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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Historieta de bar de Minas - Shaiene I

Em Itatiaiuçu ouvi essa de Davi e Zequinha, paulistas perdidos como eu, enquanto desfrutávamos umas fichas de sinuca, "cada um mata cinco".
Chamava-se Shaiene, "namorava ambos", peões de trecho por ali, e caíra na vida. Pensava que seu nome era de indígenas locais, de quem descendia.
A tatuagem de tribal com borbetas pelas bordas, no tornozelo esquerdo, tinha no centro uma queimadura quelóidica sobre a pele escura.
Fora "ele", a quem todos atribuíam caráter angelical.
Com uma colher ao rubro e uma faca em seu pescoço, sobre a cama do casal, apagara a força e fogo, com dor intensa e recuperação lenta, o nome do ex dela que um dia gravara, muito antes, por amor.
Ato contínuo chamou um tatuador que o aguardava na porta da casa, tudo combinado de véspera.
E no braço dela o tal gravou, entre soluços da coitada: "Elder".

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