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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Cuba

O vizinho, conservador, passou o reveilon lá nos idos de 94 com a esposa.
Disse que adorou.
Falou que levou canetas Bic e batons.
Com isso dava brindes às crianças e jovens e ganhava a simpatia das mães, tempos de "período econômico especial em tempos de paz", nome bonito para uma falta canhestra de bens de consumo no começo dos anos 90, fim da União Soviética, o açúcar sem mercado, o país "duro".
Agora, quando digo que vou prá lá, às vezes tenho medo de receber acusações de - Comuna, ladrão, vai prá Cuba e leva o PT e a Dilma e o Lula".
Mas é mais bobo e trágico que isso...é a falta de assunto.
Ninguém quer saber como eu acho que é lá.
Nunca fui, só posso achar.
Depois vou vir com umas idéias.
Como voltei da Índia, gostando mais do humano, do diferente...
Não é gostando das mazelas, ou achando que pobreza é espetáculo.
Valorizando as dificuldades e as riquezas naturais ou materiais, a cultura deles, só isso.
No meu coração não carrego mágoas ou desejos reativos.
Tampouco sou ladrão, desonesto ou traidor.
Amo as Américas, as Europas, as Ásias, os continentes das gentes.
Amo a Terra.
E esse Universo inescrutável.
Amo viver.
E vou amar morrer, mas sem pressa com isso!
 

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