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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Janeirava

Calor mitigado por céus cinzas, umidade e chuva.
Onde os barrancos não cediam, tudo ia bem.
Uma neblina espessa nos contrafortes da Serra.
O comboio nos retinha numa manhã perdida de 5a feira.
Muita gente em férias.
Eu não.
Consegui um bom fundo para minhas pesquisas do ano que estava à minha frente.
Depois disso era um mar de papéis a preencher, assinaturas a colher.
Depois finalmente viriam tardes longas no Laboratório.
O filho mais velho finalmente aparecera.
O mais novo já ia amanhã para São Sebastião, ás volante.
Solenemente falávamos da continuidade do nosso Complexo Industrial.
Era preciso ter planos, pois para velejador sem rumo, todo vento é ruim.
A vida, essa corrente fluida de sensações, esforços, poucas recompensas e sentido ralo, era isso.
Buscar o sentido.
O sentido para mim era esse mesmo.
Ter o tal amor à vida e ir vivendo.
 

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