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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Sexta de carná

Carlos anunciara o feriado antecipado e saí à noite para o Bloco no Vermelho, dois ou três bares e um lanche.
Perdido em mim e achado no mundo no paradoxo de ser e estar.
Houveram marchinhas, danças, cantos, batuques, cervas, pingas, fumos, águas de Carnaval. Vida pulsante brotando a vida.
Homem novo, sonhava. Justo e honesto. Osso, sangue e carne. Pronto pro afeto de irmãos e primos.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Sou poeta?

Pelo que li
Poeta sério fazia Direito
E hoje faria Letras

Funcionário ou professor
Diplomata
Ou porra loca

Taciturno
Vernacular
Dicionarista e filólogo?

Deve seguir regras gramaticais
E rimar na métrica?

Poetinha já temos um (gigante)
Poetastro fujo de ser
Poetelho?

Devo então ser um poeta para crianças

Brinco com as palavras!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Um pouco mais de mim

Eu cultivo hábitos simples.
Por vezes como
O arroz na panela com uma colher
Pra retirar bem os pregadinhos!

Também posso ali por
Um bacon ou ovas de tainha
Saúva, tatuíra, camarão!
Ainda tomo picolés no verão!

De frutas: limão, maracujá,
Abacaxi, tangerina, uva!
Não é ano bom, nem carnaval,
Mas festo em Sampa e Floripa!

Era, sou, continuarei sendo
FELIZ!
Não é que eu não mereça tudo isso!
É que agradeço o destino
Ser parcimonioso em desgraças!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Voz, Solidão e Violão (Wilson Sideral)

Eu sou um velho conhecido meu,
Um taurino romântico e cabeça dura.
Eu sou uma velha página em minha vida,
uma ruga, uma pedra, eu sou o meu destino.

Um violeiro lunático, um guerreiro do universo,
Eu sou poesia e paixão rodando pelo mundo.
Eu ando pelas ruas, como se andasse na lua,
Eu vou onde o povo está, mas nem sempre encontro alguém.

Nem tudo por aqui é uma fábula,
nem sempre a casa está cheia.
Às vezes tem cachê, às vezes tem plateia,
Mas, quase sempre acabo só.
Nem tudo por aqui acaba em cachaça,
nem sempre a mesa tem pão.
Às vezes tem você, às vezes não tem nada,
e quase sempre sou,

Voz, solidão e violão
Voz, solidão e violão

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O Sol já vai nascer

Enquanto o céu que é azul
Espalha riscos brancos
De não tecidas fibras
Que refletem vermelhos e dourados

Passa uma caminhonete
Carregada de melancias
Para refrescar quem?
Onde? E quando?

E eu penso nos meus sonhos
De aposentadoria feliz
Meus muitos “sábados” encadeados
Férias “prá sempre”

Cada um à sua maneira
O Sol, o mundo e eu
Somos só bolas rolando!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Dilma diz nos 34 anos do PT que "fim de ciclo" é o escambau!

"Eles teimam, teimam mesmo, em não enxergar que estamos conseguindo construir esse novo Brasil, sem abdicar dos nossos compromissos com a solidez dos fundamentos macroeconômicos, com controle da inflação, equilíbrio das contas públicas, e fazendo a dívida líquida do setor público cair", afirmou a presidente.
Dilma chamou de "cara de pau" quem tem defendido que o ciclo do PT à frente do governo federal chegou ao fim. Na semana passada, o governador de Pernambuco e provável adversário dela na corrida presidencial em outubro, Eduardo Campos (PSB), afirmou que o "velho pacto político" colocado em prática pelo PT "mofou".
"Agora eles têm a cara de pau de dizer que o ciclo do PT acabou, que o nosso governo se esgotou, que nós demos o que tínhamos o que dar", ironizou.
A presidente também chamou de "pessimistas" os que criticam os resultados da sua política econômica. "Esses pessimistas aproveitam alguns desequilíbrios típicos de uma conjuntura internacional muito difícil, que todos os países estão enfrentando, para dizer que o fim do mundo chegou. O fim do mundo chegou sim, mas chegou para eles, e isso faz muito tempo", afirmou.
Essa caterva de neopassadistas e novovelhistas é uma água só! Vão ficar chorando quando a eleição passar!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Os últimos dias de um homem (homenagem a Phillip Seymour Hoffman, do NYT)

Um pai com seus filhos e netos no clube ou na casa de amigos e parentes na cidade, apanhando dinheiro num caixa de banco, talvez chamasse algum amigo para ver futebol na sua casa.
Uma mensagem de texto poderia ter sua última comunicação. As últimas horas foram uma mistura complicada de negócios, socialização, talvez uma bebida furtiva. Depois era um corpo frio sem vida numa manhã.
Em todo caso ele morrera. Uma vida de viciado, com períodos de extrema normalidade interrompida por um comportamento errático. Rodar um filme que é um sucesso, fazer reuniões de negócios, ver um jogo, beber bastante, comprar drogas.
Para um homem que morreu aos 46, sua jornada foi de total privacidade. Foi um tipo de embaixador do Greenwich Village, sempre visto pelos vizinhos, puxando um carrinho, fumando um cigarro ou parando para dar orientações a um turista perdido.
Para resumir, um nova-iorquino normal, apenas um que tinha a sua estatueta do Oscar.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Socialismo

A palavra dos sonhos que gesto ficou carregada de significados importantes, ultrapassados, que hoje trazem mais ojeriza que admiração.
Marxismo, leninismo, stalinismo, maoísmo, etc.
Mas só ficar nessa do capitalismo selvagem, onde o eu vem sempre primeiro, não ajuda a pensar muito, ou antes, só no "social".
E viver em sociedade implica em aceitação, compartilhamento. Lutar pelo bem comum.
Nesse caminho, democracia é aprendizado e combate à corrupção um dever.
E lutar contra o elitismo (não num sentido meramente de "alta cultura", mas no sentido de "exclusão") é outra obrigação.
Devemos chegar num ponto onde o Brasil consiga integrar sua população mestiça numa sociedade fraterna e em que a competição e a competitividade não nos esvaziem da solidariedade.
Minha utopia é que a meritocracia não seja antônimo de cuidado (para com os pobres, os desvalidos, os menos capacitados de toda ordem).
E que os derrotados e massacrados do passado sejam os favorecidos de hoje, por reparo e justiça.
Enfim, temos que poder desfrutar de um bem estar coletivo onde a riqueza maior de uns não seja uma afronta a uma massa que se torna feroz em seus guetos.
Onde dois dos dez mandamentos (não matar e não roubar) não sejam a escolha na falta de opções em que alguns se encontram...
Essa é a tarefa infinda dessa sociedade...
Sabemos que ao mesmo tempo que patinamos nessa luta de "Aecinho e Marina" contra "Dilma", estamos prenhes de algo transcendente e criativo que supera Chinas, Europas e Estados Unidos.
Este é meu sonho de ...SOCIALISMO.
E nessa construção vou trabalhar todos dias de minha vida!