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sexta-feira, 24 de abril de 2015

A grandeza de um baixinho

Nelson Motta sempre esteve, quase, no lugar certo, na hora certa.
Nascido em São Paulo, já virou carioca aos seis anos para não pagar o mico de ter que ser virar em Sampa.
Neto de intelectual, se arroga a ser um.
Se deu bem até outro dia.
Nunca foi um pusta músico, um pusta poeta, um pusta galã ou um pusta jornalista.
Mas deu suas canetadas, suas cantadas, passou o rodo numa certa burguesia carioca que ele conviveu.
Se deu bem. Foi costurando a música com a Rede Globo, da qual é um filho dileto.
Amigo de amigos, "lançou" de "As Frenéticas", a Marisa Monte, a Patrícia Marx e Cuca Roseta.
Foi indo. Casando uma hora aqui outra ali com celebrities do porte de Marília Pera, Elis Regina e Constanza Pascolatto.
Ajudou a fazer a nossa cabeça nos anos 70, talvez 80.
Aí virou essa espécie de Jabor 2.
Um cineasta que não faz filme.
Envelheceu gritando libelos bobos pró capitalistas e anti-"lulopetistas".
Um Diogo Mainardi daqui. Pobre Paulo Francis, se revirando na tumba que o Joel Rennó cavou, deve ter engulhos vendo as pérolas chequeristas que o diminuto inventa.
Em breve vai para a cova. É o fim de todos nós. Graças a Deus, Adeus.
Tem gente que nunca viu enterro de anão.
Em breve, que a terra lhe seja leve, vamos poder ver o ataúde desse minúsculo ser sendo comprimido, ainda mais, pela peso dos sete palmos.
Ele vai passar.
Os vermes que o devorem.

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