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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sábado, 31 de dezembro de 2016

Polônia

Como milhares de polacos empacotados em navio barato.
Ruivos e louros.
Cristãos e judeus.
Da cidade ou do campo.
Lojinha no Bom Retiro.
Uma geração depois, boas escolas.
Bom clube.
Bom emprego.
Boas conexões na metrópole.
Paulistanos.
Aceitando o caipira.

Miriam

Pegou um texto ao acaso.
Elogiou e sugeriu oficina literária no Lasar.
Fiquei acabrunhado e tal.
Mas devo cogitar.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Disque M para viver

Ela brincou que tenho alma feminina e que se esforçará para não ser o cafajeste da história.
Eu era todo amor.
Refreado pelo freio dela, mas amor da cabeça aos pés.
A chance de dar certo e ninguém sofrer?
Mínima, posto que mal nos conhecemos.
Às favas com o medo!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

K

Descartou uma vida como quem troca de camisa suada.
Nem me comprazo com sua dor.
Mas vê-la tendo como guru a Buda ditosa dinheirista e ouví-la da porta gritando ao dileto rebento que eu nem passe do umbral, tudo isso me deixa mais livre.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Quase Natal

Vim de Abril até aqui sofrendo e me refazendo.
Eita divórcio doído.
Tive medo de não chegar até 2017.
Em paralelo ao fim do casamento, tivemos o impicheament e a recessão e as condições objetivas do trabalho que foram complicadíssimas.
Sábado tem o Natal. 1o sem ela em 3 décadas. E, depois de uma semana, o Ano Novo, que, por mais que saibamos que vai ser duro, é ainda alguma reserva de esperança.
Só posso encher o peito de ar e a mente e o corpo de esperanças.
Vida que segue.
Meu desafio continua sendo a longevidade e a morte felizes.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Minha nova amiga

Duas noites.
Dois longos papos.
Não se trata de paixão.
Quem sabe brote o amor.
Companheirismo.
Cumplicidade.
Quem sabe?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Meia noite e meia

Bebi.
Bacalhoei.
Na divisa de Santos dormir.
Respirar profundo e dormir.

Paul faz 72

22 de dezembro não chegou.
Mas os filhos afetivos se reúnem.
Falamos de planos.
Comemos e bebemos bem.
Fumei.
Sempre a pergunta se teremos mais um.
E a cama vazia do quartinho de hotel.
Durma se com barulho.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O xadrez da maldição de Nassif

Hoje no GGN:
"Que a maldição da nacionalidade abortada recaia sobre Janot e parceiros, como o ex Ministro José Eduardo Cardozo, que viram as tropas bárbaras avançando e, por cumplicidade, acomodamento ou medo, deixaram de cumprir com seu dever perante o Brasil e perante a história."

Justus e Marina

Imaginemos um 2o turno com dois políticos "anti políticos"...
É um subproduto podre que o desmerecimento da vida político - partidária pela "justiça" eventualmente poderá nos dar.
FHC diz que não é candidato justamente para dizer o contrário.
E o nome de Moro paira.
Não fui só eu que enlouqueci em 2016.
Que as faculdades mentais sejam recobradas pela política brasileira!

Superando

A ex escreveu impondo agenda.
Foi atendida como se esposa fosse.
A minha família sempre foi muito melhor que a dela.
Prova de quanto ela se beneficiou na relação e quanto se beneficia agora no divórcio.
Da família dela "nem um figo podre nem um prego enferrujado".
Aliás a ex cunhada dinheirista, com anuência da própria esquisita, se deu ao desplante de cobrar o que não merece.
Triste.
Mas bem melhor que o desespero pânico que o abandono me causou.
Parece que vai passando.
E parece que ela sempre se dará conta do quanto ela ainda queria ter o que destruiu.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Sabadão meio pré Natal

Mamão matinal.
Terno, bike, compra, grampeador.
Podóloga.
Um almoço.
Sol.
Um cochilo no sofá.
Uma espera meio longa para chegar a noite e a festa da Vivi.
Vinho, cerva, comidinhas veganas boas.
Música e papo.
Uma parte de mim se curava.
Tomava um Porto e sorria!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Encontro às cegas com coxinha tosca

4a ou 5a frase:
Eles roubam até papel higiênico e ar condicionado.
Mandei andar.

Um irmão e dois filhos

Em fase de tristeza por atacado e alegria a varejo, o dia de ontem surpreendeu.
O Maurício é um queridão que contagia com a energia e carinho gigantescos.
Assim foi a noite de quarta e a manhã de quinta. De primeira!
Antes de ir-se chegou o Ariel. Um mestre jovem da reconstrução do seu pai, esse madurão infantilizado pela separação.
E no fim da tarde veio o Gil e acho que pudemos sentir a fraternidade para além da hierarquia.
Para coroar, uma boa aula de yoga, com a Danieli e a Nara.
Que mais dias bons como ontem encham minha vida!

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Gil diz que vai comigo na yoga

Tem já 20.
O mais arredio.
Já fiz muita yoga com a Kátia.
Bastante, mas menos, com o Ariel.
Agora essa possibilidade de fazer yoga com meu filhão mais novo.
Quase um renascimento aos 52.
A vida se insufla.
Encontrei o Felipe Novaes ex da EEV no bairro.
Gênio dos start ups.
Vou empreender?

Metrô antes das 6 da matina

É uma terapia, uma yoga.
Bike quebrada. Dia de rodízio.
Ônibus na 9, ladeira subindo a Pamplona e estação Trianon Masp.
Esqueci que o Golpisto existe.
Sou só comutação.
Como a vida.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Deltan puxa a faca

Dallagnol ameaça a câmara por querer estancar a sangria do "essa porra" Jucá.
Janot diz que ele está de cabeça quente.
Carmen Lúcia pulsilânime calada.
Temer veta?

Isso aqui é o vôo da LaMia?

Pane seca geral na ganância do dono piloto?

Quantos morrerão na queda?

Tempo estelar: fim de ano 2016

Dezembro traz balanço.
Fim de uma relação de 30 anos.
Ansiedade generalizada e pânico.
Tentativas tímidas e confusas de reencontrar um amor no Happn e no Tinder.
O que sobrou?
Pessoas boas de gostar, novas amizades.
Alguma calma para enfrentar os desafios do envelhecimento.
Não vou discutir política aqui. Lutei e lutarei contra os mal feitos e o retrocesso. Quanto mais batem, mais petista e honesto espero ser. 
Não sou eterno.
Não devo aspirar ser imortal.
2016 acabará em 30 dias.
Meu fim é certo e impreciso.
Meu viver é incerto e preciso!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Moe, Larry e Joe

Temer, Renan e Maia se uniram.
Pareciam náufragos se apoiando.
Tava ruim com Dilma, não é ô da panela?

domingo, 27 de novembro de 2016

Marcelão ponta firme

Se fosse eu, arregava no 1o dia.
Mas o Odebrecht é disciplinado.
Os traíras de Curitiba pedem a cabeça do Barbudo todos os dias naquela zona agrícola.
E entre outras razões... além de manter um império ...Ele não trai.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Calero dá tiro em Temer

Bom moço ninguém ali é.
Só pode ser parte da guerra intestina que vai conflagar o PMDB após Moro levar Cabral ao escracho.
Geddel deve ser uma peça que vai abrir outra fila de dominós a cair.
Gostaria de ficar feliz, mas não dá.
Vamos comer o pão do diabo.
Pois quando elefantes brigam a grana e bananeiras se lascam.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Esperando sentado

Garotinho sempre brigou com a Globo.
Foi exposto em lençol hospitalar.
E supostamente Cabral é um fio de meada para o golpe no golpe.
Temer deve temer.
E esperarei sentado a prisão de um chefe qualquer do PSDB...

terça-feira, 15 de novembro de 2016

A Superlua

Lembro de quando passou o Halley.
Muito barulho pois o próximo só dali a não sei quantas décadas.
Puf.
Uma coisinha no céu urbano.
Se ninguém falasse nem se notaria.
A tela dos Black Mirrors muito mais brilhante.
Século XXI.
Vamos em frente.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Gil 20 anos

Amanhã meu filho mais novo faz 20 anos.
Simbólico.
Ele deixa de ser "teen".
E eu deixo de ser um jovem adulto para entrar na maturidade.
Que ele tenha muita saúde e felicidades e amores e amigos.
E eu também!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Xico Graziano é ventríloquo de FHC

FHC é um pulsilânime que, sem poder ganhar eleição e sem forças para se contrapor frontalmente a seus podres filhotes tucanos, tenta dar o golpe no golpe e usurpar dois aninhos ou menos do mordomo de filme de terror.
Para um velho de 85 anos é bastante.
Suficiente para emporcalhar de vez a biografia desse príncipe do esgoto.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

O golpe teve conteúdo popular

Insuflaram a massa.
Sem esse componente popular o golpe não teria ido tão longe.
Taí o resultado das urnas.
Ponham as mãos nas cabeças, massa de manobra!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Itaquera

Último dia de férias.
Saio depois das 8.
Ônibus até Bandeira Anhangabaú.
Linha Leste Oeste do Metrô até o Corinthians.
Imensa cidade se descortina.
Já ensaiara várias vindas que ficaram na desistência por alguma parte da Radial.
Da estação final uma longa volta pela passarela e esplanada do estádio, ETec fatec e pátio do Metrô.
Depois o lado oposto ao shopping. Imagino o congestionamento de grandes jogos.
Mas agora é quase vazio.
Medo de perder a carteira ou celular.
Refúgio no shopping onde carrego o celular e depois irei ao banheiro. Na sala de wifi um mapa do município me explica essa vastidão.
Meio da manhã de dia de semana comum.
Tudo vasto rodeado de casas apertadas.
Ruas desconhecidas onde não me arrisco.
Penso que perdi mais uma mochila com outro guarda chuva.
Objetos que se compra para perder por aí.
Amanhã, Cubatão!
Vida que segue.

sábado, 22 de outubro de 2016

A pipa

O meu irmão foi encontrar a gente em São Sebastião.
Fomos na praia e levamos a pipa Hello Kitty que foi das filhas dele que foram com a mãe para os EUA.
Decidimos soltá-la.
Demos linha até o fim e cortamos.
Lá foi ela.
Mais de quinze minutos depois ela não caía.
Paranormal?
Milagre?
Não. ..Apenas uns moleques lá longe tinham pego a linha dançante e amarraram numa árvore.
Mas curti o mistério e a ignorância.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Cunha, Temer e o PT

Lula e Dilma e o PT fizeram um servição em segurar os cachorros do PMDB numa circunscrição de esquerda.
Partido fisiológico é isso.
Para segurar um osso de corrupa, faziam aquela necessária demagogia.
Quando as ruas ignaras foram insufladas e o PIG junto com o Judiciário moralista e mais outras forças econômicas conservadoras se juntaram para dar o golpe, olha o que aconteceu!
Saíram (o grosso dos peemedebistas, tucanos e centão) a defender o mais canhestro dos programas neoliberais, com arrocho multidecenário e tudo o mais.
Ou seja...tudo que se passou, olhando em retrospecto, foi uma maneira do PT de segurar esses filhos da puta vendilhões da pátria e traidores do povo.
Agora não tem mais jeito.
Ou é Lula 2018 ou quem ele indicar.
E esse PSDB golpista do inferno não vai ganhar eleição com esses malas de Alckmin, Serra (o demente?) ou o viciado mental do Aécio.
E deixem FHC morrer à míngua.
Cunha vai delatar?
Tomara!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Faxineira

Vida de recém separado, estou nesse apartamento há nem dois meses.
São Paulo tem sua cota de poluição, os particulados vem balouçando pelo ar e uma poeira filamentosa vai se depositando na estante, sobre essa mesinha que escrevo (é tudo ainda provisório, sem escrivaninha e sem mesa de jantar).
Vim me virando, mal.
Sem vínculo com o ambiente ainda, fiz uma ou outra faxina, concentrado na lavagem de cuecas e meias, na manutenção do uniforme e de uma ou outra roupa melhor (ainda precisando de um guarda roupa de ex obeso).
As embalagens plásticas se acumulando no quartinho.
A pia do banheiro baça.
E o mesmo pó da estante virando bolos de pelúcia sob a cama e o sofá.
Finalmente tomei uma atitude.
Falei com o zelador daqui que falou com a mulher do zelador do edifício vizinho.
Zefinha.
Passou ontem o dia sozinha aqui.
Cara de gente boa.
Hoje estou todo feliz.
Roupas lavadas arrumadas no varal.
Tudo arrumadinho ao jeito dela, não sei onde estão algumas coisas, vou ter que ir abrindo portas de armários e verificando em que gavetas ela decidiu colocar as coisas que eventualmente mudou de lugar.
Mas tenho uma casa limpa.
E uma gratidão enorme à Zefinha e gente como ela que limpa as casas de gente como eu.

sábado, 15 de outubro de 2016

A tempestade perfeita

Nunca tive um cargo público.
Nunca me locupletei na iniciativa privada.
Sou um petista honesto.
Apoio o partido, sobretudo, pela sua opção prioritária pelos pobres e por seu nacionalismo.
E por, entre outras, apoiar n iniciativas modernizantes (políticas sobre aborto, drogas, minorias, etc).
Uma sucessão de programas fazia a pobreza extrema ser reduzida a olhos vistos.
Eu era feliz.
Por outro lado, víamos que o país não avançava em sua necessidade de atualização constante da infra estrutura logística e industrial.
Também percebíamos que o governo de coalização fazia com que o partido, mais que coabitar com corruptos, se corrompia na ânsia de se perpetuar no poder.
Lula e Dilma erraram ao não ler todos sinais.
A Justiça veio, injusta.
Agora todos falam da prisão de Lula. Duvido de uma reação forte das ruas.
A imprensa "leprosou" Lula e o PT.
E Temer vai rapidamente desmontando um estado de bem estar social, visando parece se aliar ao PSDB em torno de uma chapa viável. Que dedo pobre tem o PMDB para o cargo de Presidente!
Lula preso e inelegível vai apontar um candidato.
As baterias se voltarão contra ele.
E Moro e similares vão continuar protegendo Renans, Cunhas e todos demais sabidamente corruptos do PMDB, PSDB e por aí afora.
Findo um sonho, precisamos de outro.
A esperança deveria nascer da sabedoria coletiva do povo de se perceber massa de manobra e resgatar planos que agora parecem tão distantes.
Vamos esperar a eleição de 2018.
E a de 2020 e a de 2022.
Ninguém desce tão fundo e espera retornar à tona rapidamente.
Mas esse triunfalismo antipetista não terá vida eterna. Merda é o que o governo que aí está mais faz contra o povo mais pobre.
Vamos ver (?) o fim desse período triste da história nacional!

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Que dupla...fudeu pro pobre!

Michel Temer e FHC – Alan Marques - Marcus Leoni/FolhapressRECUPERAÇÃO

Temer se encontra com FHC para discutir medidas para a economia

Poeta solitário (homenagem a Augusto de Campos com seu poema SIM)


SIM




sim
poeta
infin
itesi
(tmese)
mal
(em tese)
existe
e se mani-
(ainda)
festa
nesta
ani
(triste)
mal
espécie
que lhe é
funesta




se
tem
fome
come
fama
como
cama
leão
come
ar




al
moço
antes
doce
do
intes
tino
fino
ao
gr
osso




mais
baixo
que
o
lixeiro
que
cheira
a
lixo
mas
ao
menos
tem 
cheiro
o
poeta
lagartixa
no
escuro
bicho
inodoro
e
solitário
em
seu
labor
atório
sem
sol
ou
sal
ário

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Minha cosmogonia

Tempo e espaço são inversamente proporcionais.
Dimensão pequena, tempo acelerado.
Dimensão grande, tempo retardado.
O infinito é atemporal.
Nada se cria, tudo se transforma.
O fim de uma vida libera matéria e energia que entram em outros ciclos.

Deus não existe.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Triunfalismo

O "jornalismo" da rede glóbulo está tão feliz...
Central do golpe botando fichas no Xuxu.
Dá nojo...

Mais insônia

Pensar nos sonhos e nas conquistas.
O que restou?
Oras... os sonhos e as conquistas!
E o caminho da próxima fase da vida é um projeto aberto.
Acreditar na humana capacidade de se reinventar, de acreditar na vida e nas felicidades possíveis.
Isso é pouco?
Como disse o Ariel, escolher onde se vai gastar a energia. Não só pensar. Agir.
Vamos em frente com altivez e alegria.
Muitos vieram antes de nós e muitos mais virão. Se erramos, também acertamos. Se esmorecemos, também soubemos nos recompor e seguir.
Que venha a próxima década.
Mais conservadora. Com um pensamento neo-liberal mais hegemônico.
"Vai ser gauche na vida".

Insônia

Haddad sobreviver a essa derrota é prova que a vida deve persistir.
Dar aulas?
Será sempre um grande cara, me parece.
Nabil teve pífios 23 mil votos. Uma montanha nessa conjuntura.
Votei nele, mas não se elegeu.
Mais uma dor nessa sacolada.
7 a 1.
No meu bairro houve um tímido ensaio de gritos nas janelas de "Fora PT". Mas a alegria coxinha é meio envergonhada e no fundo sabe que sem um projeto político de bem comum coletivista vamos apostar num salve-se quem puder que não nos levará muito longe.
Autocrítica e força e paz e bem.
A vida que segue.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Vésperas eleitorais

Fernando Haddad cresce e Marta e Russomano caem.
Isso acendeu em nós, petistas, a esperança.
Qual a substância dessa esperança?
Um político ético, moderno e socialista liderando uma cidade complexa, mas cheia de vida e oportunidades.
O momento não é alegre para as esquerdas, mas a luta é para a vida!

sábado, 24 de setembro de 2016

Eu acuso

Acuso a mídia dominante, o judiciário e o ministério público e o parlamento de serem golpistas e partidários.
Acuso esses grupos e corporações de envenenarem a classe média e esta de formar opinião entre seus seguidores contra um partido e contra um projeto de sociedade que, se teve erros de condução, não tem os problemas de princípio contra ele manipulados.
Alego em minha defesa que: nunca pratiquei nem compactuei com a corrupção.
Alego em apoio à acusação inicial que o projeto político do PT visava, grosso modo, mais liberdade individual e econômica, preservação ambiental e defesa dos direitos das minorias e das classes menos favorecidas.
Acuso os que lutaram pela destituição de Dilma de promover a tomada do poder presidencial por Temer e pelo PMDB liderado virtualmente por Eduardo Cunha.
Ou seja, sob uma falsa bandeira de combate à corrupção, instalaram um presidente que lidera um grupo mais corrupto que o que foi impedido e muito mais retrógrado em termos de políticas públicas que visem a participação mais ampla e a difusão de liberdades individuais e de grupos de classes mais desfavorecidas economicamente.
Em última análise, acuso a sociedade atual brasileira de optar pelo crescimento da desigualdade e por fomentar a exclusão. E de fomentar a censura e repressão aos que pensam diferente. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Fui roubado

Minha carência e uma vontade genuína de congregar com a minha raça me levaram até o Quintal da Moóca, encontrar o Maurício que ia lá com a Lizandra.
O bar é ótimo, comi e bebi.
Os amigos são maravilhosos. Até aí era uma ótima noite de quinta.
Mas eu não ia deixar de sair cedo, pensando em um retorno tranquilo da Zona Leste para casa, um banho, suco de maracujá e cama.
Liguei o Waze, deixei o celular no suporte próprio no painel e vim.
Lá num semáforo da Avenida do Estado...bum.
Um estrondo enorme e cacos de vidro pra todo lado.
Olhei para trás e para a direita na direção do estrondo e vi, a mais de dez metros, dois rapagões sumindo de vista.
Bem....
O carro está um zona de cacos de vidro estilhaçados.
Tenho uns três furinhos mínimos na cara, nem escorreu, só secaram três pingos de sangue.
Estou sem o celular, que tinha dois chips.
Um da firma para as ligações de voz e outro pessoal para internet.
O prejuízo deve montar a uns 4 mil reais.
O tempo que vai tomar para voltar até o ponto onde estava de conectividade, não sei.
Estou estranhamente calmo.
Sem raiva.
Sem remorso.
Conformado.
Triste deve ter ficado o Domingos Montagner ao sentir que o Velho Chico lhe tragava da vida aos 54 por um redemoinho caprichoso e sem volta.
Vão-se os anéis, ficam os dedos.
Quero aproveitar ao máximo os anos que virão.
Amor à vida!

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Terçona

Cunha foi largado na estrada.
Não me parece que será punido à altura.
País de legisladores traidores e impunes no geral.
O juiz de Curitiba já não tem a sanha que o anti petismo lhe insuflava.
Vamos atravessar a pinguela sobre esse abismo de repressão e retrocesso.
Força pras vanguardas gauches!

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Segundona

Cub 2, Cub 3, Cub 4.
Como chegamos por  Cub 1, temos o circuito todo.
Continuar de onde pararam.
Só e íntegro.
Minha mãe, meus irmãos e filhos são os exemplos mor agora.
E vamos em frente vivendo.
Alegrias revirão.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Astralizar

Esquece fatos tristes do passado.
Larga pra trás coleções de velharias.
Se abre pro novo.
Novas relações e interesses.
Recicle-se para o segundo tempo.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Tá consumado

Golpe parlamentar.
Risos de hipócritas.
Democracia e sociedade em retrocesso.
Coragem pra superar.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Quando entrar Setembro

Sinto uma calma energia se recobrar.
Viver com menos expectativa, menos medo e mais alegria.
Ainda durmo pouco.
Mas a qualidade dos pensamentos melhora e sinto novas esperanças.
Queria falar contigo, mas esperarei mais um pouco, mais um tempo.
Quero ver brotar...

domingo, 28 de agosto de 2016

Dando trabalho

Aos 52 eu vim enganando a vida.
A separação só tirou uma muleta.
Nem saci eu era.
Estabaquei.
Agora se vira e acha o gosto de viver, saber quem tu és e seguir de ombro e cabeça erguida.
Pena ter envolvido a mãe, às vésperas de fazer 80.
Sem contar a irmã, irmão, cunhado, outros parentes, amigos e amigas queridos e você  (que fica sem categoria por não se encaixar nas anteriores).
Foi e é minha vida.
Já sou novamente capaz de ler, de vir ao cinema e começo a aceitar um futuro não tão previsível pela frente.
Que venham os dias do porvir!

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O pior

Você disse que o pior que poderia acontecer era sermos amigos.
Achei aquilo muito ruim e falei o que me vinha à mente para te seduzir.
E consegui.
E não dei conta por uma série de razões e emoções.
Agora tenho medo que sejamos menos que amigos. Ou inimigos.
Que sejamos apenas esquecimento.
Sua foto de 50 no face já era um pouco isso. Da sua parte claro. Se escrevo não esqueço.
Deixo esse tempo passar e eu aprender a andar mais só.
E espero um toque.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Dia fatídico

Não fiquemos só nas questões pessoais.
Politicamente hoje é o dia em que a Presidenta cai.
Uma súcia se vale da conjuntura.
Vamos levar décadas para consertar o estrago.
Uma peste.
Tragédia.
Que eu receba dela um quinhão da força para poder suportar o revés político e social que vivemos.
E que as esquerdas se unam para resistir a esse golpe midiático-jurídico-parlamentar.

Parabéns

Um pouco de vergonha de me comunicar diretamente.
Vontade de te dar um carinho gigantesco.
Que o dia seja ótimo.
E a vida traga os lances de sorte, saúde, paz e amor que bem mereces.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Coincidência

Pedi amizade no Facebook ao Júlio.
Ele aceitou.
Ainda não conversamos, eu nesse exílio desse afeto.
Rolei umas tantas publicações. E... bizarro... ele numa foto tomava café da manhã com sua irmã Sandra e outros convivas num palácio parisiense.
Vamos e venhamos! São compatriotas e ligados às artes e tal...a burguesia é um clube fechado!
Mas que é surpreendente é inegável!

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Não te amo mais?


Uma noite só

Como um verdadeiro divorciado, não sei se compro separador de talheres para a gaveta e um conversor digital para a TV no Extra ou se dobro as meias e cuecas que secaram no varal.
Ninguém virá.
Não haverá telefonemas nem chats no whatsapp ou messenger.
Apesar da carinha estar lá, não vou insitir com a Mônica no Skype.
Faz frio.
Penso mais em novos projetos, sejam filosóficos ou químicos.
Só e tranquilo.
Vou comprar maracujás e tomar o caldo de três ou quatro deles.
Há meses não durmo bem, sono de bebê...
Será que será hoje?

Timing errado

Se propus, foi por crer.
Achei que precisava de horas.
Depois, de dias.
Agora já está em meses o prazo que me concedo.
Prá você é muito.
Você está certa na sua ótica.
E eu na minha.
O que tiver que ser será.

sábado, 20 de agosto de 2016

Na Mata

A cunha do gago me serviu bem.
Pude fazer a ponte.
Aqui agora estou no que é meu.
O segundo tempo vai começar.
Xô deprê.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Eu tenho que esperar menos mágica

O anjo do amor ou a terapia rápida não estão aí na prateleira, grátis.
O trabalho gratificante não vem sem suor  e amor traz algumas lágrimas.
Filhos dão trabalho.
Casamento é bom, mas pode dar em divórcio.
E viver é longo e complicado.
Por não aceitar fatos simples eu acabo não saboreando a existência.
Vamos direto ao não ser, dormir com os defuntos?
Sem libido e sem vida?
Parece que aí tem uma fresta.
Sem valorizar o que tenho não irei a lugar nenhum.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Não vou ainda

Quase digito um SMS.
Cedo.
Seremos amigos, mas só depois que eu curar a caixola.
Há, se não um diálogo, uma conversa entre nós que continua.
Ao menos da minha parte.
Na hora do Uber partir naquela noite fatídica, você ainda teve a magnanimidade de se voltar e desejar boa sorte.
Preciso dela e muito instinto vital.
Conto com seus eflúvios.

domingo, 14 de agosto de 2016

EFT

A Sandra veio, curtimos os Novos Baianos e o encontro.
Ela propôs e me aplicou a tal Emocional Freedom Techniques.
Numa delas tive uma catarse e chorei.
Tive vários medos.
Estou superando!

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Desprazer, a confusão é toda minha

Para quem não sabe quem é e para onde vai, todos ventos sopram contrários.
Idealizei e tentei que a idéia se fizesse corpo.
Mendiguei e recebi abundância.
Não sei o quanto errei, mas foi grandão.
Suas palavras eram sabedoria e as minhas...pfff.
Subi no apartamento um pouco aliviado pois não te faria mais mal. Não consigo avaliar quanto inconsciente fui.
Do que fiz não posso me desfazer.
Amanhã vai ser outro dia.
Vou pisar em ovos com os envolvimentos pois do lado de lá é gente de carne, osso e coração.
Pedir desculpas é bisonho.
Que os céus te tragam a felicidade que pensei pra nós.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Ergue o ombro, cabra

Colocando-se como um indigente, pedindo para ser recolhido.
Esquecendo que tem família, lar, história, cacife, porvir.
Esse é o momento do cara.
Passa logo se você se colocar diferentemente.
Prá frente e para o alto.

Pavio curtinho

Meu nhém nhém nhém caiu-lhe mal.
Adeus no zap zap.
Rápida no gatilho.
Eu, bonzinho, agora fico sozinho.
Magoei e fui magoado.
Mas agradeço a atenção e peço as desculpas necessárias.

sábado, 6 de agosto de 2016

Acolhimento

De repente família.
As três filhas lindas.
Um apartamento cinquentista de sonho.
A cadela Chica.
Plantas e alimentação saudável.
A festa da abertura da Olimpíada virara um detalhe.
Eu parecia criança em loja de brinquedo.
Lyon é aqui.
Bizarro pegar o Uber (sim 1a viagem, fui virgem disso até hoje) justo com uma moça de...Lyon...Muita coincidência!
Acho que o Universo conspira a favor.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Poemia

Inventei palavra
Poema que mia
Noite de boemia
Não sei o que dizia

Importante era
Que não sabia
O que não fazia
Não via

Professora primária
Pegava na mão do menino
E levava
Pra onde eu não ia

Caminho aberto
Sem medo do fim
Alta demanda preenchia

Nem ela fugiria
Nem do médico
Alta eu me daria

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Divórcio

Não direi que a vida prega peças.
Mas processos adaptativos te levam aonde você não teria ido só ou com outrem.
E de repente um moço de quem só vi uma foto da Internet catalisa o fim de 3 décadas de  (des)união.
Nunca nos demos. Por quê brigar?
O cristal parte e não se emenda no peito.
Pensei mesmo que me mataria.
Mas o coração bate e o pulmão respira.
Sem aparelhos. Em breve sem química, espero.
O poder da palavra dita.
O poder do afeto dado e recebido.
O poder misterioso de Eros venceu Tanatos.
Vida segue num Cristália rumo a um cartório campineiro.
E depois do dia longo desse compromisso, que tomei como mortífero e já revejo como libertação, falarei sobre ele com duas perspectivas.
A primeira é terapêutica. Desejo que breve.
E a segunda é amorosa. Desejo que eterna.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Metro boulot dodo e borogodó

De repente uma trinca na redoma da rotina.
A possibilidade reiterada de sonhar e viver  momentos muito prazerosos.
Borboletas na barriga. Pés nas nuvens. Cabeça e coração num balé sem coreografia. Em breve seriam os corpos.
Movimento livre, pouca repetição.
Reinventar formas de estar nesse mundo.
Expectativa grande que precisava não temer nem ficar ansiosa.
Viver a paixão.
Recomeçar a planejar o futuro.
Esperar o amor puro e calmo que merecemos.
E nada morno.

Kabalah

Tinha já me dito teu 33.
Agora sei que 25 será 7 vezes 7 mais 1!

Halav ve dvash

Você me deu um daqueles momentos eternos.
E eu não acredito em vida eterna.
Mas enquanto eu viver vou lembrar de um sábado no centro.
Agora Samarina me veio à cabeça.
Mas lá era silêncio.
Teus olhos sorriam nos meus.
Plenitude.
Depois a ansiedade voltou.
Mais branda. Não importa. Vai passar.
Ali tive o leite do teu queixo erguido, teu passado que passou, teu futuro que espero e teu presente que compartilho timidamente.
E o mel da tua boca!

sábado, 30 de julho de 2016

Bike art: luz na Luz

Esther com Ivan. Ariela com César.
Luz vespertina. Cigarro cerveja na Cracolândia.
Esperança aos montes em ocupar as ruas metropolitanas com cidadania, civilidade, saúde, arte, curtição, alegria e amor.
E ao mesmo tempo os olhos e o coração antenados com o corredor ecológico dos milhares de quilômetros das margens de rios caudalosos.
Só replantando milhões de quilômetros quadrados, recompondo boa parte da cobertura vegetal pré descobrimento, as cidades poderão sobreviver sustentavelmente nos séculos à nossa frente.
Não eram projetos simples nem rápidos. Eram só indispensáveis para as gerações futuras, das quais um jovem casal (de sorriso colgate, sonhando filhos, que iniciou o casamento ontem) era a representação melhor que me ocorria.
E do lado de cá: sonho de pé ante pé, passo a passo, ir colocando pedras sólidas para dar base robusta a um experimento de amor, confiança e convivência duradoura e profícua.
Não é pouco. Não é pobre.
Um pouco arriscado? "Todo caminho é um risco".
Mas não me assusta desse ponto das campinas de onde miro um possível futuro nosso.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

O prazo se estendeu?

Forcei a barra.
Tomei mais metade do queijo pra dormir 5 horas em paz.
Sem vozes contraditórias ou sem voz.
Nada para aturdir.
Silenciei a cabeça com 0,5 mg.
Acordei meio no susto.
Inteiro, em paz.
Competente como meu povo trabalhador.
(Muito e muito mais sofrido materialmente que eu.)
Era todo um propósito agora: trabalhar com afinco e sem neura.
Depois eu ia ver depois.
Focado no aqui e no agora.
E festejar forte hoje à noite, escutando a voz da Cássia Eller.
Se eu me sentisse bem...tomaria uma cerveja amarga e seria feliz.
O resto que me viesse por acréscimo e merecimento, depois dessa fase infantilizada de medos e embotamento.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Ligar o foda-se ou conservar

Tenho tido uma insônia e vou dormir cansado e dopado.
Aí duas vozinhas interiores ficam discutindo.
Uma manda eu partir pra outra e outra manda eu calmar e seguir na minha história profissional.
Falar acalma. Mesmo falar aqui.
Já fiz besteiras enormes nesse blogue.
Agora espero que não fira nenhuma suscetibilidade e me ajude a suportar o perrengue que atravesso na vida.
Dona Marina devolverá meu apê semana que vem e isso pode trazer um porto que tive por empréstimo  (abençoado cunhado), mas era também transitório e embutia estresses outros.
Hoje estou melhor e amanhã é um dia longo.
Um passo depois do outro!

terça-feira, 26 de julho de 2016

O que será, será

Mal entendido danado sobre suas intenções.
Pensei que era um fora e agi assim.
Essa antecipação negativa do futuro é a minha doença e preciso entender melhor os meandros do meu pensamento para tratar de achar novos e bons caminhos.
Aí parece que azedei o doce e entornei o caldo.
Mas ao mesmo tempo, você me trouxe muitas esperanças, pois foi mais uma vez franca e direta.
Sem travas nem papas.
Quer coisa melhor para alguém que se ressente de ter tido no passado que lidar com uma muda casmurra?
E sinto que essa sinceridade mútua te atrai e até te vincula, tão rara e cara que é encontrá-la.
Falando a gente se entende.
E aí a coisa pode se resolver de 50 milhões de maneiras... 

Manhã metroviária

Faria Lima às 5:30. Até o preço é diferente, só 2,92.
Sou praticamente o mais branco do vagão, de toda composição.
Porteiros. Faxineiros. Pouquíssimas mulheres. Além de não branco é um horário misógino.
Na Paulista às 5:45 muda um pouco, um pouquinho.
Ajudei um gringo perdido em Pinheiros, ajudei uma deficiente visual.
Na Consolação às 5:47 um terço as mulheres não atingem, mas vão crescendo em número. Poucos brancos como eu,  que nem branco por inteiro sou.
Estou sem medo. Dormi pouco, ainda ansioso. O remédio causa uns pensamentos estranhos, como se fossem dois de mim a conversar conversas diferentes e defasadas ao mesmo tempo.
Ninguém te falou que ia ser fácil ser catapultado da vida familiar depois de décadas.
O importante agora é seguir só e ir se fortalecendo na adversidade. Se não matar, que também não engorde. Ontem peguei um quilo facilmente, com coffee breaks da Sipat.
Vigilância e auto estima. Disciplina corporal e amor próprio. Para tentar viver 4 décadas bem.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

O fim do que nunca começou

Você conta o fim de semana de festa em lugar lindo e com gente feliz.
Aniversário da amiga de infância, "fora de São Paulo".
Imagino esse lugar para mim utópico nessa fase. Uma mistura de lugares que frequentei e  cenários de revistas.
Não farei aqui conjecturas sobre locações. Correria o risco de intuir certo e deixá - la preocupada com invasão de privacidade. Nada sei.
Sei sim o que é isso, a ambiência, pois já vi e senti muita felicidade.
Só posso esperar que, com tratamento, trabalho e sorte, momentos assim agradáveis retornem a fazer parte do meu repertório de vivências.
Não vou vampirizar suas alegrias. Quero o melhor pra você e nesse momento não sou eu.
Se isso não é ainda um adeus, é a constatação de minhas fragilidades e eventual baixo astral.
Vou cuidar bem de mim antes de querer cuidar de você.
Não descarto te procurar, mas o farei em momento mais apropriado.

Confidências

Para outras seria, por exemplo, um cabeleireiro.
No meu caso, em cinco minutos pelas manhãs corridas, abro o coração com o manobrista do estacionamento.
Aquele tipo de alma boa, talvez eleitor potencial do Bolsonaro (entre pobres trabalhadores é um pensamento difundido que matar bandido não é crime), que te dá um monte de conselhos.
Uns bons, outros nem tanto.
Tome florais, suco de maracujá, não deixe que isso atrapalhe seu ganha pão, coma o que aparece, não envolva mais o coração, etc.
De vez em quando rola até um abraço e já nos beijamos nas faces como dois irmãos.
Perdidos na metrópole  (por incrível que pareça, acho que mais eu que ele) nos encontramos fugazmente, sem capacidade de viver uma amizade maior.
E ainda assim é tão puro e bom.

domingo, 24 de julho de 2016

Fim de domingo

O metrô ia meio vazio e as vestes eram mais de passeio que de trabalho.
Busquei um filme leve e em 3D, dublado para não por a caixola a trabalhar muito pesado.
Funcionou. Depois do filme falei com a genitora, preocupada com razões.
Preservar o trabalho para ir bancando os meninos e meus confortos.
Tratar a sinagoga para que o coração não seja assaltado continuamente pelo lobo da ansiedade.
Agora era preparar a semana. Lavar roupas no tanque. Dar uma limpeza nas coisas que ficaram por ajeitar.
Gratidão pela presença do irmão. E aceitação pela rejeição da ruguinha à direita de sua entre vistas.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Matinal

Invernal manhã.
Ponto lá da Avenida do Café.
Eu sem alzopralom ou seja lá como chama o benzodiazepínico que insisto em não decorar o nome.
Os benefícios da psicoterapia já se fazem presentes.
Reformas no apartamento eu.
Quem vai entrar e quando. ..Isso é lá uma outra história.
Agora é trabalhar e crer na minha capacidade de viver e ser feliz.
Bora lá.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Âmbar

Como inseto pré histórico conservado por multi milênios, meu amor jazia petrificado à espera de um cientista  (em você) que despertasse todo dna congelado nessa Sibéria que atravesso.
Minha força, sem ser infinda, tinha que ser hercúlea.
Se eu deixo de sofrer, vivo e sou eu.
Seu nome não digo.
Guardo no coração.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Te espero

Já saíste de casa.
Não moras tão longe.
Em breves desces por aqui.
Se der tudo certo vou ter a força para continuar a caminhada prevista até a aposentadoria.
Sem ânsias.
A calma de ir e vir, de trabalhar e construir o que falta de mim.
Juntar dinheiro, viagens de férias, o que mais?
Bons restaurantes, a vida boa de sempre, tão abençoada.
Até morrer sim, sem medo!
Medo que não demonstastes para falar do seu fim.
Mas que ainda te assalta ao apertar o botão do elevador...
Isso vai passar!

domingo, 17 de julho de 2016

Domingou

A Fnac só as 11. Ciclistas e outra tribo se organizam. Vim atrás de conexão via modem usb pro laptop.
O tal skype pro terapeuta.
Sem mais entregações aqui.
Penso em ti.
Espero que não me deixes.
Tantas promessas entrevistas... que me nego a desacreditar que o sonho se desvanecerá.
Hoje tenho calma e me acostumo à espera introspectiva que se descortina à minha frente. Espera ativa que vai ter culpa, raiva e fúria. Vou me ver inteiro e interessante.
Quero crer que não foi só o tarja preta e sim a parte saudável em mim, a parte boa, forte, verdadeira e inteligente, amante da vida que agora se manifesta.
Há longas horas num domingo solitário.
Bom teste.

sábado, 16 de julho de 2016

A pequena fratura na redoma

Ele ficou calado e me angustiou por demais.
Falou que eu tinha essa submissão de querer ser agradável e educado.
Estou seco e por isso não vivo a culpa, a raiva, a dor que pode haver em mim e que seria meu capital emocional.
O conflito ético que você levantou ele resolveu dizendo que ia perguntar ao meu filho se ele se importa dele seguir comigo, mas que ele não via tanta conexão seja pelo tempo que se passou como porque ele não me conhece, ou seja, sou novo para ele.
Vou ter que dormir com esse barulho e com o benzodiazepínico.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Você ainda acontece

O "Big Jato" já está se tornando uma lenda e a Sofia (o Maurício já deu nome para minha ansiedade há anos, com as perdas da esposa e dos quilos de gordura ela só veio à tona para roubar a minha paz...antes roubava a dos outros) me impediu de trabalhar.
Pedi arrego. Trocamos por uma pedalada. Meio aterrorizante o trânsito do Centro na tarde quente. Mas reages sorridente aos meus galanteios e vamos nos conhecendo como amigos (que amigo?!)...
Ah...nossa bola de Berlim e pastel de Belém compartilhados! Seu sorriso de francesa nas zonas pobres do centro de Paris...burgueses integrados ao populacho!
Fomos bem. Até estourar o raio traseiro. Que todos infortúnios fossem assim...de pequena monta!
Recebe um cheiro de dama da noite na sua porta e lembra que na claustrofobia do elevador travado estou ao alcance de teus dedos que já toco.
Feliz praia!
Se quiser essa tarde sou seu...

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Você aconteceu

Fomos até o Piauí.
Sem beijos nem mãos dadas.
Só um começo, empatia para sairmos de novo amanhã. Crer na possibilidade do amor que talvez demore  a chegar.
No meu caso, controlar a ansiedade é tudo. No seu, ainda não sei. Histórias diferentes que podem se completar. A sensação de garimpar e achar um tessouro. (Pausa explicativa: Escrevia essas linhas no celular, primeira vez que blogava assim.)
Toda uma vida a dois desfeita, acampado por aí e pedindo ajuda e clarividência para sair do túnel escuro.
Depois vais sumir de mim na praia do fim de semana. Curtir o rebento longínquo. E não se iluda, nem tudo que lerás será o se possa pensar que seja. Fica aqui a vontade infinita de darmos certo.

domingo, 12 de junho de 2016

Ser ou estar só não é ser ou estar triste

Se as duas coisas acontecem ao mesmo tempo, é mais uma "coincidência" que um estado de coisas.
Estou e estarei só por um tempo, pelo menos.
Isso não quer dizer a outra coisa.

Posso imaginar um ser só e feliz, pelo menos por um momento transitório.

Assim terá que ser.

Tenho que mostra meu amor à vida e seguir até renascer em outro amor ou pelo menos no amor próprio e pelo "resto" do meu ser e da minha vida.

Amém.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Privacidade

Faz tempo que a vida privada foi pelo ralo.
O que quer dizer isso?
Que vou contar tudo, com detalhes e nomes aqui?
Longe disso...
Prá que medo?
Seu cartão de crédito, sua conta bancária, seu Face, as empresas que te rastreiam o dia todo pelo celular sei lá, o problema está mais lá.
Não aqui...onde ninguém vem (a não ser o primo que um dia leu as elucubrações que escrevi do tio no dia da sua trágica morte...e me dei tão mal).
Não.
Aqui é mais um espaço de acolhimento, de confissão não agressiva, de intimidade minha e tua.
Nossa!
Assim vamos tateando.
Realmente não é nada ainda.
Não somos mais que dois seres que se trombam num mundo ainda de sombras espectrais.
Pouco mais que o começo de uma amizade real nesse emaranhado virtual/real..
Duas pessoas se buscando, fugindo, nesse balé ainda imperfeito.
Tentando achar o passo da contradança.
Assim vamos.
Não nos escorando.
Apoiando, ajudando.
Quiçá sendo felizes!

domingo, 29 de maio de 2016

És da minha pátria

Tomas o acaso em tuas mãos!

És da cidade "onde Jesus Nasceu"!
Santa Maria de Belém.

O que escreves?
O que vai pensar sua filha do mar?

Ontem saímos e dançamos.
Meninos.
Hoje caminharemos lado a lado?

Eu disse, meio brincando, que sou prá casar...

Tudo novo, tudo ainda breve.
Prá que tanta esperança?

Dê tempo ao tempo.
Haverá muitas horas nessa calma.
Há paz em teu coração!

Desenrola-se o novelo da tua novela!
Fique atento às cenas dos próximos capítulos.

domingo, 22 de maio de 2016

Sucessão de nomes e caras

Vanessa Minillo, italiana bem postada, fotógrafa. Márcia Menezes, desempregada. Lídia Tinder, enfermeira. E Eliane Valle, professora. Histórias que se cruzaram em dois dias. E que parecem que vão se descruzar na mesma velocidade. Encontros virtuais, encontros reais. Novos tempos. Footing de "app"licativos!

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Cara e ou coroa

Parecia que nem tchum prá ela
Lá foi ela cheia de auto estima e coragem, insuflada pela paixão.
Com bolo.
Toda serelepe.
Adoçar a boca do amado.

Loba.

Platônica!?

E o (agora ex) marido ali, assistindo tudo.
Trinta anos de casamento esborroado!
Ia matar o ciúme em mim.

E recuperar a paz e voltar a poder dormir.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Condenado a viver

Se esmorecer, morre.

Vai acordar e sair prá vida, todos dias que te restarem.

Acreditar no porvir.

Esse negócio de deprê não tá com nada.

Vai tratar de viver, meninão!

sábado, 7 de maio de 2016

Eu preciso ficar só

O decreto veio.
Peremptório.
Monocrático!
Eu acolhi a designação.

Eu aprisiono.
Veio a sentença.

Liberte-se!

Essa irresponsabilidade a obriga.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Você conhece o Cunha?

Qual?
Aquele que te meteu até a unha!

Caminho da roça

Trabalhando em Cubatão
E morando no Itaim Bibi
Passo todo dia
Num caminho lindo

Nesse Maio
A bruma matinal
Cobre tudo com
O manto diáfano da neblina

Friagem besta!

Mesmo sonho

Viver a paixão
E o amor

Como te censurar
Se buscas agora
O que sempre busquei em ti?

Após uma existência miserável
Misteriosa esperança!

Novo dia
Amanhecer

O crepúsculo da vida
Queira Deus!
Ainda tarda um tanto

Novos cios virão!


Moderno casal

Ela sem procurar cavou o fosso.
Procurou o coração batendo forte, a boca seca e úmida em momentos diferentes, o delírio.

Ele se levou por décadas frustrantes.
Engordou, criou divertículos, pedras de ácido úrico e talvez quase enfartou.

Agora ela saracoteia.

Ele avança, deixa o drama, volta prá vitrine sem abaixar o preço da etiqueta!

A paixão

Sempre cri no amor e na sua gênese de forma virulenta.
O tempo e a dor são inerentes à vida.
Ame, seja como for.
E a desilusão poderá dizer que o bem virá.
Fugaz ou duradouro.
Viva um dia depois do outro, tente estar mais no presente.
Medo de sofrer também é medo de viver.
E para mim talvez o pior momento ainda esteja por vir.

Quem viver verá!

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Humana tristeza e solidão

Sinto que o que eu queria tenta me deixar.
O amor à democracia popular?
Traição.
Abandono.
Vim ao mundo só.
Fiz me homem só.
Tive amigos, mãe, irmãos, bons colegas, mulher, filhos, etc.
Tive uma grande pátria mátria amada idolatrada salve salve.
Mas nessas horas nos encontramos como na morte.
As perdas são tristes e essa é solitária.
Estou acuado em casa como estive em hotéis essa semana.
Solitário e longínquo.
No peito e na razão tenho motivos para aguentar o tranco.
A verdade dói, mas liberta.
Gostarei mais de mim, serei forte para o trauma de alta magnitude.
Fênix.
Vou renascer dessa cinza.
 

domingo, 17 de abril de 2016

Na estrada em Minas outra vez

Com a mãe quase octogenária e a tia a caminho disso.
Turismo adaptado.
Fernão Dias depois de pegá-las em Jundiaí (a tia) e Campinas, onde dormimos pra sair cedinho.
Outono seco, dias de azul de brigadeiro.
Dom Pedro I, Atibaia, Extrema, Camanducaia, Cambuí.
Em Consolação, cavaleiros festando a vida pacata.
Paraisópolis, Cruz Vera, Brasópolis, nomes lindos.
Dias, Piranguinho, a moderna e industrial Itajubá.
Dormir a primeira das 7 noites em Maria da Fé.
Eu decidi ir ver e conhecer mais a fundo o centro pioneiro da cultura das oliveiras no Brasil.
Epamig e uma fazenda com o nome da cidade que também tem seu pequeno lagar.
A safra de 2016, sem frio, praticamente não houve.
Depois, Cristina.
São Lourenço, na 2a feira não tem spa de águas.
Mas a pousada era boa.
Caxambu é o reverso pobre e pacato da anterior.
Baependi por causa da Nhá Chica, já que a mãe é devota e queria me recomendar.
São Tomé das Letras teria sido legal há 3 décadas atrás.
Agora era só um mixórdia de duendes e magos e hippies pobres, tristes e velhos.
Foi um exagero dormir lá na Antares duas noites.
Mal fui, numa fugidela das anciãs, a um banhozinho de cachoeira.
Cruzília faz bons queijos e tem lojinha gourmet disso e muito mais.
Pouso Alto.
Itamonte tinha trutas que não comemos.
A tríplice fronteira é engraçada.
Saímos de Minas, entramos no Rio de Janeiro a mais de 1600 metors de altitudes.
Passamos por um biquinho do Estado de São Paulo e já voltamos ao Rio.
Engenheiro Passos, Itatiaia.
No parque voltei ao hotel Bonatti (onde fui há mais de uma década com a família, na última viagem como funcionário da Fosbrasil em Cajati, já com o Ricardinho no comando da nave que em breve, para mim, se esboroaria).
As Agulhas e as Prateleiras ali.
Rodeamos Penedo, fomos a Visconde de Mauá, Maringá (de Minas e do Rio) e na Maromba.
Voltei aperreado, hoje um dia marcante.
A mulher me recebeu até melhor do que eu podia esperar.
A vida vai seguir, com Dilma ou sem ela.



quinta-feira, 7 de abril de 2016

Até o vazio que me dá

Viver é tentar se entender.
Não devo fazer nada contra o que nada posso fazer prá mudar.
E preciso lutar contra o que posso efetivamente mudar.
E ter sabedoria para entender a diferença entre uma coisa e outra.
Nesse desequilíbrio fico imaginando os possíveis cenários para os próximos dias, meses e anos dessa profunda crise que se instalou na Pindorama.
Dilma cai?
Dilma fica?
Lula consegue um acordão?
O Governo Federal se destrava?
Lula se candidata em 2018?
Quem será eleito novo prefeito em São Paulo?
Tento não agitar meu coração para além do racional.
Tento não comprometer minhas emoções com fatos até próximos para os quais efetivamente não tenho contribuição efetiva a dar.
A provação vai continuar.
Quero passar por tudo isso com lucidez e altivez.
Vou ganhar um dia depois do outro.
Vou levantar minha cabeça com altivez e seguir.
Sei mais ou menos quem sou.
Esmorecer não é alternativa.
Ficar alerta e agir para o bem é mister.

domingo, 27 de março de 2016

Quando as condições se deterioram é que você mostra sua força

Lembro aquelas noites mal dormidas cuidando de filho pequeno doente.
Pense quando está tudo difícil.
É então que sua força tem que aflorar e a racionalidade vencer os maus pensamentos.
Se está "tudo" ruim lá fora é que o momento de sua força interior aflorar.
Vai passar.
"Fibra Johnny, fibra!"

sexta-feira, 25 de março de 2016

Os Koch são mórmons e financiam a direita

O "dinheiro sujo" (ver o Livro "Dark Money" de Jane Mayer) está por trás do "Vem Prá Rua!"

Chove chuva

Pinga pinga pinga chuvinha.
Sex tá feira da paixão.
Pré pascoal!
Águas de fim de março já fecharam o verão.
Tem os bodes da gente e os bodes mé.
Para além de tudo, pós, novo.
Ressurrecto!

Bloquearam meu próprio blog na internet da empresa

Coisas da TI.
Não vou reclamar não.
Agora só posso postar aqui, em casa.
Não tenho internet móvel no celular.
Não tenho ido em lans houses, nem em computadores de amigos ou parentes.
Daqui então vai minha mensagem.
Nós precisamos redescobrir o orgulho de sermos brasileiros.
Mesmo tomando de 7 a 1, fomos 4o lugar na Copa, que transcorreu maravilhosamente.
Vamos fazer uma Olimíada bem legal também.
Estamos em crise, e daí?
Já passei por 5 ou 6 essas, cada década quase tem a sua.
Essa psicose neurótica que estamos de moro em um país fudido vai passar.
Não maldigamos a Pátria!
Amos os brasileiros!
Não um a um, ou cada um de vocês.
Amo essa idéia de conjunto. 

segunda-feira, 21 de março de 2016

Caridade por empréstimo

Não a fiz a conhecido e próximo que suplicou à sua maneira.
A dirigi a um "passante", quase ignoto.
Fui longe demais.
As circunstâncias protetoras me obrigaram a parar, como me convinha.
Só peço aos céus a restituição do favor concedido.
Porém, ao realista, a frustração dessa empreita é quase certa.
Que minhas virtudes aceitem essas perdas e inconvenientes.

Do "Diário de Moscou" de Walter Benjamin

"Percebi que a solidão não existe para nós quando a pessoa que amamos, embora em outro lugar, fora do nosso alcance, também está se sentindo só, e no mesmo momento."

Tempos bicudos

Escolheram o ex presidente metalúrgico para começar a prender.
Raivas de classe.
Outros foram tão ou mais "quadrilheiros".
E não distribuíram renda nem mexeram em privilégios sociais do tempo da colônia.
Os outros virão ao caso?

Judicializamos e espetacularizamos a política.
Veja que o diga.

Mãos Limpas? Sempre fui a favor!
Mas que não nos traga outro Berlusconi (Doria Jr. já é seu espectro!).
Nesse balaio torpe, Dilma será a honesta autista!?
O PIG trombeteia sua queda e os ignorantes rosnam e mostram seus dentes de ódios.
Na planície faz frio em meu coração brasileiro.

domingo, 20 de março de 2016

Tristezas: No passarán!

Lutando contra a deprê da queda da Dilma eu me redescobri: sou groucho-marxista e oswaldiano.
Portanto "alegria é a prova dos nove".
Deixem as velhas e moços anti-comunistas morrerem à míngua.
Deixem os coxas gorvernarem "a bagaça" com o DEM e o PMDB, com a gente de novo na oposição.
Pimenta no cu dos outros é colírio.
Minha revolta é continuar a ser feliz!

sexta-feira, 18 de março de 2016

Na rua de vermelho, sem aceitar provocação

Um ato pacífico, massivo e democrático.

Só isso mostrará aos coxinhas amarelos o que é defender a democracia.

Gostaria que essa mensagem atingisse milhões.

Talvez agora sejamos poucos, mas é o que temos e não podemos recuar.

Enquanto a situação se apresenta, temos que ser Ciros à uma da madrugada!

quinta-feira, 17 de março de 2016

O contra golpe e eu

Não vem ao caso confrontar os defeitos de Dilma e do PT.
Nem vem ao caso ficar entoando loas ao combate (no caso seletivo) à corrupção.

O que vem ao caso é: ou é "nós" ou é "eles".

"Nós" queremos uma sociedade inclusiva no sentido econômico, social e racial.

"Eles" querem manter os privilégios de uma parcela pequena da população.

Amanhã vou sair nas ruas para defender um projeto esquerdista nesse momento de radicalização de um golpe jurídico-midiático direitista.

Viva Lula, Viva Dilma, Viva o PT!

Depois coxinha diz que a Glóbulo é isenta: jornalista ator eu vi!


terça-feira, 15 de março de 2016

Henfil já pôs juiz julgando Lula nos começo dos anos 80 (que antecipação!)


Minha Asja Lacis

Walter Benjamin ficou anos vidrado nela.
Foi até Moscou encontrá-la e ficava mais com o "namorado" dela,  Bernard Reich que com a própria.
No ponto em que estou nos "Diários de Moscou", eles ainda não tiveram uma noite de amor.
Acho que não vão ter. pelo menos nessa estada de Benjamin em Moscou.
Os diários são do inverno de 26-27.
Eles só coabitaram por quase dois meses numa estada de Asja em Berlim entre 28-30.
É a assim vida complicada com essas mulheres inteligentes e decididas que amamos!

Gregório Duviver e Laerte falam de Lula

https://youtu.be/7-xOg0HoMsY

A Tia deu o toque

Mostre seu amor, esse é o primeiro princípio.
Depois mostre o quanto você ainda pode oferecer.
Não com palavras, mas com atitudes.
Reinvente-se.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Insônia

Duas e quarenta.
O sono nem de longe se aproximava.
Sabia que ia ter um dia muito cansativa amanhã, e depois, como todos dias de trabalho duro.
Mas não podia conciliar o sono.
Preocupações: a mulher (e onde ir dormir amanhã), o trabalho, o amigo com namorada que deu bo´s, o ex amigo que se mostrou traíra, etc.
Ninguém dorme com essas preocupações.

Dar um tempo

Relacionamento velho.
Ela sem saco pro ronco, pro hálito, prá submissão.
Pediu espaço prá não sufocar.
Ele entendeu que não tinha por onde.
Vai sair por aí.
Será que vai dar saudade nela?

José

Bom engenheiro, com fama de telúrico.
Vi de perto.
Perdi.
Perdemos.
Passará.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Aos três patetas Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo

Não confundam Friedrich Engels com Georg Wilhelm Friedrich Hegel.
Lembrando que um é o parceiro intelectual de Marx e o outro é o da "Fenomenologia do Espírito"!
"Mascote" é a cadela da vossa mãe! kkk

terça-feira, 8 de março de 2016

sábado, 5 de março de 2016

STF reage ao primarismo do show televisivo de Sérgio Fernando Moro

Primeira crítica contundente do Supremo Tribunal Federal à ação do juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula nesta sexta-feira 4 veio do ministro Marco Aurélio Mello; "Condução coercitiva? O que é isso? Eu não compreendi. Só se conduz coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o cidadão de resiste e não comparece para depor. E o Lula não foi intimado", afirmou; "Precisamos colocar os pingos nos 'is'", continua; Mello criticou o argumento de Moro, de que a medida foi tomada para assegurar a segurança de Lula; "Nós, magistrados, não somos legisladores, não somos justiceiros", e ensinou: "Não se avança atropelando regras básicas"

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Ano bissexto

A origem do nome bissexto advém da implantação do Calendário Juliano em 48 a.C. que se modificou evoluindo para o Calendário Gregoriano que hoje é usado em muitos países a todos os quais ocorrem os anos bissextos.
Dentro de um contexto histórico, a inclusão deste dia extra, dito dia intercalar, ocorreu e é feita em calendários ditos solares em diferentes meses e posições. No Calendário Gregoriano é acrescentado ao final do mês de Fevereiro, sendo seu 29º dia.
Hoje a expressão bissexto vez ou outra é associada ao duplo seis (66) da expressão 366, o que expressa uma coerência mnemônica popular, porém, aos estudiosos é um grande e histórico equívoco.
Na verdade naquele antigo calendário Juliano havia "duas sextas feiras" (o sexto dia), dái o "bissexto"...
Bem, eu casei dia 29/02/1992, portanto amanhã faço 24 anos de casado.
E é apenas a 6 vez que comemoro a efeméride na data justa!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Sexta

Pegou a bicicleta como se fosse a última!
Estacionamento e William...
A família bonita do Zé na frente da lanchonete que a turma do fundão frequenta.
Olívia a filha mais velha de 11 anos, outra de 7, a mulher (Renata?).
Na Imigrantes fomos retidos uns minutos.
Mais um acidente de moto, os socorristas por lá. Rezei pelas vítimas.
Chuviscos de fim de verão tinham caído à noite.
A manhã era fresca e nublada.
Nesgas de céu azul e Sol aqui e acolá.
O Parque do Estado adianta o prazer de matas, que vamos encontrar mais abundantes depois do Rodoanel, no entorno das represas e na encosta da Serra.
Casa feias de Diadema, são tão lindas!
E um funcionário novo sobe no ônibus lá pros fundos de São Bernardo!

Besteira é comigo

"Bandinha"

Pisca o cu, balanga o saco
Que catinga de subaco (caixa)

Pisca o cu, balanga a teta
Que catinga de buceta (repinique)

Quero cagá, mas não posso
Quero cagá, mas não posso (corneta)

Joaquim Moreira subiu na bananeira
Comeu banana podre
Morreu de caganeira! (flauta)

Bundão, caralim, caralhão
Bundão, caralim, caralhão (bumbo e surdo)

Reúnem-se quatro ou cinco gaiatos e saem "tocando" (na verdade cantando com a boca imitando os instrumentos). Imagine a cara dos passantes! kkk

 

Seu César

Luiz Egydio de Cerqueira César nasceu em Piraju em 189x.
Novinho foi prá Goiás Velho e depois se estabeleceu com a família em Mineiros - GO.
Lá casou com a Claudimira e veio para Marília com o pai dele (Quinzinho) em 192y.
Depois de enviuvar, deixou os oito filhos e foi abrir, pro seu Getúlio a Colônia "W" no então município de Dourados - MS (onde hoje está Fátima do Sul). Foi pra lá em 194w ou 195t.
Lá ele teve o resto dos filhos, com a Vó ("Drasta") Eugênia.
Voltou para Marília nos meio dos anos 1960, onde morreu em 198z.

Quinta é quase Sexta

Quase alforria do trabalhador comutador.
Que gosta de sábados e domingos.
Dormir até acordar, sem despertador.
Nada de se arrumar voando, tomar café correndo, nada de sair na pressa pra Conceição.
Esquecer de pegar o busão.
Dois dias de cozinhar tranquilo, beber um pouco, ver cinema.
Conviver melhor com filhos e esposa.
E no Domingo à noite saber que tem mais uma nova semana pela frente!

Superwoman (Where Were You When I Needed You) do Stevie Wonder

Mary wants to be a superwoman
But is that really in her head
But I just want to live each day to love her
for what she is

Mary wants to be another movie star
But is that really in her mind
And all the things she wants to be
She needs to leave behind

But, very well, I believe I know you-very well
Wish that you knew me too-very well
And I think I can deal with everything going through your head

Very well, and I think I can face-very well
Wish that you knew me too-very well
And I think I can cope with everything going through your head

Mary wants to be a superwoman
And try to boss the bull around
But does she really think that she will get by with a dream

My woman want to be a superwoman
And I just had to say good-bye
Because I can't spend all my hours start to cry

But, very well, I believe I know you
Very well wish that you knew me too
Very well, And I think I can deal with everything going through your head

Very well, think that I know you too
Very well, wish you knew me like I know you
Very well, but I think I can deal with everything going through your head
Your filthy head

Very well, dum dum da, dum dum da
Very well, wish you knew me too
Very well, And I wish I could think of everything going through your head

Very well, dum dum da, dum da, dum da
dum dum da, dum da, very well
And I think I can deal with everything going through your head

When the summer came you were not around
Now the summer's gone and love cannot be found
Where were you when I needed you-last winter, my love?

When the winter came you went further south
Parting from love's nest, leaving me in doubt
Where are you when I need you, like right now?

Our love is at an end
But you say now you have changed
But tomorrow will reflect love's past

When the winter came you were not around
Through the bitter winds love could not be found
Where were you when I needed you, last winter, my love?

Oh I need you baby, I need you baby

Our love is at an end
But you say now you have changed,
But tomorrow will reflect love's past oh

Spring will fill the air and you will come around,
Well is it summer love that will let me down,
Where were you when I needed you, last winter, my love?

La la la la la, la la la la la
La la la la la, la la la la la
Where are you when I need you, like right now?
Right now, right now, right now

Where were you when I needed you last winter, my dear
I need you baby, I need you baby, I need you baby
Oh, Where were you when I needed you last winter, last winter

Yea, Need you Baby, need you, need you baby,
Oh, you want me too need you baby
Oh where were you when I needed you last, dear
Yea

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

De esquerda

Os Cerqueira César de Marília éramos mormente de direita.
Eu o fui desde nascer até os 18 anos.
Nos anos 70, lembro do primo Zeca e o tio Quincas, ambos da Libelu e depois do PT.
O Zeca chegou a ser preso pela tropa do Erasmo Dias (na invasão da reunião pela reorganização da UNE na PUC-SP em 77).
No começo dos anos 80 segui a trilha política aberta por aqueles dois.
Já fui um pouco anarquista e depois "esquerda", "centro" e "direita" do PT.
Podemos dizer que sou "social democrata" ou um "capitalista social".
Depois da maioridade, sou o que sou.
Por escolha ou natureza.
 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

"Bom dia" (de Zizi Possi?)

Um dia quero mudar tudo
No outro eu morro de rir,
Um dia tô cheia de vida
No outro não sei onde ir,
Um dia escapo por pouco
No outro não sei se vou me livrar,
Um dia esqueço de tudo
No outro não posso deixar de lembrar,
Um dia você me maltrata
No outro me faz muito bem,
Um dia eu digo a verdade
No outro não engano ninguém,
Um dia parece que tudo
Tem tudo prá ser o que eu sempre sonhei,
No outro dá tudo errado
E acabo perdendo o que já ganhei
Logo de manhã, bom dia...
Um dia eu sou diferente
No outro sou bem comportada,
Um dia eu durmo até tarde
No outro eu acordo cansada,
Um dia te beijo gostoso
No outro nem vem que eu quero respirar,
Um dia quero mudar tudo no mundo
No outro eu vou devagar,
Um dia penso no futuro
No outro eu deixo prá lá,
Um dia eu acho a saída
No outro eu fico no ar,
Um dia na vida da gente,
Um dia sem nada de mais,
Só sei que eu acordo e gosto da vida
Os dias não são nunca iguais!

V

Grandes pássaros passam

"Coisas nossas", de Noel Rosa

Queria ser pandeiro
Pra sentir o dia inteiro
A tua mão na minha pele a batucar
Saudade do violão e da palhoça
Coisa nossa, coisa nossa

O samba, a prontidão
E outras bossas,
São nossas coisas,
São coisas nossas!

Malandro que não bebe,
Que não come,
Que não abandona o samba
Pois o samba mata a fome,
Morena bem bonita lá da roça,
Coisa nossa, coisa nossa

O samba, a prontidão
E outras bossas,
São nossas coisas,
São coisas nossas!

Baleiro, jornaleiro
Motorneiro, condutor e passageiro,
Prestamista e o vigarista
E o bonde que parece uma carroça,
Coisa nossa, muito nossa

O samba, a prontidão
E outras bossas,
São nossas coisas,
São coisas nossas!

Menina que namora
Na esquina e no portão
Rapaz casado com dez filhos, sem tostão,
Se o pai descobre o truque dá uma coça
Coisa nossa, muito nossa

O samba, a prontidão
E outras bossas,
São nossas coisas,
São coisas nossas!

"A rã" (de João Donato)

Coro de cor
Sombra de som de cor
De mal me quer
De mal me quer de bem
De bem me diz
De me dizendo assim
Serei feliz de flor
De samba em samba em som
De vai e vem
De verde verde ver
Pé de capim
Bico de pena pio
De bem te vi
Amanhecendo sim
Perto de mim
Perto da claridade
Da manhã
A grama a lama tudo
É minha irmã
A rama o sapo o salto
De uma rã

Ex-Presidentes e a Presidenta

A democracia moderna nos permite ver conviverem no tempo Sarney, Collor, Fernando Henrique e Lula. Enquanto Dilma governa.

A cada um daqueles senhores cabe o grosso da responsabilidade por sua biografia.

O País tenta sair do círculo vicioso de autoflagelação.

E ao otimista cabe agir como tal.

Não vou trair minha natureza.

Vou projetar um futuro radioso para a Pátria que me escolheu e quem escolhi. 

Fevereiro já vai

Ontem teve panelaço macarthista.

Hoje é quarta feira, 24 de Fevereiro de 2016.

A 1a semana após o fim do "horário de verão" é diferente...
Saímos na Imigrantes com Sol já raiado.
Chegamos com ele já crescido lá na Baixada Santista.

Fez-se a luz onde reinava a escuridão.

Dilma se recupera aos trancos.
E eu continuo PT.
 

O macarthismo vil e mequetrefe dos batedores de panela(s), por Lula Miranda no Brasil 24 7

O macarthismo, nos velhos e pesados dicionários impressos, de capa dura, que ainda utilizo em meu escritório, é sinônimo de “atitude política radicalmente contrária ao comunismo, que se desenvolveu nos EUA, com a campanha desencadeada pelo senador Joseph Raymond McCarthy, quando presidente do Senate Government Operations Committee” - isso por volta do final da década de 1940 (só para situar na História).
Em dicionários eletrônicos, mais fáceis de acessar, o termo virou sinônimo de “prática de formular acusações e fazer insinuações sem provas, comparável à que caracterizou o movimento macarthista”. Ou ainda a “prática de fazer alegações injustas ou utilizar técnicas investigativas capiciosas, especialmente para restringir o dissenso ou a crítica política".
Seria a perseguição ao PT e aos petistas (ou aos aliados destes) uma nova espécie de macarthismo, um neomacarthismo?
É bom que conheçamos, todos, todas essas definições – até porque a segunda e a terceira dependem da compreensão da primeira. Todas tentam apreender, talvez não consigam a contento, a mais perfeita tradução do terror (e do horror) que é ser perseguido por pessoas, ou por instrumentos e instituições a serviço de um Estado Leviatã, em processos, quase sempre kafkianos, no qual o indivíduo é acusado de um suposto crime, que, a rigor, ao menos nas democracias modernas, não é crime: emitir/exercer, com liberdade, a sua opinião, crença ou ideologia.
Não se trata, simplesmente, do crime de corrupção (ou de colarinho branco), para este existe a legislação e a Justiça, mas do crime de corrupção de valores – o que é pior. Este preocupa-me, sobremaneira.
Ou seja: o indivíduo perde o sagrado e fundamental direito ao respeito à sua individualidade. Direito este que, de tão essencial, está previsto em praticamente todas as Constituições modernas – só não nos regimes ditatoriais, claro.
No Brasil de hoje, na visão dos indivíduos que estão confortavelmente assentados no topo da pirâmide social, ser filiado ao PT ou um militante petista é como se fosse um demérito, um “crime”, um pecado capital.
Pretendem transformar os petistas numa nova espécie de párias da sociedade.
Nada mais equivocado e ruinoso para a democracia.
No Brasil de hoje, vivemos uma espécie de macarthismo dos patifes.
Sim, isso mesmo, um “macarthismo” que é pura “patifaria”.
Já vimos, nos dias de infâmias (e de infames) que correm, petistas sendo acossados e/ou agredidos, em diversos vídeos que circulam pela internet. Em hospitais, restaurantes, salas de aula, nas ruas e até em aviões.
Tivemos, recentemente, o caso do rapaz e da senhora que foram agredidos simplesmente por estarem usando uma camisa da cor vermelha. A cor dos “petralhas”, a cor dos “comunistas” – é o que eles pensam e dizem. Mas eles pensam?!
Lembro aqui o caso do filho do jornalista Ricardo Noblat [este um antipetista de carteirinha – o pai, não o filho], que passeava, tranquilamente, na Paulista com seu bebê no carrinho, numa tarde de domingo, quando foi ostensivamente ofendido e quase agredido por uma turba desses intolerantes.
A mesma histeria do macarthismo.
Ontem, durante o programa político do PT, vimos, novamente, a manifestação dessa ensandecida claque de patifes.
O curioso desse “panelaço” das elites conservadoras do Brasil, vale destacar, é que ele é essencialmente diferente do panelaço original – ou do “cacerolazo”, o do Chile em 1973 ou o da Argentina, de 2001. Na verdade, é o seu oposto. Como já o foram, tantos outros que vieram a seguir.
Os manifestantes do “cacerolazo” (o original) pretendiam fazer barulho para serem ouvidos em suas demandas. Os desassistidos (ou os indivíduos da classe média) tentavam fazer chegar suas críticas e demandas às classes dominantes, às classes governantes.  Estes batiam panela, numa alegoria: queriam passar a mensagem de que suas panelas estavam vazias.
Aqui, as classes dominantes, de panelas cheias, “apenas” desejam voltar a dominar, a governar.
O panelaço brasileiro é, desafortunadamente, mera manifestação de autoritarismo, de intolerância. Ele não pretende comunicar nada. Eles, os que hoje batem panelas, podem até estar enfadados, “revoltados”, mas estão com a barriga cheia.
Aquele que bate, freneticamente, a(s) panela(s) apenas não quer ouvir o outro, eleito “inimigo”.
Aquele que bate panela do alto de sua varanda gourmet não quer diálogo; não deseja ouvir o que o outro tem a dizer. Daí o barulho, frenético.
Para aquele que bate panela(s), só a sua opinião importa.
O batedor de panelas, no Brasil, é o indivíduo conservador, autoritário. Aquele que acha que só a sua opinião, vontade ou ideologia deve prevalecer.
O batedor de panelas é, ao fim e ao cabo, da mesma estirpe ou linhagem do verdugo, do carrasco, do ditador de republiqueta, do corrupto, do egoísta.
O batedor de panelas, no Brasil, não se engane, é a mais perfeita tradução do direitista, do intolerante.
Embora, na maioria dos casos e das vezes, nem eles mesmos se deem conta disso.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Só a mulher tem o poder de se tornar homem fêmea, diz Fernanda Torres

Mulher

Por #AgoraÉQueSãoElas

Por Fernanda Torres*

No presente, a mulher ainda apanha, ganha menos do que o homem e fechou um contrato social impossível de ser cumprido, já que cabe a ela não só cuidar da prole, do lar, se manter jovem e desejada, como também trabalhar para contribuir para o sustento da casa. Sobra tempo nenhum para dormir e, muito menos, sonhar com alguma realização que vá além dos deveres do dia.
Nas camadas mais desassistidas, o fim do casamento indissolúvel produziu milhares de lares sem pai, onde a avó e a mãe servem de esteio para a estrutura familiar. Na falta de creches, de escolas, do estado para ampará-las, a tarefa de criar rapazes que não repitam a violência e o abandono dos pais e meninas que deem um basta na escravidão das mães, é uma missão que beira o inatingível.
A maternidade interfere na vida da mulher de uma forma mais arraigada do que a paternidade na do homem. Temos um relógio biológico certeiro, que coincide com nosso período produtivo, interferindo nas decisões profissionais e pessoais. A fragilidade no emprego, a dependência dos cônjuges, a falta de liberdade de ir e vir passa pela incapacidade do feminino de se desapegar das crias. Um homem, seja ele pobre, rico, preto ou branco, baixo, alto, feio ou bonito, dorme quando está cansado, sai quando deseja e dá prioridade à própria agenda, sem nenhuma pressão que não a da vontade.
Algumas correntes defendem que essa diferença é cultural, mas eu acho que é biológica, carnal, imemorial.
Sou pela licença paternidade. É um passo e tanto para que o casal, unido, divida a responsabilidade dos primeiros meses exaustivos de um bebê. Sou favorável a que toda fábrica tenha uma creche e tenho gratidão pelas babás que me criaram e que criaram meus filhos, cumprindo a função da mãe social, que nos tempos da vovó menina era feito pelas tias, primas, avós e irmãs da casa.
Invejo o companheirismo dos homens, o prazer que eles sentem de estarem juntos e se divertirem com qualquer bobagem. Homem gosta muito de estar com homem. Não me incomoda o machismo, confesso, talvez seja uma nostalgia de infância que carrego. A geração que me criou era formada por machões gloriosos, de Millôr a Miéle, irresistíveis até nos seus preconceitos.
Um editor alemão recusou publicar meu livro, Fim, dizendo que era machista. Explicaram que a obra havia sido escrita por uma mulher e ele disse que não importava, que era machista do mesmo jeito e não iria pegar bem na Alemanha. Está certo o editor, eu sou latina, não consigo entrar numa sauna com todo mundo pelado e me manter isenta.
Os estupros da passagem de ano na mesma Alemanha advogam em favor do editor avesso ao machismo. A violência contra a mulher é menor em lugares onde a igualdade entre os sexos é melhor resolvida. Nos países muçulmanos que visitei, Marrocos, Egito, Malásia, sempre me incomodou o olhar guloso, reprimido e repressor dos homens.
O Brasil está entre um e outro.
Minha babá era um avião de mulher, uma mulata mineira chamada Irene que causava furor onde quer que passasse. Eu ia para a escola ouvindo os homens uivando, ganindo, gemendo, nas obras, nas ruas, enquanto ela seguia orgulhosa. Sempre associei esse fenômeno à magia da Irene. O assédio não a diminuía, pelo contrário, era um poder admirável que ela possuía e que nunca cheguei a experimentar.
Estou certa de que essa é a minha primeira encarnação como mulher.
Apesar do talento para ser mãe, sou menos feminina do que gostaria de ser. Já beirando a idade em que nos tornamos invisíveis ao peão da obra da esquina, rejeito as campanhas anti fiu fiu e considero o flerte um estado de graça a ser preservado. É claro que um chefe que mantém uma subalterna sob pressão constante merece retaliação, mas uma vida de indiferença, onde todo mundo é neutro, não falo igual, digo neutro, sem xoxota, sem peito, sem pau, bigode, ah… é uma desgraça.
Tenho admiração pelas mulheres livres, que não conhecem o medo e são plenas na sua feminilidade. Certa feita, um mulherão me explicou que terminou um casamento sem brigas e sem sofrimento porque o marido ficou homem demais. Na casa dela, pontuou a morena, só havia lugar para um homem, e esse homem era ela.
Nunca fui mulher o suficiente para chegar a ser homem.
A vitimização do discurso feminista me irrita mais do que o machismo. Fora as questões práticas e sociais, muitas vezes, a dependência, a aceitação e a sujeição da mulher partem dela mesma. Reclamar do homem é inútil. Só a mulher tem o poder de se livrar das próprias amarras, para se tornar mais mulher do que jamais pensou ser.
Um homem fêmea.

* Fernanda Torres é atriz e escritora



Alguns dias depois a escritora mandou:

Mea Culpa

Por #AgoraÉQueSãoElas

Por Fernanda Torres*

Venho aqui pedir desculpas pelo artigo Mulher que publiquei no Blog Agora É Que São Elas, da Folha. Jamais pensei que ele seria uma afronta tão profunda a nós mulheres. Não o teria escrito se achasse que era esse o caso.
As críticas procedem, quando dizem que eu escrevi do ponto de vista de uma mulher branca de classe média. É o que sou.
Minha mãe sempre trabalhou, teve um casamento que nunca cerceou o seu direito profissional, eu cresci num ambiente de extrema liberdade, conquistada, diga-se, com a ajuda de movimentos feministas anteriores a mim. Era uma época de um machismo muito arraigado, do qual guardo heranças, mas que, lamentavelmente, ainda à época não estava identificado de forma direta com o estupro e a violência.
Entendi com as respostas ao meu artigo que, hoje, os movimentos feministas lutam para que essa associação seja clara. Inclusive no que se refere ao direito de ir e vir sem assédio.
Esperava-se de uma voz feminina que tem um espaço para se posicionar, uma opinião menos alienada e classista diante da luta pelo fim de tanta desigualdade e sofrimento que as mulheres enfrentaram e enfrentam pelos séculos.
Refleti durante toda semana e o que me cabe são profundas desculpas. Procurarei estar atenta e comprometida com essas reinvindicações.
Entendi que existe uma discussão maior, que vai da cidadania ao direito ao próprio corpo, e, acima de tudo, uma luta pela erradicação da violência contra a mulher num país já tão violento, discussão essa que não comporta meios termos.
Sou contra o estupro, a violência, o baixo salário, o racismo, e reafirmo a importância dos movimentos que lutam pela melhoria das condições de vida da mulher e das minorias no Brasil.
Sou mulher e não gostaria de ser vista como inimiga desses movimentos, e nem de vê-los como tal, porque isso não corresponde à realidade do meu sentir.
Toda vontade de mudança parte do indivíduo, é o que estou fazendo aqui. Sem a coletividade é impossível avançar.
Prometo estar atenta. Perdão por ter abordado o assunto a partir da minha experiência pessoal que, de certo, é de exceção.
Mea culpa.