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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Ano bissexto

A origem do nome bissexto advém da implantação do Calendário Juliano em 48 a.C. que se modificou evoluindo para o Calendário Gregoriano que hoje é usado em muitos países a todos os quais ocorrem os anos bissextos.
Dentro de um contexto histórico, a inclusão deste dia extra, dito dia intercalar, ocorreu e é feita em calendários ditos solares em diferentes meses e posições. No Calendário Gregoriano é acrescentado ao final do mês de Fevereiro, sendo seu 29º dia.
Hoje a expressão bissexto vez ou outra é associada ao duplo seis (66) da expressão 366, o que expressa uma coerência mnemônica popular, porém, aos estudiosos é um grande e histórico equívoco.
Na verdade naquele antigo calendário Juliano havia "duas sextas feiras" (o sexto dia), dái o "bissexto"...
Bem, eu casei dia 29/02/1992, portanto amanhã faço 24 anos de casado.
E é apenas a 6 vez que comemoro a efeméride na data justa!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Sexta

Pegou a bicicleta como se fosse a última!
Estacionamento e William...
A família bonita do Zé na frente da lanchonete que a turma do fundão frequenta.
Olívia a filha mais velha de 11 anos, outra de 7, a mulher (Renata?).
Na Imigrantes fomos retidos uns minutos.
Mais um acidente de moto, os socorristas por lá. Rezei pelas vítimas.
Chuviscos de fim de verão tinham caído à noite.
A manhã era fresca e nublada.
Nesgas de céu azul e Sol aqui e acolá.
O Parque do Estado adianta o prazer de matas, que vamos encontrar mais abundantes depois do Rodoanel, no entorno das represas e na encosta da Serra.
Casa feias de Diadema, são tão lindas!
E um funcionário novo sobe no ônibus lá pros fundos de São Bernardo!

Besteira é comigo

"Bandinha"

Pisca o cu, balanga o saco
Que catinga de subaco (caixa)

Pisca o cu, balanga a teta
Que catinga de buceta (repinique)

Quero cagá, mas não posso
Quero cagá, mas não posso (corneta)

Joaquim Moreira subiu na bananeira
Comeu banana podre
Morreu de caganeira! (flauta)

Bundão, caralim, caralhão
Bundão, caralim, caralhão (bumbo e surdo)

Reúnem-se quatro ou cinco gaiatos e saem "tocando" (na verdade cantando com a boca imitando os instrumentos). Imagine a cara dos passantes! kkk

 

Seu César

Luiz Egydio de Cerqueira César nasceu em Piraju em 189x.
Novinho foi prá Goiás Velho e depois se estabeleceu com a família em Mineiros - GO.
Lá casou com a Claudimira e veio para Marília com o pai dele (Quinzinho) em 192y.
Depois de enviuvar, deixou os oito filhos e foi abrir, pro seu Getúlio a Colônia "W" no então município de Dourados - MS (onde hoje está Fátima do Sul). Foi pra lá em 194w ou 195t.
Lá ele teve o resto dos filhos, com a Vó ("Drasta") Eugênia.
Voltou para Marília nos meio dos anos 1960, onde morreu em 198z.

Quinta é quase Sexta

Quase alforria do trabalhador comutador.
Que gosta de sábados e domingos.
Dormir até acordar, sem despertador.
Nada de se arrumar voando, tomar café correndo, nada de sair na pressa pra Conceição.
Esquecer de pegar o busão.
Dois dias de cozinhar tranquilo, beber um pouco, ver cinema.
Conviver melhor com filhos e esposa.
E no Domingo à noite saber que tem mais uma nova semana pela frente!

Superwoman (Where Were You When I Needed You) do Stevie Wonder

Mary wants to be a superwoman
But is that really in her head
But I just want to live each day to love her
for what she is

Mary wants to be another movie star
But is that really in her mind
And all the things she wants to be
She needs to leave behind

But, very well, I believe I know you-very well
Wish that you knew me too-very well
And I think I can deal with everything going through your head

Very well, and I think I can face-very well
Wish that you knew me too-very well
And I think I can cope with everything going through your head

Mary wants to be a superwoman
And try to boss the bull around
But does she really think that she will get by with a dream

My woman want to be a superwoman
And I just had to say good-bye
Because I can't spend all my hours start to cry

But, very well, I believe I know you
Very well wish that you knew me too
Very well, And I think I can deal with everything going through your head

Very well, think that I know you too
Very well, wish you knew me like I know you
Very well, but I think I can deal with everything going through your head
Your filthy head

Very well, dum dum da, dum dum da
Very well, wish you knew me too
Very well, And I wish I could think of everything going through your head

Very well, dum dum da, dum da, dum da
dum dum da, dum da, very well
And I think I can deal with everything going through your head

When the summer came you were not around
Now the summer's gone and love cannot be found
Where were you when I needed you-last winter, my love?

When the winter came you went further south
Parting from love's nest, leaving me in doubt
Where are you when I need you, like right now?

Our love is at an end
But you say now you have changed
But tomorrow will reflect love's past

When the winter came you were not around
Through the bitter winds love could not be found
Where were you when I needed you, last winter, my love?

Oh I need you baby, I need you baby

Our love is at an end
But you say now you have changed,
But tomorrow will reflect love's past oh

Spring will fill the air and you will come around,
Well is it summer love that will let me down,
Where were you when I needed you, last winter, my love?

La la la la la, la la la la la
La la la la la, la la la la la
Where are you when I need you, like right now?
Right now, right now, right now

Where were you when I needed you last winter, my dear
I need you baby, I need you baby, I need you baby
Oh, Where were you when I needed you last winter, last winter

Yea, Need you Baby, need you, need you baby,
Oh, you want me too need you baby
Oh where were you when I needed you last, dear
Yea

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

De esquerda

Os Cerqueira César de Marília éramos mormente de direita.
Eu o fui desde nascer até os 18 anos.
Nos anos 70, lembro do primo Zeca e o tio Quincas, ambos da Libelu e depois do PT.
O Zeca chegou a ser preso pela tropa do Erasmo Dias (na invasão da reunião pela reorganização da UNE na PUC-SP em 77).
No começo dos anos 80 segui a trilha política aberta por aqueles dois.
Já fui um pouco anarquista e depois "esquerda", "centro" e "direita" do PT.
Podemos dizer que sou "social democrata" ou um "capitalista social".
Depois da maioridade, sou o que sou.
Por escolha ou natureza.
 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

"Bom dia" (de Zizi Possi?)

Um dia quero mudar tudo
No outro eu morro de rir,
Um dia tô cheia de vida
No outro não sei onde ir,
Um dia escapo por pouco
No outro não sei se vou me livrar,
Um dia esqueço de tudo
No outro não posso deixar de lembrar,
Um dia você me maltrata
No outro me faz muito bem,
Um dia eu digo a verdade
No outro não engano ninguém,
Um dia parece que tudo
Tem tudo prá ser o que eu sempre sonhei,
No outro dá tudo errado
E acabo perdendo o que já ganhei
Logo de manhã, bom dia...
Um dia eu sou diferente
No outro sou bem comportada,
Um dia eu durmo até tarde
No outro eu acordo cansada,
Um dia te beijo gostoso
No outro nem vem que eu quero respirar,
Um dia quero mudar tudo no mundo
No outro eu vou devagar,
Um dia penso no futuro
No outro eu deixo prá lá,
Um dia eu acho a saída
No outro eu fico no ar,
Um dia na vida da gente,
Um dia sem nada de mais,
Só sei que eu acordo e gosto da vida
Os dias não são nunca iguais!

V

Grandes pássaros passam

"Coisas nossas", de Noel Rosa

Queria ser pandeiro
Pra sentir o dia inteiro
A tua mão na minha pele a batucar
Saudade do violão e da palhoça
Coisa nossa, coisa nossa

O samba, a prontidão
E outras bossas,
São nossas coisas,
São coisas nossas!

Malandro que não bebe,
Que não come,
Que não abandona o samba
Pois o samba mata a fome,
Morena bem bonita lá da roça,
Coisa nossa, coisa nossa

O samba, a prontidão
E outras bossas,
São nossas coisas,
São coisas nossas!

Baleiro, jornaleiro
Motorneiro, condutor e passageiro,
Prestamista e o vigarista
E o bonde que parece uma carroça,
Coisa nossa, muito nossa

O samba, a prontidão
E outras bossas,
São nossas coisas,
São coisas nossas!

Menina que namora
Na esquina e no portão
Rapaz casado com dez filhos, sem tostão,
Se o pai descobre o truque dá uma coça
Coisa nossa, muito nossa

O samba, a prontidão
E outras bossas,
São nossas coisas,
São coisas nossas!

"A rã" (de João Donato)

Coro de cor
Sombra de som de cor
De mal me quer
De mal me quer de bem
De bem me diz
De me dizendo assim
Serei feliz de flor
De samba em samba em som
De vai e vem
De verde verde ver
Pé de capim
Bico de pena pio
De bem te vi
Amanhecendo sim
Perto de mim
Perto da claridade
Da manhã
A grama a lama tudo
É minha irmã
A rama o sapo o salto
De uma rã

Ex-Presidentes e a Presidenta

A democracia moderna nos permite ver conviverem no tempo Sarney, Collor, Fernando Henrique e Lula. Enquanto Dilma governa.

A cada um daqueles senhores cabe o grosso da responsabilidade por sua biografia.

O País tenta sair do círculo vicioso de autoflagelação.

E ao otimista cabe agir como tal.

Não vou trair minha natureza.

Vou projetar um futuro radioso para a Pátria que me escolheu e quem escolhi. 

Fevereiro já vai

Ontem teve panelaço macarthista.

Hoje é quarta feira, 24 de Fevereiro de 2016.

A 1a semana após o fim do "horário de verão" é diferente...
Saímos na Imigrantes com Sol já raiado.
Chegamos com ele já crescido lá na Baixada Santista.

Fez-se a luz onde reinava a escuridão.

Dilma se recupera aos trancos.
E eu continuo PT.
 

O macarthismo vil e mequetrefe dos batedores de panela(s), por Lula Miranda no Brasil 24 7

O macarthismo, nos velhos e pesados dicionários impressos, de capa dura, que ainda utilizo em meu escritório, é sinônimo de “atitude política radicalmente contrária ao comunismo, que se desenvolveu nos EUA, com a campanha desencadeada pelo senador Joseph Raymond McCarthy, quando presidente do Senate Government Operations Committee” - isso por volta do final da década de 1940 (só para situar na História).
Em dicionários eletrônicos, mais fáceis de acessar, o termo virou sinônimo de “prática de formular acusações e fazer insinuações sem provas, comparável à que caracterizou o movimento macarthista”. Ou ainda a “prática de fazer alegações injustas ou utilizar técnicas investigativas capiciosas, especialmente para restringir o dissenso ou a crítica política".
Seria a perseguição ao PT e aos petistas (ou aos aliados destes) uma nova espécie de macarthismo, um neomacarthismo?
É bom que conheçamos, todos, todas essas definições – até porque a segunda e a terceira dependem da compreensão da primeira. Todas tentam apreender, talvez não consigam a contento, a mais perfeita tradução do terror (e do horror) que é ser perseguido por pessoas, ou por instrumentos e instituições a serviço de um Estado Leviatã, em processos, quase sempre kafkianos, no qual o indivíduo é acusado de um suposto crime, que, a rigor, ao menos nas democracias modernas, não é crime: emitir/exercer, com liberdade, a sua opinião, crença ou ideologia.
Não se trata, simplesmente, do crime de corrupção (ou de colarinho branco), para este existe a legislação e a Justiça, mas do crime de corrupção de valores – o que é pior. Este preocupa-me, sobremaneira.
Ou seja: o indivíduo perde o sagrado e fundamental direito ao respeito à sua individualidade. Direito este que, de tão essencial, está previsto em praticamente todas as Constituições modernas – só não nos regimes ditatoriais, claro.
No Brasil de hoje, na visão dos indivíduos que estão confortavelmente assentados no topo da pirâmide social, ser filiado ao PT ou um militante petista é como se fosse um demérito, um “crime”, um pecado capital.
Pretendem transformar os petistas numa nova espécie de párias da sociedade.
Nada mais equivocado e ruinoso para a democracia.
No Brasil de hoje, vivemos uma espécie de macarthismo dos patifes.
Sim, isso mesmo, um “macarthismo” que é pura “patifaria”.
Já vimos, nos dias de infâmias (e de infames) que correm, petistas sendo acossados e/ou agredidos, em diversos vídeos que circulam pela internet. Em hospitais, restaurantes, salas de aula, nas ruas e até em aviões.
Tivemos, recentemente, o caso do rapaz e da senhora que foram agredidos simplesmente por estarem usando uma camisa da cor vermelha. A cor dos “petralhas”, a cor dos “comunistas” – é o que eles pensam e dizem. Mas eles pensam?!
Lembro aqui o caso do filho do jornalista Ricardo Noblat [este um antipetista de carteirinha – o pai, não o filho], que passeava, tranquilamente, na Paulista com seu bebê no carrinho, numa tarde de domingo, quando foi ostensivamente ofendido e quase agredido por uma turba desses intolerantes.
A mesma histeria do macarthismo.
Ontem, durante o programa político do PT, vimos, novamente, a manifestação dessa ensandecida claque de patifes.
O curioso desse “panelaço” das elites conservadoras do Brasil, vale destacar, é que ele é essencialmente diferente do panelaço original – ou do “cacerolazo”, o do Chile em 1973 ou o da Argentina, de 2001. Na verdade, é o seu oposto. Como já o foram, tantos outros que vieram a seguir.
Os manifestantes do “cacerolazo” (o original) pretendiam fazer barulho para serem ouvidos em suas demandas. Os desassistidos (ou os indivíduos da classe média) tentavam fazer chegar suas críticas e demandas às classes dominantes, às classes governantes.  Estes batiam panela, numa alegoria: queriam passar a mensagem de que suas panelas estavam vazias.
Aqui, as classes dominantes, de panelas cheias, “apenas” desejam voltar a dominar, a governar.
O panelaço brasileiro é, desafortunadamente, mera manifestação de autoritarismo, de intolerância. Ele não pretende comunicar nada. Eles, os que hoje batem panelas, podem até estar enfadados, “revoltados”, mas estão com a barriga cheia.
Aquele que bate, freneticamente, a(s) panela(s) apenas não quer ouvir o outro, eleito “inimigo”.
Aquele que bate panela do alto de sua varanda gourmet não quer diálogo; não deseja ouvir o que o outro tem a dizer. Daí o barulho, frenético.
Para aquele que bate panela(s), só a sua opinião importa.
O batedor de panelas, no Brasil, é o indivíduo conservador, autoritário. Aquele que acha que só a sua opinião, vontade ou ideologia deve prevalecer.
O batedor de panelas é, ao fim e ao cabo, da mesma estirpe ou linhagem do verdugo, do carrasco, do ditador de republiqueta, do corrupto, do egoísta.
O batedor de panelas, no Brasil, não se engane, é a mais perfeita tradução do direitista, do intolerante.
Embora, na maioria dos casos e das vezes, nem eles mesmos se deem conta disso.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Só a mulher tem o poder de se tornar homem fêmea, diz Fernanda Torres

Mulher

Por #AgoraÉQueSãoElas

Por Fernanda Torres*

No presente, a mulher ainda apanha, ganha menos do que o homem e fechou um contrato social impossível de ser cumprido, já que cabe a ela não só cuidar da prole, do lar, se manter jovem e desejada, como também trabalhar para contribuir para o sustento da casa. Sobra tempo nenhum para dormir e, muito menos, sonhar com alguma realização que vá além dos deveres do dia.
Nas camadas mais desassistidas, o fim do casamento indissolúvel produziu milhares de lares sem pai, onde a avó e a mãe servem de esteio para a estrutura familiar. Na falta de creches, de escolas, do estado para ampará-las, a tarefa de criar rapazes que não repitam a violência e o abandono dos pais e meninas que deem um basta na escravidão das mães, é uma missão que beira o inatingível.
A maternidade interfere na vida da mulher de uma forma mais arraigada do que a paternidade na do homem. Temos um relógio biológico certeiro, que coincide com nosso período produtivo, interferindo nas decisões profissionais e pessoais. A fragilidade no emprego, a dependência dos cônjuges, a falta de liberdade de ir e vir passa pela incapacidade do feminino de se desapegar das crias. Um homem, seja ele pobre, rico, preto ou branco, baixo, alto, feio ou bonito, dorme quando está cansado, sai quando deseja e dá prioridade à própria agenda, sem nenhuma pressão que não a da vontade.
Algumas correntes defendem que essa diferença é cultural, mas eu acho que é biológica, carnal, imemorial.
Sou pela licença paternidade. É um passo e tanto para que o casal, unido, divida a responsabilidade dos primeiros meses exaustivos de um bebê. Sou favorável a que toda fábrica tenha uma creche e tenho gratidão pelas babás que me criaram e que criaram meus filhos, cumprindo a função da mãe social, que nos tempos da vovó menina era feito pelas tias, primas, avós e irmãs da casa.
Invejo o companheirismo dos homens, o prazer que eles sentem de estarem juntos e se divertirem com qualquer bobagem. Homem gosta muito de estar com homem. Não me incomoda o machismo, confesso, talvez seja uma nostalgia de infância que carrego. A geração que me criou era formada por machões gloriosos, de Millôr a Miéle, irresistíveis até nos seus preconceitos.
Um editor alemão recusou publicar meu livro, Fim, dizendo que era machista. Explicaram que a obra havia sido escrita por uma mulher e ele disse que não importava, que era machista do mesmo jeito e não iria pegar bem na Alemanha. Está certo o editor, eu sou latina, não consigo entrar numa sauna com todo mundo pelado e me manter isenta.
Os estupros da passagem de ano na mesma Alemanha advogam em favor do editor avesso ao machismo. A violência contra a mulher é menor em lugares onde a igualdade entre os sexos é melhor resolvida. Nos países muçulmanos que visitei, Marrocos, Egito, Malásia, sempre me incomodou o olhar guloso, reprimido e repressor dos homens.
O Brasil está entre um e outro.
Minha babá era um avião de mulher, uma mulata mineira chamada Irene que causava furor onde quer que passasse. Eu ia para a escola ouvindo os homens uivando, ganindo, gemendo, nas obras, nas ruas, enquanto ela seguia orgulhosa. Sempre associei esse fenômeno à magia da Irene. O assédio não a diminuía, pelo contrário, era um poder admirável que ela possuía e que nunca cheguei a experimentar.
Estou certa de que essa é a minha primeira encarnação como mulher.
Apesar do talento para ser mãe, sou menos feminina do que gostaria de ser. Já beirando a idade em que nos tornamos invisíveis ao peão da obra da esquina, rejeito as campanhas anti fiu fiu e considero o flerte um estado de graça a ser preservado. É claro que um chefe que mantém uma subalterna sob pressão constante merece retaliação, mas uma vida de indiferença, onde todo mundo é neutro, não falo igual, digo neutro, sem xoxota, sem peito, sem pau, bigode, ah… é uma desgraça.
Tenho admiração pelas mulheres livres, que não conhecem o medo e são plenas na sua feminilidade. Certa feita, um mulherão me explicou que terminou um casamento sem brigas e sem sofrimento porque o marido ficou homem demais. Na casa dela, pontuou a morena, só havia lugar para um homem, e esse homem era ela.
Nunca fui mulher o suficiente para chegar a ser homem.
A vitimização do discurso feminista me irrita mais do que o machismo. Fora as questões práticas e sociais, muitas vezes, a dependência, a aceitação e a sujeição da mulher partem dela mesma. Reclamar do homem é inútil. Só a mulher tem o poder de se livrar das próprias amarras, para se tornar mais mulher do que jamais pensou ser.
Um homem fêmea.

* Fernanda Torres é atriz e escritora



Alguns dias depois a escritora mandou:

Mea Culpa

Por #AgoraÉQueSãoElas

Por Fernanda Torres*

Venho aqui pedir desculpas pelo artigo Mulher que publiquei no Blog Agora É Que São Elas, da Folha. Jamais pensei que ele seria uma afronta tão profunda a nós mulheres. Não o teria escrito se achasse que era esse o caso.
As críticas procedem, quando dizem que eu escrevi do ponto de vista de uma mulher branca de classe média. É o que sou.
Minha mãe sempre trabalhou, teve um casamento que nunca cerceou o seu direito profissional, eu cresci num ambiente de extrema liberdade, conquistada, diga-se, com a ajuda de movimentos feministas anteriores a mim. Era uma época de um machismo muito arraigado, do qual guardo heranças, mas que, lamentavelmente, ainda à época não estava identificado de forma direta com o estupro e a violência.
Entendi com as respostas ao meu artigo que, hoje, os movimentos feministas lutam para que essa associação seja clara. Inclusive no que se refere ao direito de ir e vir sem assédio.
Esperava-se de uma voz feminina que tem um espaço para se posicionar, uma opinião menos alienada e classista diante da luta pelo fim de tanta desigualdade e sofrimento que as mulheres enfrentaram e enfrentam pelos séculos.
Refleti durante toda semana e o que me cabe são profundas desculpas. Procurarei estar atenta e comprometida com essas reinvindicações.
Entendi que existe uma discussão maior, que vai da cidadania ao direito ao próprio corpo, e, acima de tudo, uma luta pela erradicação da violência contra a mulher num país já tão violento, discussão essa que não comporta meios termos.
Sou contra o estupro, a violência, o baixo salário, o racismo, e reafirmo a importância dos movimentos que lutam pela melhoria das condições de vida da mulher e das minorias no Brasil.
Sou mulher e não gostaria de ser vista como inimiga desses movimentos, e nem de vê-los como tal, porque isso não corresponde à realidade do meu sentir.
Toda vontade de mudança parte do indivíduo, é o que estou fazendo aqui. Sem a coletividade é impossível avançar.
Prometo estar atenta. Perdão por ter abordado o assunto a partir da minha experiência pessoal que, de certo, é de exceção.
Mea culpa.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Imagina se fosse o Lula...

Que tivesse filho de adultério....
Que alimentasse contas no exterior com dinheiro de empresas que ganhassem concessões de aeroportos para sustentar a ex amante (entre outros)...
Que mandasse a amante pro exterior com ajuda da Globo...
Que mandasse um "amigão" (no caso o Serra) pagar a irmã da sua ex amante como funcionária fantasma do Senado...
Que recebesse de presente da Camargo Corrêa um aeroporto vizinho da sua fazenda ou que construísse um aeroporto com dinheiro público na fazenda do tio, vizinha à dele...
Que comprasse apartamento no exterior pro filho bastardo que ele supostamente fez fazer um exame de DNA falcatrua para tentar limpar sua imagem...

Hoje é o aniversário dela

Eu não sou o homem que eu queria ser.
Mesmo frustrado, sigo vivendo.
Deixo a desejar profissionalmente, como executivo, engenheiro, pesquisador.
Pessoalmente também não sou lá essas coisas: como pai, como marido, como gente.
Ela me deu uma chance.
Vou tentar ser melhor.
Começando por perder peso e me desintoxicando.
Que ela viva mais de 100 anos!
E que eu possa estar ao lado dela!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Sobre Tomás, o filho de Mirian Dutra Schmidt e FHC

O Córdova Fotografias diz o que a "irmã" do Príncipe ou Farol de Alexandria pensa lá no além...



Eu Perdoo-te, FÊ ! Vem pra cá logo.. O Brasil não te aguenta mais !
Miniatura

Meu desabafo

É evidente que tem que investigar o Silva.
Mas a maneira como fazem, de inventar uma história por dia e de poupar o outro lado, é revoltante.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Valeu, gambazada!


Foram tentar pegar o Lula no tal triplex do Solaris

Abriram uma caixa de pandora...pois lá tinha os herderios de Roberto Marinho e uma mansão na costa fluminense...aí deixaram prá lá.

Ontem vi uns bobos gritando no Guarujá: "Lula cachaceiro, devolve meu dinheiro" na frente do tal prédio.

Vergonha alheia desse Judiciário, dessa imprensa golpista e desses bobos que se pautam ideologicamente por Mainardis, Kataguiris, Reinaldos e quejandos.
Parece que isso é a bomba do Riocentro da Lava a Jato...



http://www.viomundo.com.br/denuncias/o-que-a-policia-federal-ja-sabe-sobre-a-mossack-fonseca-e-como-o-laranjal-se-relaciona-com-a-casa-dos-marinho-em-paraty.html

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Rovai: Nova esposa de FHC compra imóvel de R$ 950 mil

Captura de Tela 2016-02-11 às 22.39.30Ele, em sendo filho e neto de general, estudado na USP, pode! Foi dinheiro de palestra! Viva os dois pesos e duas medidas dessa elite branca azeda!A nova esposa de FHC e um imóvel de 950 mil reais em Higienópolis

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Sabor a mí, de Alvaro Carrillo

Tanto tiempo disfrutamos de este amor
nuestras almas se acercaron tanto así
que yo guardo tu sabor
pero tú llevas también, sabor a mí.


Si negaras mi presencia en tu vivir
bastaría con abrazarte y conversar
tanta vida yo te di
que por fuerza tienes ya, sabor a mí.

No pretendo, ser tu dueño,
no soy nada yo no tengo vanidad
de mi vida, doy lo bueno,
soy tan pobre que otra cosa puedo dar.

Pasarán más de mil años, muchos más
yo no sé si tenga amor, la eternidad
pero allá tal como aquí,
en la boca llevarás, sabor a mí.

Plataforma, de João Bosco e letra do Aldir Blanc

Não põe corda no meu bloco
Nem vem com teu carro chefe
Não dá ordem ao pessoal

Não traz lema nem divisa
Que a gente não precisa
Que organizem nosso carnaval

Não sou candidato a nada,
Meu negócio é madrugada
Mas meu coração não se conforma

O meu peito é do contra
E por isso mete bronca
Nesse samba plataforma

Por um bloco
Que derrube esse coreto
Por passistas à vontade
Que não dancem o minueto

Por um bloco
Sem bandeira ou fingimento
Que balance e abagunce
O desfile e o julgamento

Por um bloco
Que aumente o movimento
Que sacuda e arrebente
O cordão de isolamento

Não põe no meu

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Dalton Trevisan é foda!

Comprei mais um do Vampiro de Curitiba.
"Até você, Capitu?"
Veja só quem ele detona: Curitiba, todos que acham que Capitu não é adúltera, o Machadinho de Esaú e Jacó (só para o enaltecer em outras de suas grandes obras), o Borges de "Emma Zunz" (por esquecer de uma esporreada), um grão barão patusco ("Carta a um velho poeta"), a professora "Santíssima e Patusca", os Irmãos Cenobitas, o pseudo repórter do "Chupim Crapuloso", o escultor João Turin (ele, a sua melhor escultura, bruto naso), o ufanismo paranista, "Edu e o cheque", o "Velho prosador" (bestalhão pachola com o brilho da idiotia), o Dom Fedalto, o Emiliano Perneta (e sua versão redivida, Helena Kolody), a si mesmo, a "Gorda Grotesca", a "Hiena Papuda", os haicais ("ejaculação precoce de uma corruíra nanica"), o Garcia Marquez de "O General em seu Labirinto", o Rosa de "Grande Sertão"...
Mas elogia o Pedro Nava, o Rubem Braga, a Helena Morley, o Otto Maria Carpeaux, o Machado, o Tchecov.
Dalton foi e é gigante.
Queria roubar seus arquivos e tomar seu licor de ovo ciscando seu bolinho de fubá.
Mas aí ele ia me detonar também.
Fico aqui de longe "vendo" ele descer a Rua Ubaldino do Amaral, passando pelo número 666.
Afinal, o mal da humanidade começa "por não saber deixar o carro na garagem".

Da tese "DESENVOLVIMENTO LOCAL EM ÁREA DE CONFLITO INTERÉTNICO"

Com a implantação da Colônia Agrícola se instaura a fase dos grandes conflitos para a sociedade indígena, embora sua mão-de-obra tenha sido fundamental para o sucesso da empreitada de ocupação de lotes pelos colonos. Um período de perda de terra,
de “contato intenso e mesmo confronto com os colonos. Também é nesta fase que os
kaiowá são incorporados como mão de obra nos trabalhos agrícolas da Colônia. A
participação dos kaiowá na abertura de matas, plantio e outras tarefas viabilizou a

fixação dos colonos na região”. (SILVA, 1982:13)


É, ela tá dizendo que, quando lembra foi, é, que viu que trabalhava,

nesse nome César19, João, Araldo, André, Quili ... Abrindo nessa

estrada ... Travessão da Lagoa ... Então esse pessoal também que ele faz

o loteamento. Então nessas pessoa quando começô a trabalhá assim, e

ai ele pediu a licença pro Chiquito20, pra levá água daqui, pra puxá lá,



aonde tava acampado. Então nesse puxava, água puxava, também, pediu

também o cana, na ponta do cana pra podê plantá e banana e batata,

mamão. Então o Chiquito sempre fornecia nessas pessoa. Fornecia pra

eles, e puxava com carroça e os índios era só os trieiros, só. A estrada

era esse trieirinho só. Então ele abriu, pra podê entrá com o carrinho.

Então nesse trabalho fez, durô mais de três anos, e ai. Então, em cima

disso, o pessoal tá abrindo do essa estrada aqui. Ele abriu nesse aqui


também ... É essa abrindo esse aqui, também, ... parece que é a BR [MS

22] de Gumercindo Pimenta do Reino, é essa daqui o levando até lá no




Douradina, e depois abriu outra até o Bocajá, então essa abrindo

também ali no Cruzaltina entre o 48, ligá. Então esse aqui ela tá

lembrando que falava o pai dele, que esse pessoa veio procurando o

Chiquito pra podê se alimentá, léva água, essas coisa, é! É, Martim

também, ajudô também, Amâncio, Inácio, Enario, Nassario ... Ai esse o

nome que tem as pessoa que tá trabalhando na divisa, pra abrí e fazê

loteamento, também. Trabalhô, mais ou menos, cinco anos, ela tá


 


23
dizendo. Essas pessoas ai, que dizia que você não qué sai, tudo bem, fica

por aqui mesmo, não vai te prejudicá nada. Ai o Chiquito falô pra ele

assim óh: se vocês querem matá o mato, mas é tê prejudicá, pra vocês,

mais o problema é que nóis tá preocupado, daqui mais pra frente vocês

pode prejudicá muitas comunidades, disse. Ai ele disse assim óh: vocês

que sabe, quisé í embora pode í embora, mais se quisé ficá, pode ficá

aqui também, ai disse o César pro pai Chiquito ... O César que veio


abri, antes de começá a Colônia. (Índia Kaiowá Dorícia Pedro, 97

anos)21


19

César ou Luiz Egydio Cerqueira César, Assistente da CAND (
Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND), por decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, em 1943)
.
 
 
20 Liderança religiosa da aldeia de 1940 até 1980, ano de sua morte.

Vi o mundo através do Zé Dirceu

O Brasil todo viu.
Mostraram ontem na "Voz do Brasil", ops, no "Jornal Nacional"!
Não sei quem vazou!
Mas parecia oficial.
Por que só isso é mostrado?

Abatido, cansado, ele perguntava ao Moro porque (mais) 6 meses preso?
O Moro perguntava sobre uns trocados!
(Parece que uns 200 mil de uma reforma na JDC ao lado do Ibira).

Gente: quem é o criminoso?
Zé Dirceu admite que o é (pois não declarou essa reforma e parece, um apê prá sua filha).
Ele mostrava que não era o Diabo em pessoa (como já grudou na pele dele, agora que se lasque).

O outro, como disse minha irmã juíza, "é como eu, um ótimo tecnocrata, um menino do bem"...???
É o que a Veja quer fazer crer.

De boas intenções o inferno está cheio!

Paulo Teixeira processa promotor que disse que Lula e Marisa tentaram esconder patrimônio

Deputado Federal Paulo Teixeira (PT-SP), Vice Líder do Governo na Cãmara, protocola representação contra desvios de função cometidos pelo Promotor de Justiça Dr. Cassio Roberto Conserino.
Documento entregue ao procurador-geral do Ministério Público de São Paulo, Dr. Márcio Elias Rosa, aponta transgressões cometidas pelo Dr. Cassio Conserino e pede providências para que sejam resguardados “o inequívoco e reconhecido prestígio e a dignidade do Ministério Público do Estado de São Paulo”.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O lado ruim do Carnaval de São Paulo

Saio para cantar e dançar.
90 e tantos por cento para pegar.
As pessoas não sabem cantar as músicas do meu tempo.
Eu não sei cantar as músicas do tempo delas (de agora).
Resultado: as pessoas ficam gritando como loucas e você tentando escutar a música, para ver se você a conhece e finalmente poder canta-la e dança-la.
não rola, ou é muito difícil.
Tenho que escolher os bloquinhos mais calmos, de marchinhas.
E deixar os vuco vucos para o monte de animais com alto índice de testosterona.

Agrônomo e ciclista...meus pêsames!

Morre agrônomo responsável pelo primeiro eucalipto transgênico

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Morre agrônomo responsável pelo primeiro eucalipto transgênico
25/05/15 - 11:14 
O engenheiro agrônomo Eugênio César Ulian, um dos pais da criação da variedade H421, o primeiro eucalipto transgênico do mundo, faleceu neste domingo em Piracicaba, interior de São Paulo, a 164 quilômetros da capital paulista. Ulian não resistiu após uma colisão entre a bicicleta que pedalava e um caminhão às 18 horas do domingo.

O pesquisador era graduado em Agronomia pela Universidade Paulista Júlio Mesquita Filho em 1981 e doutor em Fisiologia Vegetal pela Texas A&M University. Também foi pesquisador e gestor de tecnologia do Centro de Tecnologia Canavieira (Coopersucar) por 15 anos e gerente de relações científicas da Monsanto durante cinco anos.

Ulian exercia o cargo de vice-presidente para Assuntos Regulatórios da FuturaGene. O corpo do pesquisador é velado nesta segunda-feira às 17 horas no Crematório Municipal de Campinas, São Paulo.

Bolinha de cristal, não de papel

Imaginemos: Lula não quer ser candidato, mas teria que sê-lo para pelo menos tentar limpar a imagem de sua trajetória emporcalhada não só pelos seus erros, como pelos malfeitos de petistas e aliados, mas também, e acho eu que principalmente, pelo trabalho sujo de uma imprensa golpista.
Lula é macaco velho e não gosta de por a mão em cumbuca apertada.
Digamos que ele fareje que vai perder.
A sua saída mais digna seria renunciar à sua candidatura em 2018.
Aí ele fica com duas opções: bancar uma candidatura do PT com riscos ainda difíceis de medir, mas altíssimos. O único "político Teflon" que conhecemos é o próprio Lula, Dilma teve que se rebolar para não cair.
Alternativa: apoiar a candidatura mais palatável de "centro esquerda" que se apresentar.
Essa candidatura parece ser a de Ciro Gomes pelo PDT.
Fernando Haddad poderia ser seu vice, caso perca as eleições de 2016 para a reeleição à Prefeitura em São Paulo. Ou o nome deveria ser algum de outro político do Sul-Sudeste, para se contrapor à "pegada" cearense-nordestina de Ciro.
Lancem suas apostas!
Eu, daqui, apostarei primeiro tudo em Fernando Haddad reeleito e depois Governador do Estado em 2022, para ser Presidente em 2026.
Aposto que Ciro se comporá com alguém do PT, que mesmo "menos conhecido" tenha um histórico impoluto e de boa administração em alguma prefeitura dos estados do Rio de Janeiro ou São Paulo.

Enquanto isso no estado de São Geraldo, digo, de São Paulo