Dilma sonda quatro nomes para ocupar o lugar de Henrique Meirelles no Banco Central.
Alexandre Tombini (Diretor do BC), Luiz Carlos Trabucco (do Bradesco), Octávio de Barros (economista) e Fábio Barbosa (Presidente do Santander) são os cotados para o BC.
O texto abaixo foi tirado do blog do Josias de Souza na Folha
Descartada a permanência de Henrique Meirelles no Banco Central, Dilma Rousseff voltou a considerar a hipótese de acomodá-lo num ministério.
Em privado, Dilma mencionou especificamente a pasta dos Transportes. Há, porém, um empecilho político.
Dilma quer empurrar Meirelles para dentro da cota de ministros do PMDB. E o partido resiste em apadrinhar a indicação.
Meirelles é, por assim dizer, um cristão novo no PMDB. Filiou-se à legenda em setembro de 2009, depois de flertar com o PP.
Àquela altura, o presidente do BC cogitava disputar o governo de Goiás. Desistiu. Imaginou que poderia tornar-se vice na chapa de Dilma Rousseff.
Lula preferia Meirelles a Michel Temer. Mas o PMDB levou o pé à porta. Na ocasião, um cacique do partido, da etnia leal a Temer, fez piada:
“O Meirelles mal entrou no ônibus e já quer sentar na janelinha!”
Temer unificou as duas alas do PMDB –a da Câmara e a do Senado. E prevaleceu sobre Meirelles, dobrando Lula.
A julgar pelo que diz entre quatro paredes, a troca do BC por um ministério voltado à infreaestrutura, como o dos Transportes, não desagrada a Meirelles.
Ao contrário. A migração o deixaria mais à vontade para casar a ação no governo com suas ambições políticas.
O PMDB também cobiça o ministério dos Transportes. Já informou que, em troca, admite inclusive abrir mão de outra pasta, a da Integração Nacional.
O problema é que a legenda olha para Meirelles de esguelha. Vê nele um jogador solitário, não uma pessoa com disposição para fazer o jogo partidário.
Se conseguir ultrapassar as resistências do PMDB, Dilma terá dee lidar com outro problema. Chama-se PR.
Sob Lula, a pasta dos Transportes foi confiada ao PR. E a legenda informou ao presidente do PT, José Eduardo Dutra, que deseja manter o ministério.
O senador Alfredo Nascimento (PR-AM), ministro até abril, saiu para concorrer ao governo do Amazonas. Derrotado, quer voltar ao antigo posto.
Obtendo o endosso do PMDB ao nome de Meirelles, Dilma terá de acomodar o PR noutra pasta. Não encontrará na Esplanada uma cadeira com tantos atrativo$.
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