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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sábado, 31 de março de 2012

Bicicleta de bambu para alunos dos CEU

Fica combinado assim, como um 11 o mandamento:
"Não atropelarás" (estudante do CEU, a moça da Paulista, nem ninguém!).

"Saga", de Filipe CAtto

Andei depressa para não rever meus passos
Por uma noite tão fugaz que eu nem senti
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi

Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir

Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei a história minha pr´uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito, atingido, se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar

Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar

E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar

E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer

São Paulo nova

O bom de cidade grande é que, como você não chega nunca a abarcá-la toda em sua megalopolicidade, quase em cada esquina que você fuja dos seus caminhos habituais, uma nova vizinhança se descortina.
Aconteceu hoje comigo. Fui mandar lavar o carro ali no lavador do Japonês da esquina da Renato Paes de Barros com a JK ("Portinari"). Tinha meia hora para esperar. Fui passear. Cheguei no Cantinho da Bastos Pereira, entre a Teivot, Tajá e Manuel Mendes Fernandes. Descobri um vasto casario baixo, mais um tanto de sobrados unifamiliares, árvores bonitas e jardizinhos burgueses.
Fiquei ali curtindo, sentado na calçada, um raio de sol que saiu na manhã nublada.
E era uma luz sobre o cinza da Santo Amaro, logo ali, tão degradada...

Sábado cedinho

Estertor de último dia de março. Cinzoutono friaquinho. Lembrava que era o desaniversário da "Gloriosa" "Revolução", vulgo golpe militar contra o Jango...48 anos como está prestes a completar esse que vos "fala".
Pulei cedo da cama; nem a mulher trabalhava, nem o filho cursinhista foi à aula. O outro, menino mais novo, normalmente dorme mesmo até tarde nesse dia. O apartamento quieto.
Lá fora, só uns faladores altissonantes quebram o silêncio junto com os ônibus na 9 de Julho.
Saí de camiseta, bermuda e chinelo. Gordo e não friorento sou, não preciso mais.
Empregadas e porteiros chegando, um ou outro faxineiro faxinando calçadas, a banca de jornal abrindo, a Padaria Bienal recebendo frutas de uma kombi e as atendenetes e o chapeiro alertas.
Café forte e curto, ponho pouco açúcar (não por estar de dieta, mas pelo prazer do amargo sabor, da escuridão calda, dos alcalóides e outras delícias que aprendemos atavicamente a gostar, desde a antiga Etiópia e a Arábia) e uma garrafa de água Bonafont (essa sim filha da dieta do Vigilantes do Peso; se não, seria um gordo misto quente de oito reais...).
Alvíssaras: minhas pedras no rim vão se dissolver, meu divertículo de colo sigmóide reentrará, meu colesterol vai baixar até a normalidade, as enzimas do fígado mostrarão que a esteatose se foi regredida, em fim, faço planos de uma vida ainda longa (mesmo que a maior das vidas humanas ainda assim seja um pingo num temporal). Contabilizo quase sempre se mais de metade já foi ou não (e cada vez terei mais certeza que já vou no meu segundo tempo e o fim está perto...).

sexta-feira, 30 de março de 2012

Pina do Win Wenders em 3D

Vi à tardinha no Frei Caneca!
Muito lindo!

Jorge Mautner - O Filho do Holocausto

O reverente documentário de Heitor D'Alincourt e Pedro Bial sobre o "Profeta do Kaos" é emocionante.
Eu me considero de Jorge Mautner e Nelson Jacobina mais que fã um amigo pessoal... Fiquei relembrando o show promovido em Cajati, o Hotelzinho de Jacupiranga e a churrascaria de Registro!. Fui tocado até o último fio de cabelo. Fiquei só meio triste com a aparência de Nelson Jacobina, que denota luta contra algo grave de saúde. Desejo melhoras ao grande músico. E invejei Jorge por chegar aos 71 com um corpo malhado!
Muito da porra louquice responsável que hoje podemos viver, das liberdades individuais, do respeito às diferenças e do anti nazi-fascismo que cultivamos vem do sincretismo judeu umbandista de Jorge Mautner, de seu radicalismo cordial, de seu pai e de seu padastro, de seus avós, sua mãe e sua babá, desse caldo que só um lugar quente ao sul do equador poderia cozinhar.

E ainda tive o privilégio de assistir de graça, no Cinesesc, ver o Amir Labaki abrindo o festival, o Zelito Viana, o diretor do documentário e o Roberto Aguilar (amigo e colega de escola de Jorge)! Coisa boa de cinéfilo metropolitano!

SALVE JORGE!

À deriva (ou como a vida imita a arte...)

Adolescente sobrevive depois de 26 dias à deriva no Pacífico
Seus dois companheiros morreram; barco foi encontrado a mais de mil km de distância.
27 de março de 2012 | 8h 36

Um adolescente sobreviveu após ficar à deriva em um pequeno barco no Oceano Pacífico por 26 dias.
Adrian Vasquez, de 18 anos de idade, deixou o hotel onde trabalha como enfermeiro no Panamá e saiu para pescar com dois amigos em fins de fevereiro.
Ele foi encontrado sozinho no barco de 3 m de comprimento no domingo nas proximidades das ilhas equatorianas de Galápagos, mais de mil km do ponto de partida.
O capitão da guarda costeira do Equador Hugo Espinosa, que socorreu Vasquez, disse que o adolescente contou que o barco voltava repleto de peixes após dois dias de pescaria quando o motor falhou, por volta das 18h00 do dia 24 de fevereiro. Os três tripulantes podiam ainda avistar a terra.
Nos primeiros dias, eles ainda tinham muita comida e água, mas quando o gelo derreteu, eles tiveram que jogar fora o peixe apodrecido e seus ânimos foram esmaecendo. Eles comiam o que conseguiam capturar com sua rede.
O mais velho do trio, Oropeces Betancourt, de 24 anos de idade, parou de comer e beber após duas semanas. Ele morreu no dia 10 de março e seu corpo começou a se decompor depois de três dias, sendo jogado no mar.
O outro adolescente, Fernando Osório, de 16 anos, morreu no dia 15 de março, aparentemente de desidratação e insolação. Após três dias, Vasquez jogou o corpo do amigo no mar.

Perdido
Ele então teria ficado sem água nos dias seguintes, quando o sol estava forte e constante.
Espinosa diz que "quando Vasquez estava quase morto, no dia 19 de março, choveu e o jovem conseguiu encher quatro galões de água".
Ele teria passado os cinco dias seguintes comendo peixe cru até ser avistado por um barco pesqueiro, que avisou a Guarda Costeira. Após ser resgatado, ele pediu para fazer dois telefonemas, para sua mãe e seu patrão, para explicar tantos dias longe do trabalho.
"Ele não sabia o que estava acontecendo. Estava quieto, parecia perdido", disse Espinosa.
O capitão afirmou que, após ser hidratado e dormir por várias horas, Vasquez acordou com muita fome e sede.
"Pouco a pouco ele começou a reagir. Mas quando se fala sobre seus amigos mortos, ele fica em silêncio e abaixa o olhar. Ele custou muito a discutir o tema." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Ao Excelentíssimo Deputado Paulo Teixeira

Mandei no seu email e por algum problema do meu provedor não foi...posto aqui então.

Permita me apresentar.
Chamo-me Roberto Corrêa de Cerqueira César e sou o eleitor que o saudou hoje pela manhã na fila de embarque de táxis na sua chegada em Congonhas.
Conheci seu trabalho através de algumas entrevistas suas, me aprofundei um pouco em seu site e depois o Murilo Machado me rastreou através do meu blog (www.diarioesporadico.blogspot.com), onde eu o citava elogiosamente.
Aproveitando aquele momento, às vésperas da eleição de 2010, fiz militância a seu favor e da Presidenta Dilma.

Como lhe disse, trabalho com Fertlizantes e estamos apoiando os planos no sentido de desenvolver a indústria nacional e fortalecer o papel do Brasil no âmbito da cooperação sul-sul.

Meus contatos pessoais com você se reduziam, até então, a eventos de campanha aqui em São Paulo onde pude vê-lo, ao longe do meio da multidão, nos palanques e mesas de honra. Como era de se esperar, numa cidade imensa e em uma sociedade moderna de massas, só mesmo a feliz coincidência dessa manhã poderia colocar-me frente a frente com sua pessoa e, à partir de sua simpatia, ensaiar um contato mais próximo junto ao meu Deputado Federal e de mais de uma centena de milhar de eleitores.

Fico portanto ao seu dispor para apoiá-lo em questões onde eu possa ser útil, sejam temas ligados aos fertilizantes ou questões sociais, da saúde e da juventude (sou casado com uma médica e pai de dois adolescentes e, como o mais novo ainda não votou, somos 3 eleitores seus aqui em casa).

Sendo o que tinha no momento, parabenizo mais uma vez seu trabalho na Câmara dos Deputados e no PT e desde já me disponibilizo para que me convoque para ações em que eu possa ajudar a construir a vitória eleitoral do Fernando Haddad e ajudar a tornar a cidade, o estado, o Brasil e o mundo mais fraternos, justos e felizes.

Envio a você e ao seu assessor Murilo minhas saudações cordiais!

Atenciosamente

Roberto

quarta-feira, 28 de março de 2012

Me ia coutando

Eram auroras de matinais cinzoutonas e histórias de histórias abensonhadas que cresciam no dia até se poentarem.
Acenava panos para fantasmas em outras margens enevoadas de lagos mitológicos na beira da moçambicana Beira.
E revivia meu pai, vô e meus meninos, revivia o menino de dentro aqui de mim, revia a mãe pontificando medos ou arrojando o ex moleque ao mundo.
Entrava no dia nadando!

terça-feira, 27 de março de 2012

Serra quase perde, é fraco e desagrega

Com apenas 52% dos votos, José Serra venceu as prévias do PSDB neste domingo (25) e será o candidato da legenda nas eleições para a prefeitura da capital paulista. O resultado confirma a divisão que reina no ninho tucano. José Aníbal obteve 31,2% dos votos e Ricardo Trípoli ficou com 16,7%. Ao final das prévias, os três falaram em unidade, mas o clima interno é de desagregação.
Compromisso é "papelzinho" e bolinha de papel o leva ao hospital.
Esse mala é um feioso, mentiroso e meio fascistóide.
Dá até medo!
Quero um prefeito solar, depois dessa enrustição do Kassab, outro que não sabe o que é!
E VIVA O FERNANDO HADDAD!

Multidão solitária

No Centro tem tanta gente
Que a minha solidão aumenta!

A aderência à hierarquia nos exime de culpas!

Mudança incontinente de planos já maduros.
Novas ordens superiores.
Fico livre para desmarcar rápido
Uma longa lista de coisas já agendadas.
E marcar às pressas um outro tanto...

segunda-feira, 26 de março de 2012

O surto psicótico, os policiais despreparados e o taser

Primeiro foi Roberto Laudísio, morto por três ou quatro golpes de "taser" (pistola elétrica) na Austrália. Agora temos o caso de Carlos Meldola que morreu de forma semelhante em Florianópolis.
Assistindo a um desses programas tipo "Polícia 24 horas" vê-se alguns casos que são típicos de surtos psicóticos, breves ou não.
Os policiais "bem treinados" atribuem tudo a ingestão de drogas, o que nem sempre ocorreu, mas pode ter sim desencadeado algo que eles aparentemente não conhecem bem: transtornos mentais.
E aí fica aquela gritaria de delegado, de polícia, violências até gratuitas e, nos dois casos citados acima, mortes inúteis, de pessoas que precisavam de contenção física e um bom "sossega leão" para sair, ou pelo menos ter a chance de sair, de um "surto"...
Tudo isso se soma ao analfabetismo puro e simples, ao analfabetismo funcional, à miséria mesmo e a pobreza de espírito, aos 22 assassinatos por 100.000 mil habitantes, aos mais de 10 mortos antes de completar um ano por 1.000 nascimentos e outros índices ainda "terceiro mundistas" do Brasil.
O caminho da civilização avançada é longo e é mister percorrê-lo!

domingo, 25 de março de 2012

Santos

O Centro vetusto transborda de prostitutas baratas sentadas em almofadas encardidas nas escadas sórdidas de prédios decrépitos. Imagino os lençóis que aguardam os clientes...
Esperando o almoço, entrei no frescor da Catedral. Passamos pelo bondinho e a Bolsa do Café, comi um pastel no Café Carioca, pensamos em ir à Igreja do Valongo, mas já era hora de fazer fila na Porta do Sol...
E como tinha sol! Mormação, aquele calor da Baixada...
Sentamos, o Paquito nos atendeu, minha mulher falou: "Velho, malhado, falando assim: ele é!".
Depois, um desfile de bacalhau, polvo e paella, tudo delicioso, regado a vinho branco competente.
E as mulheres da minha vida: a mulher Kátia, a mãe Cida, a irmã Inês, as tias queridas Nena, Lucila e Odete, mais o Tio Ricardo. E ainda teve cafezinho e pudim de nozes na casa da Tia Nena. A vida possível de amor fraterno, de prazeres de cama e mesa, de memórias redivivas, de novas sensações da maturidade, de pingos nos is, de verdade.
E o mundo insistia em se desintegrar, não pelas profecias maias, mas pelo avassalador percurso do tempo em seu arco no meu horizonte.
No mais era uma cidade grande com seu grande provincianismo portuário e praiano.
Uma noite de Hotel Ibis, simples e bom. De manhã, um café na padaria e a Imigrantes de volta ao lar, ao dia a dia, à vida ignota de um qualquer.
São Paulo explodia em bicicletas ensolaradas, mas isso já era outra história...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Chico Anysio morreu

Chico Anísio, que chegou nos anos 80 a ser uma espécie de braço direito de Roberto Marinho, apesar de ter um talento artístico enorme, não deixa saudade no humor que perpetrou.
Gerações como a minha acostumaram-se ao riso fácil das caricaturas que fazia dos mais fracos reproduzindo depois essa modalidade de humor nas escolas e ambientes de trabalho, de modo a perpetuar a discriminação que pesava sobre os que se encontravam em oposição ao ideário de normalidade da classe média.
Acomodou-se ao regime militar e a ele serviu comandando sessões apelativas de riso que desviavam a atenção dos rumores sobre as atrocidades cometidas pelo regime militar, que seus patrões diariamente ocultavam.
Contribuiu para que se criasse em torno do último ditador do ciclo de governantes da ditadura militar, João Figueiredo, uma aura de simpatia e tolerância por meio de um quadro em que mantinha conversas intimistas com o governante.
Afeiçoado aos poderosos, ainda depois da ditadura Anísio chegou ao cúmulo de dar sustentação ao confisco da poupança praticado pelos sócios de seus patrões, os Collor de Mello, vindo até a casar-se com a Zélia Cardoso de Mello, ministra da economia de então.
Com a troca de guarda para a nova geração dos Marinho, Chico Anísio nunca se recuperou da dispensa de seus serviços pela Rede Globo depois que a emissora – para a qual contribui com o grande faturamento de seus programas – decidiu renovar sua imagem nos anos de 1990 apelando a uma nova abordagem de humor, representada por grupos humorísticos egressos do teatro e do "humor universitário".
Antes que iniciasse a lenta agonia em direção ao destino igualitário da morte, a Globo cedeu à mágoa do humorista e deu-lhe a chance de um breve retorno à cena representando a idosa que ligava para o ditador Figueiredo. Só que nesse ato de despedida, quem estava do outro lado da linha era a mulher Dilma, a quem o preconceito do humorista jamais perdoaria por ser uma mulher na presidência da República.
Um troco que, por felicidade, a vida dá aos homens sem caráter antes que caiam no esquecimento.
fonte: http://brasilquevai.blogspot.com.br

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sampa tem tudo!

São Paulo é bacana
Com gente nordestina e gente coreana

São Paulo é bonita
Tem boliviana ajeitada e argentina bem feita

Misturar é humano
Fico no meio do judeu,
Do evangélico e do angolano
Do católico, do espírita
E do muçulmano

São Paulo é supimpa
Tem din sun, yakissoba e pulpo en su tinta
São Paulo é gostosa
Como chinês de Cantão
Como chinês de Formosa

Assim São Paulo é feliz
Oportunidades caipiras, realizações caiçaras
E vida boa pro maranhense de Imperatriz!

São Paulo tem vez:
O pão francês
Amassado pelo português!

São Paulo também tem problema.
Mas solucionar é o lema!

terça-feira, 20 de março de 2012

Largo do Arouche, número 24

Venho de moto e deixo o Ariel no Anglo da Sergipe.
No friachinho da primeira manhã de outono, desço o fim da Consolação.
Na frente da Igreja da Praça Roosevelt defleto para a esquerda.
Os últimos travestis esperam os últimos clientes nas últimas esquinas.
Chego cedinho e um grupo se aglomera na portaria do Edifício Pekelman enquanto abrem as grades de segurança.
Bato papo com o Nori sobre o futuro do projeto.
Penso e repenso.
Vivo!

domingo, 18 de março de 2012

As invenções de Hugo Cabret

Hugo inventa Georges Meliés, que inventa Isabelle, que inventa um filme maravilhoso de Scorcese, que se vale da mais alta tecnologia para falar de velhos filmes de avant garde, num círculo virtuoso sem fim.
Afinal, as máquinas complexas não vem acompanhadas de suas peças sobressalentes.
Então se estamos aqui, para algo devemos servir!

Casamento do filho do Diogo

Antônio Diogo de Freitas Pinto, filho da saudosa tia Rita e do tio amado Maurino Pinto, irmão da vó Maria. Fernando o noivo, Ana Paula a noiva, médico anestesiologista ele, comerciante ela, Granja ela, Pinto ele, fizemos mil e uma piadinhas com os sobrenomes...jocosos, o Paulinho, irmão do noivo, a mãe Naná Guazelli, a Rose do e com o Beto, irmão do Diogo, o Gino Ornstein logo ali, a Cê Siqueira, as meninas deles, o Paulo, a Sara e a Sylvia conosco, meu irmão Maurício e a Vivi, as óbvias ausências dos tios: Ricardo, Nena, Lucila e Cida, e das primas. Mas a vida tem esses momentos em que os "velhos" se recusam a beber e a se divertir, por razões mais que próprias, mas nem sempre salutares.
Um casamento burguês paulistano. O caipira de Marília parte dele. Feliz?
O irmão mais novo indo dormir lá nos quintos de Guarulhos, "para não incomodar", mas vindo "cedo", mais de meio dia, para irmos comer gostoso ali no Pasta Gialla do Sérgio Arno, bruschetta, salada, perna de cordeiro, grappa, café forte, algum tipo de alegria num coração no mais machucado pelas vissicitudes da vida, que ora machuca, ora assopra, tio Rubens se indo, eu mesmo não me sentido muito bem...
Aí me vinha uma ânsia de saber (se não o fizer) que respirar e comer bem e cagar forte são já o passaporte para não se temer a MORTE, a indesejadas das gentes, a traiçoeira, a que nos espreita, a que nos consome, a derradeira, a dolorosa, a finalizadora dos dias bons sobre o chão da Terra que piso, aí sim: FELIZ!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Edmundo morreu num assalto

A história é que ele, como muitos da classe baixa e principalmente da área de segurança, além do emprego já meio sufocante, fazia bicos nos fins de semana.
Vai que foi contratado por uma chácara, sei lá em que arrabalde.
Vieram uns sujeitos assaltarem.
E ele estava no meio do caminho.
Morreu em defesa dos donos ou usuários de uma chácara.
Que descance em paz, meu amigo!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Assassino e causa desconhecidos

Edmundo era pernambucano e trabalhava como segurança/porteiro na Pueri Domus da Rua Itacema.
Super gente boa, olhava pelos meus filhos e ajudou muito o Ariel e a mim numa momento de grande dificuldade. Afeiçoei-me a ele.
Morreu ontem, sabe-se lá porque, com dois tiros.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Marília de Prefeito novo

Mário Bulgarelli é um xexelento, cria do pulha do Canalinha. Já vai tarde e deixa o ar menos pestilento.
Ticiano Tóffoli, se não tem a dignidade dos pais e tios e está mais para o irmão mais famoso, ainda não se sujou completamente e tem a chance de dar uma limpa de cunhados e outros que vão querer lhe grudar como carrapatos.
É a chance que a cidade tem de mudar a cabeça "de mulheres com a alça do sutiã encardido" (apud Abelardo Camarilha, digo Camarinha) e dar um basta nesse clã de bandidos que usa o nome de uma família que já deu frutos de outra qualidade. O José Ursílio Ursulino já deu o que tinha que dar, quem sabe alguém leia isso aqui. Fica a esperança.
Aos partidos de Marília, peço a magnanimidade de se unirem numa candidatura única e forte, que não dê chances ao baixinho nefasto de eleger seu filhote "quase bonitão" (lembrando que lá naquele velho oeste que me pariu não tem segundo turno!).

quarta-feira, 7 de março de 2012

Bacalhau dos dias

Imerjo
As postas secas
E salgadas
Na água

Dias prá dessalgar!

Azeite, azeitonas,
Cebola, alho, batatas
No forno

E prá servir
Ovo cozido,
Salsa e cebolinha!

Essa bacalhoada
Mais arroz branco
É a vida boa!

É o pão!

Quando devo sentar?

Primeiro os mais velhos
Juntos com os muito novos
E mulheres
Sempre

E eu?

Nem senil, nem criança, nem fêmea!

Homem de meia idade:
É o último!

domingo, 4 de março de 2012

Serra é desinformado e burro!

Anteontem o prefeiturável que mais amo odiar saiu com essa:
- O Brasil é quase como os Estados Unidos, pois se chama "Estados Unidos do Brasil"!
Nem o Bóris Kasoysma aguentou e lhe ensinou:
- "O Brasil se chama "República Federativa do Brasil"!"
Ao que o "Gênio do Alto de Pinheiros" acrescentou:
- "Ah é?! Mudou??"

Mudou sim, Seu José Ruela Serra, com a primeira constituição da "Gloriosa" Revolução de 64, promulgada em 1967...

Oh hominho por fora!

E viva o Fernando Haddad!

sábado, 3 de março de 2012

Para Mautner e Chico Science

Atrás do arranha céu, tem outro céu, tem fauna e flora
Anamauê aeweia auê, tem bico de beija flor, porta estandarte
Uma flor, couve flor, raio, amor, unhas negras, quadros negros,
Tem apego
Tem arte!

Chavez conversa com Castro

Por mais "capitalista" que um estudante da Unicamp dos anos 80 possa virar, por mais críticas que eu faça ao imobilismo empresarial chavista e pelos botocudismos cubo-venezuelanos, ver o Leão Baio (Fidel) de papo com o sobrevivente Urso do Llano (Hugo) ainda dá uma vaga idéia do que intuíamos nos ideais panamericanos desses outros dois na foto (Bolívar e José Martí)...

A "eterna" volta do sábado de manhã

Enquanto Ogã me inspira, vou soltando o verbo em mais uma das minhas de sábado.
A Capadócia é aqui e Jorge rola, tenho as plantas para cuidar, tenho minha música, meu ritmo.
Ficou tudo assim: frases do tamanho da linha do blogger, fundo branco e letras pretas como faço desde os tempos de Unicamp, como fiz mais ainda em Marília, nunca mais parei, continuo firme.
Quantas ? Mais de mil páginas, em momentos frívolos, em considerações profundas, sempre tentando ir ao âmago, seja no que isso tem de profundo ou mesmo para chegar à conclusão de que éramos realmente a piada de Deus, esse incógnito que nos assombra, esse super pai que acolhe, sempre pensamos em não atrair sua ira, nós judeo-cristo-árabo-africano-mongolíndio sempre tão cordatos em querer cunhadinhar com os amigos, repartirmos nossas irmãs, fazermos a festa do sexo para arrumarmos e criarmos esses filhos sem os quais sentiríamos ainda mais vazia a chance de vir aqui e ter tantos dias à disposição para a vida eterna, por mais que o último adjetivo fosse uma blague...
Éramos enfim os possíveis brasílicos, os reis do poder brando, os sem inimigos reais, os confiantes ainda no futuro de uma pátria nem sempre adiada, os esperançosos, os verdadeiros sonhos sulamericanos!

quinta-feira, 1 de março de 2012

José Serra agora é "Paz e Amor"

Cansado de guerra, o tucano do bico quebrado agora "ataca" de "Serrinha Paz e Amor". Não quer mais dizer que FERNANDO HADDAD é um monstro, que quer fazer aborto de criancinhas indefesas, que quer destruir a família com o casamento gay, nem que destruiu a educação do Brasil com as falhas do ENEM e que é a favor da descriminalização das drogas... E nem vai falar que FERNANDO HADDAD é o maior corrupto do Brasil e que ele, Serra, o político que nunca roubou...
Seria bom acreditar que esse proto fascista não descerá para golpes abaixo da linha cintura, mas acho que Serra é o escorpião da fábula, que "morre, mas não nega a natureza!"...