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domingo, 4 de agosto de 2013

Luiza Erundina e eu

Fui ao Frei Caneca para ver "Na quadrada das águas perdidas".
Não fiquei muito no café para dar vez a quem fosse consumir mais que eu, que tinha tomado um cafezinho.
Fui num espaço com bancos, todos ocupados, e umas mesas e cadeiras.
Vi duas "moças" numa mesa com duas cadeiras vagas, me aproximei e pedi vênia.
Reconheci entre ambas a Erundina!
Sim, Luiza Erundina de Sousa, paraibana de Uiraúna, ex militante das Ligas Camponesas de Sapé, mais uma "cabra marcada para morrer" que soube se safar da morte, que chegou em Sampa em 71 e foi trabalhar no antigo INPS como Assistente Social até se tornar a primeira prefeita dessa metrópole entre 1989 e 1992.
A simpatia dela foi do tamanho da minha empatia.
Falamos como velhos companheiros sobre o mandato de Deputada Federal dela (que milita na Comissão da Reforma Política) e eu a elogiei por ter tido a hombridade de recusar o cargo de Vice Prefeita do Haddad (no episódio da foto com o Maluf ela achou ruim a forma como as coisas foram feitas).
Comentei sobre o PSB em Marília (terra de "Canalinha") e sobre o irmão do José Dias Tóffoli, nosso ex-prefeito Ticiano.
Ela me disse que, em sua opinião, Lula volta em 2018, "se conseguir se preservar e levar o PT um pouco mais à esquerda".
Com quase 80 ela tem a pele lisinha e os olhos azuis muito lindos, irradia uma aura de fibra, vibrante e confiantemente fantástica. Galega afrancesada de luz dos Evangelistas e Sousas...
Ela ia ver "Hanna Arendt". Tasquei-lhe um beijo como se fosse minha amiga de sempre. Viva essa mulher coragem e farol!
Resumindo a conversa com uma frase que ela construiu entre outros argumentos: "Otimismo e pessimismo contagiam o entorno. Mas o pessimismo é conservador e só o otimismo é revolucionário"!

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