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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

PSDB ofende PT e vai ser acionado!

Do Blog "Radar Político" do Estadão, hoje
O PT vai encaminhar representação ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para apurar a conduta do PSDB e de seu tesoureiro e coordenador da pré-campanha de José Serra à Presidência da República, Eduardo Graeff, por conta do conteúdo do site “Gente que Mente“, cujo domínio é do PSDB.
Além da representação à Procuradoria Geral da República, o PT ingressou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também por conta do site. Neste caso a reclamação é por propaganda eleitoral negativa e antecipada. As punições incluem multa entre R$ 5 mil e R$ 25 mil e a retirada do conteúdo.
Na avaliação do secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, também coordenador da pré-campanha de Dilma à Presidência da República, o conteúdo do canal representa um ataque à honra de Dilma. “O site acusa Dilma de mentirosa e foi criado por dirigentes do PSDB. Isso foge do parâmetro do debate político”, disse Cardozo. De acordo com ele, o PT tomou conhecimento da página na internet por meio do deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ), que citou o site em um discurso na tribuna da Câmara. “O conteúdo do site é absolutamente desrespeitoso. Encaminhamos a representação para apurar a prática de crime eleitoral”, disse Cardozo.
De acordo com o vice-presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), o objetivo da iniciativa não é tirar o site do ar, mas o conteúdo considerado ofensivo. Se a Procuradoria Geral da República abrir processo para investigar a prática de crime eleitoral, Graeff e a direção do PSDB podem ser processados por calúnia, injúria e difamação, cujas penas incluem detenção de três meses a dois anos e aplicação de multa.
”Queremos discutir ideias, mas quando o nível do debate é baixo e atinge a honra é preciso agir. Com honra não se negocia. Houve um ataque à honra e pouco importa se o site terá mais acessos agora ou não a partir de agora”, defendeu Cardozo. Ele reiterou que o PT não pretende iniciar uma guerra jurídica contra o PSDB. “Não começamos isso. Preferimos o debate político. Na política, vamos ganhar a eleição”, afirmou.
De acordo com Rui Falcão, o PSDB já ingressou com quase 10 representações contra o PT, enquanto os petistas entraram com três. “Eles estão assumindo uma política de baixo nível, rotulada e assinada pelo PSDB e pelo coordenador da pré-campanha de Serra. Eles não têm argumentos para fazer debate conosco”, acusou Cardozo. “Quando você prestigia a ofensa é porque não ganha nas ideias.”
De acordo com Falcão, Dilma foi informada sobre o site, mas não participou da decisão do PT sobre as representações. Entre as ofensas dadas como exemplo pela sigla nas representações o PT cita: “Santinha! As mentiras de Dilma” e “Dilma, só fraude explica”.

"Paulista"

Na Paulista
Os faróis já vão abrir
E um milhão de estrelas
Prontas pra invadir
Os jardins
Onde a gente aqueceu
Numa paixão
Manhãs frias de abril

Se a avenida
Exilou seus casarões
Quem reconstruiria
Nossas ilusões?
Me lembrei
De contar pra você
Nessa canção
Que o amor conseguiu

Você sabe quantas noites
Eu te procurei
Nessas ruas onde andei?
Conta onde passeia hoje
Esse seu olhar
Quantas fronteiras
Ele já cruzou
No mundo inteiro
De uma só cidade

Se os seus sonhos
Emigraram sem deixar
Nem pedra sobre pedra
Pra poder lembrar
Dou razão
É difícil hospedar
No coração
Sentimentos assim

Eduardo Gudim e J. C. Costa Netto

Tudo pode dar certo

"Whatever Works" no original, a nova comédia de Woody Allen deu-me uma sensação de "resgate" maravilhosa.
Não sei porquê achei que o velho Woody estaria decadente ao voltar para sua Nova Iorque (depois de "Match Point", ambientado na Inglaterra e "Vicky, Cristina, Barcelona", na própria).
Qual o quê?
O cara está afiadíssimo!
De quem pode, só quem é bobo não verá!

O inferninho das máquinas WAP

Pode ser Wap, Karcher ou Jacto, você escolhe.
Geralmente compactas, sei lá a potência, alguns cv, poucos mil Watts, mas pressurizam a água a alguns bar, algumas atmosferas, muitas dezenas de psi´s.
É uma maravilha para faxineiros em geral, pois tira limo, varre cocô de cachorro, deixa pedras e calçadas com cara de novas.
Mas faz um barulhinho chato, sô!
Tem outro efeito colateral: arrancam os rejuntes e em poucos anos temos que refazer petit paves (mosaicos portugueses) e outros tipos de pisos.
E o barulho? E é um tal de péinnnn, póinnn, uuuuuuu, que não tem fim.
Aqui é o "centro" de uma das maiores metrópoles do mundo, não dá para cobrar baixo ruído sempre, né?
Mas o pior é que na esquina tem um prédio comercial, aí deixam para fazer as faxinas dessas nos sábados e domingos.
No melhor sono (o finalzinho) das primeiras horas da manhã lá vem elas:
Péinnnnnnnnnnnn!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Consultoria internacional

Pintou.
O Paul trouxe o assunto, um produtor querendo estudar uma joint venture.
Se tudo correr bem, talvez dentro de dois meses ganharei uma boa graninha.
E se melhor acontecer, um trabalho puxará outro...
Esperançoso!

Tributo a Shunji Nishimura

Do Estadão.com
SÃO PAULO - Morreu nesta sexta-feira, 23, ao 99 anos, em Pompeia, no interior de São Paulo, o imigrante japonês Shunji Nishimura, um dos grandes empresários do agronegócio brasileiro. Inventor da primeira colheitadeira de café do País, fundou a Jacto, um império que hoje reúne uma dezena de empresas, emprega 3 mil trabalhadores, exporta para 90 países e fatura anualmente quase R$ 1 bilhão. Ele fundou três escolas - o Colégio Técnico Agrícola de Pompeia, uma escola de ensino fundamental e a Escola Profissionalizante Chieko Nishimura, esta, em convênio com o Serviço Nacional da Indústria (Senai).
Também criou a Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, em cuja sede o seu corpo está sendo velado. O sepultamento será neste sábado às 17 horas no Cemitério Municipal de Pompeia. Em entrevista concedida ao Estadão em 2008, no centenário da imigração japonesa, ele contou que ainda tinha planos: "Se eu tivesse mais 100 anos, iria brigar para que todos os estudantes brasileiros tivessem pelo menos um ano de ensinamentos agrícolas".
Nascido em Kioto, veio para o Brasil a bordo do navio Buenos Aires-Maru, Nishimura em 1932. Em 1938, decidiu pegar um trem na Estação da Luz e foi até o ponto final da linha. Foi parar em Pompeia, a 470 quilômetros de São Paulo. Durante dois anos, viveu de consertar peças quebradas e de vender canecas feitas com latas de óleo.
Em 1979, lançou a primeira colheitadeira de café do mundo, num projeto que levou sete anos para ser concluído. Denominada Jacto K-3, a colheitadeira é comercializada até hoje com inovações tecnológicas, como o GPS. Nishimura completaria 100 anos no dia 8 de dezembro deste ano. O corpo do empresário está sendo velado em Pompeia. Shunji Nishimura deixa 7 filhos, 21 netos e 9 bisnetos.

Ébano

Meu nome é ébano
venho te felicitar sua atitude
espero te encontrar com mais saúde
me chamam ébano
o novo peregrino sábio dos enganos
seu ato dura pouco tempo se tragando

Eu grito ébano
o couro que me cobre a carne
não tem planos
a sombra da neurose te persegue
há quantos anos?

Do Rio de Janeiro, estou te sacando
do centro da cidade vou te assemelhando
no núcleo do seu crânio
deu nós três manchando

Quem é quente amando?
quem sou eu passando?
quem sou eu ficando
Nu

Luiz Melodia

Deusa dos Orixás

Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar
Mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Yansã penteia os seus cabelos macios
Quando a luz da lua cheia clareia as águas do rio
Ogum sonhava com a filha de Nanã
E pensava que as estrelas eram os olhos de Yansã

Mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar
Mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar
Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar
Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Na terra dos orixás, o amor se dividia
Entre um deus que era de paz
E outro deus que combatia
Como a luta só termina quando existe um vencedor
Yansã virou rainha da coroa de Xangô

Mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar
Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar
mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar
Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar
Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar
mas Yansã, cadê Ogum? Foi pro mar

Autores: Romildo e Toninho

São Paulo é Serra??

Saí ontem à noite para trabalhar com o Paul.
E para beber.
Fui de táxi.
O taxista poderia ser nordestino ou caipira do interior (de São Paulo, Paraná ou Mato Grosso por exemplo) tanto que os sotaques se misturaram nessas nossas periferias.
Ficou fazendo um certo movimento pró Serra do tipo "o Lula não podia ter escolhido outra mulher, pois a Marta já queimou o filme".
Prá se pensar.
Dona Dilma: se esforce para não parecer mandona e perua na televisão... cuidado com os Favres da vida e, sobretudo, não nos mande "relaxar e gozar"!
Mas eu acho que a Dilma vai vir bonita e "doce" (Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamas).
E se bobearem os tucanos e afifs da vida, essa vaga do Senado será da nossa loira (Marta)...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Santa Madre virou piada

Do Clarin de hoje
Una broma contra el Papa desata un conflicto Londres-Vaticano
11:32|Un documento interno de la cancillería británica ironiza sobre la visita del Pontífice al Reino Unido en septiembre. Entre otras burlas, dice que lanzará una marca propia de condones llamados "benedictos". El canciller tuvo que pedir disculpas.
Por: Julio Algañaraz. Vaticano, corresponsal.

Brasília espacial de Noguchi


Cinquenti anni
Fá!
Auguri
Brasiliana!

Olhos coloridos

Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Eu estou sempre na minha
E não posso mais fugir...

Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinados
Também querem enrolar...

Você ri da minha roupa
Você ri do meu cabelo
Você ri da minha pele
Você ri do meu sorriso...

A verdade é que você
(Todo brasileiro tem!)
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará, sarará
Sarará, sarará
Sarará crioulo...

Sarará crioulo
Autor: Macau (mais conhecida na voz de Sandra de Sá)

Lígia e suas variações

Eu nunca sonhei com você
Nunca fui ao cinema
Não gosto de samba não vou a Ipanema
Não gosto de chuva nem gosto de sol

E quando eu lhe telefonei, desliguei foi engano
O seu nome não sei
Esquecí no piano as bobagens de amor
Que eu iria dizer, não ... Lígia Lígia

Eu nunca quis tê-la ao meu lado
Num fim de semana
Um chopp gelado em Copacabana
Andar pela praia até o Leblon

***Eu nunca me apaixonei
Eu jamais poderia
Casar com você
Fatalmente eu iria
Sofrer tanta dor
Pra no fim te perder
Lígia, Lígia.

E quando eu me apaixonei
Não passou de ilusão, o seu nome rasguei
Fiz um samba canção das mentiras de amor
Que aprendí com você
É ... Lígia Lígia

*Você se aproxima de mim
Com esses modos estranhos e eu digo que sim
Mas teus olhos castanhos
Me metem mais medo que um dia de sol
É... Lígia Lígia

**E quando você me envolver
Nos seus braços serenos eu vou me render
Mas seus olhos morenos
Me metem mais medo que um raio de sol
É... Lígia Lígia

*1ª versão
**2ª versão
***3a versão(?)

Tom Jobim e Chico Buarque

Feitio de Oração

Quem acha vive se perdendo
Por isso agora eu vou me defendendo
Da dor tão cruel desta saudade
Que, por infelicidade,
Meu pobre peito invade

Batuque é um privilégio
Ninguém aprende samba no colégio
Sambar é chorar de alegria
É sorrir de nostalgia
Dentro da melodia

Por isso agora lá na Penha
Vou mandar minha morena
Pra cantar com satisfação
E com harmonia
Esta triste melodia
Que é meu samba em feitio de oração

O samba na realidade não vem do morro
Nem lá da cidade
E quem suportar uma paixão
Sentirá que o samba então
Nasce do coração.

Noel Rosa e Vadico
(e se lembrem nessa hora de Aracy de Almeida, Luiz Melodia, João Nogueira, e tantos que a interpretaram)

Oceano

Assim
Que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão,
Dava prá ver o tempo ruir
Cadê você?
Que solidão!
Esquecera de mim?

Enfim,
De tudo o que
Há na terra
Não há nada em lugar
Nenhum!
Que vá crescer
Sem você chegar
Longe de ti
Tudo parou
Ninguém sabe
O que eu sofri...

Amar é um deserto
E seus temores
Vida que vai na sela
Dessas dores
Não sabe voltar
Me dá teu calor...

Vem me fazer feliz
Porque eu te amo
Você deságua em mim
E eu oceano
E esqueço que amar
É quase uma dor...

Só sei viver
Se for por você!

Djavan

Chansong

When I arrived in New York
The immigration officer asked me
Where have you been Mr. Bim
Where have you been, Joe
You've been abroad for too long Mr. Bim
Haven't you been?
I got to the Hotel exhausted to my room
Having to attend a cocktail
Late that afternoon
And there my boss Nesuhi
An old friend of Jobim's said:
May introduce you to Gloria?
By all means
Buy all jeans

I've never been in Paris for the summer
I've never drank a Scotch with this bouquet
My life is such a mess let's have a Brahma
I'm happy that you called,
I really feel touché
Oh, it's been a long, a very long time
Since a Brazilian has been in Paris com você

You look so cute there wearing my pajamas
You look so sexy with my pince-nez
Let's hijack this Concord to the Bahamas
Come on dress up my love
Let's go to the ballet
Oh, it's been a long, a very long time
Since a Brazilian has danced with you
Le pas-de-deux

Tom Jobim

Blogo

Mesmo sem ser visto!
Logo
Existo!

A blogosfera e a eleição

Sabemos que internet, mesmo em vias de popularização, é ainda veículo restrito.
Mas é aqui que começa essa "nova militância".
Nova porque prescinde da típica "reunião política", com suas falas, seus apartes, suas contendas infindas ou não, mas que foram francamente superadas e levaram a uma "alienação coletiva".
Agora sento a bunda em meu quartinho e mando um "tijolinho" (relembrando os "tijolões", largas e compridas colunas da grande impressa, que o Leonel Brizola mandava publicar, atirando para muitos lados que mereciam chumbo, ou mesmo defendia causas que depois se mostravam equivocadas).
Mas é o meu tijolo. Atirado (nesse sentido pode machucar a cabeça de alguém) e quiçá um dia assentado em algum alicerce ou parede. E nesse sentido, peça importante da construção de uma sociedade mais equilibrada.
Agora é hora: avançar no projeto petista, tão longamente construído e, mal ou bem, começado a implantar, ou voltar ao projeto peessedebista, que já experimentamos e abandonamos por n razões?
Meu compromisso é claro. Continuo petista.
Dilma, Mercadante e Marta!

Sê Prudente

De morais histórias,
Angélica reunião,
A casa estava cheia.
Giráldicas gabrielices e
Xândicas arielagens.
Béticas letras.
Atmosfera!

sábado, 24 de abril de 2010

Tristezas marilienses

1) O nome do filho assassinado do Camarinha (talvez por culpa do próprio pai) numa instituição de ensino do nível da Fatec. Sem esquecer que ali foi o prédio da Cervejaria Bavária, depois Antártica (estão lá as estrelas de Davi em mosaico português, petit pavet, nas calçadas que não foram destruídas).
2) Um pouquinho à frente, na mesma avenida Castro Alves, uma anomalia arquitetônica estupra a, antiga e importante para nosso patrimônico, Casa de Caldeiras da Matarazzo.
3) O espelho d´água original (que fazia um "disco voador", o Plenário da Câmara de Vereadores, flutuar no espaço, em harmonia com o paralelepípedo da Prefeitura Municpal!) soterrado por um jardim sem graça e mal cuidado.
4) O abandono do meu velho Centro e do resto!
Haja ignorância!

Cão Pererê

Bar e Centro Cultural de Marília, na Avenida da Saudade 99.
Artes gráficas e plásticas, rock do bom, discotecagem, pinga, cerva, água.
O Andrei tocando a coisa como dá (e parece que dá) aqui na cena udigrudi de Marília.
Basicamente até onde pude constatar, esse nicho de mercado em Marília é francamente embalado pela Unesp (Sociologia e Filosofia).
Tava frio. Mas não tinha aquela neblina bonita (quando vem densa) do meu passado que tanto me encanta. Mas era ontem à noite, e é nessa manhã nublada, minha querida Marília!
Estou em minha terra natal, pela primeira vez com meu filho adolescente.
Explico: meu filho nunca antes (nas vezes que eventualmente veio aqui) tinha 16 anos e me acompanhava nas baladas. Firmeza, como ele diz. E o seu primo "Gato César" agora também meio que virou homem também e se dá ares de mocinho.
Sergião e Angélica, casal vinte em sua Parati verde!
"Marília cidade encanto
Tem merda prá todo lado
E bosta prá todo canto!"

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Uma casa do meu irmão

Depois de décadas, estou na casa do meu irmão, digo, sem esposa agora.
Piso nesse solo sacrossanto com reverência.
É no centro de Marília, vim de ônibus, "carro de Rinópolis", chegando às 4 só pude dormir até às sete. À noite seguinte, capotei cedo.
Há muito a fazer e meu irmão se ocupa de muitas coisas como uma reforma hidráulica, fazer a cozinha funcionar plenamente (os panos de prtos, onde pendurá-los, como as vassouras? os mil utensílios com funções específicas que podem nos faltar para uma macarronada, um churrasco ou um simples arroz, café ou bife), arrumar arquivos já velhos de vinte e tantos anos de processos, cíveis e criminais, eleitorais e trabalhistas, de sucessão, familiar, etc etc e tal.
Brigamos sim, pois faz parte de nossa natureza.
Mas estou contente com ele vivendo aqui e assim.
Precisamos melhorar. É a lei dos incansáveis.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ir a Marília com meu filho Ariel

Meu filho não conheceu meu pai. Os parentes de Marília (são mais de duzentos!) que ele efetivamente conhece se contam nos dedos de uma mão.
Ele não conhece a história daquela cidade do Oeste, da Alta Paulista.
Vamos de Expresso de Prata para aumentar as memórias de coisas, jeitos de andar, paradas no meio da Castello Branco...
Ele não conhece o Institutão, o Amílcare, o Cristo Rei e o Colégio "das Irmãs", não conhece bem o Chaplin, nem o Cão Pererê (esse último nem mesmo eu conheço, é um bar dos unespianos e deve rolar rock ao vivo nessa sexta).
Vamos conhecer a casa "nova" do meu irmão Alexandre.
O Ariel se animou a ir por conta de ver o primo Gabriel. Antes não se bicavam muito, agora o segundo cresceu e ficaram mais próximos.
Mas, em acréscimo, no fim ele vai o Nego, o Sérgio Giraldi, talvez o Bira, talvez finalmente a gente vá, com o Sérgio e a Angélica, tomar um belo banho de cachoeira.
Na última vez em Marília eu "resgatei" o Camillo de Moraes Bassi, e mais, o Clóvis Marques Guimarães Júnior! (esse último eu não via há quase uma década, quiçá mais que isso).
Depois, quem sabe, na sexta, meu imão Maurício vá com a esposa, filha, talvez com minha mãe. Reencontros!
Minha cidade natal, minha vila, mio paese!

Dilma acabará com a miséria em uma década

Ângela Lacerda, da Agência Estado, 21 de Abril de 2010
RECIFE - A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, sente-se extremamente preparada para governar o Brasil, terá sempre o presidente Lula como conselheiro e acredita que, "do ponto de vista do projeto que representa" pode acabar a miséria no País na próxima década. "Sabemos como fazer", afirmou ela em entrevista nesta terça-feira, 20, ao programa Supermanhã, de Geraldo Freire, da Rádio Jornal, do Recife, a de maior audiência em Pernambuco.

Veja também:
Dilma: 'Eu não sou Pitta e Lula não é Maluf'

Sortilégios do Intermezzo

Abril começando a se findar.
Dia do Índio (19), Aniversário de Brasília e morte de Tiradentes, hoje, 21!
Eu tentando achar um jeito de fazer campanha pro Paulo Teixeira-PT-SP, saudações, "coletivo digital" como chamaram.
Biopoder é o poder sobre seu corpo, reduto e refúgio último do cidadão.
E Metapolítica é a política da Política. O que está por trás das notícias "pra Homer Simpson (como disse o mala do William Bonner, aquele babaca de Ribeirão Preto, cujo nem o nome é verdadeiro!).
Para não virar de vez polititica.
Ah, Brecht!
Ah, Chê!
Bem, é Dilma lá, sem medo de ser feliz, é a gente junto!
Brilha mais uma vez uma estrela!
E aqui em São Paulo é Mercadante, né!
E Marta no Senado!
Sinceramente ainda acredito, pessoas fortes, implacáveis.
Será que é difícil entender, por que eu ainda insisto?
Vem votar comigo!
"As cédulas" estão à caminho (agora é só um toque numas teclas e confirmções em telas, dentro em breve deve ser touch screen), vem votar comigo!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Robertowikipédia: Something facts

During the 1968 recording sessions for The Beatles (also referred to as the White Album), Harrison began working on a song that eventually became known as "Something". The song's first lyrics were adapted from the title of an unrelated song by fellow Apple artist James Taylor called "Something In The Way She Moves" and used as filler while the melody was being developed.[3] The song's second line, "Attracts me like no other lover," was the last to be written; during early recording sessions for "Something", Harrison alternated between two placeholder lyrics: "Attracts me like a cauliflower" and "Attracts me like a pomegranate."[4]
Harrison later said that "I had a break while Paul was doing some overdubbing so I went into an empty studio and began to write. That's really all there is to it, except the middle took some time to sort out. It didn't go on the White Album because we'd already finished all the tracks."[5] A demo recording of the song by Harrison from this period appears on the Beatles Anthology 3 collection, released in 1996.
Many believe that Harrison's inspiration for "Something" was his wife at the time, Pattie Boyd. Boyd also claimed that inspiration in her 2007 autobiography, Wonderful Tonight, where she wrote: "He told me, in a matter-of-fact way, that he had written it for me."[6]
However, Harrison has cited other sources of inspiration to the contrary. In a 1996 interview he responded to the question of whether the song was about Pattie: "Well no, I didn't [write it about her]. I just wrote it, and then somebody put together a video. And what they did was they went out and got some footage of me and Pattie, Paul and Linda, Ringo and Maureen, it was at that time, and John and Yoko and they just made up a little video to go with it. So then, everybody presumed I wrote it about Pattie, but actually, when I wrote it, I was thinking of Ray Charles."[7]
The original intention had been for Harrison to offer the song to Jackie Lomax, as had been done with the previous Harrison composition, "Sour Milk Sea." When this fell through, the song was given to Joe Cocker (who had previously covered The Beatles' "With a Little Help from My Friends"); his version came out two months before that of The Beatles. During the Get Back recording sessions for what eventually became Let It Be, Harrison considered using "Something," but eventually decided against it due to his fear that insufficient care would be taken in its recording; his earlier suggestion of "Old Brown Shoe" had not gone down well with the band.[8] It was only during the recording sessions for Abbey Road that The Beatles began seriously working on "Something." Fonte: Wikipedia

La vie en rose

Des yeux qui font baiser les miens,
Un rire qui se perd sur sa bouche,
Voilà le portrait sans retouche
De l'homme auquel j'appartiens

[Refrain]
Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,
Je vois la vie en rose.
Il me dit des mots d'amour,
Des mots de tous les jours,
Et ça m'fait quelque chose.
Il est entré dans mon coeur
Une part de bonheur
Dont je connais la cause.
C'est lui pour moi,
Moi pour lui dans la vie,
Il me l'a dit, l'a juré
Pour la vie.
Et dès que je l'aperçois
Alors je sens en moi
Mon coeur qui bat

Des nuits d'amour à plus finir
Un grand bonheur qui prend sa place
Des ennuis des chagrins s'effacent
Heureux, heureux à en mourir.

[au Refrain]

Composição de Edith Piaf

Again Something

Pay atention to this very specific word
Woo
"The way she woos me"...
Pode-se prolongar o "uu" indefinidamente, mas tem limite!

Something in the way she woooooooooooooooooooooooossss me
Atracts me like no other lover!

Abril passado do meio

Manhã friacha, outoninho paulistano.
Manhã clara, vou pro Ibira.
Depois cuidar do oftalmo do filho, de fazer um peixinho com arroz, dono de casa.
Amém!

Something

Something in the way she moves
Attracts me like no other lover
Something in the way she woos me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

Somewhere in her smile she knows
That I don't need no other lover
Something in her style that shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know
You stick around now it may show
I don't know, I don't know

Something in the way she knows
And all I have to do is think of her
Something in the things she shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

Autor: George Harrison

sábado, 17 de abril de 2010

Aquarela do Brasil

Brasil!
Meu Brasil Brasileiro
Mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingá
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor...

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
À merencória luz da lua
Toda canção do seu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...

Esse coqueiro que dá côco
Oi! Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...

Autor: Ary Barroso

As melhores coisas do mundo

O novo filme "adolescente" de Laís Bodansky é muito interessante.
Vou tentar fazer meus filhos adolescentes irem ver.
É pedagógico, no melhor sentido dessa palavra.
E o "meninão" Francisco Miguez, como o protagonista Mano, é um achado, assim como sua "parceira", Gabriela Rocha (como Carol).

Aquarela Brasileira

Vejam essa maravilha de cenário
É um episódio relicário
Que o artista num sonho genial
Escolheu para este carnaval
E o asfalto como passarela
Será a tela do Brasil em forma de aquarela

Caminhando pelas cercanias do Amazonas
Conheci vastos seringais
No Pará, a ilha de Marajó
E a velha cabana do Timbó

Caminhando ainda um pouco mais
Deparei com lindos coqueirais
Estava no Ceará, terra de Itapuã
De Iracema e Tupã

E fiquei radiante de alegria
Quando cheguei na Bahia
Bahia de Castro Alves, do acarajé
Das noites de magia, do candomblé

Depois de atravessar as matas do Ipú
Assisti em Pernambuco
A festa do frevo e do maracatu

Brasília tem o seu destaque
Na arte, na beleza, arquitetura
Feitiço de garoa pela serra
São Paulo engrandece a nossa terra

Do leste, por todo o Centro-Oeste
Tudo é belo e tem lindo matiz
No Rio dos sambas e batucadas
Dos malandros e mulatas
De requebros febris

Brasil, essas nossas verdes matas
Cachoeiras e cascatas
De colorido sutil
E este lindo céu azul de anil
Emoldura em aquarela o meu Brasil

Autor: Silas de Oliveira

Codinome Beija Flor

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

Composição: Cazuza, Ezequiel Neves e Reinaldo Arias

Paratodos

O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro

Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas

Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro

Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho

Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto

Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista

O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro

Autor: Chico Buarque

Datafolha: Dilma 13% x Serra 12%

Hoje (apurada entre 15 e 16 de Abril de 2010): Serra 38% x Dilma 28%.
Dilma vence!
Vamos lá que explico...
O Ciro vai sair já já.
Isso, diz a pesquisa, transfere muito mais votos a Serra do que a Dilma ou Marina.
A Marina, espero, não passará de 15%, com os demais "nanicos" fazendo menos de 5% num conjunto. Depois o Ciro pode subir no palanque da Dilma e ajudar a retomar os votos que ele agora transfere ao Serra!
Ou seja, sonhei Dilma em primeiro já em Março.
Depois pensei que Abril a alçaria à primeiro.
Finalmente, agora não vou apostar nada mais para Maio!
O importante é a chegada!
Que parece que vai ser na faixa dos 40% a 35%.
Isso são (seriam...) 40 milhões de votos para ela e 35 para o outro.
À medida que os indecisos, faltosos ou anuladores se decidam a ir votar no dia (e essa parcela é importantíssima pois ainda representa 15% do total, ainda segundo o Datafolha) o conjunto total de votos válidos aumenta. Contas: 130 milhões de eleitores, 90% "válidos", 80% "efetivos" (votam em algum candidato). Isso dá uma massa de votos de 100 milhões (para arredondar).
Ou seja, quando ela começar a falar diretamente com os eleitores na televisão, deve conseguir desmontar a grande farsa midiática subliminar que se criou (de que ela é uma "antipática guerrilheira sanguinária"!) e diminuir bastante seu índice de rejeição
Quanto menor a abstenção geral, melhor para a democracia.
E detalhe bem importante: na pesquisa "não estimulada" (sem apresentar nenhum nome, perguntando diretamente "Em quem você vai votar?"), Dilma vence de 13 a 12%.
Tudo bem, ainda um empate técnico!, mas na prática quer dizer que parte maior dos eleitores de Dilma são mais "confiantes", ou "esclarecidos", a princípio, por terem o nome da candidata de "bate pronto".
1o de Outubro nos aguarde!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Meu dia no Centro

Subir a Nove, descer até o Terminal Bandeira. Anhangabaú, Teatro Municipal, Biblioteca e Livaria da SEADE, Estação da Luz (um piano no saguão, qualquer um chega lá e toca; tinha um par de amigos, um no teclado e ambos no gogó, uma música caipira qualquer).
Jardim da Luz, Pinacoteca e Estação Pinacoteca (Andy Wharol).
Andar pela Santa Ifigênia, chopp e bolinho de carne no Bar do Léo, bater mais perna, subir do outro lado, pegar as filas e subir no Prédio do Banco do Estado de São Paulo (BESP, Banespa, atual Santander).
Uma visão completamente avassaladora de uma cidade de mais de 20 milhões de almas, mais de cinquenta quilômetros em certas direções (se para o espigão da Paulista a vista só chega 4 ou cinco quilômetros, na Cantareira 10 ou 15, para os lados de Mogi e Ribeirão Pires se vê dezenas e dezenas de quilômetros, tarde clara e azul!).
Depois o cansaço de ônibus demorados, voltar para casa já um pouco cansado, quase como um trabalhador (minhas bermudas sempre me denunciando como um "à toa"...).
Turista em minha cidade, não conhecia a Casa Godinho, não conheço a Moóca; ainda tenho que bater pernas demais!

Falso Milagre do Amor

Rir nunca mais
A ilusão que vai durar pra sempre
Nunca mais
Sol nunca mais
O que era febril a chuva vem molhar

Foi bom sonhar
Mas acordei ao som dos pesadelos
E do jazz
Sim, foi demais
O que resta de mim a sós em frente ao Mar?
Luz do Mar, ondas do Mar
Na mesa de um bar
Rir de chorar nunca mais

Cena de adeus
Vem o destino e faz virar cinema
Nosso incêndio
Sóis glaciais
As imagens ali sem cor de tão banais

And you know
As letras de um nome
Como as miragens na TV
Escorrem pelas minhas mãos
Estrelas do show:
Falso milagre do amor

Falsos goodbyes
Eu já fiz tudo ao seu lado, baby
Nunca mais
Sim, são de gás
As imagens ali sem cor de tão banais

(Autor: Ronaldo Bastos, intérprete: Ed Motta)

Carta à Mãe (à moda de Kafka)

São Paulo, 16 de abril de 2010.
Queridíssima Dona Cida,

Hoje (na verdade ontem antes da meia noite) me exasperaste, na festa de formatura em Direito do teu neto José Guilherme. Superficialmente falando, você me acusou de ser o culpado (pela minha destemperança e desbocamento) da agressividade que meu filho Ariel desenvolveu contra mim.
Mas indo mais a fundo, eu não soube, como de costume, me explicar por que me exasperava, em parte por você costumeiramente me exaspera, e em parte porque existem tantos detalhes nessa exasperação que eu não poderia reuní-los no ato de falar, ainda mais num baile com altos decibéis, de modo coerente.
E se procuro responder-te por escrito, não deixará de ser de modo incompleto, porque também no ato de escrever a exasperação e suas consequências me atrapalham diante de ti e porque a grandeza do tema ultrapassa de longe minha memória e meu entendimento.
Para ti a questão sempre se apresentou bem simples, pelo menos enquanto falaste dela diante de mim e, temo, talvez diante de muitos outros.
Para ti as coisas pareciam ser mais ou menos assim: trabalheste pesado durante tua vida inteira, enfrentaste o telurismo de meu pai, sua separação e morte, sacrificaste tudo por teus filhos, e sobretudo por mim, enquanto eu vivi "numa boa" por conta disso, gozei toda a liberdade de estudar o que quisesse, não precisei ter preocupações pelo meu sustento (mesmo que eu as tenha tido).
Como não consegui talvez expressar devidamente simpatia e gratidão por seus esforços, sempre me encafuei com meus amigos malucos, com minhas idéias extravagantes e modos exacerbados. Jamais fui com você à Igreja, praticamente não te visitei em suas Escolas Infantis, e bem, depois eu tinha mesmo que partir, fazer faculdades fora, ir morar bem longe de ti, me dedicar à Kátia e aos meus meninos.
Se não te trago nem uma entrada de cinema, pelos estranhos faço tudo. Se resumires teu veredito a meu respeito, te darás conta que não me acusas de nada indecoroso e mau, é verdade (excetuando-se talvez meus piores vícios como a glutonice, o uso de palavras de baixo calão e o mau ajambramento corporal e no vestir).
E tu me acusas de tal modo, como se fosse culpa minha, como se eu pudesse, como uma guinada no volante, por exemplo, conduzir tudo para outra direção, ao passo que tu não tens a menor culpa a não ser talvez pelo fato de ter sido demasiado boa comigo.
Essa tua maneira usual de ver as coisas eu só considero certa na medida em que mesmo eu acredito que tenhas a menor culpa em nosso alheamento. Mas também eu não tenho a menor culpa. Se eu pudesse te levar a reconhecê-lo, então seria possível, não uma nova vida - que para isso estamos ambos velhos demais - mas uma espécie de paz, não a cessação, mas pelo menos um abrandamento das tuas intermináveis acusações.
Curiosamente tu tens alguma noção a respeito daquilo que estou querendo dizer. Assim, por exemplo, disseste há algum tempo: "Eu sempre gostei de ti, mesmo que na aparência eu não tenha te tratado como outras mães costumam tratar seus filhos, ou mesmo como eu trato aos meus outros filhos, justamente porque não sei fingir que você não é diferente".
Naturalmente não quero dizer que me tornei o que sou apenas através da tua ascendência. Isso seria por demais exagerado. É bem possível que eu, mesmo se tivesse crescido totalmente livre da tua influência, não pudesse me tornar um ser humano na medida em que teu coração desejava. É provável que mesmo assim eu me tornasse um homem débil, hesitante, inquieto, às vezes amedrontado e outras destemido ao ponto de correr riscos desnecessários. Jamais eu seria um Alexandre ou um Luiz Egydio de Cerqueira César, nem um Cherubim Corrêa, menos ainda um Maurício Pinto, mas de todo modo um homem diferente do que sou e nós poderíamos suportar um ao outro de forma maravilhosa. Eu teria sido feliz em ter você como uma amiga, como chefe, como tia, como avó, até mesmo (embora já mais hesitante) como sogra. Mas justamente como mãe tu foste demasiado forte para mim, sobretudo porque com meus irmãos usaste uma candura, uma postura elogiosa e de sincera admiração, que tive que suportar sozinho seus golpes, e para isso eu sou fraco demais.
Compara-nos um com o outro: eu sou um Setúbal Alves Corrêa (quatrocentões de Porto Feliz e Tietê), com um certo fundo Freitas Pinto (portugueses mais recentes, caiçaras da Ilhabela e São Sebastião), com vontade de viver e de fazer projetos e conquistas dos Cerqueira César Barros Leite Sales Braga, paulista quatrocentões de Piracicaba, ou dos Bengoechea Olivera Carrijo, espanhóis brabos bandeirantes do Triângulo Mineiro e dos Goiás.
Tu, ao contrário, uma coisa única, sem os dotes intelectuais, artísticos ou oratórios de seus irmãos e pais, mas nutrida de uma vontade calada, de um cuidado em não expressar julgamentos (a não ser se forem sobre mim) e de uma determinação de caráter que poucos tiveram ou terão. Perto de você, penso que assim pensas, nunca passei de um "bon vivant" ou um adepto do "dolce far niente".
Assim tu te meteste em uma Marília ainda meio selvagem de fronteira em expansão, deixando sua nobreza santista, seu porto vetusto e as memórias de além mar, para montar a ferro e fogo uma família, sobre um homem que nunca soube de verdadade o que era isso, órfão criado por tias e vós que o papai foi.
Seja como for éramos tão diferentes e nessa diferença tão perigosos um para o outro, que se alguém por acaso quisesse calcular por antecipação como eu, o filho homem que se desenvolvia devagar, e tu, a mulher feita, se comportariam um em relação ao outro, poderia supor que tu simplesmente me esmagaria sob os pés, a ponto de não sobrar nada de mim. E isso não chegou a acontecer; o que restou vivo não pode ser calculado, mas talvez tenha acontecido algo pior. Tenho de pedir encarecidamente, no entanto, que não te esqueças de que nem de longe acredito em alguma culpa de tua parte. Tu influíste sobre mim conforme tinhas de influir, só que tens de parar de achar uma maldade especial de minha parte o fato de eu ter sucumbido a essa influência.
Eu era uma criança medrosa, como qualquer filho do meu pai tinha que ser, é claro que também fui teimoso como toda criança é, e se seus mimos da infância me estragaram um pouco, mal maior foi a dureza paterna. Mas não posso acreditar que eu tenha me mostrado difícil de ser conduzido (salvo talvez ali bem perto dos 20 anos). Uma palavra amistosa, um pegar pela mão, ou como tive que te gritar hoje, um bom cafuné, uma passada de mão nos cabelos, uma aceitação tranquila de minha forma de ser e um olhar bondoso não pudesse conseguir de mim tudo o que se queria.
No fundo és uma mulher boa e branda, mas nem toda criança tem a resistência e o destemor de procurar tanto quanto for necessário para encontrar a bondade.
E enfim chegamos a essa situação em que me encontro diante de ti. Tenho a impressão de que se eu me chamasse Bill Gates, te desgostariam as práticas empresariais da Microsoft. Ou se eu fosse o Serra, lhe desagradaria a linha do PSDB, suas mazelas. Se um prêmio Nobel me tocasse, diante de seus olhos ele seria ignóbil.
Nem mesmo a tua confiança nos outros (aqueles que não te são muito próximos, pois preferes não ter as pessoas muito perto) é tão grande quanto a minha autodesconfiança, para a qual me educaste. Uma certa legitimidade para a objeção, que além do mais contribui com algo novo para a caracterização do nosso relacionamento, eu não posso negar. Naturalmente as coisas não se encaixam tão bem na realidade como nas provas contidas na minha carta, pois a vida é mais do que um jogo de paciência; mas com a correção que resulta dessa réplica, uma correção que não posso nem quero discutir nos detalhes, alcançou-se a meu ver algo tão aproximado da verdade, que isso pode nos tranquilizar um pouco e tornar a vida e a morte mais fáceis para ambos.
Espero que na tua viagem às serras do Sul possas esquecer do mal que tenho mais do que ninguém te causado. Aproveite!
Um beijo do Beto

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Apeloou!

PSDB entra com representação contra o Sensus.
Partido alega que o instituto descumpriu o prazo estipulado por lei para divulgação do resultado da pesquisa.
O PSDB entrou nesta quarta-feira, 14, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma representação contra o Instituto Sensus que divulgou na última terça-feira, 13, pesquisa de intenção de votos para presidente da República. Na pesquisa, o presidenciável tucano, José Serra, aparece empatado com a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. Ele tem 32,7% dos votos e ela, 32,4%. O partido alega que o instituto descumpriu o prazo estipulado por lei para divulgação do resultado da pesquisa.
(do Estadão de hoje)

Agora eu sou uma estrela

"Agora o braço não é mais o braço erguido num grito de gol.
Agora o braço é uma linha, um traço, um rastro
espelhado e brilhante.
E todas as figuras são assim: desenhos de luz, agrupamentos de pontos de partículas, um quadro de impulsos, um processamento de sinais.
E assim ­ - dizem - recontam a vida.
Agora retiram de mim a cobertura da carne, escorrem todo o sangue, afinam os ossos em fios luminosos e aí­ estou, pelo salão, pelas casas, pelas cidades, parecida comigo.
Um rascunho.
Uma forma nebulosa, feita de luz e sombra.
Como uma estrela.
Agora eu sou uma estrela."

Não consegui saber quem escreveu, mas ficou famosa pela voz da Elis Regina, que a declamava antes de certas canções (no meu caso tenho gravado antes de "Aprendendo a Jogar") no show "Trem Azul".

Odeio chá!













Achei engraçada
a foto e o slogan.
Não achei créditos,
mas posto
mesmo assim!

"O último dia"

"Meu amor
O que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria

Ia manter sua agenda
De almoço, hora, apatia
Ou esperar os seus amigos
Na sua sala vazia

Meu amor
O que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria

Corria prum shopping center
Ou para uma academia
Pra se esquecer que não dá tempo
Pro tempo que já se perdia

Meu amor
O que você faria se só te restasse esse dia
Se o mundo fosse acabar
Me diz, o que você faria

Andava pelado na chuva
Corria no meio da rua
Entrava de roupa no mar
Trepava sem camisinha

Meu amor
O que você faria?
O que você faria?

Abria a porta do hospício
Trancava a da delegacia
Dinamitava o meu carro
Parava o tráfego e ria

Meu amor
O que você faria se só te restasse esse dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria

Meu amor
O que você faria se só te restasse esse dia?
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria
Me diz o que você faria
Me diz o que você faria..."

Composição: Paulinho Moska e Billy Brandão

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Desespero não!

http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2010/04/14/hackers-derrubam-portal-do-pt-e-o-redirecionam-para-site-do-psdb/

Chico Xavier II

Vi o filme, admito!
Se outras qualidades não tivesse (e as tem!) já valeria por um plano aéreo sobre as alterosas ao som de "Dancin´ Piazolla" do grande Egberto Gismonti, do disco "Cidade Coração" (um dos meus preferidos dele).

terça-feira, 13 de abril de 2010

Arnaldo Jabor, o tucano ressentido

No Estadão de hoje esse ex-cineasta frustrado fala cada asneira!
Para resumir:
"Como ensinar a população ignorante que só um choque democrático e empresarial pode enxugar a máquina podre das oligarquias enquistadas no Estado?".
Grande: seu cachorro (o Estado) tem pulgas, pois mate-o!
O Estado é uma entidade outra que o empresariado. Deveriam se inseminar (um dando boas práticas de gestão e outro reforçando a idéia elevada de "res publica").
Tem que ser sim, o Estado, o regulador das relações entre os demais partícipes da sociedade (empresas, empregados, terceiro setor, setor público, etc)...esse "liberalismo radical" jaboriano enche o saco!
Tece loas a Aecinho como se ele fosse uma espécie de "novo Collor" (por que ele não me engana, pois "colloriu" lá em 1989!).
E no fim do artigo já se defende de uma eventual derrota tucana, dizendo que o PT descaradamente aposta numa "ditadura perfeita" como a do PRI no México.
Ora, se mesmo com o Estadão e a Globo (entre outros meios de comunicação) nas mãos os tucanos tão com esse medo, é por que não se garantem...

Açúcar União já foi bom!

Marca quase eterna da infância, da Coopersúcar...
Venderam para a Nova América um dia, me partiu o coração.
Agora vem a Cosan, ultimamente Cosan Shell (se bem que a múlti holandesa não deve cuidar dos alimentos), e o seu Ometto me empurra um sólido escuro, com grãos mal fomados, opacos, de tamanhos irregulares!
Tá faltando engenheiro nas fábricas?

Rodoviária da Luz

Desde sempre, depois que comecei a viajar de Expresso de Prata com a mãe e irmãos, quando o pai não nos podia levar, até os tempos de Poli, lembro vir de ônibus de Marília e de descer debaixo daquelas bolhas coloridas de acrílico kitsch, parecia que concentrava toda fuligem de diesel dos Mercedes Benz da vida (cerca de 3.000 por dia no auge).
Uma fauna inexistente no interior. Punguistas, travecos, biscates, jogadores, zabumbeiros, uma mulher anã, gorda, peituda, barbada e muito macho que vendia loterias. Todo tipo de trabalhadores em expedientes parcos, carregadores, balconistas, uma palheta da metrópole que esticava os músculos para vir dar no que deu. Luzes fluorescentes, tevês eternamente ligadas, cheias de "televizinhos".
No começo pegávamos um "Expressinho" (uns Opalas) que iam para Santos. Depois vieram as caminhadas até o Metrô Luz (suprema provação passar pelo povo da rua, carregando malas, até depois da Estação Ferroviária da Luz), a ida ao Jabaquara, ponte rodoviária (Rápido Brasileiro, Expresso Zefir e Viação Cometa) para a Santos da minha mãe, avós, tios e primos.
Em 1979 eram as idas ao apartamento da vó do Camillo, ali pertinho, na Rio Branco, na frente do Duque De Caxias descomunal, nós recém deixando de ser meninos, aos 15, procurando vaga nas aventuras do Centrão de São Paulo.
Outra lembrança, em 80, foi a viagem com o Laerte Tognolli, Sabiá, Álvaro, Camillo, Nélson e João. Baldeação para a Pássaro Marrom, ida até Massaguaçu em Caraguatatuba. Demos um vacilo por perto dos guichês, tementes mas desatentos, e o Laertão foi furtado (famosa gilete na bolsa de couro), perdeu a carteira, e, já no próximo ônibus, ao jogar em plena Dutra a bolsa rota, fez o motorista do coletivo parar e nos acusar veementemente de ter arremessado um gato, pasmem!, pela janela!
16 anos cada moleque, pouco juízo na soma total e muito lança-perfume caseiro (dava uma ressaca, misturado a pratos feitos locais e um pouco de álcool!).
Até 1982, quando veio a Rodoviária do Tietê.
A Luz foi esquecida um tempo até os coreanos a reabilitarem como centro de compras de confecções, talvez de bugigangas, não sei, nunca mais entrei lá.
Agora virá uma demolição e depois a construção de um novo centro cultural.
Vão-se os ícones da memória...
Oxalá virão novas idas, histórias e novas boas lembranças!
Faço aqui o réquiem da velha Rodô!

Porquê votar na Dilma? II

Disse ali abaixo que ela seria a com menos rabo preso até então.
Esqueçamos todos até FHC.
Esse se elegeu com o "Centrão" (mas poderíamos chamar de "Direitão").
O Lula fez o "pacto com os diabos" (Waldemar da Costa Neto e Roberto Jeferson, depois Renan e Sarney).
Ela me parece que chega fresca (é neopetista, com origem num PDT gaúcho de boas lides). E passou ao largo do mensalão e do "zédirceuzismo".
Se nós nos tocarmos e votarmos nela e nos governadores do PT e PSB, ela tem a chance de inclusive diminuir o poder do PMDB!

O sonho acabou!

Quando acordei!
Quando vi que tinha dormido bem!
Que não estava dorido!
Quando vi o dia, que ia raiando, nascendo.
Dizendo:
Bom dia!

Saravá!

"Quem é ateu e viu milagres como eu!"
Caetano

Não sou baiano.
Não tenho tradição umbandística.
Quando muito lembro de uma colega "recreacionista" da minha mãe e uma colega minha, laboratorista da Unicamp, que batiam tambor e se iniciaram, um tempo carecas de turbante, só usando branco.
Mas nesse Brasil o que rola é uma impregnação desse saber banto, nagô, sei lá.
É um tal de Xangô, eparrei, Aruanda e axé, que só quem é bobo não navega...
Aleluia, amém, shalom e salam!

Outonal

Manhãs puras e claras de Abril...
Céu azul, nuvem brancas esparsas passando lépidas.
Fazer feira cedinho, levar edredons para lavanderia.
Depois cozinho..
O Solzinho se levantando também.
Espertos, eu e ele, como pilotos de fórmula 1!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Jorge Amado

Li (num comentário de um conto saborosíssimo sobre o mulato Porciúncula) de um escritor angolano (Agualusa), uma frase que me chcocou, por sua assertividade e ineditismo.
Dizia ele: Jorge Amado é o primeiro escritor africano de expressão portuguesa.
Pensem nisso: Jorge Amado é o primeiro escritor africano da língua portuguesa!
Apesar de parecer absurda, a frase vem carregada de uma densidade, pois vejam: onde antes um escritor de nossa inculta e bela descrevia (como "insider" e não como "observador das elites") a vida, os sentimentos e as idéias de "africanos" (negros e mulatos) "comuns" (trabalhadores do mar, do cais, da cidade ou do campo)?

Porquê votar na Dilma?

Competente
É na prática a 1a Ministra
Limpa
Coerente
Conhece bem a "máquina"
É mulher, mas não está onde está por ser "bonita" ou "simpática"
Vai seguir a linha do Lula (no que isso traz de melhor)!
Terá menos rabo preso que qualquer um antes dela.
Evitará o retorno da linha tucana (no que isso traz de pior)!

Código de Posturas

A base de grande parte da consternação nacional, seja no Rio, litorais, campos dos jordões e vales dos Ribeira ou Itajaí, é a falta de cobrança de uma coisa simples, à nível municipal.
Chama-se "Código de Posturas do Cidadão" e geralmente todo município o tem, mas não usa muito, menos ainda bem.
Dele constam detalhes simples como: sua calçada deve permitir a circulação fácil mesmo de crianças e idosos, seu carro ou caçamba, etc, não pode impedir a entrada e saída minha ou do meu veículo, seu material de construção não pode invadir meus espaços (públicos ou privados), não se deve construir sobre inclinações maiores de x graus (pode variar, mas não aceitar absurdos que qualquer fiscal municipal de Niterói deveria conhecer).

domingo, 11 de abril de 2010

O segundo desastre de Katyn

Lugar Maldito! Já diziam os poloneses e agora é mais unânime!
Ali, em 1940, no silêncio da floresta russa pertinho da fronteira polonesa, os russos mataram sistematicamente mais de 20 mil poloneses (mormente oficiais do exército e líderes de vários setores da sociedade, um núcleo duro do nacionalismo polonês).
Durante décadas os russos se esforçaram em fazer os poloneses crerem que teriam sido os nazistas os algozes que perpetraram tal "elitecídio".
Por "coincidência", há quase exatamente um ano, em 13 de Abril de 2009, postei impressões sobre o filme "Katyn", de Andrei Wajda, sobre aquela ferida viva...
Agora que os russos admitiram a autoria e que uma reconciliação seguia em frente, vem esse acidente da queda de um Tupolev que matou o presidente polonês (Lech Kaczynski, do partido conservador, que buscava a reeleição), o líder da esquerda (Jerzy Szmajdzinski) e outras cerca de 100 pessoas, entre membros da cúpula dos partidos citados, do governo e sobreviventes da primeira tragédia de Katyn.
Certos povos tem um história conturbada e dolorosa.
A Polônia é certamente uma "eleita" nesse sentido!

Os EUA x John Lennon

Vi o filme-documentário.
Dá prá ver em que caldo de cultura nojento (Nixon na Casa Branca e Hoover no FBI) a nossa "gloriosa" "revolução" se encostou e se criou.
Sorte que esses tempos se passaram!
Mesmo o legado do Bush filho parece já distante.
E nessas plagas, o embate Serra x Dilma deve ser de tom bem mais palatável, espero.

sábado, 10 de abril de 2010

Beatles

Faz quarenta anos que "o sonho acabou".
Continuo escutando.
E eles estão cada vez melhores.
Fazer o que, se sou saudosista?
E se os conjuntinhos de rock nada fizeram de realmente novo que os suplante?

Jean-Paul Sartre

30 anos de sua morte.
Legado instável, "alguns triunfos e muitos enganos".
Talvez por isso ele tenha sido instigante.
Do contra.
Estávamos e estamos cheios de pequenas certezas infundadas.
É muito melhor termos grandes dúvidas bem embasadas.
E a possibilidade de continuar tentando, grandemente.
Jogar sempre e, se perdermos, continuar tentando.
Sempre apostando alto!
A vida não é feita para o apego medríocre a miudezas!

Marisco?

Teria sido o crustáceo (comprado congelado e feito ao estilo belga, um pouco de leite, cebola e cebolinha no caldo)?
Só sei que me deu outro revertério gástrico intestinal e me custou mais um dia de cama, muita bile, dores e uma noite sem dormir, gemendo.
Espero que agora eu tenha aprendido.
Aprendido que devo só comer como um coelho-macaco (alface, cenoura e banana nanica).
E água Bonafont!
A ver os resultados de tão frugal dieta...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Veio no taco


Lenho véio
no chão
tenho.
Naco.
Veia de
madeira,
veio em léio.
Vi-o.
Lia.
Enleio.
Vício, via!

Meu jardim


Mesmo pequeno, ter em apartamento já é luxo...
De flor
Quase só
crisântemo,
calandiva.
Samambaia.
Hisbiscus.
Jibóia se agarra
Pastilhas
Na parede...
Orquídeas
Esquivam-se
Hibernando.
E umas
cactáceas.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Insolação

Meio onírico, numa Brasília fantasmagórica de tanto sol, cheio de pedofilias, memórias de corações partidos e frissons de novos apaixonamentos. Uma música bonita, meio moto contínuo, desolada.
Nada genial, mas ainda assim um bom filme da Daniela Tomas e Felipe Hirsch.
O time de atores é duca: Paulo José, Simone Spoladore, Leonardo Medeiros, Leandra Leal, aquela menina olhuda que fez o "O ano em que meus pais sairam de férias", etc.

Alberto Goldman

Apesar de ele se dizer não religioso e ser ex-comunista há anos, dá um certo orgulho de um cara com passado de judeu comunista governar São Paulo.
Ainda não é uma preta-mulher-operária-socialista-agnóstica, mas já uma bela minoria!
Só espero (a bem de não queimar a língua desse orgulho minoritário) que não comecem a aparecer negociatas onde ele tenha se metido.
Vocês sabem que nesses PM(S)DB's paulistas, se gritar "ladrão" escapa um por engano...

Terra da garoa

Há muito que não se via chuva assim tão fina.
Parecia uma São Paulo da memória infantil.
Garoinha fria.
Quase não se vem os pingos, uma névoa, microgotas.
Parecia inofensiva, mas sim! Depois de alguns minutos já estava molhado.
A parca impermeável, OK, mas a calça de algodão é outra história.
Mais uma vez insisti em sair sem o precioso guarda chuva, que considero muito pesado para bater perna com ele por aí, mas às vezes é indispensável.
Mas ainda assim encarei bem a caminhada!
Fui na Loja Nespresso depositar minhas cápsulas usadas para reciclagem.
Subi a Augusta já suando. Cinesesc em reforma.
Na Livraria Cultura comecei a escrever esse post.
Jornal, saber os filmes.
Vim aqui para a Frei Caneca, ver "Insolação" da Daniela Tomas.
A Pinacoteca ficará para outro dia.
O dia flui!

Andy Wahrol na Pinacoteca

Chuva e frio aqui.
Desgraças urbanas no Rio.
Elas passarão, eu passarinho.
Depois um almocinho num lugarzinho qualquer.
E cinemas pela Paulista à tarde.
Quase em Londres, Paris ou Veneza!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Elis Regina

Escutando "Me deixas louca", estou como os argentinos com Gardel:
"canta cada vez melhor".

Apê da mãe

Talvez ela sinta uma "síndrome do ninho vazio" tardia pela volta do irmão para Marília.
Talvez lhe fosse uma terapia trabalhar arduamente pelo filho (já de 48 anos nas costas) arrumando quarto, roupas, comida, espaço de trabalho, etc.
Houve alguma brincadeira, de eventual mau gosto, sobre a próxima visita da irmã dela, "para ela não ficar mais de dez dias para a Kátia não reclamar"...
Enfim, cada um no seu quadrado, ele lá no Oeste, ela aqui em Campinas!
Parece que as netas chegaram (liguei agora há pouco para ela e escutei a voz do outro irmão, aparentemente está com suas filhas, agora estadounidenses...).
E eu aqui, monitorando.
Posso não ser amado agora, mas fiz o que tinha que fazer.
"Nem sempre quem caga encima de você quer seu mal."

Casa do irmão

Lá em Marília, pertinho da Avenida, continuação pro "lado de cá" da Presidente Vargas.
Típica casa dos anos 50 ou 60, parece aquelas que desenhávamos quando pequenos, mais uma garagenzinha.
Branca e verde, me pareceu.
Ainda não entrei lá.
Hoje falei com ele e ele estava terminando de conectar o computador (hoje isso é mais importante que um telefone, já que temos celulares).
E a net é "tudo" para trabalhadores autônomos e do conhecimento.
Em breve devo ir lá com uma mudança arrebanhada em Campinas com a mãe e irmã.
Cuide bem da tua casa, hermano!
"Cuide-se bem, perigos há por toda parte!" (Guilherme Arantes)

Tulpan

Semana passada fui nesse lindo filme cazaque...
Velho, como o Brasil é verde e desempoeirado!
É bom ter nascido nessa Terra Prometida!
Leite e mel 'inda correm.
Na ida a Marília, Oeste meu viçoso de janeiras chuvas, Jacaré Pepira caudalosos em Brotas, como não se admirar?
Ao olhar os vales, o Vale do Peixe dos timbés, espigão mariliense, da linha do trem, como não se alegrar?
Pensando como o Asa (o personagem principal do filme, Tulpan era sua pretensa noiva): "Minhas orelhas de abano e os "cascudos" de meu cunhado, mesmo a rejeição de Tulpan não são nada! Meu apego à terra e às ovelhas é meu mundo!".

Chico Xavier

Blockbuster como "Se eu fosse você", global, do Daniel Filho.
Não vi os anteriores da Globo Filmes.
Nem vou nesse...
A não ser que me bata um tédio irremediável e eu não tenha pique de ir lá na Paulista (o filme espírita tá ali do lado no Kinoplex Itaim).

Dê um chute no patrão!

Ruas do Bairro: Pedroso Alvarenga, Itacema, Renato Paes de Barros, Tabapuã, Joaquim Floriano, Clodomiro Amazonas e João Cachoeira.
Todas essas e outras tantas; todas entupidas.
Frio e chuva.
Agasalhos, guarda chuvas, galochas de motoboys, capotes variados, toldos, tudo que puder nos livrar dos pingos gelados.
E eu flanando!
Parca vermelha, shorts, chinelo.
Hoje só trabalho para mim.
Pensando bem, as ações da bolsa trabalham recentemente por mim.
Meu patrimônio engorda novamente.
Viva o novo capital-socialismo brasileiro!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Abril despedaçado (colando os pedaços)

O irmão voltou para Marília.
O Carnaval e a Páscoa passaram.
Minha mãe se recolhe uns dias, provavelmente rearrumando o apê.
Depois a irmã dela vai lhe fazer companhia uns dias.
E assim a vida passa.
Eu espero um emprego.
Outros trabalham estressadamente (hoje saí à rua, para comprar água Bonafont. Chovia, todos se apressavam em ônibus, debaixo de marquises; meu tempo era totalmente outro que o da metrópole...).
Um clima de Outono, frente fria chuvosa.
E que Viva 2010!

sábado, 3 de abril de 2010

Dilma e Serra II

estadão.com.br
Uma nova pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República da Vox Populi, encomendada pela TV Bandeirantes e divulgada na noite deste sábado, 3, mostrou que José Serra, pré-candidato do PSDB, lidera a corrida com 34% das intenções de voto. Dilma Rousseff, do PT, aparece com 31%, seguida de Ciro Gomes (10%) e Marina Silva (5%).

A pesquisa, divulgada na noite deste sábado, 3, pelo Jornal da Band, avaliou ainda um cenário sem Ciro na disputa. Nesse caso, Serra fica com 38% e Dilma, com 33%. Na pesquisa anterior do Vox Populi, feita em janeiro, Serra aparecia com os mesmos 34% no cenário que também incluía Ciro Gomes. Já a pré-candidata do PT tinha 27% das preferências.

Entretanto, os questionários dos dois levantamentos não são idênticos. Na pesquisa mais recente, antes de apresentar aos entrevistados os cartões com os nomes dos candidatos e perguntar em quem pretendem votar, o instituto fez perguntas relativas ao grau de conhecimento sobre os concorrentes. Também foram feitas perguntas sobre os cargos que os candidatos já exerceram.

A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos. Votos nulos e brancos somam 7%, enquanto 13% não souberam ou não quiseram responder.

Lanterna dos afogados

Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar

Há uma luz no túnel Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar

Eu estou na lanterna dos afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar

Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar

Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar

Herbert Viana

Pessach, Pêssarh, Páscoa!

O Seder de Shabat le Pessach de R. tinha tido todos os rituais.
Sexta feira, com a primeira estrela tinha acendido velas nos sete braços da menorah.
Tfilim. E a santa Torah!
Matzot. Vinho.
Pescoço de frango, ovo, mel, raiz forte, gefilte fish, carpa, cabeça...
Tudo kasher.
Orou.
Escreveu.
E depois muita vodka!
Tarde da noite tocou no Ipod com fone de ouvido (que não ia na tomada, apenas "uma pilhinha lá escondida, aquilo não era fogo!") um tremendo Bob Marley (também um "judeu preto"):
"No woman no cry!"

O papo passou a ser...

"...E se você não me quiser
Eu vou respeitar,
Eu juro
Como alguém que apaga a luz
Mas tem seu altar no escuro.
E no decorrer dos meses
Já não sei mais nem quem sou.
E a pessoa refletida
No espelho dos seus olhos,
Por onde foi que entrou?
E se você não me quiser
Eu vou respeitar, eu vou
Vou no duro!
Mas saiba que sou um homem só
E que o meu amor é puro!
Se você não me quiser,
Eu vou respeitar, eu vou,
Isso é seguro!
E você foi você a pessoa
Que soube apontar um futuro
Prá nós."

"No escuro" (Felipe Venancio e Alex Reis),
canção na voz de Marina Lima!

Computador lento, coração acelerado

Eu não sei se o computador está lento ou é algum problema no meu mouse (na verdade é um mouse pad touch sensible ou algo assim que uso nesse laptop).
Em todo o caso, minhas idéias estão rápidas.
Tudo se precipitou em Marília.
Meu irmão decidiu alugar uma casinha, montar seu QG.
Trabalho, vida.
Perto dos filhos e longe da minha mãe e irmãos.
Bem, é um compromisso.
Claro que ele quereria se dar bem em Campinas, na PUCC.
Ou em São Paulo, na USP.
Mas o caso dele é primeiro se dar bem na Univem.
Para nós era Fadima (Faculdade de Direito de Marília, da Fundação Eurípedes Soares da Rocha, do espiritismo mariliense).

Cada um tem a faculdade que merece!

Sacerdócio do pecador

Profissão de fé do irmão:
"Não é a cidade, são as pessoas que me fazem mal.
Tenho que saber representar sem me envolver com o representado.
Não farei mais serviços advocatícios de graça.
Vou ficar na minha casinha, na paz, e vou estudar na Biblioteca da Univem.
É melhor cuidar da mente e do corpo do que de problemas dos outros.
Estudar mandou a numerologista, vou vender meu conhecimento.
E minha experiência!
No mais é trilha, Sol e som!
Amor e Liberdade, dístico de Marília, símbolos de paz!"

E depois, completou com o vaticínio:
"Eu acho que está desordenado...são os meus livros que vou reler, vou aprender português com meu filho, as novas regras são outras..."