Olha, os termos cunhados por aí pelas Ciências Humanas, nada tem de "exatos".
O Irã faz parte do mundo árabe? Claro que não, pois tem uma língua própria até mais antiga que o árabe (o persa ou "farsi"). Mas podemos dizer que é árabe "quem fala árabe, quem se vê como árabe e quem se diz árabe!". Se tirarmos a definição linguística, serve a definição para qualquer identidade étnica...posso se um "ariano" "negão"...é só querer!
E o que tem de comum Sudão e Senegal? Populações negras, mas de "etnias" muito diferentes, usos e costumes desiguais, além de uma maioria da população de confissão islâmica.
Mas querer botar tudo no mesmo saco (250 milhões de "árabes", 900 milhões de mussulmanos, etc) sem respeitar as diversidades históricas, geográficas, linguísticas (sim, geralmente os povos arabofalantes são bilíngues, tendo como "segunda língua" o francês, o inglês, o amazig, o siríaco, o armênio, o curdo, etc), religiosa (muitos árabes, cerca de 8%, são cristãos, e há importantes comunidades zoroastristas, bahais e judaicas) e comunitárias (sendo a maioria sunita, não podemos esquecer as cisões entre essa maioria e os xiitas, alauítas, ismailitas, sufis, etc).
As potências ocidentais foram pródigas em fomentar ditaduras e pulsilânimes em combater seus excessos e as elites locais sempre se acomodaram com os clãs de "homens fortes" que os dominaram.
Meu chefe no Marrocos, um dia no carro voltando do almoço, explicou para mim que não queria mais falar de política "porque nós temos medo de conversar mesmo de forma privada sobre "isso"".
Parecia meus pais e tios na Ditadura Militar. Um bando de cagões! Viva o Lula, viva os nossos mártires como a Dilma. E Viva os meninos (como o verdureiro tunisiano que botou fogo no corpo e morreu e virou o estopim desse revolução toda!). E principalmente: viva as fêmeas da espécie: as mulheres árabes, como as demais, são muito melhores que os homens!!
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