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"Concreto"

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Quem fazia o quê?

O Herculiani vendia peixe salgado por atacado. O Velanga arquitetava como o Lírio. O Clementoni, diziam, vendia terrenos na praça.
O Shimabukuro, pastéis e outros salgados. O La Valle, restaurateur, mas no tempo se dizia dono de restaurante. O Buonomo era importador de armas, armação de óculos e tudo mais que a Bota fazia e não entrava fácil no Brasil, mas fascista que se preza tinha costa larga na ditadura. O Puga era delegado. O "Pé de Veludo" roubava sem fazer barulho. Seu Chirnev tinha bar e venda. O Chirnevinho era jornalista esportivo e morreu cedo.
Seu Féres vendia pinga, mas não bebia e odiava bebum! O irmão dele vendia artigos de umbanda e dava risada das crendices do povo! (Uma vez perguntei o que ele fazia com as esmolas no pé do Zé Pelintra, se ele dava pros pobres, e ele riu e me zoou chamando de Tibúrcio). Knobel era "magnata" imobiliário. O filho extra matrimônio dele, pedreiro "pobre", ficou "rico" quando o DNA deixou. Os Freire vendiam e vendem carros, como o da Alpave e os Yazbek nos primórdios. Os Dantas faziam e consertavam guarda chuvas e sombrinhas. O Mori fazia carimbos. O Rosa vendia eletrodomésticos. O Nigro era fotógrafo. O Carvalho advogava como o Ramos, cuja cunhada, Bicudo, era dermatologista e a sobrinha ginecologista. Os Almeida usufruiam fortunas de terras herdadas, como os descendentes do Bento de Abreu Sampaio Vidal.
Pozzi construía casas e as alugava. Os Trad e os Macul, industriais têxteis.
O Scarabotolo era embaixador! Os Minei, farmacêuticos (comerciantes de remédio, não sei quem tinha ou não o diploma) como o Coneglian. O Silva era ofice boy do jornal no começo, meu colega de Cristo Rei e hoje dono da empresa e candidato. Os Tofolli tinham o tio padre que chegou a cônego (?). O Dr. Seixas, médico. O Camarinha era cartorário, o filho treinador de basquete. O Mesquita vendia diploma.
Casadei era médico, casdo com a Dra. Cleide, ginecologista, como o Dr. Salum, que me puxou e aos meus irmãos das entranhas da Dona Cida!
O Cabrini tinha marmoraria e o filho tá firme até hoje na dita!
O Giraldi fazia de tudo, filmava casamento, teve laticínio, ringue de patinação e padaria: um "Sebrae" avant la letre! Os Sasazaki faziam janelas, depois de implementos agrícolas... e o Arquer tinha óticas e fábricas de óculos.
O Cerqueira César era "cafeólogo" na Máquina União. Seu Antônio fazia de tudo nessa "máquina". Lá tinha uma legião de saqueiros, pobres anônimos cujos nomes nao sei, mas luziam de força bruta e suor. A Rosa japonesa, cabelereira, cheirava a laquê e tinha penteado B52´s.
O seu Justiniano, era fiscal da fazenda estadual e manso, a dona Vívian bibliotecária e brava. O Guimarães era fiscal colega dele.
O Matos era radialista, como o Mendonça, que também era dentista, como o Coimbra, como o Professor de Química Moraes! O Borges era sargento do Tiro de Guerra e professor de biologia. O Botino, cafeicultor, como meus tios. Muitas fazendas tinham café e gado de corte, mas lá nem tanto leite.
O Fernandes também era radialista, como o Santos e Vilani, cujo pai é radiologista...que foi casado com a Galvão, professora de biologia e dona de livraria. O Bento era (e é) professor de biologia, mas promovia bailinhos "de preto" no clube ferroviários (onde eu ia para dançar e me dar bem, beijar na boca sem muito compromisso, pois no Tênis as cocotinhas queriam mais do que eu tinha). O Mesquita consertava televisores, como o Paulinho japonês. O Doutor Eládio, anatomista dos bons, casado com uma Pessoa que vendia coisas do Ceará. Mocinhas do sertão vinham trabalhar e morar nas casas "senhoriais" e serviam a mesa quando tocavam um sininho! Os Gomes tinham empresa de ônibus, como os Brambilla. Quem fazia biscoito e macarrão eram os familiares da Ircemes, mas os Barion também. A dona Maria era lavadeira, a Marina até hoje cuida da casa e da minha tia Cota e agora do Nego, que tem madeireira. O irmão vende produtos zootécnicos, e o filho dele dá consultoria em informática, e a Belucci é fisioterapeuta. E quem são os frentistas de postos, as comerciárias, os bancários, ajudantes da construção civil? O povo, os muitos, que um dia serão o centro da história? Continue a lista você!
Stanno tutti benne!

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