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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Do tempo do guaraná com rolha II

Nesse tempo, fim do Século 19 e começo do Século 20, no ocaso da supremacia inglesa e aurora do século americano, surgiu um vedante "industrial moderno" de garrafas de vidro que suportava a pressão das emergentes bebidas gasosas.
Acontece que o senhor William Painter, em 1891 em Baltimore, começou a trabalhar e em 1892 patenteou as famosas "Crown Cork", as primeiras tampinhas de refrigerante como hoje ainda as conhecemos (que eram um avanço sobre as enormes rolhas e arames que foram "emprestados" dos vinhos espumantes).
Na invenção de Painter, a vedação entre o metal e o vidro, hoje feita com resinas plásticas muito modernas, já foi feita de borracha e, no início, com a velha e boa cortiça portuguesa, daí o nome "cork" (cortiça em inglês). Esse negócio de inovação é velho! O Sr. Painter sacou algo que chamaríamos de "Ciência dos Materiais", um ramo importante das engenharias, entre os interstícios de várias indústrias químicas, da indústria do vidro, da metalurgia e da plastalurgia e os biomateriais. Quase um compósito!
Tampinhas "Corôa de Rolha" poderia ter sido o nome...mas aqui elas também se chamaram longamente de "Crown Cork", agora eu acho que retiraram o nome "cork" e ficou só "Crown", mas o site é o www.crowncork.com
E então associamos coisas velhas ao "tempo do guaraná com rolha", tempo em que se ia de bonde, ou se pegava um carro com chauffeur de praça para ir à Cidade, tempo em que se jogava a Taça Roca entre Brasil e Argentina, em que se tomava chá na Colombo, se banhava de maiô de corpo inteiro, que os aviõezinhos eram teco-tecos, que as bolas de futebol, os tênis e os sapatos eram todos de couro, que telefone era um aparelho grande, pesado, fixo e preto!

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