Postagem em destaque

"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Haddad já empatou com Serra

A diferença das intenções de voto entre José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) na disputa pela prefeitura de São Paulo voltou a diminuir e é a menor já registrada desde o início da campanha eleitoral. Segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta sexta-feira, o tucano caiu de 26% para 20% em duas semanas, enquanto o petista foi de 9% a 16% no mesmo período. As informações são do Jornal do SBT.

domingo, 26 de agosto de 2012

São Paulo na tarde do último domingo de agosto de 2012

Saí para abastecer e lavar o carro na 9 de Julho, coisa de paulista. No posto achei uma coisa de valor jogada no chão. Guardei: era sinal de bom augúrio! Isso feito fui com o carro e o deixei ao lado do Trianon. Subi a Casabranca. Ouvi um belo rock que vinha do Parque Tenente Siqueira Campos, produzido por três jovens competentes: guitarra e vocal, baixo e bateria. Dancei e curti como se estivéssemos em um Woodstock aprazado. Saí pela Paulista em direção ao Conjunto Nacional e tinha um violinista de rua tocando "Amigo é Coisa prá se Guardar" do Milton. Dei 2 contos pro cara, que agradeceu. Fui até o Cine Livraria Cultura, ex Bom Bril, ex Cultura. O filme "360" do Fernando Meireles, só às 7. Desci a Augusta até a Jaú a tempo de ver, num bar daquela esquina, o meu Curíntia perder pro São Paulo. Aí continuei um pouco mais prá baixo e fui ao Cine Sesc. Às 6 da tarde vi uma sessão do 23o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. Cinco filmes: "Dique", "A arte de andar pelas ruas de Brasília", "Furico e Fiofó", "Aluga-se" e "O Duplo", todos ótimos, apesar de terem tido problemas com o áudio em algumas partes. Não eram problemas dos realizadores, mas dos exibidores...Voltei, caminhadinha e carro. Quando entrei, tinha pizza da Speranza em casa. Jantei com a mulher, os filhos e a namorada do mais velho. Amanhã cedo tem Cubatão. Depois, de tarde, levar o Gil para o Aeroporto em Guarulhos. Vai passar seis meses em Otawa, na casa de um senhora negra, radialista, com sua filha paraplégica. A vida vai. O Apocalipse Maia não vai dar nada em 21/12/2012. A Terra vai continuar a girar, o Sol a aquecer-nos, crianças a nascer, velhos continuarão a morrer, agora cada vez mais tarde. E o robô Curiosity continuará a mandar fotos de Marte!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Pulsão de Poeta

Aquela pulsão de poeta não vinha? Soltar palavras ao Centro. Dizer quieto. Gritar! Fim de Inverno é prenúncio de Primavera. Todas as cores de gentes, inteligentes, são modos que vão vingar!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Apóstolo e Bispa ladrões e lavadores de dinheiro, o Coisa Ruim e o amigo do Cahoeira

15/08/2012 - 18h04 Igreja Renascer diz que está dividida entre apoio a Serra e Russomanno

O auxílio reclusão

Falam por aí protestando contra o “salário família presidiário”. Referem alguns que o governo dá aos presidiários que tenham filhos o valor de R$ 810,18 por filho. Fazendo as contas, concluem que “bandido com 5 filhos, além de comandar o crime de dentro das prisões, comer e beber nas costas de quem trabalha e/ou paga impostos, ainda tem direito a receber auxílio reclusão de R$3.991,50 da Previdência Social“. Bom, fechando um olho para o erro de matemática, esses e-mails, tuítes e posts são um amontoado ambulante de desinformação. Certamente este pequeno blog não vai afastar essas distorções, mas talvez ajude alguém mais cuidadoso a não repetir essas baboseiras por aí. O auxílio-reclusão é um benefício previdenciário previsto na Constituição (art. 201, IV) e no art. 80 da Lei 8.213/91, concedido aos dependentes do seguradode baixa renda que tenha sido preso e não receba nem auxílio-doença, nem outra aposentadoria, nem alguma remuneração da empresa na qual trabalhava. Trocando em miúdos, para ter direito ao benefício o recluso precisa: a) ter contribuído para a PrevidênciaSocial (ou seja, estar trabalhando ou ter perdido o trabalho recentemente); b) não receber qualquer outra remuneração ou benefício; c) ter baixa renda (quando em atividade, logicamente). Baixa renda, nesse caso, equivale a um salário/remuneração de, no máximo, o definido ano a ano pela Previdência Social (em 2011, R$ 862,11). Se o segurado ganhar (em atividade) mais que isso, já perde o direito ao benefício. Além disso, acho importante esclarecer que Previdência Social é um seguro pago por cada trabalhador para o caso de ocorrer algum dos fatos previstos na Lei (alcançar idade avançada, restar incapaz para o trabalho, falecer ou mesmo, ser condenado e preso). Em sendo um seguro, na verdade o preso que recebe o auxílio-reclusão não está recebendo nada além do que aquilo pelo qual já pagou. Logo, não se trata de um gracioso favor prestado pelo governo, mas sim o pagamento daquilo que estava antecipadamente previsto na legislação. Por óbvio, nada contra discutir se é o melhor para a sociedade brasileira que esse benefício exista, mas pelo menos devemos nos pautar pelo que efetivamente está previsto, e não por um conceito imaginário do que seria essa benesse.

Viva Nossa Senhora!

Hoje é feriado em Cubatão. Viva Nossa Senhora da Lapa. Hoje é feriado em Fortaleza. Viva Nossa Senhora da Assunção. Hoje é feriado em Sorocaba. Viva Nossa Senhora da Ponte. Hoje é feriado em Uberaba. Viva Nossa Senhora da Abadia! Eu que não sou devoto, devoto o dia aos afazeres: contestar multa injusta de inspeção veicular, trocar uma lâmpada e limpar os chuveiros. E viva a variedade de Nossas Senhoras e muitos os devotos de Nossa Senhora que guardem seu amor no coração e nas ações!

O Brasil nas Olimpíadas e o complexo de vira lata

Tenho lido comentários muito depreciativos ao país por aí. O Brasil foi bem em Londres. Bateu seu recorde histórico de medalhas. É uma potência maiúscula nos esportes coletivos. Tem um atletismo, hipismo, judô, taekwondo, boxe, vela, etc muito decentes. Tem grandes heróis olímpicos. No Rio vai ser muito melhor.

domingo, 12 de agosto de 2012

O "Marighella" de Isa Grinspun Ferraz

Se alguém quer entender o que eu sinto sobre esse bombardeio da impressa contra o PT, que já não consigo traduzir em palavras, vá ver o filme que a sobrinha dele fez sobre o Carlos Marighella. Atentem para a Sra. Clara Charf, viúva desse herói da esquerda brasileira, quando ela fala sobre "não poder nem rir na rua" (pois seu riso franco era quase uma "entrega" de quem ela era, e ainda é). Pode rir Clara Charf. A história dos caídos pelo Brasil Socialista é teu resgate!

Brasil é prata no Vôlei Masculino!

Cochilamos e o cachimbo caiu no final. Parabéns para a Rússia, que virou magistralmente e saiu de 2 a 0 e nos deu um 3 a 2. Eu vou lamber minhas feridas...

O anti petismo como forma tardia do anti comunismo

A histórica divisão entre esquerda e direita causou e causa divisões profundas na sociedade. O marxismo, sua aplicação vitoriosa na Revolução Soviética e todo desenvolvimento histórico do Século XX são reflexos cabais dessa dicotomia política. No Brasil recente temos esses conceitos, de direita e esquerda, urdidos na vida política brasileira, desde as primeiras idéias anarquistas e socialistas do começo do século passado, passando pelas lutas de Prestes e do PCB, as posições nazi-fascistas das várias ditaduras brasileiras, culminando com o Golpe Militar de 1964 e a repressão que se seguiu, desembocando, depois de um cansaço e desgaste dos militares e da progressiva organização da sociedade civil brasileira, na redemocratização advinda no fim dos anos 80. Essa redemocratização teve duas vertentes: uma "burguesa", liderada por intelectuais e políticos institucionais e apoiada por estratos superiores das classes médias e pelas classes altas (obviamente formando a opinião de classes menos favorecidas através da grande impressa e outros meios de comunicação e "realpolitik") e uma vertente "popular", onde extratos "proletários" e "camponeses" se aliaram a intelectuais, religiosos, sindicalistas, etc. Daí nasce o PT. Com seu poder de mobilização, eventualmente o PT se tornou um partido hegemônico a nível federal e em muitos estados da federação. Por um acaso do destino a antítese atual mais renhida do PT veio a se tornar o PSDB, um partido que pode ser tido como a dissidência "ética" e "social democrata" do antigo MDB. Nesse contexto, o anti petismo é hoje uma mistura de quase tudo o que há de pior na vida pública brasileira! Lutar contra os ideais petistas de uma sociedade mais justa e igualitária, uma sociedade onde "cada homem, um voto", sem os privilégios longamente reservados aos "doutores" e "filhos de algo", na pior tradição colonialista e escravocrata portuguesa, é hoje o péssimo serviço que a "direita" (agora aglutinada ao redor do PSDB e de seu "ícone máximo", José Serra) prestam hoje ao desenvolvimento da política e da sociedade brasileira. Combater os desvios éticos e de democracia interna do PT são ações imperiosas. Tentar transformar o PT em "mais um" é um crime de lesa pátria contra um partido político que é quase o único que pode levar esse nome nessa fase de nosso desenvolvimento social. Dilma, Fernando Haddad, José Eduardo Cardozo, Paulo Teixeira, Graça Foster e outros tantos políticos e técnicos que não citarei por ser uma lista enorme não merecem a injustiça de serem comprometidos com o comportamento eventualmente reprovável de outros seus companheiros de partido.

Graça Foster faz seis meses à testa da Petrobrás (da Folha)

Quinze dias depois de tomar posse na presidência da maior empresa do Brasil e quinta maior de energia do mundo, a engenheira Maria das Graças Foster, 58, marcou uma reunião com um suposto desafeto para resolver uma das maiores pendências da companhia nos últimos anos: o atraso de entregas das encomendas feitas ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). O endereço, um hotel em Recife; o suposto desafeto, o presidente da Transpetro, Sergio Machado. De lá, partiram para o estaleiro e colocaram as cartas na mesa: ou os donos --as construtoras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão-- resolviam os problemas ou teriam as encomendas de 22 navios canceladas. Além de atrasar entregas, o EAS havia perdido o sócio tecnológico Samsung, após desentendimentos com as controladoras. Sem ele, não poderia entregar encomendas a partir do sexto navio. Depois da visita de Graça Foster --como prefere ser chamada--, tudo foi resolvido. O estaleiro foi multado, entregou o primeiro navio, João Cândido, e o grupo japonês IHI (Ishikawajima-Harima Heavy Industries) tornou-se parceiro para encomendas da subsidiária Transpetro. Estava lançada sua marca: acompanhar tudo o que acontece na firma e passar a limpo os erros da gestão anterior. Os e-mails enviados a funcionários às 3h, comuns nos primeiros dias da gestão, já não são tão frequentes. Mas ligações para assessores próximos antes das 6h ou nos finais de semana são rotina. Na Petrobras o comentário é unânime: nunca se trabalhou tanto como nos meses mais recentes. DIA DE 48 HORAS A executiva já disse a assessores querer que o dia tivesse 48 horas --quatro para dormir; quatro para assuntos fora da Petrobras--, explicitando assim suas prioridades. Discreta, dá a poucos na empresa acesso à vida pessoal. É casada, tem dois filhos e uma neta. A carga de trabalho, que já era grande nos tempos de diretora de Gás e Energia, aumentou, deixando pouco espaço para as corridas na praia e finais de semana em Búzios (litoral norte do Rio). Ainda consegue frequentar a igreja. As reuniões de diretoria, antes apenas às quintas-feiras, agora acontecem também às segundas. Isso tem deixado os diretores exaustos, já que Graça exige relatórios atualizados de todos os projetos em andamento. Alguns precisam visitar obras nos fins de semana para chegar à reunião com a "lição" na ponta da língua. "São seis anos em seis meses", exagera um funcionário, referindo-se à "faxina" que Graça iniciou no dia 13 de fevereiro e ainda não acabou. Talvez nem tanto exagero assim. Chegando invariavelmente às 7h e saindo no mínimo às 22h, Graça imprimiu um novo ritmo na empresa. Nos raros dias que consegue sair do trabalho mais cedo, sempre diz: "Vou tentar dar uma caminhada hoje".

Marílson em quinto na Maratona!

E tamos contando com o Ouro dos meninos do Vôlei. Tá dois a um! Difícil, mas há de dar! E tem a pernambucana Yane Marques com chance no Pentatlo Moderno!

Rússia 81 x Argentina 77

Pusta secada legal. Os argentinos não levaram nem o bronze no basquete!

Na correria ou na putaria...

Descendo a Augusta na sexta às 8 da manhã, passa ao meu lado uma moça que se apressa para entrar no trabalho num comércio. Nesse instante para ao nosso lado um táxi, as portas se abrem e descem o que parecem ser duas putas, arrebentadas pelo trabalho seguido da balada. A moça ri e comenta: "Na correria ou na putaria, tem lugar para cada um defender o seu nessa cidade!".

Marcha das Vadias

No conceito de um novo feminismo, mulheres jovens e bonitas tem protestado, às vezes com os seios à mostra, contra a prostituição, as violências sexuais, por maior fatia no poder político e pelas liberdades sexuais em geral, entre outras causas correlatas. Começou com o movimento "Femen" na Ucrânia, acho, e se expandiu com jovens universitárias pelos EUA e Europa, que começaram passeatas auto intituladas "Marchas das Vadias". Agora o movimento dá seus passos pelo Brasil. Vai daí que minha prima mandou um convite para participar da organização da "Marcha das Vadias". Na correria, sem ser um expert em Facebook, respondi como estímulo e laconicamente: "Viva as Vadias de Marília"...Acontece que minha resposta saiu como um comentário no meio de uma outra discussão, levando as mulheres lá envolvidas, e seus esposos, a se sentirem ofendidas, pedirem retratações instantâneas (coisa que não fiz de imediato pois não fico "on line" o tempo tempo) e como não receberam resposta rápida, já ameaçavam processos de calúnia e difamação e (subliminarmente) até (os maridos) me "darem um pau", como dizíamos...Ah! Quanto mal entendido! Isso me faz pensar no cuidado que temos que ter com as palavras! Tô com medo do Facebook. E se beber, não tecle!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Olimpíada

Bonito Brasil entre as potências de então. EUA, China, Grã Bretanha, Rússia, França, Itália, etc. Estamos no pódio!

Na correria ou na putaria

Descendo a Augusta 8 da matina. Uma moça arrumada passa por mim correndo prum comércio dali. Descem duas putas do táxi, cansadas de meter e de balada. A moça passando por mim diz: Nessa cidade, no corre ou na prostituição, cada um se defende!

domingo, 5 de agosto de 2012

Roberto Gurgel mente!

O prevaricador geral de república (Roberto Gurgel) mente deslavadamente quando diz que Zé Dirceu montou uma quadrilha que foi a maior da história da vida pública do Brasil. Primeiro: ele (Zé Dirceu) aparentemente só repassou uma "graninha" para outros quadrilheiros do naipe de Roberto Jefferson (o denunciante), Waldemar da Costa Neto, o "Boy", Bispo Rodrigues e quejandos. Parece que Marcos Valério teria desviado aí uns 90 milhões nesse "mensalão" do PT (diga-se PMDB, PTB, PL, PP, etc), menos do que ele (Marcos Valério) já tinha "aplicado" para o Eduardo Azeredo do PSDB de Minas (que "inventou" e usava e abusava do Marcos Valério). Quando se compara isso do Zé Dirceu às quadrilhas de Mário Andreazza, Antônio Carlos Magalhães(e outras da Arena), Quércia, Collor, Maluf, Sarney e o Serjão Mota do FHC, Paulo Preto do Serra e José Vicente do Alckmin, Demóstenes-Cachoeira, José Roberto Arruda, Jáder Barbalho, Ronaldo Cunha Lima, os anões do Orçamento, sem contar outros malas "menores" como Camarinha, Nabi Abi Chedid, Ibrahim Abi Ackel, Kassab, et caterva, chega-se à triste conclusão de que José Dirceu (em que pese ter feito seus mau feitos e mereça sua punição, já largamente cumprida, posto que se não tivesse ocorrido hoje ele provavelmente seria Presidente do Brasil) era um iniciante em corrupção e, proporcionalmente, já foi mais castigado que todos demais.

Aquele gordo meu xará, sósia do Jô deve ser pilantra e tucano!

Mensalão e Judicialização da Política: a metáfora da mesa Atualmente perpassa, na maioria da mídia tradicional, uma forte campanha pela condenação dos réus do “mensalão”, apresentando-os como quadrilheiros da impureza política. Os réus do “mensalão” e o PT já estão condenados. Já foram condenados independentemente do processo judicial, que muito pouco acrescentará ao que já foi feito, até agora, contra os indivíduos e o partido, sejam eles culpados ou não, perante as leis penais do país. O artigo é de Tarso Genro. Tarso Genro (*) O grande legado da chamada “era Lula” não é o “mensalão”. Nem este é o maior escândalo da história recente do país. Se a compra de votos para a reeleição do Presidente Fernando Henrique Cardoso - que certamente ocorreu à revelia do beneficiário - tivesse a mesma cobertura insistente da mídia e se os processos investigativos tivessem a mesma profundidade das investigações do chamado “mensalão”, a eleição que sucedeu aqueles eventos poderia ter sido inclusive anulada e um mar de cassações de mandatos e de punições pela Justiça poderia ter ilustrado, ali sim, o maior escândalo institucional da República. Tratava-se da nulidade de um mandato presidencial, cuja viabilidade teria sido literalmente comprada. Assim como o impedimento do Presidente Collor foi feito dentro do Estado Democrático de Direito, o processo do mensalão” também o foi. Isso é bom para o país e bom para a democracia. A compra de votos para a reeleição, porém, foi diluída em termos de procedimento penal e logo arquivada também politicamente. Naquela oportunidade a política não foi judicializada, consequentemente, não foi “midiatizada” e, como sabemos, na “sociedade espetáculo” de hoje o que não está na mídia não está na vida política. O fato de que o Estado de Direito funcionou em todos estes casos não quer dizer que isso ocorreu de maneira uniforme. O tratamento não foi igual para todos os envolvidos. As ações e providências políticas no Estado de Direito refletem no espaço midiático de forma diversa e não cumprem finalidades meramente informativas. São “mercadorias informativas” cujo objeto não é promover necessariamente decisões judiciais perfeitas e justas, apenas passam o “olhar” dos detentores do poder de informar. A Justiça, como a renda, é sempre distribuída desigualmente, porque sobre a distribuição da Justiça e a distribuição de renda incidem fatores externos às suas normas de repartição ideal, que se originam da força política e econômica dos grupos envolvidos nos conflitos políticos. O Estado Democrático de Direito é o melhor não porque ele é o Estado perfeitamente justo. O Estado de Direito é o desejável porque ele oferece melhores possibilidades de preservar direitos e acolher demandas e porque ele é a melhor possibilidade para preservar os direitos humanos e as liberdades públicas. O processamento dos réus do “mensalão” deve ser considerado, assim, como uma normalidade do Estado Democrático de Direito, mas o que não pode ser considerado como aceitável é o massacre midiático que já condenou os réus e condenou o PT e os petistas de forma indeterminada, antes do pronunciamento do STF. E isso não foi feito de maneira ingênua. Vejamos porque isto ocorre. O grande legado da “era Lula” foi, além do início da mudança do modelo econômico anterior, o início de uma verdadeira “revolução democrática” no país, o que fez o seu governo ser tão combatido pela direita neoliberal, cujas posições refletem na maior parte da grande mídia, que é plenamente posicionada nos conflitos políticos e econômicos do país. Mas o que é esta “revolução democrática”? Suponhamos que a democracia seja uma grande mesa onde todos, abrigados no princípio da igualdade formal, sentam-se para viabilizar seus interesses e disputar algo da renda socialmente gerada pelo trabalho social. Nesta grande mesa (resultado aqui no Brasil da Constituição Democrática de 88), entre a promulgação da Constituição e os governos FHC, todos sentavam nos lugares reservados por aquele ordenamento. Obviamente, porém, alguns sentavam em bancos mais elevados, viam toda mesa, observavam o que estava em cima dela para adquirir, para comprar, para “pegar” pela pressão ou pelo Direito. Conversavam entre si de maneira cordata, transitavam “democraticamente” os seus interesses, tendo na cabeceira da grande mesa os Presidentes eleitos. Outros estavam sentados em bancos tão baixos que não viam o Presidente, não participavam do diálogo, não sabiam o que estava em cima da mesa. Não tinham sequer a quem se reportar em termos de exercício do seu poder de pressão. Estavam só formalmente na mesa democrática, sem poder e sem escuta. O que Lula promoveu foi apenas a correção da altura dos bancos, que agora permite aos trabalhadores, sindicalistas ou não, com as suas grandezas e defeitos, os “sem-terra” e “sem-teto”, os que não contavam nas políticas de Estado, os excluídos que não podiam ascender na vida (inclusive os grupos empresariais e setores médios que não tinham influência nas decisões do Planalto) verem o que sempre esteve em cima da mesa. O simples fato de ver e dialogar permitiu que estes contingentes sociais passassem a disputar a posse de bens e uma melhor renda. A democracia em abstrato tornou-se um jogo mais concreto. Os governos Lula, assim, levaram a uma nova condição o princípio da igualdade formal, que começa pelo direito das pessoas terem a sua reivindicações apreciadas pelo poder, impulsionadas pelo conhecimento do que pode ser repartido e do que está “em cima” da mesa da democracia. Isso foi demais. Significou e significa um bloqueio à ruína neoliberal que perpassa o mundo e, embora tenha sido um projeto também negociado com o capital financeiro, trouxe para a política, para o desejo de mudar, para a luta por melhorias concretas, milhões e milhões de plebeus que estavam fora do jogo democrático. Estes passaram a comer, vestir, estudar e reduzir os privilégios da concentração de renda. A “plebeização” da democracia elitista que vigorava no Brasil é o fator mais importante do ódio à “era Lula” e do superfaturamento político do “mensalão”. Este é o motivo do superfaturamento, que pressiona o STF para que este não faça um julgamento segundo as provas, mas faça-o a partir de juízo político da “era Lula”, que cometeu o sacrilégio de “sujar” com os pobres a democracia das elites. Para não entrar em debates mais sofisticados sobre Teoria Econômica, situo como premissa - a partir de uma ótica que pretende ser de grande parte da esquerda democrático-socialista - o confronto político sobre os rumos da sociedade brasileira, após a primeira eleição do Presidente Lula: de um lado, tendo como centro aglutinador os dois governos do Presidente Fernando Henrique, um bloco político e social defensor de um forte regime de privatizações, alinhamento pleno com os EEUU em termos de política global -inclusive em relação ao combate às experiências de esquerda na América Latina- com a aceitação da sociedade dos “três terços” (um terço plenamente incluído, um terço razoavelmente incluído e um terço precarizado, miserável ou totalmente fora da sociedade formal, alvo de políticas compensatórias), experiência mais próxima do projeto de sócio-econômico dos padrões neoliberais, que hoje infernizam a Europa; de outro lado, tendo como centro aglutinador os dois governos Lula, um bloco político e social que “brecou” o regime de privatizações, reconstruiu as agências financeiras do Estado (como Bndes, Banco do Brasil e Caixa Federal, para financiar o desenvolvimento), estabeleceu múltiplas relações em escala mundial -libertando o país da tutela americana na política externa- protegeu as experiência de esquerda na América Latina e desenvolveu políticas públicas de combate à pobreza, programas de inclusão social e educacional amplos, tirando 40 milhões de brasileiros da miséria, com pretensões mais próximas das experiências social-democratas, adaptadas às condições latino-americanas. Estes dois grandes blocos têm no seu entorno fragmentos de formações políticas que ora se adaptam a um dos polos, combatem-se, ou fazem alianças pontuais sem nenhuma afinidade ideológica. Como também fazem alianças as direitas liberais com a extrema esquerda e o centro, ora com a esquerda, ora com a direita. Mais frequentemente estas alianças foram feitas para paralisar iniciativas dos governos Lula, que sobrevivem até o presente, como as políticas de valorização do salário-mínimo, as políticas de implementação do Mercosul, a política externa quando valoriza os governos progressistas latino-americanas e as políticas, em geral, de combate às desigualdades sociais e regionais. Atualmente perpassa, na maioria da mídia tradicional, uma forte campanha pela condenação dos réus do “mensalão”, apresentando-os como quadrilheiros da impureza política. A mídia seleciona imagens e produz textos que já adiantam uma condenação que o Poder Judiciário terá obrigação de obedecer, pois “este é o maior escândalo de corrupção da história do país”, o que certamente começou com o Partido dos Trabalhadores e seus aliados no governo. Os réus do “mensalão” e o PT já estão condenados. Já foram condenados independentemente do processo judicial, que muito pouco acrescentará ao que já foi feito, até agora, contra os indivíduos e o partido, sejam eles culpados ou não, perante as leis penais do país. O processo judicial, aliás, já é secundário, pois o essencial é que o combate entre os dois blocos já tem um resultado político: o bloco do Presidente Lula, em que pese a vitória dos seus dois governos, tornou-se - partir do processo midiático - um bloco de políticos mensaleiros, cujas práticas não diferem, no senso comum, de qualquer dos partidos tradicionais. Vai ser muito duro recuperar estas perdas. Mas elas serão recuperadas, pois o povo já se acostumou a ver o que está em cima da mesa da democracia e sabe que ali tem coisas para repartir. (*) Governador do Estado do Rio Grande do Sul

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Debate da Band

Gianazzi ataca PT pelo Mensalão, Serra enche a bola de Levi Fidélix, Chalita morno, Russomano o de sempre. E o Fernando Haddad tá lá! Meu filho disse: tem cara de fedido! Tem foto dele melhor. Mas esse negócio de vender sabonete pro povo é complicado! É o que é e cada um escolha o seu. Eu já escolhi o Fernando Haddad!

Olímpico

A alegria de ganhar no vôlei feminino da Rússia no tie brake compensa a tristeza de perder por um ponto para a Rússia no basquete feminino! Os Jogos são limpos, disputados por gigantes em todos sentidos. O Brasil é um dos gigantes! Meio tímido, mas grandão!