Postagem em destaque

"Concreto"

Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

domingo, 10 de abril de 2011

Uma possível explicação para Wellington

Nascido a 13/07/1987, Wellington Menezes de Oliveira, o "atirador de Realengo" pode ter sido assim: espinhudo, magrelo, meio orelhudo. E meio burro?
Zoado, muito zoado. Nunca beijou nem comeu ninguém, nunca ficou.
Bateu todas punhetas possíveis, mas nunca uma mina o acariciara de verdade.
Até "a gordinha" zoava dele para ficar de bem dos "espertos" e "inteligentes". Fingia que ia dar para ele e zoava. Ele traumatizou. Acontece em tudo quanto é escola. Tem os coitados da classe. E tem os fudidões. Que chamavam ele e o gordinho da classe de "bichas", que oprimem, que fazem tudo para tornar a vida dos fracotes e mais bobos um inferno.
Seu inferno foi ali, na "Tasso", na 7a série, em 1999. Hormônios e humilhação, que mistura explosiva... E as milhões de "pegadinhas" sem graça, os dois desprezados inventando segredos e vinganças contra os "maneiros" (manés). Mitos são criados. Nada adiantou mudar de colégio, de bairro, a memória da escravidão e das sevícias permaneceu. Os anos serão a sua prisão.
A psicose esquizóide de Welington se nutriu de internet, empreguinhos subalternos, uma ou outra ida às putas, a timidez doentia o isolando, o fazendo arquitetar planos até contra Jesus Cristo, ou o que seria aquele pseudo islamismo dele? Até Jesus era pior que Maomé, até nosso Deus Cristão era vingado por um Alah mais disposto.
As condições materiais não eram miseráveis. Miserável não paga R$ 260 por um revólver usado, sem contar as balas, o outro revólver, as roupas militares, mochilas, acesso à net, pc, casa em Sepetiba...Nessa família adotiva, por anos, ruminou o massacre em silêncio. Era triste, precisava que alguém o escutasse. Pensou num blog. Difícil. Mas, e um massacre?
Ardiloso, tinha que chegar até a 7a série (foi ali que mais o humilharam, aqueles manés)...
Nem ele sabia o que ia encontrar! Ou será que tinha a ficha de cada estudante? Não! Ia ser a esmo, conforme pintasse na hora, mas com certeza as vítimas iam ter a cara, se parecer, lembrar que fosse dos "espertos" da 7a série dele, Wellington.
Que ele frequentara desesperado pela dor há mais de dez anos trás ali mesmo na "Escola Municipal Tasso da Silveira"...

Nenhum comentário: