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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Jarbas "Sapateiro"

O Jarbas, Jarbinha, era um meninão que em algum momento apareceu lá no Colégio Cristo Rei. Com o forte sotaque lá de Mar”’r”’ília, a cara meio italianada, engraçada, um tipo meio grande e brincalhão, jocoso e que sofria (todos sofriam por alguma razão) o que depois veio a se chamar de bulying. No nosso tempo era encheção de saco e agüentávamos mais ou menos bem.
Não que ele fosse sapateiro, mas o pai era e fabricava botinões numa sapataria acanhada. Essas botinas “Jeca Tatu”, que depois de reestilizadas, tiveram o bico afinado e eventualmente viraram moda entre “gatinhos” e “cocotas” de meu Velho Oeste.
A sola de pneu reciclado não amortecia bem, mas também não era tão dura assim. O fato de não ter cadarços e sim dois elásticos largos dos dois lados de cada pé a deixa um pouco "fechada", mas o conforto não é ruim, abraça o pé de maneira gostosa. O couro pode ser liso ou acamurçado.
Hoje uso uma dessas, que comprei de um tiozinho no centro de Cerqueira César, lá no Vale do Paranapanema, perto de Óleo, Manduri e a já grandinha Avaré do meu amigo Flávio “de Garça”... A sapataria do homem era (ou devia ser, na minha memória distorcida de poeta) igualzinha, ou pelo menos muito parecida, à do pai do Jarbinha.
Mas mais que tudo, minhas botinas de hoje, lembram de onde eu vim, quem eu sou, e prá onde eu vou na semana que vem!

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