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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O que fiz e vi em Barão Geraldo

Distrito de Campinas, Barão Geraldo de Rezende era caminho de São José que virou Paulínia. Suas águas são muitas. Vejamos.
1. O distrito de Barão Geraldo ocupa a porção norte do município de Campinas, e a maior parte do seu terreno tem córregos, riozinhos e açudes que fazem parte da bacia do rio das Pedras, que nasce entre o Alto do Taquaral e o Jardim Primavera, e que, após passar pela sede do distrito, desemboca na margem esquerda do rio Anhumas, num ponto situado na parte mais baixa do Guará, entre o clube Hipica Barão e a ponte de
acesso à empresa Sintermet - Salesteel.
2. O rio Anhumas, por sua vez, se forma nas partes altas da sede urbana de Campinas, entra em Barão perto do Bosque das Palmeiras e do Jardim Cidade Universitária, e, após receber o rio das Pedras, vai desembocar na margem esquerda do rio Atibaia, dentro do terreno da indústria Rhodia.
Fonte Prof. A. O. Sevá Fo. Nov 2001
3. Uma área menor do distrito faz parte de uma bacia fluvial vizinha, a do rio Quilombo: os terrenos situados entre Betel, as partes altas da Mata Santa Genebra, e dos bairros Terra Nova, Parque Ceasa e São Gonçalo, e dali até a via Dom Pedro I e chegando até perto do 1o. balão de acesso à sede do distrito. Os principais formadores deste rio vêm dos terrenos altos entre o Chapadão e o Jardim Eulina, incluindo as glebas do Exército (11o BIB e Escola de Cadetes ) e dos terrenos da Fazenda Santa Elisa, entre a Estrada dos Amarais e o “tapetão” Vila Nova – Barão Geraldo, onde existem vários açudes ainda limpos.
Todos estes riozinhos aí formados se juntam depois, numa extensa várzea, com brejos e lagoas, que vai desde a pista Campinas – Paulínia, ao lado do trevo de Barão, passa por trás do Ceasa, e prossegue pelo Jardim São Marcos e a área entorno da loja Uemura, e, continua do outro lado da Dom Pedro I perto do Aeroclube dos Amarais. Desta planície em diante, o rio Quilombo sai do município de Campinas e passa pelos distritos de Matão e Nova Veneza, por bairros de Hortolândia, e perto das áreas centrais de Sumaré, de Nova Odessa, e de Americana, e aí, após ser represado na antiga hidrelétrica de Cariobinha ( CPFL ), desemboca no rio Piracicaba, pela margem esquerda.
4. E, uma outra faixa do distrito de Barão, que fica no limite Norte do município de Campinas (divisas com Paulínia e com Jaguariúna), são terrenos da margem esquerda da bacia do rio Atibaia, que acompanha os meandros do rio e suas antigas lagoas de várzea, desde o Vale das Garças, o Village, boa parte da antiga Fazenda Monte d’Este (do grupo econômico Tozan ) e até perto do bairro Bananal, na rodovia Campinas a Mogi
Mirim.
5. Uma primeira conclusão prática pode ser tirada: para a sede do distrito de Barão, o rio que mais importa é o rio das Pedras, mas, para o conjunto do território do distrito, temos que nos preocupar igualmente com os rios Anhumas e Atibaia, de um lado, e com o rio Quilombo, de outro lado. Em resumo, estamos nas bacias do Anhumas e do Atibaia, e uma parte na bacia do Quilombo.
Mas, isto não basta, pois a preocupação com estes rios e com a ocupação e uso dos terrenos em suas bacias fluviais, deve ser a preocupação de todos em Campinas – além de se preocuparem também com o rio Capivari e sua bacia, que estão na metade Oeste, onde vivem quase dois terços dos habitantes da cidade.
Morei no Cambuí e em Barão. Fiz Unicamp, lá entrei como funcionário. Comprei uma bike velha, depois uma CG 125 Honda velha, comprei um fusca velho. Morava numa casa velha alugada. Depois construí casa nova e própria, meu primeiro imóvel, até hoje lá. Alugado, vou de tempos em tempos lá, visitar por fora, só. ou cuidar por dentro (quando troca de inquilino ou tem problemas com temporais ou outras manutenções elétricas ou hidráulicas...). Mora lá perto minha prima Martha. Tenho amigos ainda. Sonho com lá. Sonho acordado. Vejo o bugio urrar na copa das ´parvores fronteiriças da Mata de Santa Genebra, nosso Bosque de Barã Geraldo!
Não tenho tudo que quero, mas quero tudo que tenho!
Memórias, sobretudo!

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