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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Frase lapidares de Sebastião

Sebastião Rodrigues Maia, popularmente conhecido como Tim Maia e anteriormente como Tião Marmita (Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1942 — Niterói, 15 de março de 1998) deixou saudades. Vai aí uma coletânea de suas frases, coletadas por Nelson Motta.

“Tá todo mundo à vontade aí? Porque nós aqui já estamos!”
(proferida na estréia do seu show ‘O som e o sonho de Tim Maia’ no Teatro da Praia em Copacabana, 1971 – “estar à vontade” era um código de maconheiros na época)

“Fiz uma dieta rigorosa, cortei álcool, gorduras e açúcar. Em duas semanas, perdi 14 dias.”
(em 1973, quando ousou perder peso num tratamento ‘revolucionário’ numa clínica em Bonsucesso, onde só tomava caldinhos, papas, sucos e comia folhas)

“Porra, mermão, já começou? Até na casa do governador o som é uma merda?”
(em 1976, de volta à fase soul, na festa de aniversário da filha do governador Chagas Freitas)

“O problema do gordo é que ele quando beija, não penetra. E quando penetra, não beija.”
(quando passou dos três dígitos de peso, nos anos 70)

“Eu tô aqui fazendo esse show pra Brahma, mas eu gosto mesmo é de um guaraná Antarctica.”
(falou da concorrente, à la Vicente Matheus e perdeu um pacote de 60 shows que estavam sendo fechados com a cervejeira. Os shows foram para… Roberto Carlos, com quem Tim brigou no começo da carreira)

“Esse cara faz esses arranjos quatro-quatro-meia e assim não dá pra cantar!”
(reclamando do arranjador Miguel Cidras para Guti Carvalho, durante a gestação do disco ‘Tim Maia Disco Club’. Ele e Miguel saíram na porrada e o argentino foi despedido. Em seu lugar, entrou Lincoln Olivetti)

“Manda o povo descer que eu faço o show aqui na praça!”
(para Nelsomotta, por telefone, quando disse que não subiria no bondinho do Pão de Açúcar para cantar no Noites Cariocas)

“O segredo do meu sucesso é o equilíbrio: metade das minhas músicas são esquenta-sovaco e a outra metade é mela-cueca.”
(idem)

“Esse espanhol é do ETA (exploradores do talento alheio), é um escravagista, ele merece!”
(confabulando com Tibério Gaspar sobre uma ‘operação punitiva’ ao empresário Chico Recarey, dono do Scala. Num show, Tim convidou garis, mendigos, flanelinhas, garagistas e porteiros e os colocou na primeira fila!)

“O meu vestido não ficou pronto.”
(ironizando Gal Costa, que deu esta desculpa para não gravar com Tim o clipe de ‘Um dia de domingo’, para o Fantástico, da Globo)

“Ganhar pra foder com o Tim Maia é fácil… quero ver é dar pro Sebastião.”
(comentário que fazia com os amigos, porque ele sempre se servia de prostitutas e pedia que elas só o chamassem por Sebastião. Antes, durante e depois.)

“Aí pessoal… dizem que o Nelson Gonçalves parou… parou de fazer show em São João de Meriti, né?”
(em show no Canecão, sarcástico como nunca, sobre o comentário do veterano cantor e sua luta para vencer o vício da cocaína)

“A diferença entre eu e o Dicró é que no meu show todo mundo vai e eu não vou; no dele, ele vai, mas não vai ninguém.”
(atirando no pagodeiro Dicró, que teria dado razão ao Canecão no cancelamento de um show de Tim em fins de 1986)

“Que beleza, um show de Tim Maia pelo preço de um grama de pó.”
(na sua estréia no People)

“Uma fileirinha, dois tapinhas e duas doses… senta o pau, Vitória Régia!”
(idem)

“Édipo, você é glorioso. A Vera Fischer é a coisa mais linda do mundo!”
(elogiando Felipe Camargo, que estava com sua então mulher na platéia de um show de Tim no Hotel Nacional, 1989)

“Não fumo, não bebo, não cheiro, mas às vezes minto um pouquinho.”
(a frase imortal de Tim Maia)

“O que nós temos de melhor no Brasil são a música, o futebol, o jogo do bicho, a batata doce e o baseado – temos que exportar isso. E ainda temos o Maguila, que vai matar o Mike Tyson. De susto, mas vai.”
(em sua divertdíssima entrevista de lançamento de sua ‘candidatura’ a prefeito da Barra da Tijuca pelo PLG – Partido Liberou Geral)

“Eu quero parabenizar o presidente Collor, que está fazendo a campanha ‘Diga Não às Drogas’. Eu acho que é isso mesmo, deixa pra quem gosta, porque já está escasso nas bocas!”
(em 1990, no show de bossa nova na boate Un, Deux, Trois, de seu “canalha de estimação” Chico Recarey)

“Só gravei bossa nova para sacanear o João Gilberto.”
(em entrevista a Luis Antônio Giron, então na Folha de S. Paulo)

“Tudo que sei sobre tóxicos aprendi nos livros.”
(em entrevista histórica a Ruy Castro, publicada pela Playboy)

“Então você é uma aerovelha!”
(sacaneando uma aeromoça que se recusava a lhe dar gelo para o uísque que, por conta própria, levou para uma viagem de avião. É sabido que Tim odiava andar de avião desde que em 1970 cheirou uma carreira de cocaína no banheiro de um Samurai da VASP e saiu de maca da aeronave)

“Eu gostaria de fazer uma homenagem ao meu urologista, o Dr. Edson, que me deixou ereto para o resto da vida.”
(em pleno Prêmio Sharp de Música, em referência à operação que foi submetido em razão de uma infecção no saco escrotal)

“Dos artistas do Rio, metade é preto que acha que é intelectual e metade é intelectual que acha que é preto.”

“Mais grave! mais agudo! mais eco!mais retorno! mais tudo!”
(queixando-se para o técnico de som, nos shows)

“Com os acordes que tem em uma música do Tom Jobim dá para fazer umas cinqüenta.”

“Agradeço à minha mãe, Maria Imaculada, meus sobrinhos, os padres capuchinhos e os trombadinhas da praça da Bandeira. Apesar de ter feito um comercial para a Mitsubishi, a Sharp mora no meu coração. Boa noite.”
(ao receber o Prêmio Sharp de 1991)

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