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sábado, 23 de agosto de 2008

Olimpíadas

Pelejarmos por medalhas, com mãos, bolas e quejandos nos faz mais homens que os que pelejam por sangue, com armas.
Todos felizes (ou quase): os chinas com sua inferioridade redimida, os gringos se agarrando como podem, os jamaicanos e caribenhos mais velozes que nunca em sua negritude forte, viril mesmo em suas lindas fêmeas musculosas, como russos e britânicos e europeus em geral, japoneses, etc.
Os argentinos felizes com o fut, nós com o vôlei, a Maureen e o Césão, o bronze solitário do Marrocos, a ocludinha linda do salto em altura da Bélgica, os georgianos e afegãos orgulhosos, etc.
Pequenos grandes heróis, de um mundo que emerge lentamente da bipolaridade: agora será a era de dez pólos: China, EUA, Oceania, Europa, Américas do Sul e "Latina" (seja lá o que isso queira dizer, redima-me João Féres!), a própria África tentando se curar das quizumbas étnicas e perrengues políticos, quem sabe coréias reunidas, os vietnãs já!
Precisamos de uma nova ordem mundial, precisamos de paz (de pé, Senhor Barak Obama, raio do quênia a nos apontar para uma redefinição da liberdade democrática estado- unidense?).
Eu, em minhas últimas horas brasileiras (Barajas e Casablanca me esperam), lanço um olhar saudoso sobre os jogos, sobre a cidade múltipla de São Paulo e sobre o eixo daqui a Uberaba, onde fui a dias atrás. Um olhar cândido e generoso. Um olhar de amor sobre minha terra brasileira, sobre o mundo em que vivo, brasileiro marroquino.

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