Filho quase cinquentão, baleado pelas vicissitudes (divórcio, desemprego) e fudido de grana.
Irmã importante. Mãe septuagenária fiadora do aluguel (que ele teve que pagar após ser tocado de casa pela ex e ir tentar a sorte em outra cidade, dando com os burros n´água e retornando).
Não pagava. A velha, honestíssima e envergonhada, caridosa e prestativa, bancava e sofria.
Nem palavra de gratidão, só resmungos.
O filho tinha reavido sua casa, deixara o imóvel alugado "vazio", fez a mudança lentamente.
Devido a obrinhas no banheiro que ele começara mal e bem abandonara, após meses não tinha ainda procedido a "Vistoria de Entrega". Deixara o contrato de aluguel correndo sem usar o imóvel.
Em português chulo, "não fodera nem saíra de cima", "não tinha cagado nem desocupado a moita". E também estava "acendendo cigarro ruim com nota de cem".
Sexta passada, mãe e irmã se desabalaram de longe, 4 horas de carro de ida e outro tanto de volta, até a cidade que já lhes acolhera. Direto para a ex casa do filho mais velho.
Nem o procuraram. Foram ver diretamente a locadora, que vinha a ser a vizinha do tal imóvel.
Frente à Imobiliária, as mulheres preocupadas pagaram uns meses atrasados, deram mais alguns meses a título indenizatório para a dona (eliminado a necessidade do filho proceder às obras reparadoras) e só deixaram ao poltrão a incumbência de devolver as chaves.
Contrato findo, fizeram a volta, nem duas horas sequer ficaram na cidade distante.
Finalmente as duas puderam descançar. Até o próximo B.O.
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