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quinta-feira, 28 de maio de 2015

O trabalho manual e o abandono da arrogância

Tenho passado umas noites acordadas no frio, fazendo um trabalho técnico laboratorial.
Sempre entre nós a mentalidade dos "Doutores de Coimbra" fez com que percebêssemos atividades corporais e manuais como indignas dos "homens de bem".
Quanta bobagem.
Certo estava Benedito de Espinoza, que ganhou a vida como um técnico ótico, ou polidor de lentes na vulgata.
O preço de nos mantermos independentes não é contratarmos empregadas, babás, lacaios.
Esse preço deve ser pago com assumirmos a responsabilidade de preparamos nossa comida, lavarmos nossas louças e roupas e termos um trabalho manual (e intelectual) que nos seja próprio, "indispensável" o quanto possível.
Aqui em Santa Luzia, penso em tudo isso quando o dia vem raiando.

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