ou não contratar o ex futuro presidente como gestor "modesto"...
Eu vinha ainda física e psicologicamente combalido, depois de ter a primeira noite de sono em uma semana.
Era já dezembro virtualmente, o novo mês entrando nesse domingo.
O trânsito não melhora até o Natal e Ano Novo.
Pensando, tréguas mostram que o trânsito só melhorará se desistirmos dos carros próprios!
O futuro é andarmos quase só a pé ou de bicicleta.
Teremos carros compartilhados, ônibus, metrôs, trens, navios...
E talvez ainda teremos a nova era da tração animal, sem distopia.
Fico pensando: complicado dizer a verdade, "impossível" escondê-la, justa medida nos escapa.
Envelhecer é um novo adolescer.
Parece que tenho os 15 anos de um, os vinte de outro.
Inseguro, com medo de morrer, medo de "bombar de ano", eternas recuperações e exames e reprovações.
Tábuas da menina bonita que tentamos encantar.
Brigas com amigos por mal entendidos.
Se achando sem grana.
Isso era uma forma de pedir perdão, de perdoar.
E desejar FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Supremo Tapetão FEderal, de Ricardo Melo na Folha de São Paulo hoje

Derrotada nas eleições, a classe dominante brasileira usou o estratagema habitual: foi remexer nos compêndios do "Direito" até encontrar casuísmos capazes de preencher as ideias que lhe faltam nos palanques. Como se diz no esporte, recorreu ao tapetão. O casuísmo da moda, o domínio do fato, caiu como uma luva. A critério de juízes, por intermédio dele é possível provar tudo, ou provar nada. O recurso é também o abrigo dos covardes. No caso do mensalão, serviu para condenar José Dirceu, embora não houvesse uma única evidência material quanto à sua participação cabal em delitos. A base da acusação: como um chefe da Casa Civil desconhecia o que estava acontecendo? A pergunta seguinte atesta a covardia do processo: por que então não incluir Lula no rol dos acusados? Qualquer pessoa letrada percebe ser impossível um presidente da República ignorar um esquema como teria sido o mensalão. Mas mexer com Lula, pera aí! Vai que o presidente decide mobilizar o povo. Pior ainda quando todos sabem que um outro presidente, o tucano Fernando Henrique Cardoso, assistiu à compra de votos a céu aberto para garantir a reeleição e nada lhe aconteceu. Por mais não fosse, que se mantivessem as aparências. Estabeleceu-se então que o domínio do fato vale para todos, à exceção, por exemplo, de chefes de governo e tucanos encrencados com licitações trapaceadas. A saída foi tentar abater os petistas pelas bordas. E aí foi o espetáculo que se viu. Políticos são acusados de comprar votos que já estavam garantidos. Ora o processo tinha que ser fatiado, ora tinha que ser examinado em conjunto; situações iguais resultaram em punições diferentes, e vice-versa. Os debates? Quantos momentos edificantes. Joaquim Barbosa, estrela da companhia, exibiu desenvoltura midiática inversamente proporcional à capacidade de lembrar datas, fixar penas coerentes e respeitar o contraditório. Paladino da Justiça, não pensou duas vezes para mandar um jornalista chafurdar no lixo e tentar desempregar a mulher do mesmo desafeto. Belo exemplo. O que virá pela frente é uma incógnita. Para o PT, ficam algumas lições. Faça o que quiser, apareça em foto com quem quer que seja, elogie algozes do passado, do presente ou do futuro --o fato é que o partido nunca será assimilado pelo status quo enquanto tiver suas raízes identificadas com o povo. Perto dos valores dos escândalos que pululam por aí, o mensalão não passa de gorjeta e mal daria para comprar um vagão superfaturado de metrô. Mas como foi obra do PT, cadeia neles. É a velha história: se uma empregada pega escondida uma peça de lingerie da patroa para ir a uma festa pobre, certamente será demitida, quando não encarcerada --mesmo que a tenha devolvido. Agora, se a amiga da mesma madame levar "por engano" um colar milionário após um regabofe nos Jardins, certamente será perdoada pelo esquecimento e presenteada com o mimo. Nunca morri de admiração por militantes como José Dirceu, José Genoino e outros tantos. Ao contrário: invariavelmente tivemos posições diferentes em debates sobre os rumos da luta por transformações sociais. Penso até que muitas das dificuldades do PT resultam de decisões equivocadas por eles defendidas. Mas num país onde Paulo Maluf e Brilhante Ustra estão soltos, enquanto Dirceu e Genoino dormem na cadeia, até um cego percebe que as coisas estão fora de lugar.

domingo, 17 de novembro de 2013

Zumbi, Caetano Veloso

Angola, Congo, Benguela,
Monjolo,Cabinda, Mina,
Quiloa, Rebolo
Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há uma princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados num carro de boi

Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Angola, Congo, Benguela,
Monjolo,Cabinda, Mina,
Quiloa, Rebolo
Aqui onde estão os homens
De um lado cana-de-açúcar
De outro lado, o cafezal
Ao centro, os senhores sentados
Vendo a colheita do algodão branco
Sendo colhido por mãos negras

Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Quando Zumbi chegar
O que vai acontecer

Zumbi é o senhor das guerras
Senhor das demandas
Quando Zumbi chega
É Zumbi é quem manda

Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Angola
Congo
Benguela
Monjolo
Cabinda
Mona
Quiloa
Rebolo

Dominical viagem

Enquanto milhares levaram dez horas para ir à praia e talvez se preparem para levar mais oito na volta, eu curti uma Sampa "vazia", mas já repleta de turistas natalinos de todos cantos. Meus cinemas agradáveis.
A chuva chegou cedo e roubou o ímpeto de buscar jornal ou ir ao Ibira, quem sabe comprar mais comida e fazer um frito ou um assado ou cozido.
Penso na melancolia de Genoíno preso.
Não o reputo no rol dos grandes bandidos da nação, seu erro me parece menor.
Disciplinado no acato aos juízes, os pecados se purgam e ele se prepara, espero, para quando sair, talvez, ver a chibata que hoje se abate sobre um núcleo político do PT amanhã recair em Maluf, Montoro, Covas, Kassab, Alckmin, Serra, etc.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Feriado da Proclamação da República, 15 de Novembro

Foi em 1889, portanto há meros 124 anos que um Marechal relativamente fiel ao Imperador o destituiu e implantou uma república. Implantou uma "República Velha", a ser substituída pela "dos Tenentes", que deu no "Estado Novo", que deu no Juscelino, no Jânio e no Jango, para amargar 21 anos de Ditadura Militar, receber o nome de "Nova República" com Tancredo, Sarney, Collor e Itamar.
Chegamos então a FHC, Lula e Dilma.
E assim saímos do jardim da infância político.
O ferro que fere Dirceu e Genoíno deve ferir Kassabs e Alckmins.
E que nos preparemos para mais 125 anos...

Feriado na varanda

Uma minhoquinha sai de um vaso
E deixa sua terra
A passear na manhã

Pelas pastilhinhas cerâmicas (que foram um dia brancas)
Pelo rejunte escurecido se arrastando
A buscar algo num certo afã

Não liga pro perigo do Sol?
Sente saudades no seu "mede palmos"?
Na brisa fresca bem sã

Não sabe se volta à segurança do vaso?
Se se contorce e vira num espasmo
Escolhendo a direção vã

A vida dela é curta e a família diferente
Ela não é cordata como eu, é um verme
Hermafrodita e anã

E ainda assim duas vidas
Com todo o resto pela frente
Anelídea irmã!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Terça feira perdida no tempo

Dormi na Casa de Hóspedes, acordei cedo e arrumei tudo no carro.
Tinha levado bagagem para uma semana inteira.
Esperei o café sair. Tomei. Não sabia o que fazer!
Mas vamos nos aboletar em Piaçaguera prá fazer a peruana falar.
Apesar de de uma certa forma "o feitiço ter se virado contra o feiticeiro", vai tudo bem.
Vamos nos integrar, era o que eu mesmo demandava.
Bem, decidi voltar, mas tinha que cumprir ritos ribeirinhos. Edite e Cananéia pela saída do Botojuru.
Cheguei depois do almoço, há pouco.
Vou pesquisar os aditivos, vou pesquisar a ozonização.
Vamos vender rocha andina a preço "de ouro".
E minha contribuição já foi dada. Só posso me dedicar mais!

sábado, 9 de novembro de 2013

Começo a entender uma doença minha: talvez tenha cura!

Tem a ver com um certo tipo de programa da televisão...
Tem vários nomes e diretores, seriezinhas televisivas do tipo "Mil e uma formas estranhas de morrer".
Ao mesmo tempo que tratam superficialmente com "respeito", no fundo é um circo de horrores para entreter os vivos com as bizarrices das formas de apresentação da "iniludível"...
Foi por aí que saiu aquele post maldito sobre o tio e a risada nervosa sobre o primo do Mau...

Dai-me a reconciliação, Mané!

Consoada (Manuel Bandeira)

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Dia dos mortos e dias dos vivos (Contardo Calligaris)

Mesmo estando em Veneza, não passei pelo cemitério de San Michele no dia dos mortos.
Se eu fosse até lá no dia 2, teria visitado um amigo dos meus pais, que mal se lembraria de mim, e alguns ilustres: Stravinsky, Joseph Brodsky, que é um poeta que me toca e escreveu um livro lindo sobre Veneza ("Marca d'Água", Cosac Naify), e Franco Basaglia, que desencadeou o movimento antipsiquiátrico, no hospital de Gorizia.
É provável que as visitas aos cemitérios se tornem cada vez mais raras. Além de um túmulo concreto, muitos já erigem monumentos virtuais para seus entes queridos, e visitar os mortos, no futuro, talvez signifique passear por um lugar virtual: rever fotos e textos, lembrar-se e deixar um pensamento (há sites para isso, cemitérios virtuais --peoplememory.com, por exemplo).
Na Itália, há também cemitérios reais em que, graças a câmeras filmando ao vivo, é possível visitar qualquer tumba virtualmente, sem sequer sair de casa (a coisa começou, aliás, com os cemitérios de lugares com forte índice de emigração, de modo que netos e bisnetos do outro lado do mar pudessem visitar "i nonni").
Mas a razão pela qual não visitei San Michele é outra. Especialmente em Veneza, para mim, os mortos não estão separados dos vivos. Claro, Napoleão chegou até aqui e instituiu os cemitérios (entre eles San Michele), proibindo que os mortos fossem sepultados perto dos vivos.
Mas meu pai pensava diferente de Napoleão; para ele, a presença dos mortos não tinha por que ser pavorosa ou insalubre --ao contrário, ela só enriquecia nossa vida.
Meu pai queria que eu me interessasse pelas pedras da cidade, por sua arte e por sua história. O jeito que ele encontrou foi me seduzir com histórias (algumas verdadeiras, outras --suspeito-- inventadas).
Em Veneza, há mais de uma rua dos assassinos, mais de um "malcantón" (canto ruim), mais de uma ponte do diabo ou dos esquartejados. De todos esses lugares, uma lenda explica o nome. Mesma coisa para cada pedra estranha no meio da calçada, cada busto de anjo ou de diabo num muro. Para quem cresceu ouvindo essas histórias, o passado é uma outra dimensão, quase presente, visível, e a cidade é povoada pelas sombras dos que foram. Por exemplo, visitei a parte da Bienal de Arte que é apresentada no antigo Arsenal. Artistas contemporâneos mostram suas obras, inclusive ao ar livre, nas docas onde eram construídos os navios da República. Reis e poderosos, passando por Veneza, sempre eram convidados a festas no Arsenal, que duravam uma tarde, para eles constatarem que, numa tarde, Veneza conseguia construir um navio. Pois bem, no Arsenal, misturo-me à fauna variada da Bienal, mas nunca deixo de enxergar, no fundo, o trabalho dos obreiros que terminavam uma galera num dia só. Uma vez, passeando pelas Fondamenta delle Zattere num fim de tarde, meu pai me mostrou o enorme edifício do moinho Stucky, abandonado. Ele apontou luzes trêmulas nas janelas escuras. Eu não enxerguei nada, mas aprendi que aquelas eram as chamas que assinalavam o lugar onde jazia a beata Giuliana de Collalto, esquecida na vala comum das freiras de seu mosteiro, no fim do século 13. Nada demais, só que o mosteiro de Giuliana tinha sido demolido e, no seu lugar, surgia, justamente, o moinho Stucky, uma gigantesca oficina neogótica. Ora, em 1910, o próprio Stucky foi assassinado, e, em 2003, o moinho, antes de se tornar mega-hotel, sofreu um grave incêndio. Talvez tenha sido Giuliana de Collalto; talvez e mais provável, tenha sido a sombra de John Ruskin voltando para defender o gótico de sua Veneza amada contra o horror neogótico do Stucky. Seja como for, no dia dos mortos, não precisamos visitar os cemitérios porque nossos mortos já estão entre nós (ou dentro de nós). E não é necessário ter medo: eles, em tese, estão do nosso lado e contra nossos inimigos. Por quê? A melhor resposta é a de Cinqué, na versão que Steven Spielberg filmou da história do navio "Amistad". No filme, Cinqué explica a John Quincy Adams (seu advogado) que ele chamará seus antepassados para que o ajudem na hora do processo no qual será decidido se ele ganhará sua liberdade de volta ou continuará escravo. Cinqué afirma com clareza e convicção que os antepassados não poderão deixar de vir para ajudá-lo, por uma razão simples: ele, Cinqué, é a única razão de eles terem existido.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Do portal eljadida.com

«Certes nous sommes à Allah, et c'est à Lui que nous retournerons. » (Sourate Albaqara, Le Coran). La disparition de nos parents, proches et amis les plus chers doit nous alerter et nous inciter à faire davantage de bien en aimant autrui sans attendre la contrepartie. Puisse Dieu accorder Sa Sainte Miséricorde à tous les disparus parmi nos parents et amis. - See more at: http://www.eljadida.com/actualite_news_el_jadida/la-mort-ne-depend-pas-de-l-age-a5219.html#sthash.WnPG7vZx.dpuf
"É certo que viemos de Deus, e é a Ele que retornaremos"

O desaparecimento de nossos parentes, próximos e amigos mais caros deve nos alertar e nos incitar sobre as vantagens de bem amar os outros sem esperar contrapartidas. Possa Deus consentir sua santa misericórdia a todos desaparecidos e entre eles nossos parentes e amigos.

Diga-me com quem andas...

domingo, 3 de novembro de 2013

Desocupações novembrinas primodominicais

Escutar Wilson Simonal e Tom e Chico.
Ver o sol brilhar na varanda da laje.
Ter esperanças enquanto cantar e sorrir.
Procurar iguais e viver bem com os diferentes.
Limpar o jardim, o quintal e dentro de casa.
Desocupar não é inútil.
Buscar a essência de viver e se apaixonar pela vida.
Ser implica aceitar a morte.
Todo o resto (trabalhar prá comer) são vicissitudes.
Fruir é o viver em si.
Sem passado e sem futuro.
Só o aquiagora.

sábado, 2 de novembro de 2013

Desocupações novembrinas neonatas

Sair cedo de casa para passar o dia de Finados com a tia recém "orfã de filha" e a mãe em Jundiaí.
Pegar a estrada no sol, não ter hora nem pressa e mesmo assim estar correndo, por prazer à velocidade.
Fazer canapés, comê-los com vinho e cerveja.
Receber o irmão e família prá se juntar ao rega bofe e fruição.
Ir num restaurante tradicional do centro daquela cidade e pedir um esisbein à pururuca, completo, com duas salchicas, branca e vermelha, enormes, kassler, chucrute, batatas, kartoffel, cerveja de trigo, arroz ou fetuccini ao pesto?
Café forte, appfelstrudel, voltar na estrada, deixar a mulher que começa a menopausar em casa, sair a pé para a Augusta, repescagem da Mostra no Cinecesc, "Bertolucci por Bertolucci", voltar a pé pelo comércio já natalino e ir enchendo uma sacolinha com brincos prá mulher, camisetas pros meninos, um livro e um cedê prá mim, pegar um táxi, descer a 9, entrar em casa, fritar batata com queijo, tomar limonada de limão siciliano feita na horinha, doce e gelada "comme il faut", pensar em todos e desejar uma boa noite, sonhar os dois filhos universitários no ano que vem, saber que me restam 3 ou 4 décadas no máximo (se não me pegarem o susto, a bala ou o vício), escrever essas mal traçadas, desejar que o mundo veja o que tem que ser visto e sinta o que precisa ser sentido, saber que sou pó e a ele em breve, ou nem tanto, a ele voltarei.
Ser homem de meia idade nessa aurora do século XXI, vivere, vivir, to live and let live, curtir até o último dia, a última hora, até o último minuto, grato, sem canseira dessa existência, tentando mostrar que o Paraíso é isso mesmo, não há céu nem inferno, só a Terra, essa que agora vejo em partes, como um todo...