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Pedra, barro, massa     Mão, calo, amassa! Levanta parede  No ar  D a hora Que se levante! Mora dentro     F ora   Vi...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

III Itálica Bota

De onde começar? O começo pode ser "meu" começo, vindo do suíço Ticino, de Lugano e Lago de Como, pegando o Vale do Pó para Milão, a sépia Siena, a impressionante Florença de Michelangelo e Piza, o cemitério dos soldados brasileiros em Pistóia, as marítimas Massa e Carrara, ambas com cidades nas "falésias" a 15 km do mar, Spezia e a costa de Gênova, aquário da Ligúria, e a Costa Azurra, Remo e "La festa appena cominciata é già finita Il cielo non è più con noi Il nostro amore era I'invidia di chi è solo Era il mio orgoglio la tua allegria É stato tanto grande ormai non sa morire Per questo canto e canto te La solitudine che tu mi hai regalato Io la coltivo come un fiore
Chissà se passerà se un altro amore la mia mano prenderà Se a un'altra io dirò le cose che dicevo a te Ma oggi devo dire che ti voglio bene",
Ventimiglia indo prá Mônaco...Mas o "começo" podia ser Roma, ser Óstia, e uma bisteca inacreditável no campo de Fiumicino, Terracina, Napoli, Sorrento, Capri, Amalfi, Caserta...Podia ser Venezia, podia ser o salão modesto de um café na planura do campo a quarenta e poucos km de Milano, onde uma mulher gorda, cujo marido velho a tratava a impropérios, entre gatos e frequentadores quase sórdidos, nos serviu um capeletti al burro que até hoje unta minha memória gustativa e sonora e diz, sim é ali que reside o espírito do turista ou do viajante, onde nada havia no guia, onde nada fora planejado, onde o vinho de jarro tornou a continuação da viagem após esse almoço mítico num rodar sonolento, com o tempo multiplicado num cigarro, numa tarde perdida na Itália...

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