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sábado, 21 de agosto de 2010

Carta ao irmão do oeste

Magno (Juninho),
Desde pequeno que você usou seus dois anos a mais de idade para me oprimir.
Claro que isso só durou até por volta dos quinze anos, quando pude te mostrar que teria muito a perder se tentasse resolver as coisas comigo no braço.
Depois você passou a usar, não mais a força física, mas uma suposta "ascendência social" (seus amigos eram o máximo, os meus uns quaisquer) para o mesmo fim. Devo admitir que em muitas ocasiões eu preferi apanhar que receber o seu desprezo.
Engraçado como hoje os amigos que ainda te restaram são justamente os meus...e você os repele em aceleração centrípeta, tais suas mazelas.
Depois pegamos rumos diversos e eu passei, sem querer, a te oprimir.
Primeiro as boas faculdades que fiz, depois os bons empregos que tive, minha ascenção econômica, os conhecimentos que adquiri, essas coisas foram e são para você motivo de muita infelicidade.
Não posso fazer nada contra isso.
A não ser, como sempre fiz, compartilhar o que tenho.
Agora estamos nessa onde seus perrengues com as nossas irmã e mãe o levam a puxar facas contra mim, resvalando em meu filho e minha esposa. "Atiraste uma pedra turvando essa água que um dia, por estranha ironia, tua sede matou".
Essas ações defensivas-reativas, totalmente equivocadas e que me causaram danos profundos, não minimizarão (como em uma projeção especular demente) seus problemas pessoais, com a sua ex-mulher e com o seu filho.
O fato de você tratar o irmão da nossa amiga (o Ronaldinho) como "favelado" é indicativo dos preconceitos que te moldaram e dos quais você não consegue se desvencilhar. Há dentro de você um "branquelo azedo e de direita, um fascista", que ora se volta contra o mundo, principalmente contra os mais próximos, ora contra si mesmo e, agora, e por isso te escrevo, contra mim.
Dessa forma, como nunca suportei e me afastei de sua violência, saio da sua cena.
Dizem que a vida ensina. Aprendi com você demais, mais de seus erros que dos acertos. Espero que você possa ainda aprender bastante.
Gilberto

2 comentários:

ludenmerlin disse...

triste isso, talvez porisso cortei e continuo cortando laços de amizades antigas, prefiro a distância do que ter que dizer um monte. E a verdade ou o sentido correto tem mil direções, nada garante que nossa posição é a mais correta. Na duvida, não desejo dissabores, poucos amigos, mas poucos que valem muito.

Roberto Cerqueira disse...

Sérgio,
Você sabe que tenho esse negócio de ficar carregadno pessoas pela vida inteira. às vezes é um fardo!
Mas vamos levando! O bom é alegria e não ter o que perdoar, só curtir, mas exigir isso da vida é querer demais!
Abração
Beto