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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Ainda sobre as celas

Outro dia fui ver com a Miriam o filme sobre os três presos políticos (depois reféns do Estado), José Mujica, Maurício Rosencof e Eleutério Huidobro.
As condições enfrentadas, em diversas prisões do interior uruguaio, por este grupo durante 13 anos (de 1972 a 1985) são de chorar.
Isolamento, violência, solidão.
Passei o fim de semana muito ensismesmado, poderia dizer que com medo.
O novo governo brasileiro pode enveredar, como prometido pelo novo presidente e seus filhos e alguns seguidores, por um caminho de perseguições políticas, que seriam inicialmente contra o MTST de Guilherme Boulos, o MST de João Pedro Stédile e seguiria logo, imaginamos, para o PSOL e o PT, o PCdoB e sabe-se lá quem mais da esquerda.
Parece ser uma espécie de missão do novo "super" Ministro da Justiça, o juiz Sérgio Moro, que já demonstrou na Operação Lava Jato que não nutre a menor simpatia por Lula e o PT.
Aqui estou.
TEnho muitos amigos petistas, tememos uns pelos outros.
O fato mesmo de manter esse blog e declarar essa filiação ideológica já seria motivo, nas nossas piores previsões, para ser perseguido.
É verdade que não tenho filiação partidária, que não tenho uma atuação política.
Mas seria crime.
Do que me acusariam?
Pensar, querer um outro tio de condução do país, sonhar com liberdades, mais cultura e diversidade.
Agora é trabalhar essa angústia e resistir.
Assim quis a vontade soberana do povo.
Por mais manipulada que ela tenha sido, os verdadeiros democratas se resignam e seguem em frente.
Rancor e um olho preso ao passado de nada nos adiantarão.
O tempo é agora.
O dia é hoje.
Nessa telinha ainda posso me manifestar.
Aqui na caixola, sempre!

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