Até o século XIX, as atuais terras compreendidas nos limites do município do Carmo eram caracterizadas pela presença marcante da Mata Atlântica original e pertenciam a uma sesmaria existente no município de Cantagalo.
Por volta de 1832, iniciou-se o povoamento da região através de colonos vindos do norte-fluminense, subindo o rio Paraíba do Sul, dentro do contexto do ciclo econômico do café.
Foi então promovida a derrubada da floresta no local, construindo ali a primeira igreja matriz em homenagem à Nossa Senhora do Carmo, surgindo assim o Arraial de Samambaia que depois veio a se chamar Arraial de Cantagalo.
Conforme informações extraídas do Livro Um Século de História Carmense, que foi editado no ano de 1977, no Centenário da Matriz de Nossa Senhora do Carmo, o povoamento inicial do Carmo teria sido em torno da primeira igreja matriz:
Iniciamos a história da igreja de Nossa Senhora do Carmo, citando as datas de 26, 27,28 e 29 de maio de 1832, quando os primeiros colonos realizaram um roçado e uma derrubada, preparando o local para edificação da capela do Arraial de nossa Senhora do Carmo, no morro da Samambaia. Nascia ali o núcleo central, do que seria mais tarde a Cidade do Carmo
Com o desenvolvimento da região, o arraial tornou-se a freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo, ganhando o nome de Vila do Carmo de Cantagalo.
Em 16 de agosto de 1877, é inaugurada a nova matriz da vila, cujos trabalhos de construção tinham se iniciado em 16 de julho de 1863 que só foram concluídos em 1876.
A emancipação política da vila só vai ocorrer em 1881 e, finalmente, Carmo torna-se cidade no ano de 1889.
A transformação em cidade trará profundas conseqüências para o traçado dos logradouros da localidade, a qual passou por um planejamento urbano a fim de projetar o seu futuro crescimento.
Em 1921, a Light obtém uma concessão para explorar do potêncial hidráulico do rio Paraíba do Sul, na Ilha dos Pombos.
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