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domingo, 19 de dezembro de 2010

Os Korubo: Morrer Matando

Hoje vi um documentário espanhol sobre esse índios.
Sidney Possuelo os vem defendendo há décadas.
Os Korubo, ou “índios caceteiros” (por suas bordunas), vivem na confluência dos rios Ituí e Itaquaí, no vale do Javari. A maior parte dessa população (mais 200 pessoas) ainda vive isolada, movimentando-se entre os rios Ituí, Coari e Branco. Em 1996, após várias tentativas, a Funai contatou um pequeno grupo de índios Korubo. Depois do encontro com a equipe de atração, os Korubo começaram a realizar visitas sucessivas às aldeias dos índios Matis e aos acampamentos da Frente na mata. Hoje, o grupo distribui-se em duas comunidades no baixo Ituí.
Não se sabe como os Korubo denominam a si mesmos. Alguns pesquisadores chegaram a identificar o termo dslala como a autodenominação desse povo. No entanto, trabalhos recentes da Frente de Proteção Etno-ambiental Vale Javari (FPEVJ) revelam que não há uma autodenominação que seja unânime entre os Korubo.
Segundo Pedro Coelho, a denominação Korubo foi dada pelos Matis. Esses últimos afirmam que Korubo seria um nome próprio da onomástica matis. Um Matis revelou o significado da palavra Korubo: “Koru é isso, coberto de areia, de cinza, sujo de barro. Os Korubo se tapam de barro para espantar os mosquitos, ficam assim sujos, cobertos de Koru” (Arisi, 2007: 108).
Philippe Erikson (1999: 74) levanta a hipótese de que Korubo seria uma designação genérica para “inimigo”. Ao comentar sobre os etnônimos dos Panos Setentrionais, esse autor ressalta que os Kulina-Pano afirmam ter exterminado um grupo que vivia no igarapé Esperança, afluente do rio Curuçá, cujo apelido era Korubo. No entanto, é provável que não se trate dos índios que hoje designamos como tal.
Mas as imagens do filme diziam muito.
Uma era a pesca de enormes poraquês (que podem matar um homem com suas descargas elétricas, mesmo até algumas horas depois de mortos) com o suco venenoso do timbó.
A outra era quando chega a estação chuvosa. A aldeira virou um grande banheiro, um grande parque de diverões aquáticas...
Se deixarmos eles em paz, eles serão bons vizinhos...a saga de Rondom é refeita, agora deixando os índios sem Jesus ou coisas assim. Melhor para todos nós!

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