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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Meu Espelho

Nascido em Marília em melhores dias
À sombra do café e de um tio coronel
Correndo atrás de bola e a sonhar futuros
Quis vestir verde oliva para comandar

Rebelde, na caserna eu não me criei
E larguei também a Poli quando me faltou o velho
E da Engenharia Química da Unicamp
Quando quis ser Filósofo

Indisciplinado, pulei do grego ao hebraico
E do inglês pro russo sem nunca conhecer
A fundo Sócrates, Platão nem Aristóteles
"E foi mais uma vontade que ficou prá trás"

O amor e a ambição me fizeram gerente
Pai, homem de indústria e uma nova paixão
Quase arrastou tudo, vissicitudes
Trouxeram-me à metrópole, de novo

Outras tantas aventuras me jogaram
No degredo das costas marroquinas
E a busca da segurança me trouxe de volta
Prá meio ano de desemprego e o molibdênio

Mais de um ano "parado", depois
E aqui, no fretado da Vale, estou
A musa não beijou minha boca
E escriba, cohen, corrêa, eu sou!

"E o meu medo maior
É o espelho se quebrar!"

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