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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mortos onde eu fui

Un attentat fait quinze morts à Marrakech

L'explosion, qui a eu lieu dans un café situé sur la place Djemaa el-Fna, est un attentat, selon les autorités marocaines, qui soupçonnent l'acte d'un kamikaze. Un bilan provisoire fait état d'au moins 15 morts, dont 10 étrangers. Des Français figurent parmi les victimes.

Morando no Marrocos, em El Jadida, que fica a umas 3 horas de carro de Marrakech, fui nessa cidade umas três ou quatro vezes.
Lá um dos passeios mais tradicionais é passear e fazer compras nos souks quase milenares da Medina e descançar e comer na Praça Jma El Fna. Por coincidência, na minha foto no perfil desse blog, estou lá, numa das barracas de comida que se armam ao por do sol, comendo uns kabobs (espetinhos) com hobs (pão). Há também carrinhos que chegam antes, com frutas secas e suco de laranja, entre outras guloseimas e refrescâncias.
Ao Café Argana, agora explodido, fui em todas minhas idas lá...a primeira com o Luiz e a Marilda e o Rogério, depois voltei com o Rogério que fez a foto que está aqui no perfil do blog, com minha mãe e filhos, finalmente com minha esposa (que comeu tudo que nunca consegui provar por nojo: cérebro, mama, escargot, etc) e meus filhos.
O Argana era (voltará a ser, Insh'Alah!) uma lanchonete e restaurante simpático, com um bom "cahua" (café), sempre com minha água Oulmès "caçulinha" gelada, sorvetes, pratos fartos para o almoço e janta. Não precisa dizer que além de alguns marroquinos e franceses, se ouviam mais de dez línguas (asiáticas, européias, saxônicas, de outros cantos da África, mesmo sulamericanos como eu não eram raros)...um ponto de encontro para todos que se perdiam no exotismo do "coração" do Marrocos (o nome "ocidental" do país vem do nome dessa cidade; em árabe o país se chama "Al Mumlaka al Magrebhia", Reino do Magreb, ou Reino do Sol Poente, ou Reino do Oeste...).
Sei que esse ato infeliz, provavelmente de um suicida idiota, talvez membro do Al Qaeda ou de alguma fraternidade islâmica, não vai ajudar em nada a democratização marroquina.
Provavelmente só vai atrasar as reformas que o Rei Mohamed VI estava, a contragosto, iniciando. Tenho pena dos turistas e locais que morreram, pena do maluco que os explodiu, pena dos meus colegas que nos substituíram na BMP, pena do povo marrqouino que vive sob essa ditadura férrea e sob a ameaça desses fanáticos sem noção.
Ainda não dá para calcular o preço político do ato estapafúrdio desse terrorista que provavelmente se imolou!

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