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sexta-feira, 9 de julho de 2010

9 de Julho em Bocaina e Jaú

Praça vai receber nome de 9 de Julho
Prefeito de Bocaina decide dar nome à praça no bairro José Tonon em homenagem aos heróis do movimento de 1932
Lilian Grasiela/Com Redação
Bocaina – Na véspera do feriado paulista instituído para lembrar os heróis que lutaram na Revolução Constitucionalista de 1932, o prefeito de Bocaina (69 quilômetros de Bauru), João Francisco Bertoncello Danieletto (PV), publicou decreto lei que dá o nome de Praça 9 de Julho a uma área verde localizada no bairro José Tonon.
A homenagem, feita quase 78 anos após a data que marcou a história da democracia no Brasil, lembra a luta do capitão Ruytemberg Rocha e de outros 30 bocainenses que ajudaram a construir a história do movimento, comemorado hoje em todo o Estado de São Paulo.
O capitão nasceu no município em 19 de janeiro de 1908 e morreu durante a revolução, no dia 26 de julho. Hoje, Rocha é patrono do diretório acadêmico XV de dezembro dos alunos oficiais da Academia da Polícia Militar do Barro Branco, na Capital.
O local que abrigará a nova praça fica em frente ao ginásio municipal de esportes Dedé Megalle. As obras, que devem ser iniciadas após o período eleitoral, com recursos no valor de R$ 100 mil obtidos junto ao Ministério das Cidades, incluem praça com playground, passeio público, iluminação e calçada.
Segundo a prefeitura, localizada em um dos pontos mais altos da cidade, a Praça 9 de Julho também poderá abrigar um mirante. Em maio de 2008, mês de aniversário de Bocaina, a área verde foi escolhida para apresentação da tradicional Esquadrilha da Fumaça.
“Para nós, paulistas, o 9 de Julho é uma data importante que deve ser lembrada como data da luta pela democratização do País e da legalidade. Homenageamos os bocainenses que participaram da Revolução e, por isso, a denominação da nova praça que construiremos”, explica o prefeito.

Bisneto de herói

Em Jaú (47 quilômetros de Bauru), como já é tradição, a Polícia Militar (PM) e a Sociedade Veteranos de 32-MMDC do município, em parceria com o Tiro de Guerra e Secretaria Municipal da Cultura e Turismo, realizam hoje, a partir das 9h, na Praça da República, conhecida como Jardim de Baixo, solenidade em comemoração ao aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932.
Segundo o comandante do 27º Batalhão de Polícia Militar do Interior, tenente-coronel Gilvandro Nunes da Silva, e o presidente do MMDC, Antonio Fernando Reginato, além de pronunciamentos, o evento, que reúne grande público todos os anos, será marcado por cantos, homenagens póstumas, toque do silêncio, salva de tiros e desfile de bandas marciais.
Segundo a PM, um dos presentes à cerimônia terá um motivo a mais para comemorar a data. O tenente Paulo César dos Santos Bravo Salgado, que atualmente comanda o pelotão de Força Tática do município, é bisneto de um dos heróis da Revolução, o general Salgado.
O tenente ingressou na Polícia Militar em 2008, após cursar a Academia do Barro Branco, e serviu em diversas unidades operacionais na capital, transferindo-se posteriormente para Jaú.
Em seu currículo constam cursos de policiamento em eventos e praças desportivas,
gerenciamento de crise, negociador, controle de distúrbios civis e mergulho autônomo, entre outros.

Revolução Constitucionalista

O movimento que deu origem ao feriado de 9 de julho originou-se da revolução do Estado de São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas. Os paulistas acreditavam no apoio dos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, o que acabou não acontecendo.
A revolução, que visava à promulgação de uma nova constituição para o Brasil, durou entre os meses de julho e outubro, totalizando 87 dias de confronto. Durante o período, civis e militares se armaram e, unidos, lutaram em oposição ao regime da ditadura.
Com pouco mais de quarenta mil soldados, o Estado de São Paulo encontrava-se em desvantagem. Os ícones do movimento foram os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, que morreram lutando. Com as iniciais de seus nomes, formou-se a sigla MMDC. O conflito estendeu-se até 2 de outubro, com os soldados de Getúlio Vargas derrotando os paulistas.
A Revolução Constitucionalista de 1932 não foi vitoriosa, porém seu objetivo principal foi atingido com a promulgação da Constituição.

do Jornal Cidade de Bauru (jcnet.com.br)

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