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domingo, 10 de abril de 2011

Marolo imaterial, Robertéia

Um dia, andando em Marília, conheci um tal de marolo.
Vendido por um matuto em um carrinho de mão, é uma espécie de fruta do conde, mais consistente e escura, maior.
Muito saboroso o marolo, por sinal. Soube que é arbustão, erado virá frondosa árvore.
Uma vez contei isso pro meu camarada de Ibirarema, o José Maria Zacari.
Ele, versado italianamente no cine paradiso da infância ibiraremense, me relatou seus conhecimentos marolísticos.
Hoje tenho intuição que deve ser árvore nativa ali daquela faixa de transição de Mata Atlântica e Cerrado, Oeste Paulista, Norte do Paraná, Triângulo, pedaços do Goiás e Matos Grossos.
Fico imaginando quantos marolos restam. Não só as frutas em si, mas, parabolicamente, conhecimentos tantos outros de botânica e zoologia, geologia e arqueologia, químicos e farmacêuticos e da recombinante genética que houve e que há de onde vim.
De onde vieste, da terra da Terra.
Mariliense destino e profissão de fé.
Paulista de nascença, de crescença, de vivença.
Paulistano adotado. Cosmopolita. Metropolitano.
Robertéia quer dizer a Odisséia de Roberto, a sua Eneida, o seu Lusíadas...

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