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"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

sábado, 30 de junho de 2012

Luluf não colou

Aconteceu aquela foto com o Nefasto e o Fernando recuou 25%, de 8 para 6% segundo o Datafolha, ou Datafalha como já chamamos. Bem, o crescimento de Fernando já foi impressionante, saindo de 3 para 8% em duas semanas. Apaziguados mesmos nós petistas, vimos com tristeza a saída de Luíza Erundina, mas com alegria a escolha de Nádia Campeão do PCdoB. Estávmos finalmente prontos para começar a campanha. E era isso e mais outra grande coisa: ganhar os corações e mentes no interior todo paulista, seja essa zona "submetropolitana" de raio de 150 km da capital até os fundos do Oeste, do Norte, do Sul e do Leste...entender que se muito precisa ser feito, há ganas de avançar na democracia e na transparência com a coisa pública. E a competente sensibilidade social!

Nossa foto no Facebook

Ali estávamos os 4. 51, 50, 48 e 38 anos. Como quase tudo no "Face", participávamos do campeonato de quem se finge mais feliz e bem sucedido. E sendo feliz nesse fingimento...As roupas simples e bonitas, os pés no chão e o copo na mão, apontávamos o sim. Abraços e toques físicos carinhosos, chinelos, tênis, sandalinhas, uma nesga de papel forrando uma mesa baixa à nossa esquerda, com estampas de Natal, as esquadrias de madeira por trás, na sua linda casa de Campinas. Imprimi a foto em papel e tinta ruim, ficava parecendo que já tinham ido muitos anos, mas tinha sido em Dezembro do ano passado...as emoções como lava descendo um morro, grosso, quente, avassalador, pumíceo! Era viver!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Pero vás descaminhos

Andarilhe e cruze mares
Siga a sina
Marque a estrela

Apronte e aponte
O passo do rumo
Sem medo de ser
Homem

Aprume-se
E mande cartas
A El Rey
E aos plebeus

Proclame as belezas
Da terra e seu avenir
Seja sempre um bom Brasileiro!

De novo manhã

No ovo da Breda
Imersos na invernal neblina
Do ABC e da Billings
Vamos Imigrantes
Fazer a interligação com a Anchieta

De novo
Sexta chega
De novo
A vida em mim grita
Sim!

Aviões, carros, motos, ônibus
Caminhões e caminhantes
Uní-vos!
E recebei de mim
Os melhores eflúvios.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Lula + Maluf = Luluf

Sete cabeças com sete buracos, monstro, sem revolução, mas com choque de ética! Como dizia Brizola: Vou ter que engolir o Sapo Barbudo!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Criando a guerra midiática

Fernando Haddad é mostrado com Lula, se confraternizando com uma corja nos jardins de um palacete pertencente a Paulo Salim Maluf! A imagem é forte, esmaga o estômago de Luíza Erundina, mas muito reboco será dado nessa coligação com os Socialistas! O PP (ou será PR? já nem sei mais a que partido essa raposa velha pertence!) é mais 1 minuto da aliança televisiva que vai catequizar esse povo sobre quem é o Candidato de Lula em São Paulo! É 13 neles! Sem medo de ser feliz! Chalita será de novo o Secretário da Educação, Netinho vai cuidar dos manos, Soninha vai entrar no Meio Ambiente ou Juventude, todos sabem no fundo o impacto que a política social de Lula e Dilma são e serãos os motores do igualitarismo! Temos um país grande nas mãos, cuidemos já da "Maior Cidade da América do Sul" e de cada município de São Paulo e do Brasil!

domingo, 17 de junho de 2012

Fernando Haddad Prefeito!

Fernando Haddad tem 3% contra os 30% de Serra. Estamos em Junho e a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na tevê deve começar em Agosto. Isso ocorreu com Dilma que saiu de ser quase uma "desconhecida" foi guindada à Mãe do PAC e ganhou de Serra quase no primeiro turno. E nem queremos pedir a Fernando Haddad que ganhe no primeiro turno..."pode ser" no 2o (risos)! Ou seja, otimismo e vela não faz mal a ninguém, desde que não iluda nem bote fogo em casa de madeira! Vamos trabalhar! Da última (a eleição da Dilma) eu, desempregado, catei botons com os bancários e papéis com o comitê do Paulo Teixeira e ficava nos "piores" lugares, pior o meu bairro que a Paulista, onde eu era feliz distribuindo bottons e recebendo apoio de quiçá 20% da pessoas, no meu bairro eu quase só me dirigia a porteiros, faxineiras, pois os burgueses do Itaim Bibi são o maior esteio Serrista do mundo (83% Serra e 17% Dilma no 2o turno da última eleição presidencial)...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pretume

Há brancos e pretos
Há não brancos e não pretos
E há mestiços
Dentro dos quais me incluo!

Há anti pretos e pró pretos
E há gente ambígua
Dentro da qual não quero me incluir!

Sou a borboleta mais vadia

Dou um passo, dou dois, dou mil...
Na esquina do Cine Livraria Cultura
Toda Paulista se redime
De furar a prioridade do pedestre

Sigo à sombra da marquise
Do Conjunto Nacional
E sei que o Coríntia
Papou o Peixe por 1 a 0

Carradas de carros
Táxis e ônibus lotados
Regurgitam passageiros descendo
Sobre a zebra da faixa no asfalto

Baixo a Augusta
Do velho “fervo” e das velhas putas

E minha
E do Xico Sá, do Marçal Aquino

E do finado Plínio Marcos!
Que vinha a ser Santista...)

sábado, 9 de junho de 2012

Yoki

Nelson Rodrigues, com Dalton Trevisan e Silêncio dos Inocentes... Elize, 30 ou 38?, veio de Chopinzinho. Fez instrumentação cirúrgica e se bacharelou em Direito. Mas tinha uma queda pela prostituição. Conheceu numa boate um japonês rico, muito rico, que se encantou com ela e disse: "Me deixa te tirar desse lugar". Casaram, tiveram uma filhinha. Cobertura em Sampa, Pajero e quetais. Mas o japonês foi pegar uma baranga, outra bonitinha. Elize mandou detetive atrás. Esse porra de japonês me paga... Dinheiro, armas, loirinha pobre com japonês rico e traição não combinam. A moça ainda foi parada na estrada quando estava transportando em três malas o corpo esquartejado do marido, Marcos Matsunaga, 42, morto por ela no dia anterior. Ela seguia para o Paraná, onde pretendia jogar as partes do corpo de Matsunaga, se arrependeu da viagem por causa da filha de um ano e voltou para São Paulo. Depois de ser parada pelos policiais militares rodoviários e não ser descoberta por transportar o corpo do marido esquartejado, segundo Elize disse à polícia, ela resolveu jogar as partes em Cotia (Grande São Paulo). Depois, ela voltou para o apartamento do casal, na Vila Leopoldina (zona oeste de SP), onde as câmeras de segurança a flagraram sem as malas, por volta das 23h53. Iria negar o crime por dias até não aguentar mais e confessar. As malas (as três que levavam o corpo) ainda não foram encontradas. Já a sanidade perdida num casamento funesto coroado com um tiro e "cortes nas juntas", essa nunca mais aparecerá...

quinta-feira, 7 de junho de 2012

PSB deve se aliar a PT e indicar Erundina como vice de Haddad

O vereador Eliseu Gabriel, presidente municipal do PSB, afirmou que a maior tendência do partido para as eleições municipais em São Paulo é se coligar com o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, e indicar um vice para a chapa. "Estamos pensando, vamos fazer consulta se temos condições de fazer candidatura própria ou coligar. A tendência maior é coligar com o Haddad e apresentar nome para vice, mas nada está decidido", afirmou, em entrevista ao portal Terra. O nome mais provável para o PSB indicar como vice é o da ex-prefeita Luiza Erundina, especialmente agora que Cesar Callegari não pediu afastamento da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação. Com isso, Callegari descartou a possibilidade de candidatar a vice. "A Erundina seria um dos nomes, que é forte, mas ela precisa ser consultada, saber das condições da campanha. Depende muito dela, que tem que ser ouvida, já que nós não podemos impor", afirmou Eliseu. As negociações com o PT foram iniciadas, explica o vereador, mas o partido ainda avalia qual seria a melhor situação. Sobre as sondagens do PSDB, que deseja que o PSB apoie a pré-candidatura de José Serra, o presidente municipal do PSB não descartou por completo a possibilidade, mas deixou claro que esta não é a primeira opção do partido. "Como a eleição de São Paulo é emblemática e tem significado para o País inteiro, estão envolvidas as três instâncias: nacional direcional e municipal. Tudo é conversando nas três, então não dá para se dizer 'não, acabou'", disse.

Corpus Christi 2012

Na quinta feira, no feriado, sorvo o escuro e frio chicabon da solidão.
Meu feice sem cutucos e nem gostos. Chuva, temperatura baixa e solidão.
Dou aqui o toque e curto. Ponho uma música de um velhíssimo carnaval baiano.
A vida se me escapa? Ou isso é uma parte importante do viver?
Regar o jardim e tirar umas folhas secas hoje não dá. Nem andar na rua de havaianas e sem guarda chuva...
E então mudo de assunto e sonho entrar na aula de canto...No palco soltar essa voz e cantar, alto e bom som. Ir numa aula eterna de yoga, ter minha turma do colégio, saber se há ET´s, conhecer o futuro da espécie e implicações do que o que hoje se passa no tal avenir da iluminação do homem, entender como os awshivitz modernos se extinguem e como usar o saber prá libertação dos escravos de toda ordem.
Caleidoscopicamente penso amores e festas, deitadas boas e dormidas, sem acabar nosso paganismo, terra sem órbita, finalmente vagando eternamente na morada do Senhor. Intergalática viagem do nada ao lugar nenhum, a matéria vazia numa brúxula de concretude nos prendendo enquanto corpo intuindo que a diluição de seus átomos é a dita morte, que não deixa de ser outra vida...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Guarda-chuvas, abrí-vos!

Choveu. Não que as chuvas de fim de Outono fossem assim tão raras nessa “Terra da Garoa”. Mas é que alguns anos passa-se de Junho a Setembro sem cair quase gota nenhuma. Então a chuva de hoje tinha lá seu encanto de novidade. Aí foi um tal de desfilar guarda chuvas, pela manhã ali pela Barão de Capanema em direção à Paulista e, depois, agora há pouco, na Vieira de Carvalho e na Barão de Itapetininga, em direção à São Bento. Não também que os guarda chuvas sejam um desfile de modas: no mais das vezes pretos, um ou outro xadrezão com alguma cor, mas poucos cor de rosa ou verde ou outra cor, quase sempre sóbria. E o estado? A maioria corretos. Mas um tanto amarfanhados. Com varetas quebradas, reviradas, rasgados. Um ou outro já jogados na rua, nas lixeiras, imprestáveis: fim da vida, morte (quem sabe quem aproveitaria esses metais e plásticos??). E um fato inédito: se muitos já não valem nada e poucos são os feitos para durar, há agora uns que nem de náilon são, apenas um filme paupérrimo de polietileno, quase um saco plástico preto, o descartável do descartável. Deve ser vendido a menos de R$5... Uma ou outra pessoa a se arriscar sem eles. Algumas capas descartáveis, polietileno transparente. Alguns até sem “cobertura impermeável”: as gotas molhando, os ombros encolhidos, o pescoço atarracado, as mãos nos bolsos, sapatos molhados, tênis e meias úmidas... Até as tartarugas do laguinho da Praça da República sumiram, elas que gostam de se aquecer ao meio dia. Sabe-se lá onde foram parar, talvez se escondem da chuva...debaixo d´água! ...já que na superfície pinga-pingavam frias e ininterruptas gotas, turvando o espelho esverdeado da água eutroficada.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Meu irmão veio me ver

Saiu de Marília ontem de noite, chegou cedinho na Rodoviária da Barra Funda pelo Expresso de Prata. Reclamou de um vizinho de poltrona que fedia a cigarro envelhecido e que quando acordou foi fumar no Castelão e voltou da parada ainda mais fedido...ele não pregou o olho devido a isso e outras vicissitudes. A audiência do Alcalde foi infrutífera, aquela bolada ainda não ia pintar. Falei para ele da proposta da “nua propriedade” de sua casa feita pelo cunhado, ele estrilou, mas soube, como já sabia, que tem quem o apóia por trás. A segurança da família lhe foi restituída, não que ele tenha vindo atrás disso ou quisesse sobre ela ter que lhe lançar mão. Falamos muito da morte que se aproxima, da incompletude da paternidade (nem os pais nem os filhos são os desejados por cada parte, apenas os possíveis de lado a lado). Falamos de mulher (a ex dele, a atual minha), falamos de cuidar da casa e da prole. Falamos em como nos portarmos diante de gente mais poderosa ou de subalternos. Intuí que até os mendigos e bandidos do Centro são fontes de ensinamentos (caso contrário eles se insurgiriam, com conseqüências nefastas, contras os policiais da Rota que os abordavam, mas não, eles diziam Senhor aos guardas humildemente, assim como logo depois assaltavam um transeunte; tínhamos que agir como a situação nos propiciava). A vida era não mais uma caixinha de surpresas: depois de tantos dias sobre a face da Terra, era mister não se absurdar com a passagem célere dos dias, nem encontrar espanto nas coisas bizarras que se multiplicavam. Era aprender a viver. Tapávamos os narizes saltando os sem teto da São João. Uma mulher carcomida pelo crack abaixou o jeans surrado e mijou copiosamente na calçada, mostrando os cambitos das coxas que escondiam a vagina de onde escorria o jorro amarelo. Tive certeza que não podia fazer nada por ela ali. E que nem franzir a cara em sinal de nojo me trazia contentamento ou alívio pelas dores do mundo à minha volta. Fiz cara de paisagem. Busquei o Metrô, onde meu irmão iria até a Paulista falar com o Quincas. Beijei seu rosto sob a luz do sol da uma da tarde nesse quase inverno, e disse: “Aprenda a dizer: Sim, Senhor!” Não sei se ele captou a mensagem. Desceu as escadas, grato, e sumiu.