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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

José Serra é sábio

Ao constatar que está em uma sinuca de bico, para gáudio de Aécio Neves e Geraldo Alckmin, "tendo" que se candidatar à Prefeitura de São Paulo, um cargo que ele julga "menor", Serra teria declarado recentemente:
- "É o meu enterro! Se eu ganhar, será um enterro com honras. Se eu perder será o pior enterro possível!"
Entre outras, mas principalmente por seus hediondos e nefastos comportamentos tomados na última campanha presidencial, conclamo os paulistanos de bem a jogar, sem nenhuma honra, a pá de cal nesse sujeito que tantos desserviços prestou à democracia brasileira! VOTANDO NO FERNANDO HADDAD!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cairo 678

Seba é uma jovem moderna que é violentada durante um jogo de futebol. A partir de então, ela se torna ativista dos direitos femininos e ensina autodefesa para mulheres. Fayza é uma dona de casa obediente aos costumes do seu país, mas não escapa de ser assediada no ônibus que pega todo dia. Nelly é uma aspirante a comediante que se torna a primeira mulher na história do Egito a processar alguém por abuso sexual. Apesar das diferenças de classe, sociais e idade, essas três mulheres revelam traços em comum por serem vítimas da violência e do preconceito contra mulher.
Para além dessa sinopse há falhas graves nesse filme. Evidentemente a direção de atores. Porém isso pouco me importou quando o assisti ontem numa sessão "de madrugada" (da meia noite às duas, no Cine Reserva Cultural).
O que me prendeu mais foi constatar que um país como o Egito (o de maior população na África do Norte, ou "África Árabe") está ainda a anos luz de um país socialmente conservador como o Brasil...castigos físicos na escola, a pulsão sexual reprimida no islamismo resultando em uma masculinidade francamente doentia e uma feminilidade castrada, a corrupção (o policial em questão não é um "vendido"; ele apenas "faz a justiça" sem apelar para o "Judiciário"), a infra estrutura rota da Grande Cairo...
Fez-me pensar em como somos felizes sendo brasileiros!

Canibalismo de tucano

Confirmado pela imagem acima, na família Ramphastidae, especificamente entre os tucanos-do-bico-grande ou tucano-açu (Ramphastos toco) também ocorrem casos de canibalismo. Em situações estressantes, como a farinha pouca, os filhotes podem parar na goela dos pais...
Há casos recentes e próximos.
Vejamos: Fernandus H. Cardoso come Serra, que come Alckmin, que come o Aecinho!
E aí vai rolar Bruninho Covas de Tumbas, Andrea Matarazzo do Cazzo, José Banana Aníbal e o Trípoli (da Líbia ou do Líbano?).
E se tucano se bica, eu quero é descer do toco, do galho e do muro e votar no Fernando Haddad.
E deixa a bicha velha do Kassab com seu partideco que não é de centro, nem de direita , nem de esquerda, nem de porra nenhuma, se lixar!
Sábio é o Lula, que mesmo canceroso e proibido de pular no Sambódromo dá rasteira nessa corja de bicudos!

Meu amigo Sérgio gostou muito e eu também!

coments do sr antonio jose na "foia" de hoje:

E dizem que o Lul@ não entende de política...
Primeiro, aproveitando a assanhamento de Kassab com o poder, Lul@ o atraiu para a coligação com Haddad...
Enciumado, comportamento já esperado, o PSDB fez a única coisa que poderia fazer para atrair o Kassab, colocou o Serra na corrida municipal, de novo..
Com isso, além de se livrar do Kassab, Lul@ afundou o Serra definitivamente..
E assim, teremos ao vivo, a cores e em horário NOBRE, a Privataria Tucana, SEM CORTES...
E isto, NÃO TEM PREÇO...

E VIVA O FERNANDO HADDAD!

Receita prá conquistar mulher

Limpe a casa, perfume o ambiente com água de flor de laranjeira. Prepare uma refeição com entrada, sopa, pratos principais e sobremesa, café, vinho, licores (conforme o gosto DELA). Enfeite a casa com flores, acenda velas para defumar, tome um bom banho antes dela chegar...
E espere! Paciência e bom humor são importantes. Faça boas piadas, simples e prazerosas. Gostosas também devem ser as bebidas, ao gosto dela eu já disse, sempre adequadas para o horário e em harmonia com a comida. E aí pode ter qualquer coisa: caipirinha de lima da pérsia, cerveja, sucos, depende mais dela que de você a escolha, tenho que insistir. A flores idem. Pense com a cabeça dela, seja empático, intuitivo e carinhoso. Nem pensar em convidar sua Ansiedade (há tempos elas não se bicam).
À mesa, etiqueta é fundamental, lembre-se da regra do Sacre Coeur ("toujours, quèlques fois, jamais") quanto aos punhos, antebraços e cotovelos, respectivamente. Ponha guardanapos finos, mesmo que descartáveis. Muitos talheres específicos para cada comida, copos para as variadas escolhas, sous plats, belos apoios para as travessas, uma luz adequada.
Pense nela e nas coisas que ela quereria que a rodeassem.
E seja feliz, pois se o donjuanismo te apraz, mas ainda podes crescer em trazer para perto aquela mesma velha conhecida!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Esfera cai do céu em Anapurus - MA

Foi ontem, no interior do Maranhão...e nos faz pensar se é um pedaço de um foguete Ariane da Guiana Francesa ou o quê?? Só desgalhou um cajueiro, mas podia ter matado muita gente...sorte que ninguém se feriu!
Tem lixo demais no Reino da Dinamarca!

Eliana Tranqueira Tranchesi - Obituário desciclopédico

Em 1958, em São Paulo, Lucia Piva K. Loty fundou uma pequena, porém exclusiva e luxuosa butique para os burgueses daquela época. Era apenas o início do que é hoje uma Loja de Alto Nível de sonegação das grifes internacionais no Brasil: a Daslu. Durante os anos 70, a Daslu perto de uma falência, decide então fazer contrabandos de artigos vindos do Paraguai de Miami e também importados da China Europa trazendo produtos falsificados de luxo um ambiente único. Eliana Piva K. Loty Tranqueira Tranchesi, filha de Lúcia, assumiu o negócio da família no final da década de 70, mas o verdadeiro boom aconteceu no início dos anos 90, com o Brasil em meio a uma histórica crise no País. Recém-empossado, o presidente Fernando Collor, confiscou dinheiro de todos os brasileiros e fez uma lavagem de dinheiro na loja Daslu, Eliana k. Loty Tranchesi decide então, fazer de sua loja um mini pais de primeiro mundo, trazendo todas as frescuras inúteis e marcas internacionais. Mesmo com a loja bombada de ferraris, ouro, escravos e orgias burgas, a ganância de Eliana falou mais alto e ela queria mais, ela queria dominar São Paulo?, queria dominar o Brasil?, queria dominar o universo?, não, nada disso, ela queria algo impossível de alcançar,algo que nem Bill Gates conseguiria, colocar uma loja da Daslu no estado do Acre.

Fudeu
Daslu Fashion Prision.Com essa Utopia toda de querer colocar sua loja no estado do Acre, Eliana k. Loty Tranchesi, passa então a fazer bizarrices por causa de dinheiro, resolve então de assumir de vez a sua sonegação fiscal e pior, sonegar tudo bem, é normal mas deixar de dar a propina para os agentes da receita,é loucura e ela fez, tudo por causa dessa obsessão e ganância de colocar sua loja no Acre, a casa então começa a cair, chega o ano de 2005,mesmo vendendo muitas Ferraris, milhares de Rolex Bolsas e vestidos com todos os produtos super hiper, mega, ultra faturados e com lucro altissimo, sonegando e até vendendo a alma pro Diabo, Eliana não consegue o dinheiro suficiente para comprar um terreninho de 20 x 40 no Acre, sendo presa em Julho deste mesmo ano.

Fudeu foi porra nenhuma
Daslu Carandiru Fashion Prision, sua nova filial.
Gabriela Boursetta em seu desfile realizado pela Daslu Carandiru Fashion Prision.Eliana k. Loty Tranchesi, durante a sua estadia na prisão aos poucos foi se conformando e desistiu do seu sonho, resolve criar então uma nova filial a Daslu Carandiru Fashion Prision , realizando desfiles e eventos para suas amigas detentas com muito glamour e elegância, não esquecendo que estamos no Brasil, e que é um pecado por aqui uma pessoa rica ficar presa,Eliana compra a justiça e sai em liberdade, mas antes de sair da prisão, Eliana faz o seu primeiro ato de bondade, durante sua estadia ela conhece Gabryella L. Boursetta, que durante a época foi presa por putaria e prostituição, Eliana presenteia Gabriela com a Daslu Carandiru, que futuramente Gabryella L. Boursetta mudaria o nome para Daspu, loja totalmente voltada ao mundo da putaria e prostituição.

No meio do caminho havia um câncer. Eliana deixa hoje o mundo dos viventes.
A família enlutada, principalmente seu irmão e laranja, pede que não mandem flores, mas DINHEIRO!

Patroa sovina!

Ônibus 6451 do Terminal Capelinha pro Terminal Bandeira.
Quase todos cansados, sexta feira no bagaço, muitos dormindo...
Duas mulheres conversam na porta:
- Chegando lá vou tomar um café!
- Esquece. Toma na rua que a patroa é enjoada.
- O quê?
- Tou te dizendo. E já são mais de oito, para sair às 4 só se chegássemos antes das 7 e meia...
- Então antes das 5 não dá prá sair?
- Nem pensar!...E o salário, ó!

Deselegância pouca é bobagem...

Débora é uma senhora de meia idade, carioca, provavelmente executiva de múlti, bem postada em seu carro, roupas e atitude "Jardins"...
Sempre me aporrinhou ao chegar costumeiramente tarde e não descalçar o salto alto, indo do banheiro à sala e cozinha, tic tic tic, perturbando um pouco.
Aí quis dar uma de besta, sei lá porque, e prendeu minha moto um dia na vaga, tive que sair mexendo nas bicicletas de um outro vizinho. Mas isso ainda eu relevei.
Agora se passou o seguinte: teve um problema na coluna hidráulica, sobre nós, no 4o andar. Por alguma razão essa senhora esqueceu abertas as torneiras de um de seus banheiros, enquanto a água da tal coluna esteve bloqueada para os reparos.
Acontece que Débora, essa senhora aí de cima, vive sozinha e fica fora o dia inteiro. Quando o condomínio religou a água da coluna, o apartamento dela foi progressivamente inundado, pelo excesso de pressão da torneira da pia do banheiro dela, que ela tinha esquecido aberta.
Quando a laje dela saturou, escorreu água para meu apartamento. Foi um caos. Meu menino mais velho, que por sorte estava em casa nessa tarde, avisou o zelador e este cortou novamente a água da coluna do banheiro. Mas ainda levou horas para parar de "chover" dentro de casa. Viramos "desabrigados" dentro de casa, roupas e móveis amontoados na sala, onde não molhou.
Devo chamá-la de "malandra", pois ela se recusou a qualquer ressarcimento, alegando que o condomínio a induziu a erro...o prejuízo dela deve ter sido grande e até aí tudo relevei.
Mas não pegar no interfone e pedir desculpas...isso já não dá prá aguentar!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ode à Quarta Feira de Cinzas

Pelas ruas ruas o que se vê
É a mesma gente que sempre se vê.
Esqueceu?
Aqui é o Túmulo do Samba!

A cidade nervosa tá calma
Mas não tem aquele banzo todo de fim de Carnaval...
Pois o Carnaval daqui
É xoxo!

Tenho que ir pro Centro
Tenho que cortar o cabelo
Tenho que acertar umas contas.
Pois em Sampa Momo não reina tão soberano.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Carnaval de véio

Não tem trio, nem bloco, nem escola,
Nem marcha, nem frevo, nem ziriguidum.
Tem arrumar as plantas, os quartos, tirar lixo,
Procurar lâmpadas para trocar.

Vê o velho os moços dançantes e pegantes
E sente saudade de pegar também.

Agora sei porque envelheci!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

E meu pai, de novo!

Já que o Shasça leu e comentou...lá vai um sopro de Sampra prá Floripa e pro Brasil de entranhas e pro mundo!

Poeira no olho lembra sertão: Marília, Norte do Paraná e Rondonha!
Poeira que cheirei em Campinas e aqui, poeira que comi no Marrocos e vejo que comerei em Moçambique, como comi em Cajati! Poeira que serei como és!
Estais aqui comigo como a música do Altemar Dutra (Sentimental Eu Sou), vais à Camburi moderna como foste ao Guarujá setentista, sentes as coxas das mulhas como eu, ao sol, como a amante negra que tiveste em Santos, como tiveste em Assis, ao mesmo tempo que bronqueias meu vício, dos netos e dos outros filhos, seu santarrão! Paras com isso! Te vejo na pensão e no fundo do Posto do Ministério do Trabalho, a esquecer o fogo da água do café e ires dormir, com teu filho menor também no sono já ferrado, casa de forro de madeira, poderias ter-se matado ali, mas foste depois. Por uma causa, que tiveste sempre, mais forte ora aqui ora ali, honestão, sempre. Na sua. E na pinga de hoje vejo tua caipirinha de ontem. A olhar o Camarinha como o que já era: um arrogante, anão arrogante, como outros que não sobrepujavas mas desdenhavas. Assim sou eu. Mas nossa raça é superior, assim pensava Hitler. E nós. Cabia matar aquele fascismo tardio. Tínhamos tido uns momentos em Corumbá. Tivemos outros em Miranda. E outros mais para o sertão de Paranavaí, norte novo do meu Paraná...do seu Paraná, antes , muitas décadas antes, de mim... lembro dos chanfros, das frestas, dos tacos lindos lindos de madeira desgastada que colavas com pixe, piche, derretido a fogo de maçarico, a fogo de gás no fogão, a fogo, a ferro do fogo do alumínio meio que derretendo, a sanha de conservar a casa como agora sanho de sonhar o sonho de assossegar nesse apê que ora cuido com ganas de ser o último! Pai meu que estás comigo sempre! Meu DNA insesto do cesto da homo fonia que ora replico: PAI NOSSO QUE ESTÁS CONOSCO, sempre, posto que aqui ninguém é filho da chocadeira do vizinho! Criado como pobre? A xuxu e angu? Sei lá, pois quando te conheci te banqueteavas de carne e bobó! Na Bandeirantes onde foste gerente da máquina de café, na Gonçalves Dias onde foste remediado funcionário de nível superior, tuas pintas epidérmicas, teus colesteróis elevados, tua tosse de pigarro de tanto dares dinheiros para as British Tobacco daqui, as Souzas Cruz, os Ministeres, os Du Mauriers, os raros Hollywoods, os ainda mais raros Continentais... onde fomos ao Bambu e ao Atlântico, na 9 de Julho e na Sampaio vidal, não dessa província, mas de Marília, onde eu e tu nascemos e onde jaz tua agora mesmo no Cemitério da Saudade! Ai meu pai que stás comigo nos domingos de Chico Anysio no fim de noite, depois dos Trapalhões1 Estás comigo aqui, junto ao teu filho/neto Ariel, já com 18, maior/menor de idade, que idade não é antiguidade, é merecimento. Estás velho como eu almejo ser! Estás velho de morto e enterrado, e por louco que isso seja para materialista, continuo a conversar com o Pai a mesma arenga que teria conversado ontem, no dia antes de tua morte, minha morte sempre um dia mais prestes a se achegar e abraçar e envolver, posto que aqui ninguém fica prá semente...Nem em Londrina, onde foste comigo vendar seu café, onde uma vez puseste a família a dormir num bom hotel do centro e descer para jantar no restaurante árabe do térreo, pimentas enormes e quibes crus e coalhadas e esfihas e zaatares, tanta coisa me lembro, charutos de uva, tahines e bakleuas. Depois aquele jeito de distribuir a grana: primeiro o básico, no supérfluo primeiro eu! E merecias, posto que tudo nos deste: escola, passeios de carro, suas festas malucas, seus patos mortos no quintal, suas loas a seus amigos doutores das faculdades (o anatomista e o químico-farmacêutico). Tu que corres sobre os paralelepípedos do pátio da empresa do Maracaí, sob o sol de 25 de Janeiro de 1984, corre prá pegar o 32 e morres de 5 do 3oitão, sei lá, morres tantas vezes em mim que parece que já te habito e relembro a mais dos 400 anos que nossa gente se bate e debate nessa São Paulo e seus sertões de meu Deus. Lembro teus filhos, irmãos e amigos que te saudam dionisiacamente na noite a dentro, adentro, a dentrantremente, dentro da noite em fim, enfim te digo que: Adentraste o mundo das mortes, o Hades mundo dos mortos, posto que foste vivo e vivo te mataram. Vó Claudimira, Bisavós Ana Flora e Vingoechea, Vô Luiz e Bisavôs Quinzinho e ferreiro de Mineiros, Goyaz Velho e Triângulo Mineiro todo, todos te olham e te guardam, como me guardas e guardo teus netos...Pois, "Pai Nosso que estais, VIVO É VOSSO SUMO!"

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ainda um pouco mais de loquacidade

A cidade (em sendo ela Marília, Cajati, El Jadida ou São Paulo) é a cidade, é a cidade. Sua cosmopolitice não esconde que aqui dentro, desse quartinho, dessa clausura, dentro finalmente de mim, habita o eremita, o ermitão, o isolado, o monge recluso, a irmã carmelita atrás da grade, do manto, do véu, em seu catre. Deus basta. E Deus para mim é um conceito assaz abrangente, inefável, indizível. É o supra e o sumo dessa que é talvez a mais bela das experiências. Viver a vida. Sem ontem, sem amanhã, só agora, enquanto batuco aqui no teclado a minha sina. Sou pois que batuco. É o meu cartesiano devir e porvir. Nada sei, posto que sei tudo sobre o nada. Digo e desdigo. Nem CEO nem CÉU. Que fiquem os ricks snows com suas reengenharias, que fiquem os murinhos smiths com suas multinacionais que olham pro umbigo, que fiquem as babosas escorridas em pergaminhos com suas glórias, suas novas conquistas e suas fortunas e desgraças. Sou mais o Ed Corrêa (sem parentesco) com sua frase: "Prá ter o que o Rubicundo tem, da forma que ele o ganhou, prefiro ser um miserável! E olha que não arrogo ter aí privilégios de verdades, nem achar-me ser melhor que qualquer coisa, não! Cachorro vira-lata, da rua, quando se aproxima de um monte de estrume, tem o mesmo faro e se afasta!"

Bebidinho

Saí de casa cedíssimo, pouco depois das 7. Trampava o dia. Saía depois, ainda "cedo", por volta das 18 do Largo do Arouche, horário de verão ainda, "claro"...um táxi no congestionamento, um bahiano falante na condução, meu amigo Paul no iPhone, eu absorto em admirar minha megalópole. A ir, a navegar, a perambular, a flanar, a trafegar, a me perder e a me encontrar na tarde plúmbea, ainda com luz natural do céu baço.
Esperando a chuva criadeira, trovoante, bombástica, que havia de vir, cair, derramar e refrescar tudo, sem no entanto alagar e congestionar mais ainda a vida e as coisas.
Eu era. Existia. Sem mais. Alegremente, ou vivamente, PERAMBULAVA...
Se o projeto moçambicano ia ou não ia, isso era outra coisa, outra exterioridade, outra VIDA.
A minha vida era agora esse apertamento, essa familiazinha, essa vidinha que eu levava sendo tantos e sendo outros e sendo grande em sendo pequeniníssimo...
Pouco importava o que eu era ou tentava ser: falava, palavreava, existia. Cogito, ergo sum.
Assim era, assim postava, assim blogava, numa noite chuvosa do mês de febrero da graça de nuestro señor jesus cristo de dos mil e douze, como diriam meus irmãos ali do lado de cima, os cariocas.
Vésperas de Caranaval, carne novalis, velha festa estival de cambiar senhores por escravos e homens por mulheres...Festa de trocar a dura realidade pela amada FANTASIA!

Sampa by night

Allons sortir dinner?

Oú?

Chez Rosa?

Ouúú??

A la Rue Caravelas, prés de Rue Tutóia!

Et que manger?

Bacalao portuguais!

Et un verre du vin vert, un cahua, une cachaça...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

De e para Wislawa Szymbroska (1924-2012)

Para minha irmã Maria Inês

"Genealogia da Fé" (o nome é meu, pois o inventei...)

Creio na recusa a tomar parte.
Creio na carreira arruinada.
Creio nos anos de trabalho desperdiçados.
Creio no segredo levado à tumba.
Essas palavras reverberam para mim além de todas regras e sem procurar apoio em exemplos existentes.
Minha fé é forte, cega, e não tem fundamentos!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PUC-SP não preenche 690 vagas e deixa 9 cursos sem novas turmas

Instituição renomada, com preços altos.
Sem o público de outrora.
Vem aí as São Judas, as Unibans, as Cruzeiros do Sul e Anhangueras.
Nada contra, mas é um tapa na cara da vetusta senhora de Perdizes...

La pluie

Ici a São Paulo, au eté
Ce comme a El Jadida, au Automne,
Au Hiver!

Pluie ici!
Comme au Maroc!

Comme a Mozambique!
Comme en Algerie et au Senegal!

Bénie pluie!

Que futuro tem aquela gente toda? (viva Chico)

Lá não tem brisa, nem parque

Fala Taboão, fala Embu
Cidade sem cor
Ocre de tijolo
Cinza de concreto

Fala na avenida
Fala no rap
Desbanca os Jardins

Fala Suzano, fala Poá
Espalha tua voz
Por Itaquá
Quecetuba!

Fala Mogi, fala ZL,
Zona Sul é nóis!
Chapa, quente,
É foda!

Rooney Mara

Gravem esse nome: meu voto para melhor atriz (em "Os Homens que não amavam as Mulheres" ou "Millenium" no original).
Sinopse:
Harriet Vanger desapareceu 36 anos atrás sem deixar pistas na ilha de Hedeby, um local que é quase propriedade exclusiva da poderosa família Vanger. Apesar da longa investigação policial a jovem de 16 anos nunca foi encontrada. Mesmo depois de tanto tempo seu tio decide continuar as buscas, contratando o jornalista investigativo da revista Millennium, Mikael Blomkvist, que não está em um bom momento de sua vida, enfrenta um processo por calúnia e difamação. Mas, quando o jornalista se junta a Lisbeth Salander, uma investigadora particular nada usual, incontrolável e anti social, a investigação avança muito além do que todos poderiam imaginar.

Isn´t she lovely?

Belvedere
Do túnel sob o Masp
Avisto
A Bela Vista!

Meu caminho da roça
Meu trecho pro trampo
Meu trilho
Minha trilha

Século XXI
2012!
Meu após calypso!

Névoa cinzenta

O tal manto
Diáfano
Cobria a cidade
Grande

Mormaço úmido
Próximo ao ziriguidum

Uma blusa vermelha
De mulher
Senta-se ao lado
Joelhos mulatos
De bermuda branca

Esse dia promete!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Fevereiro, véspera de um Carnaval

Calorão danado na megalópole
Chuvas torrenciais, quebra de galhos e troncos
Semáforos quebrados, eu num táxi abafado, úmido
Levando horas prá passar uns quilômetros.

Gente, tanta gente, brasileiros de todos cantos,
Paulistas, paulistanos, mineiros, nordestinos,
Trabalhando, ganhando pouco, ou não,
Escutando os ecos de uma greve da Polícia bahiana.

Verão: calor que expõe as tatuagens das mulheres.
Roupas leves, se possível, balançando.
Teremos chuva forte à tarde? Confusão?

Não vou na Vai Vai, nem na Camisa Verde.
Gosto de samba, não sou doente do pé
Nem da cabeça. Quem sabe um bloquinho qualquer?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Enquanto eu vivo eu me lembro

Lembro de uma cidade natal
Casas da infância, os pais
Os irmãos, primos e tios
Fundamentos, mas não tudo

Fazendas, rios, lagos,
A escola, a igreja,
Os amigos
Verdadeiros mas voláteis

Agora aqui estou
Depois da Faculdade,
Das repúblicas e do Vale

No Largo do Arouche
Um sétimo andar
Não um céu!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Mundo vasto

Na manhã limpa e fresca
Com o Sol nascendo sobre a Avenida
Sob o céu azul
Eu divagava

Em como a Mãe África
É um continente enorme
E quanto ela nos inseminou
E insemina

O Brasil é mais africano
E asiático
Que propriamente europeu!