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quinta-feira, 31 de março de 2011

O que me faz mais rico

Minha história, minha herança cultural familiar...
Num determinado momento de minha formação, eu convivi com meus avôs e meus pais e tios, ao mesmo tempo que, sendo adolescente nos anos 80, ainda vi nascer as gerações dos 90 e dos 2000, e estou vendo a da segunda década desse novo século! Espero viver até os meados do século XXI! Amém.
Sou "contemporâneo".
Avós eram duas, biologicamente uma, o outra madrastra do pai, pois a avó materna morreu prematuramente, mas isso não foi importante. Fui bem servido, em todos sentidos, de antepassados.
Basicamente, meus avôs eram do fim do século 19, criados nos começos do século 20, atravessaram quase todo século XX.
Avôs eram dois, tucuras, caldeados no sertão de São Paulo antigo. Um mais autodidata, quase mineiro, goiano, matogrossense, e outro um literato, da primeira fornada da Faculdade de Odontologia de Itapetininga.Essa dicotomia ruro-urbana chucra masculina contra outra cultura mais citadina, refinada e feminina da mãe me marcou.
Portanto meus pais não podiam ser mais diversos e profundos em suas maneiras de ser. Mas eram parecidos, datados, pois nasceram e se criaram antes da Ditadura, passando até a apoiá-la e "sofrendo" depois para se "redemocratizar".
Com a mãe ainda convivo fisicamente, Graças a Deus.
Com os demais, mortos, mantenho quase já um diálogo, um conversê de mesuras, "duras", pedidos de ajuda, busca de consenso na tomada de decisões, coisa meio fantasmagórica. Mas são agora uns tipos camaradas, que não assustam mais e até fazem companhia.
E voltando a mim, sou nascido em 1964, filho do Golpe. Mas também de 68! Pós hippie. Pós tudo.
A vida vai passando e a gente descobre o que postei aí do blogueiro peruano Iván Thays: "Cuando tienes una mirada más esencial de la vida, el éxito o el fracaso resultan igual de ridículos".
Livremente: "Quando se tem uma visão mais essencial da vida, o sucesso ou o fracasso resultam igualmente ridículos"!

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