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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A entrevista

Manhã clara, azul e nem tão fria de Junho de 2009.
Head hunter, Boyden, lá na Verbo Divino, quase esquina com a Marginal Pinheiros.
Uniduto, o projeto contratante. Entrevistaram-me os diretores técnico-operacional e o administrativo-financeiro.
O que posso esperar? O que eles podem esperar?
Tão grandes expectativas, a ver o que acontece.
O melhor de mim está "à venda"!

sábado, 27 de junho de 2009

Music and Me

Nos bailinhos de fim ano tive o privilégio de roçar nas delícias do Curso Primário Anexo ao Institutão. Como deixei escapá-las? Pergunto, mas sei bem a resposta.
Ora bolas, como eu fui deixar escapar...! Me faltou lábia, boas roupas, estirpe, um bom carro, o papo reto, viagens prá Disney e depois Zoropa, ir ao clube certo, ir nas festas certas, fazer o tipo bom moço e portar carteira cheia! Da parte material, posso imputar a cagada ao Seu Alexandre, agora do resto: mea culpa, mea culpa, mea culpa...Na fase crítica (de 1979 a 1981) me conformei em sonhar com essas e outras gatas (Sílvia Helena Bettini, a magrinha que depois virou, pasme, engenheira química como eu, foi um marco duradouro) e ir afogar as mágoas com as bocas quentes e corpos arfantes, devidamente apertados nos contrafortes da Igreja São Bento, das "Izildinhas" e "Maricléias" que minha brancura e "pé de valsismo" me permitiram "ganhar" nos bailes (aí já sem diminutivos) promovidos pelo professor Lázaro Bento no Clube dos Ferroviários (Ferrinho ou Ferrô pros íntimos).
Depois, politécnico, tive minhas trips de Adriana Gomes Fernandes, Luciana Haddad e Mônica Píccolo...Passei, unicampestre, por uma série de frustrações inauditas tipo Marlenóia, Gislenouca, Vitória Maria Miranda Pureza, uma loucas catadas a laço no Centro de Convivência, Sandra e Sônia Cayres e outras drogas pesadas, antes de afundar a enchada na terra e sacar de lá a redenção "mariliense"-sorocabana, filosófica e medicinal.Para mãe dos meus filhos, escolhi a Kátia! Tá de bom tamanho!

Meu Mico macaco (leia ao contrário!)

Macacada, (o vocativo joanino cai como uma luva para a morte desse grande preto de pele branca!),
Uma velha canção dizia:
"Bob Marley já morreu Porque além de preto Era judeu
Maicou Jécson resiste Porque além de branco Ficou triste"

Bem, o cara não resiste mais!

Mas lembrem dos bailinhos (antes das férias de dezembro e janeiro) que fazíamos dentro das salas de aula (sob o olhar patrulhador de nossas professoras como a Dona Maria Casadei, a Dona Antônia, a Dona Naly Yazbek e a dona Cecília e onde pude dançar com pitéus do calibre de Cristina Casadei, Edivânia, Lúcia Minei, Andréa Genta e por aí afora) do Curso Primário Anexo ao Institutão ou dos respectivos "grupos" e vejam no iutubi os vídeos de "ABC", "Music and Me" e "I'll be there" e verão que, a despeito de toda incensação mórbida e lucrativa de Globos e quejandos e de toda besteira que o adulto podia fazer, o menino Michael e o artista dentro dele eram geniais e que seu "legado" não vai morrer assim tão facilmente. Perturbado sim, mas genial!"Resquiecat in pace"

abraços zeligianos de
Berto Jackson (do pandeiro)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Junho produtivo

Para esse blog, junho de 2009 deve ser um recorde...Mais de um post por dia, as estatísticas aí ao lado confirmam. O meu desemprego serviu para algo: escrever mais aqui...seja lá o que isso possa significar em termos da tal notoriedade que eu queria que esses escritos atingissem e, cada vez mais me convenço, jamais atingirei!
Ou seja, pela baixa frequência (agora o contador aí do lado é prova!), isso é quase um diário como os que eu já fiz, em velhos cadernos "livros de ata" pretos, folhas brancas, com pauta grossa, numeradas, que tenho numa velha mala de couro "esquecida" numa casinha de madeira velha, num velho quintal, da velha casa de lá de Cajati!
Quanta velhice! Já sou um senhor: quarenta e cinco anos! No passado isso era quase sentença de morte, mas hoje não, posso "quase" dizer que sou um menino, pronto para nascer para a segunda metade, pois pretensão de longevidade não me falta.
Desejo que o site Blogger sobreviva por centenas de anos e que um dia alguém da minha descendência (genética ou "espiritual" ou "moral" ou algo assim) passeie por essas linhas como esse cara, dessa época, numa tarde perdida de junho, na cidade mágica e já então desaparecida de São Paulo, desse bairro do Itaim Bibi! Saudações Cordiais!

Dia frio e chuvoso é bom...

...prá ficar em casa, cozinhando prá família. Tajinei por horas, em fogo lento e parando de quando de quando, três coxas e sobrecoxas de frango, com cúrcuma, uvas passas brancas, gengibre, azeitonas pretas,alhos, tomates. Cozinhei cuzcuz marroquino com azeite de oliva, fiz uma salada de palmitos e tomates lindos, com flores de capuzim (picantes como rúcula e em três cores fortíssimas: amarelas, vermelhas e alaranjadas!). Arroz integral e carne de soja com passata de tomate e cobertura de mussarela gratinada, farofa de cenoura, vinho chileno, suco de uva Salton (parei de usar o Superbom, que andou estando ruim...). Salada de frutas com banana, caqui, maçã, murkote, laranja, uva e maracujá! Comi à farta, feliz! Kátia agradecendo, feliz por ter um marido que cozinhe assim para ela no meio de um dia onde no mais das vezes ela esquentaria um prato congelado ou cozinharia muito rapidamente. Foram para a psicanálise, a moça e o Gil...
Agora escuto música (o primeiro disco dos Mutantes), tomo o resto do vinho, o Ariel joga Wii, eu curto a tarde lenta e cinza, idéias e sonhos fervilham, falei com o sócio sobre a venda da fábrica da bananada e só ouvi boas palavras, esperando resposta dos proponentes, esperançosos todos os envolvidos! Vivo e bem!

Simonal foi um canalha

Fui ver o filme, comprei o disco "A Arte de"Wilson Simonal (coletânea da Universal) e cheguei à seguinte conclusão: dono de um talento vocal, auditivo e de palco descomunal, Simonal era o típico suburbano conservador e mau caráter que podemos chamar entre várias eras cariocas como um "malandro".
No disco ele chama (na letra de "A pesquisa", ali assinada por Adilson Manhães, João Roberto Kelly e Teresa Simonal, who is she?) quase literalmente os "Novos Baianos" de viados!
Ou seja, o cara apanhou mais do que devia, mas devia ter apanhado muito mesmo, pena ele não ter suportado para estar dançando e cantando por aí, como muitos de seus colegas de esquerda ou de nem tanto, até hoje!

A mãe do amigo se vai?

Dona Dora, mãe do Sérgio.
Há muitos anos câncer de mama, mastectomia radical e nada mais além da psiquê.
Agora, recentemente, AVC e até que uma boa recuperação...
E nessa semana, tombo, fratura de fêmur mal tratada?, e coma!
O hospital Santa Casa de Marília é um morredouro? Faltou agilidade aos filhos? Era prá ser assim mesmo? As condutas foram todas corretas? Onde foi que erramos?
Esperar, no meu caso, para ver...
Não quero carregar caixões, mas às vezes isso ocorre, cada vez com gente mais próxima, é a vida, ou como dizem os budistas: "a vida é uma dádiva da morte".

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Solidão de Dias

"De manhã, poeira tomando assento, rajada de vento, ira de tubarão, ilusão, coração sangrando toda palavra sã" (Djavan).
Sem assunto, um pouco vazio, cinza e frio como o dia que teima, quarta feira, meio de semana, fim de mês, fim de semestre, Julho pondo a cara em Junho, virada de meio de ano, férias julinas dos meninos, hoje cortar a barba, banhar-se e pentear-se, sair de terno para entrevista, mais uma, um processo longo e necessário.
E o que virá? Sonhar: carro grande, grandes times, grandes obras, escritório grande, pletoras de gentes nessas Berrinis, Paulistas e Marginais, Vilas Olímpias e Brooklins Novos, Centros Velhos e Novos.
"Cê tá pensando que eu sou lóki, bicho? Eu sou malandro velho, ninguém tem nada com isso!".

terça-feira, 23 de junho de 2009

Roger Abdelmassih: Freud explica

O especialista em reprodução assistida Roger Abdelmassih foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo na manhã desta terça-feira, 23, por estupro e atentado violento ao pudor contra pacientes. Com indiciamento, a polícia expressa convicção de que Abdelmassih é o responsável por abusos contra pacientes.
Elas relataram à polícia e ao Ministério Público situações em que o médico as beijou a força e passou a mão em seus corpos durante o atendimento, entre outros atos libidinosos. Pelo menos um caso de estupro também constou da investigação. Agora, o inquérito será relatado à Justiça e encaminhado ao Ministério Público. (do Estadão on line)
Como pode um médico desse calibre ser louco a esse ponto??

Loki x Apenas o fim

Vi os dois filmes nessa ordem, em sequência...O "Loki" como já dito lá no Frei Caneca às 14 h e o "Apenas o fim" no Espaço Unibanco da Augusta às 16:40 h...
Nada mais mais díspar: um retrata uma geração (Arnaldo Dias Baptista) que pirou cheia de tanto conteúdo e a outra que não pirou justamente por ser rasinha rasinha. Uma falando de relatividade e de luta contra a ditadura, a outra tomando fanta uva e brincando de bonequinho do He Man ao som da Britney...
Pobre e rico Brasil!
Como não gosto de suicidas, sinto que há mais vida inteligente no nariz torto da Erika Mader (já que coxões é o que lhe falta) e na cara de bobo do Tom (o personagem do Gregório Duvivier) que em muita cabeça laureada (a do Arnaldo incluída) por aí...

Lóki

Estou no Shopping Frei Caneca, numa conexão qualquer de internet...às 14 h vou ver o documentário sobre o Arnaldo Dias Baptista..."cê tá pensando que eu sou lóki, bicho???Eu sô maluco véio ninguém tem nada com isso!"

Alameda Tietê

Flanei pelas ruas do passado...Fui na Tietê 689, esquina com Melo Alves. Jardins antigos, Cerqueira César. Morei lá em 83 e metade de 84, mais de um quarto de século agora...Lá moravam os irmãos Chuffi de Dois Córregos, o Paulo Sérgio Vidal, bicha travada, de Jundiaí e o meu amigo Renato César de Souza de Dracena, sem contar o outro japonesinho bicha mesmo estudante de arquitetura. Éramos estudantes "pobres", uspianos à excessão do Chuffizinho, pré universitário. Lá recebi amigos, namoradinhas, colegas. Passava no supermercado da Consolação, comprava carne moída com legumes e fazia isso misturado, e uma panelinha de arroz. Jantava à farta! Passei longuíssimos fins de semana prolongados em que todos se retiravam para as casas dos pais e eu sobrava. Livros, o Estadão completo até os obituários, tevê nem tinha, um frango da padaria com coca cola litro, demorava a passar, assim só.
Hoje estou só, não quiz ficar em casa esperando sei lá o quê, o tal emprego, a mudañça de vida, o novo. Mas reencontrei o passado, um velho eu, novo então, comprei uma linda bata indiana na Samadhy, resistente, pois essa lojinha de moda hippie está no mesmo lugar desde 1978! De noite, se insone, problemas: topo da subida da Rebouças, as motos esticavam seus aceleradores na madrugada, altura de nosso quinto andar: uuuuooooóóóó´no doppler veloz do som que chega e vai embora, variando a frequência...Lembrei de tudo, de ícones, de imagens conectadas pelo meu fio de memória. Lembrei de mim, pouco mais que um menino, pouca coisa mais velho que meu filho Ariel. Meu pai veio me visitar, estranhou alusões à maconha que jaziam em "obras de arte" que despretensiosamente eu fazia e pendurava na sala como em um varal, um cordel de barbante. Mas ele se reconciliou comigo, me mandou uma cama de madeira de Assis, deu grana e afago antes de morrer.

Tristesse

Terça feira, sem analista. O spa mental. Quero colo! Quero poder falar de minhas frustrações, de minha tristeza (não é depressão ainda, só o começo...). Quero um empregão, quero de novo o amor, quero subir o Himalaia e descer no fundo da Fossa das Marianas, quero ir à Lua, talvez Marte, quero ser laureado pelo Nobel, quero alcalóide a vontade, quero, mamãe eu quero mamá, eu "quero mais, uma fatalidade um jazz, um raio me cortando um gás me embriagando, faz um terremoto em mim, da guerra quero sim só aprender a paz"...
"Prá que eu não enlouqueça me rouba a razão, prá que não adoeçaa, me mata de paixão,
O amor é ópio, coração, quero insana mais uma ilusão". (Ângela Rorô)

domingo, 21 de junho de 2009

Inverno tropical

Ah! Como é bom esse inverninho daqui do Trópico de Capricórnio!
Não que eu goste de frio, pois "nasci num clima quente, você diz prá toda gente que sou moreno demais"...
Mas depois de, no fim de 2008 e no começo de 2009, ter enfrentado o frio ao norte do Trópico de Câncer lá no Marrocos, acho o clima de São Paulo uma delícia.
No calendário a estação mais fria começou hoje às 2:45 da manhã, mas já tivemos mais frio esse ano... Hoje de manhã, agora há pouco, saímos a passear, a mulher, os dois filhos e eu. Procuramos na Nove de Julho, na Renato Paes de Barros, Bandeira Paulista, Joaquim Floriano e São Gabriel os lados ensolarados, as calçadas mais quentes, a luz e o calor que nos abençoa nesses meses! E os recebemos: luz cálida, ar morno!
Assim é que se vive: aproveitando cada passeio, cada minuto, como um condenado a morte (que somos!). Pouco importa saber quando, vamos morrer!
E cada brisa, cada respirada, cada passo é desfrutado como o derradeiro!
Retendo o valor de cada minuto vivo, consciente sobre essa Terra de meu Deus!
Vivo e sou feliz, quisera que isso durasse muito!

Curió e os mortos do Araguaia

Curió abre arquivo e revela que Exército executou 41 no Araguaia
Até hoje eram conhecidos 25 casos de guerrilheiros mortos; relato do oficial confirma e dá detalhes da perseguição

EXCLUSIVO - Leonencio Nossa, XAMBIOÁ (TO) (Estadão on line de hoje)
Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major Curió, o oficial vivo mais conhecido do regime militar (1964-1985), abriu ao Estado o seu lendário arquivo sobre a Guerrilha do Araguaia (1972-1975). Os documentos, guardados numa mala de couro vermelho há 34 anos, detalham e confirmam a execução de adversários da ditadura nas bases das Forças Armadas na Amazônia. Dos 67 integrantes do movimento de resistência mortos durante o conflito com militares, 41 foram presos, amarrados e executados, quando não ofereciam risco às tropas.

Leia a cobertura completa e a lista inédita dos guerrilheiros mortos no Araguaia em O Estado de S. Paulo deste domingo.

Meu único comentário sobre essas mortes dolorosas, faço com as palavras de "Fado Tropical" de Chico Buarque e Ruy Guerra:
"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
A#
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo
D#
(além da sífilis, é claro)
C7 Ab
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
D7 G7
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."

sábado, 20 de junho de 2009

Mais uma sobre o Senado

Tudo indica que o Zoghbi e o Agaciel não estão com um pusta medo apenas porque tem as costas larguíssimas, ou seja, roubavam até um certo ponto consentidamente pelos presidentes da Casa para deixá-los, igualmente, roubar também...
E me vem o Santarrão, Lula I, defender esses pulhas!
Devia aproveitar para fazer a devassa e enterrá-los!
Mas, em nome das instituições, de eleger a Dilma (que o câncer não a consuma para não termos o Serra! Ou seria o contrário??) em nome de ficar no "puder" vão se levando, se escorando, cambada!
Se puxar o fio, essa porra explode!

O moralista de meia tigela

O Congresso abriga mais um exemplo ilustrativo do uso de dinheiro público para bancar despesas privadas da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O mordomo da casa de sua filha, Roseana Sarney, ex-senadora e atual governadora do Maranhão, é um servidor pago pelo Senado.
Rosa Costa e Rodrigo Rangel
(hoje no Estadão on line)


Chega! Basta! Fora!
Sorte que esse filhas das putas são mortais. Que morra logo!

Cajati reloaded

Vale do Ribeira, sonolento no frio do inverno.
Dormi no Lito Hotel na Avenida principal de Registro, que parece que agora engatou firme a marcha a ré (K5 fechado, Mercado Municipal fechando, KKKK meio às moscas, a Unesp dando um caldo, mas diluído na pasmaceira geral e irrestrita...Crise crônica!)
Tudo quase igual, ali as coisas demoram...
Em Cajati, minhas casas, uma delas à venda, quem sabe algum bem vindo tutu nesse bolso precisado.
Quase tudo na mesma ou regredindo, parece apenas que o amigo-sócio Rossi consegui imprimir um dinamismo a muito não visto no GRES, antigo ADC Serrana...
Mas nessas plagas, bom desempenho é insulto!
Que durmam em paz, que o prefeito dê um jeito!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Escuta aqui, ô Zé Sarney

Vocês já foram os borra botas do Sir Ney.
Agora, não feliz em domar o Maranhão e o Amapá, quer tomar Brasília e repartí-la com o Renan, o Jader e o resto da corja?
Quem somos "nós" que aprovamos os Atos Secretos do Senado (que eram secretos por que eram excusos!)?
O Suplicy? Os do PT também? E os do PSDB também?
Estranho, a se apurar.
Mas parece que entre você, o Malvadeza e o Renan temos quase todas as presidências da Casa desde a ditadura. Agora entendo porque sempre foi tão cobiçada e nenhum petista ou peessedebista chegou ainda lá (chegou? pior para o PSDB!).
E quanto a sua família bem composta, nada contra seus filhos e netos se elegerem e trabalharem, mas cargões de 8 mil para jovens em cueiros, sem concurso??
E dizer que quem quer enfraquecer o Senado são grupos coorporativistas, o que pode até ser verdade, é torcer a verdade. Cidadãos de pé exigem sua renúncia.
Vá escrever seus livros e nos livre de sua pestilência!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Amigo de Curitiba

O Maiczuk veio com o colega Neto, palestra, tentar mudar para melhor coisas da Logística interna do HSBC. Então tivemos os três uma grande noite. Cerveja, elogios mútuos em profusão, cigarros, risadas, mesa farta, memórias, previsão de encontro breve para eu conhecer seu recente rebento, vinho, conversa até as tantas...
Viva o reencontro, viva as amizades de mais de dez anos, viva as novas!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Causo

Doi mineiru foru pescá lambari no fimdi tarde. Passô mei baixu um elefanti avuano, bateno oreia num baruião.
Passô otus doi. Mai trei. Tudim dum lado do corgo pruôtro, mema direçã.
Us mineiro nem piava, nem regalava us óio, modi num parecê sustado.
Veio mais quatu, sei, vei vinti, zubinu brabu, i finarmenti uma revuada.
Inté qui um, arriscanu, lascô:
"Cumpadi, ói que o nin deles é prá lá!"....

Andé Mehmari e Ná Ozzeti interpretam Morro Velho

http://www.youtube.com/watch?v=n7O21FLA-S0

domingo, 14 de junho de 2009

Stella

Esse filme sobre a pré adolescente meio desligada, filha de pais problemáticos de um certo meio social parisienense mais problemático ainda, nos enche de esperança em relação aos filhos entenderem (com ou mais ou menos dor) que a boa escola, a boa educação são, se não a única, uma forma privilegiada de suplantarmos social e pessoalmente o legado (às vezes parco) de nossos genitores!

Parada Gay

Estive na Paulista e a compartilhei com milhões de pessoas. Apesar do risco de tumultos, estava tudo em paz, famílias no meio das tribos, a vontade de chocar e se exibir sendo progressivamente suplantada por uma real ação afirmativa de dizer: "ei, eu existo e sou assim, normal!". Um pouco de maconha no meio do álcool, nada que irritasse a Polícia Militar, presente e discretamente dedicada. Só tenho a reclamar dos decibéis, que a despeito de não terem nada especificamente a ver com os GLBTS, tem a ver com um tipo de "balada" que adrenaliniza, ensurdece e pode enlouquecer. Cuidem de seus ouvidos, pomba!

A Festa da Menina Morta

O primeiro filme de Matheus Nachtergaele como diretor é competente e contundente. Não sei até onde a história é fato ou ficção, mas não importa, é uma ótima história. O "Santinho" de Daniel Oliveira está muito convincente em seus delírios violentos e ternos, em sua ambiguidade, espiritual e material, a relação religioso-sexual dele com a comunidade e o pai (o correto Jackson Antunes) em especial é de dar repugnância...embrulha o estômago, como uma boa obra de arte às vezes é capaz de embrulhar! De se notar como os gays já tinham espaços "privilegiados", mesmo em comunidades remotas... Que o diretor nos brinde com novidades em breve!

Um Homem de Moral

O documentário sobre a vida e obra do dublê de zoólogo herpetologista e compositor popular Paulo Emílio Vanzolini é um presente a nós brasileiros, e um presente em especial à cidade de São Paulo. Adoro ver filmes que retratem essa cidade. E a obra do cara (seja no Museu Paulista seja no samba) é totalmente pitoresca e "daqui".
"Reconhece a queda e não desanima..."!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos Namorados

Frio, cinza chumbo, chuva!
Dia de bolinho de chuva e café no sofá.
Dia de namorar sem pressa, dia de sonhar.
Cozinhar almocinho para mulher e filhos, um pouco de faxina (arrumei uns duzentos cedês que pediam ordem). Dia de esperar. Esperar a parada gay (nunca fui, mas parece que a festa é boa e devo ir me solidarizar com os viados). Ir jantar fora, na Rua Amaury, peixes de água doce no Siá Mariana. Dia de chocolate quente? De feijão nos potinhos para congelar e ir comendo durante a semana! Dia de Faxineira! Oba! A casa fica cheirosa, banheiros impecáveis, aspirador para tirar os pós, os prós e os contras (um pouco de barulho e falta de privacidade). Dia de se alegrar e antever nas vésperas do inverno as alegrias desse tempo feio e dos dias lindos. Sonhar quentão, festa junina de interior, quadrilha, roupas de chita, dente preto, bigode de rolha queimada, comidas de milho e de amendoim, Santo Antônio casamenteiro, São João batista, São Pedro pedra pilar da igreja católica, todo sincretismo é de Xangô, Ogum, Oxossi e Iansã...Perdi de Marília o J.J. Jackson (na verdade, na Festa da Cerejeira de Garça), mas não se pode curtir "tudo", é preciso deixar um pouquinho "pro Santo".

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Marília revisitada

Dessa vez fui de carro (na última fui de moto; acho que pela única vez). Fiz em 4 horas, média de quase 120 km/h, um recorde. Castelo todinha, Cabrália, Duartina, Marília-Bauru.
Em Marília esquadrinhei as ruas do quadrilátero central: Prudente de Moraes do Sérgio, Quatro de Abril da Orly, São Luiz, subúrbio de Tóquio, 24 de Dezembro do Camillo, Santo Antônio, Arco Verde do Moraesão, e a rua Campos Salles do João (acredita que me fugiu o nome?, demorei a o reencontrar!). Passei nas portas dessas casas, excessão da do Sérgio, como um fantasma: não bati, não apertei campainha. Quem estava??
Novos amigos: o Luca italiano, grande músico e cozinheiro, sua esposa Célia da Unesp, o Marcus Tulius tradutor do alemão da obra, entre outros, do Hans Henny Jahn.
Nem tudo são flores, aquele ranço província, a vitrolinha exibida, o irmão mal resolvido. Mas meu "paese" sobrevive bem sem mim. Minha vila, minha ilha grega perdida entre mil viagens épicas rocambolescas, meu bairro do alto da serra do interior do Peru ou de minha tribo bérbere-judia, meu condado do interior do "corn belt", minha origem, raiz, umbigo, fulcro natal do caipira, meu chapadão, espigão, sangue do Vô, das vós, do pai e da mãe, essa última por adoção e já também como página virada, talvez. A casa do irmão, que foi do pai, da mãe e nossa, deveria ser um museu de nós. E não tem Patrimônio Histórico que a defenda, país do "quero o meu", por qualquer merreca uma hora dessa será varrida para mais um arranha céu qualquer... E ainda assim aquilo continuará um "campo santo", dentro de mim haverá esses memoriais, como navios fantasmas em portos há muito vazios, mesmo que povoados por "sucessores". O que é meu ninguém tasca, e o maior patrimônio, para os como eu, é o "imaterial".

domingo, 7 de junho de 2009

"A Partida"

O filme japonês de Yojiro Takita, com o título acima, me fez rir e chorar.
Se eu te falar que o filme é sobre um ex-violoncelista de orquestra que vira "preparador de defunto", você ia dizer que não ia nem a pau num filme com essa temática.
E aí que reside a maluquice do negócio...
O filme tem uma tratativa tão interessante, associada a um certo diagnóstico dos contrastes entre Japão cosmopolita versus interiorano e vida "metropolitana" versus valores familiares milenares, que acho que ganha qualquer um (ganhou os críticos de Holywood, pois foi melhor filme estrageiro na última premiação).
E vou correndo para um mapa para ver onde fica Yamagata (personagem central, o violoncelista Daigo Kobayashi nasceu nessa prefeitura e a ela retorna depois que sua orquestra é disssolvida e ele se sente pouco talentoso para continuar disputando cargos na vida tão competitiva das grandes orquestras).
E eu, tão medroso da morte, pude vir para casa com os olhos destampados, a alma lavada e menos medo de morrer...

sábado, 6 de junho de 2009

Uruguai 0 x 4 Brasil

Estádio Centenário em Montevidéu... 33 anos sem ganhar naquele cenário desde que, em 76, Nelinho (força e precisão) e Zico (classe total) venceram barreiras e fizeram em duas faltas um 2 x 1 contra nossos "carrascos" lá na casa deles.
O jogo dessa tarde foi bonito, parecia que a maioria das coisas estava no seu lugar, o Júlio César seguro no gol, Daniel Alves e Lúcio muito corretos na defesa e o ataque, apesar de Kaká e Robinho não terem roubado a cena e Luiz Fabiano ter sido fominha em alguns lances, correspondeu ao esperado.
Se perdesse, com certeza meu sábado teria sido triste, mesmo depois da ida ao Parque da Água Branca, que está comemorando seus 80 anos.A seleção tem essa capacidade de me transformar num vencedor esportista sem levantar do sofá, tomando vinho na tarde fria.
Agora é ganhar dos "hermanos" em Buenos Aires e, Deus queira!, trazer o hexa da África do Sul. Sonhar é bom!

"Norinha"

Ontem à noite o filho de quase 16 trouxe a namorada, de pouco mais de 17 para apresentar à família.
Parecia um devoto carregando uma santa de barro! Enlaçante e cuidadoso!
Ela linda, mestiça de Sakamoto com Bagio, sushi com macarrão, mignon e falante nas respostas das perguntas que fizemos, pais de famílias interioranas, cujo sotaque ela herdou e não sumiu na fala paulistana.
A mãe, que ligou antes e depois veio buscá-la com o pai, deixou entrever a preciosidade que ela é para eles: gravidez dificilmente conseguida, filha única, estudante "perfeita" quase já dentro (posto que dedicada e preparada) de uma faculdade de Medicina!
O meu outro filho, de 12, era o mais orgulhoso de todos: via na conquista do irmão uma conquista dele próprio, saboreava antecipamente, pela vida do irmão, os desejos de felicidade e a felicidade em si que uma relação bem resolvida pode trazer aos pais e aos "pombinhos" eles mesmos.
Senti que estou quase com cinquenta anos, senti que a vida segue, senti vontade de nada mais desejar (todas expectativas sobre a vida alheia, principalmente dos filhos, é vã), mas não posso trair minha natureza. Espero tudo de bom para essas "crianças".

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Prá Marte

Acabo de ver a entrevista do Maurício Pereira na TV Estadão.
O cara, ex "Mulheres Negras" (com o Abujamra, quem quizer mais vá ao www.mauriciopereira.com.br) se auto define como um guerrilheiro (vinte anos de músico independente ou pinguim ("um peixe fora d'água ou uma ave fora do ar").
Paulista e paulistano até o osso, poucas coisas traduzem mais os ônus e bônus da vida evanescente ("sem passado", visto que São Paulo é só "existência" no século XX e mesmo os bairros da infância de jovens senhores, no caso do entrevistado a Vila Olímpia, "desapareceram", soterrados por prédios e avenidas).
Lembro dos "Mulheres" na Unicamp em 1986 ou algo assim.
Vou procurar seguir o trabalho dele, agora "solo" (tem "várias" bandas e parcerias, na entrevista ele estava com o Marcelo Szafran). Vida breve, arte longa!

Buzina

Agorinha, cruzamento entupido da Itacema com a Renato Paes de Barros, um estúpido motorista buzina desnecessariamente, antes mesmo do da frente ter condições de se mover...
Não contive um muxoxo: "Tem que buzinar logo cedo!?".
Ao que o energúmeno respondeu: "Porque, tem que buzinar à tarde?!".
Isso para dizer que buzina é um equipamento de segurança, para evitar batidas e atropelamentos de pessoas distraídas, cães, pessoas com baixa audição, etc.
Buzina não é campainha de prédio (incrível como vizinhos meus bem postados fazem uso dela altas horas da noite e madrugada para chamar amigos nos andares mais altos!). E também não é para servir de válvula de escape das frustrações de cada um, seja por motivos pessoais ou pelo motivo coletivo: que o trânsito não anda bem!
Calma, gente!
E buzinar só nos estressa mais, irrita e polui nossos ouvidos, nos tornando mais surdos e loucos, aumentando a vontade de buzinar na orelha do pobre cidadão, seu vizinho, seu irmão, se não você mesmo!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Budapeste

Fui ver o filme baseado no romance do Chico Buarque.
O autor aparece numa das últimas cenas, deliciosamente pseudo tímido e curioso, o que confere uma chancela de "ex libris" ao roteiro e à filmagem.
Quem sou: José Costa ou Kósta Zsosé? Quem é minha família: Vanda Costa e Quinzinho ou Krisca Lüdemüle e Pisti? Que língua falo: português ou húngaro? Que cidade é minha: o Rio de Janeiro verde e azul ou a amarela Budapeste? Quero sucesso público e assédio ou compor anonimamente e no ostracismo as mais belas composições de palavras?
Espelhos quebrados, os cacos refletindo pedaços de personalidade aqui e ali, quem "não se encontra", os gauches na vida, ali sonham com um outro eu que responda às perguntas fundamentais: onde e como viver, com o que se satisazer?
O Chico Buarque era já um ídolo da canção.
Confesso que não li Benjamin...
Mas Budapeste e o já aqui resenhado "Leite Derramado" o colocam no panteão da literatura nacional, quiçá mundial.
Istén hósta!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Barão Geraldo

Noite fria, outono querendo invernar, lua crescente facheando forte no céu de estrelas após mais um dia lindo, azul e seco. Aventura nas campinas, voltei depois de anos à casa do Bosque de Barão. Tijolos à vista feitos com argila de não muito longe, a parte de cima de boa madeira de lei do nosso norte. Lembranças do jovem que fui quando a sonhei e a edifiquei. Fiz alguma faxina dentro e no entorno, só com pensamentos e memórias, o pequeno coqueiro agora é uma árvore de talvez dez metros de alto, carregado de frutos. Uma bananeira ornamental engrossou tanto que quebrou a mureta que a continha. E a unha de gato, furiosa e invasora, foi entrando em telhas, grudando na tinta das calhas, fazendo seu caminho capaz de destruir uma casa, mas ainda é cedo: vou domá-la de novo! Haveria trabalho para semanas, repintar aqui, injetar silicone ali, limpar ao redor dos interruptores, cuidar do jardim e organizar as chaves todas. Mas não, inquilino caprichoso me valha. Fui ver a prima, amiga das antigas, fui jantar com a irmã, o irmão, o cunhado, minha mãe e dois amigos da irmã. E no cesto de emoções e lembranças, "revi" por email uma pessoa que me mandou uma mensagem, e nisso revivi muitos anos de nós, de um outro eu, já que não nos banhamos duas vezes no mesmo rio... Sem desencanto: a vida é riocorrente!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Caramelo

Fui ver o filme da atriz e diretora estreante libanesa, Nadine Labaki.
Um universo, com foco feminino, complexo (velhas e moças, cristãs e mussulmanas, em busca do conforto material e do amor) numa cidade se recuperando das guerras e dos traumas étnicos.
E como no Marrocos ou no Brasil arcaico, se liberando dos "machos".
Não sou "brimo", mas o caldeamento mouro me deixa um pouco árabe... e em Sampa ser ou não ser "oriundi" ou "japa", por exemplo, não faz muita diferença na hora de encarar com entendimento una pasta, um sashimi ou um falafel!
Agora Beirute é ainda mais um pouco "minha".

Cigarro de manhã

Apesar de eu não ter grandes pruridos morais contra os vícios e até fumar umas tragadas de tabaco em busca da curtição de umas baforadas, geralmente à noite, certas vezes quando um poco bebadinho, cigarro de manhã sempre me incomodou.
Desde o cursinho pré vestibular no Cristo Rei em Marília, até hoje cedo, quando saí para caminhar na manhã fria e de ar cortante e inspirei, passivamente, entre a fumaça dos carros, um pouco da fumaça dos cigarros que os fumantes do bairro sorviam (ao ar livre, já que agora em ambientes fechados, nem pensar!).
Veio tarde essa lei que ora São Paulo pioneiramente (entre cidades brasileiras, diga-se) implementa.
Viva o ar puro. Viva a cidade limpa!

Cambuí

Falo não da cidadezinha sul mineira, mas do bairro campineiro.
Plantei bandeira lá, estou adquirindo o apê da mami.
Rua Santos Dumont!
Cambuí, Barão Geraldo, centro de Marília, Jardim Granipavi de Cajati e, por último, mas não menos importante, Itaim Bibi.
Meus lugares, meus estares!