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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Amor ao cinema de Eisenstein

Trata-se de carta recebida de meu amigo Clóvis Marques Guimarães Júnior, advogado e literato, historiador amador e cinéfilo lá de Marília.

"Oi, Berto.
Estou prestes a completar minha coleção dos filmes do Eisenstein, isto é, se não surgir algo que ficou escondido do Stálin e alguém resolveu restaurar.
Minha procura é antiga; começou quando eu resolvi comprar os dois boxes sobre ele que a Continental Vídeo disponibilizava na época.
Comecei, então, com: A Greve, O Encouraçado Potemkin, Outubro, Alexander Nevsky, Ivan o Terrível I & II.
Aí comprei avulso (não vinha nos boxes) Qué Viva México!, que trazia como extras Romance Sentimental e Misery and Fortune of a Woman, estes dois últimos também atribuídos a Eisenstein, mas ele deixou incluir seus nomes nos créditos para "dar uma força" ao verdadeiro diretor.
Adquiri o filme Terra, de Alexander Dovzhebko, por que ele trazia como extra o filme Traição na Campina, que acabou virando praticamente uma bela coleção de slides graças à notória truculência do "Uncle Joe" (Stálin).
Achei, no Mercado Livre, uma raridade: A Linha Geral, distribuída no Brasil pela Continental Vídeo.
Tive um azar danado: apesar de três trocas de filmes com defeito, não consegui achar uma que prestasse. Talvez fosse uma série inteira com problemas. Em todo caso, não sou desistir fácil.
Acabei descobrindo uma empresa americana chamada International Historic Films, que distribuía o DVD nos EUA.
Tudo bem; meu DVD player reproduz área 1.
O problema: na versão deles, o filme não tem acompanhamento musical.
Nesse meio tempo, a Criterion Collection americana lança, com exclusividade, um box com Eisenstein: The Sound Years, que, além de uma pancada de extras, trazia cenas cortadas dos filmes Ivan o Terrível I & II e, pela primeira vez, o que restou do Ivan o Terrível III.
Consegui, após muito pesquisar, arrumar uma versão francesa de A Linha Geral, desta vez com trilha sonora e, tendo como extra, o primeiro filme do mestre, o curta Diário de Glumov.
E mais: consegui uma versão americana bem próxima do original do Potemkin, onde há a famosa bandeira pintada (à mão) de vermelho.
O que me falta? Bem, há um filme que foi rodado ludicamente por Eisenstein e outros grandes mestres (inclusive nosso Alberto Cavalcanti) num encontro de diretores na Suíça. Simplesmente desapareceu.
Também há (vou pedir para meu professor de informática baixar do You Tube pra mim) um curta que o mestre fez quando da visita de uma famosa bailarina chinesa à URSS.
Evidentemente sempre estou à espera de alguma coisa nova, em especial no que se refere a cenas cortadas ou versões mais fiéis ou completas.
Não sei se você curte o trabalho desse diretor.
Em todo caso, um grande abraço do amigo Clóvis."

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