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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Marília II

No Monsenhor Bicudo, para nós "Instituto" (tínhamos para o bolso das camisas brancas um distintivo com um belo tucano e a sigla IEMB), o recreio eram as balas 7 Belo da Ailiram com sodinha Gatti, vendidas no 3o ano pela própria professora Da. Elvira, que precisava reforçar seu salário, claro que depois de uma refieção mais saudável, a grossa sopa com macarrão, carne moída e legumes que era preparada sob o comando da Da. Messias, uma crente pequena e sequinha, com um cabelo enorme amarrado em coque e que, além de levar as merendeiras, auxiliares e nós crianças com pulso firme, usava também o pulso para balançar quatro vezes pela manhã um pesado sino de mão que anunciava a hora de fazer a fila pra cantar na entrada, a saída do recreio, a volta do recreio e o fim das aulas... Belém, belém, belém! Mas ela também era carinhosa a Da. Messias, lembro de alguns afagos daquela criaturinha meio Zezé Macedo...
E a cantoria não podia ser mais "Arena": Dom e Ravel (Eu te amo, meu Brasil!), os hinos, o hino da Copa (90 milhões em ação, exata metade da população atual!!!) e eventualmente uma música crente (éramos predominantemente católicos, mas já se achava de bom tom não ser exclusivista, então pareciam lá uns crentes e nos ensinavam coisas da escola dominical, uma que eu lembro vai no próximo post...).

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