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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Um tempo culturalmente rico que deixou boas recordações

Da adolescência nos anos 50 em Marília, outras tantas recordações.
Depois um breve flerte, o começo do namoro, partilhando passeios e divertimentos.
Década de 50: bailes a rigor, com boas orquestras, festas juninas, aos domingos missa de manhã, futebol à tarde, à noite footing na avenida Sampaio Vidal e a sessão de cinema. As festas e bailes sempre aconteciam: Baile de Maio, Baile das Flores, Baile do Algodão, Bailes de Formatura, Baile de Férias, Baile da Rainha dos Estudantes, Baile Branco e tantos outros.
Em matéria de música, vivemos um período privilegiado. Muitas das canções que ouvíamos, cantávamos e dançávamos, são tocadas até hoje: Alguém como tu, Asa Branca, Barril de Choppe, É tão sublime o amor, Moonlight Serenade, Night and Day, Olhos Negros, Santa Luzia, Vereda Tropical e outras mais.
O mês de junho era cheio de bombas, estrondos e estalar de foguetes. As festas tanto podiam ser na cidade, como nos sítios e fazendas.
Gumercindo e Eliza Saraiva de Oliveira eram muito alegres. Faziam divertidas festas juninas que duravam a semana toda, reunindo parentes e amigos no Sítio São Geraldo, no município de Marília.
O pessoal vinha chegando aos poucos. A pé, a cavalo, de carro de boi ou de carroça e de caminhão. Cada ano festejavam um Santo, sucessivamente: Santo Antônio, São João e São Pedro. Durante estes festejos tradicionais, não faltavam procissões para lavar o Santo no Rio do Peixe, paus-de-sebo, danças, jogos, sortes e a tradicional Quadrilha. A Sanfona chorava a noite inteira, acompanhada da viola e dos cantadores.
Ao redor da fogueira, os mais idosos contavam casos e recordavam as reuniões anteriores. O quentão corria a vontade! Com muita fartura, servia-se, pães feitos no forno de lenha, bolo de fubá, batata assada, amendoim, pipoca, doce de abóbora, de mamão, de cidra e outros comes e bebes.
De madrugada, quando a fogueira virava um grande braseiro, pessoas de muita fé passavam descalças sobre as brasas e não queimavam os pés. Dá para entender? Estas festas até hoje são comentadas com muita saudade pelos mais velhos.
E tinha também as tardes no Yara Clube, quando aquele clube portentoso de hoje era apenas uma piscina. E as domingueiras do Tenis. Depois de encerrada a "festa" oficial, a "moçada" ficava curtindo o som do piano com o Schebert e bebendo.
Os "hits" da época: Gim Tônica, HiFi e Baccardi com Coca Cola...

Rosalina Tanuri, da Comissão de Registros Históricos

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