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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

domingo, 31 de maio de 2009

Garapa

O documentário com o título acima, de José Padilha, é um soco na boca do estômago.
Nós, bem alimentados e bem pensantes, de cima da ascenção brasileira ao G-20 e coisas assim, baseados em toda propaganda nem sempre mentirosa do Fome Zero e do Bolsa Família e melhoria do IDH, esquecemos que o sofrimento real de pessoas em nosso país e no mundo, principalmente crianças, existe e perdurará, visto que é sistêmico e estrutural.
Enquanto uma criança tomar repetidamente "garapa" (água com açúcar) invés de leite integral ou mingaus nutritivos, seja por qual razão for, esse país ainda estará no reinado dos "Jecas Tatus".
Enquanto um homem ainda for bicho, a humanidade não terá trégua!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ataulfo Alves Júnior

Fui ver o cara homenagear os 100 anos de nascimento do pai.
Salinha ("Sala de Espelhos") ao lado do grande auditório ("Simon Bolívar") do Memorial da América Latina (onde rolavam, absurdamente, as gravações do Aprendiz 6 com o mala do Justus!). Aconchegante, intimista e grátis.
Roda de bamba, garganta de veludo, mais o competente regional do Odair Menezes (cavaco), Renatinho (violão de sete cordas), Borrão (percussão) e Miguel (pandeiro).
Quando ouço, canto e danço samba sei que meu lugar é no Brasil!
E amanhã lá tem Guinga a R$ 15!!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Os falsários

O filme do título conta a história de um grupo de judeus, especialistas gráficos, ocupados em falsificar libras esterlinas e dólares para as SS.
O comandante alemão usa métodos "modernos" de motivação, frente ao capitão mais "pragmático".
E refaz a velha pergunta: quais mentiras você seria capaz de contar para sobreviver, quanto você se rebaixaria para ter uma boa cama ou um prato de comida?
Grande cinema!
Levando-nos a mundos que não poderíamos ir (e que certamente não iríamos só por curiosidade), mas nos mostrando na tela brilhante na sala escura os labirintos de nossas mentes e de nossos sonhos.

terça-feira, 26 de maio de 2009

USP

Ontem recebi o amigo do Rio e o levei à USP.
Fomos na Filosofia, entre as Ciências Sociais, História e Letras, mais abaixo da Geografia e o Conjunto das Químicas (Farmácia, Engenharia Química e Química ela mesma).
Flanei enquanto ele trabalhava: bibliotecas, agitações de greve (até onde entendi contra a terceirização dos serviços de vigilância no campus).
Um eu antigo vagava por ali.
O ambiente físico não tem tantas modificações, mas detalhes (as grades, um certo aburguesamento, etc) nos lembram das décadas a me separar do universitário que ali fui.
Passei o dia por lá, viemos para casa mais tarde, com os outros dois irmãos amigos de longo tempo. Bebemos e comemos para celebrar o reencontro.
Algum estranhamento, mas muito mais afinamento das violas há tanto separadas pelas lidas dos dias. A orquestra da vida tocava sua música longa e breve ao mesmo tempo.
Mistérios do tempo compartilhado!

sábado, 23 de maio de 2009

Festa de Babete

Recebemos os cunhados e lhes oferecemos um jantar, previamente reservado, aqui pertinho de casa no Pomodori.
Pequeno, rústico chique, nada menos que um dos homens mais ricos do Brasil na mesa vizinha (mas, paulistanamente, fingimos ser só mais um "alguém" como nós).
Uma equipe de quase um funcionário para cada comensal: recepcionista, caixa, sommelière, uns sete garçons e uma cozinha linda, aberta por vidros, na nossa cara, com o chef gorducho e mais uns oito se virando em pouco espaço, sem nenhuma conversa fiada e nenhum grito.
Desde os antepastos, passando pelos pratos, o vinho e as sobremesas até o cafezinho, tudo foi delicioso, numa mescla de sofisticação, criatividade e respeito às nossas melhores tradições culinárias.
Valeu cada centavo!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Head Hunter

"Agência de emprego" chic agora tem esse nome estadounidense, que na verdade remete a canibais ou "caçadores de cabeças" da Papua, da Amazônia peruana ou de Sarawak!
Mas é através deles, os "caçadores de talentos" que pretendo ir dirigir uma grande empresa!
A ansiedade está latente. Véspera de mudança!
Preciso mais lazer(viagens!) e cinemas para aguentar o fim desse período.
Os dias em casa são bons, mas quero tê-los apenas nos finais de semana.
Quero sair cedo de casa todo dia, dar ordens, criar projetos, construir fábricas, inventar novos negócios, gerir a produção através de índices que meçam de forma simples a eficiência de processos complexos!
A gestação dessa nova fase está no fim, acredito!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Júlio Villani: "Verso e Reverso"

De novo, mas de novo mesmo, "Verso e Reverso".
A exposição vem se engrandecendo e depurando desde alguns anos atrás na Pinacoteca do Estado.
Agora está no Galpão Leste do Sesc Campinas, de onde acabo de chegar, cansado da vernissage e da estrada.
Estão lá os bilboquês gigantes ("A Origem do Mundo"), o poço com espelho em lugar de água ("Auto Retrato"), os lençóis bordados, as bacias dos "7 continentes", a geringonça "Constância e Inconstância" (que remete a nossos remotos benefícios de café e arroz) e quadros maravilhosos (eu dava uma perna pelo "Onde é Minha Casa").
Orgulhoso de conhecer o homem por trás do artista. E de compartilhar solos onde pisamos, ao mesmo tempo ou em tempos diversos; solos do Oeste e do Leste, do centro e da periferia, do chique parisiense ou paulistano ao prosaico de nossa origem interiorana e das "bocadas" ao lado das mansões.
Arte é vida. Viva o artista!
Parabéns a ele e ao Sesc por apoiá-lo!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Botecar

Um amigo, com ou sem suas inconveniências (quem não as tem?).
Cerva gelada, espetinho quente.
Falar de profundidades éticas ou de leves abobrinhas.
Viver, outono, sem avereza de Deus (os dias nunca são iguais!!).
Fim da tarde, a gente agitada louca para chegar em chegar em casa.
Ou ainda ir para a facul...
Paulistanamente!
Vivo entre os vivos!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Caipira na cidade grande

Pensei que nunca gostaria dessa cidade, de seu trânsito e violência.
Mas como bom converso, agora a defendo acima de tudo.
Pode se dizer que conheço o mundo mais ou menos bem.
E não quero morar fora do Brasil.
E pode se dizer que conheço o Brasil mais ou menos bem.
E não quero morar em outra cidade.
Nem na querida Campinas, menos ainda na indelével Marília.
É coisa de cultura cosmopolita, da qualidade dos serviços e do empreendedorismo dos que aqui habitam.
Dá para sonhar com a despoluição das águas e do ar, com a extensão quase a nível parisiense, novaiorquino ou londrino do metrô e com a distribuição de renda e eficiência policial que nos façam andar tranquilos onde e quando quisermos.
Temos tido tão poucas utopias que essa é uma: trazer a tranquilidade do interior para cá e levar a cultura metropolitana para os rincões.
Equilibrar o Brasil!
E quem disse que o sonho acabou?

domingo, 10 de maio de 2009

Dia das Mães

Na véspera desse dia fui para Campinas.
Ônibus na Nove de Julho, metrô no Anhagabaú, ônibus na Rodoviária do Tietê e outro ônibus na nova rodoviária de Campinas.
Comprei um apê para dar para minha mãe!
Dia bonito, tarde agradável, noite agradável.
Choveu ontem lá.
Hoje cedo, táxi, ônibus para Sorocaba, almoço com sogra e volta para Sampa.
Santo outono bonito, nem frio nem calor.
Céus azuis, uns pingos na chegada.
Os dias dedicados a nós são preciosos.

terça-feira, 5 de maio de 2009

"Procurando" emprego

Sei que isso só se diz aqui, no diário.
Sei também que esse diário é público, o que é uma contradição em si.
Mas, mais que eu procurar emprego, espero que as empresas procurem o ótimo profissonal que sou.
Contrassensos.
Mas assim que me sinto: por algumas artimanhas da natureza (e trabalho efetivo de head hunters e outplacements da vida) quem precisar de mim vai me encontrar em breve.
É um pouco místico, um pouco irreal, uma loteria de vida real, mas esse emprego maravlhoso está em gestação e vai acontecer assim, por caminhos pelos quais jamais passei provavelmente, pelas mãos de pessoas que nunca me viram.
Que venham!

domingo, 3 de maio de 2009

"A Janela" e "Aleksandra"

Sessão dupla no dia do trabalho.
O primeiro filme do argentino Carlos Sorin e o segundo do russo Aleksander Sukorov.
Um diz que que devemos nos preparar para morrer.
O outro diz o mesmo, por outras vias, mas grita que eses "etnocentrismos" (russos ortodoxos x chechenos muçulmanos x caucasianos, x pessoas dos Urais x etc) são uma bobagem sem fim .
E lembra que a guerra é sempre dos homens, as mulheres não declaram e até bem pouco tempo não lutavam.
Uma personagem chechena diz para a "invasora" russa: "nós mulheres nos tratamos como irmãs rapidamente".
Que assim seja!