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quinta-feira, 4 de julho de 2019

Sempre

Meti me a mim e Zefinha e Clau e filhos numa reforma pós deprê.
Comprei máquina de corte da De Walt.
Empenhei força e precisão, apuro técnico e quase morro várias vezes.
Riscos, contaminações de pós arqueólógicos de paredes antanhas.
Abri uma janela no box do banheiro do meio.
Ia fazer o mesmo no banheiro do fundo, o da suíte.
Mas o trampo é prá lá de complicado.
Bem que eu devia me animar.
Mas é dose.
Vai daí que fiz a seguinte conta: todo volume que retiro do apartamento é volume que ganho no apartamento.
Então tirei: a porta da cozinha para asala, as portas de correr entre a cozinha e a área de serviço, a porta do quartinho de empregada (que é minha oficina), a porta e o batente do banheiro da suíte, duas das portas do armário do meu quarto, as esquadrias do banheiro da suíte (que serão substituídas por vidro transparente).
Estou com as mãos num estado um pouco lamentável.
Mas a mente está ótima.
Trabalhar no ninho da gente, na toca, tem um que de tatu.
De toupeira, de passarinho joão de barro.
De rato que faz cama de papel e madeira roída, picada.
Labuta, metiê, trampo.
Uma pergunta se eu não tinha coisa mais importante a fazer.
Outras vieram com o famoso "derruba tudo e começas do zero, da parede nua".
Outra deu dicas tipo: contrate um bom pedreiro.
Outro duvidou.
Muitos não botaram fé.
Um almofadinha, gordinho, engenheiro químico, sei lá. Não pode fazer força!
Ninguém dá de barato que um cara inteligente, forte e motivado é capaz de muito.
Botam você numa caixinha de que quem trabalha com conhecimento não pode fazer trabalhos manuais.
Mas eu vou é ser gauche na vida.
Bora.

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