Só prá deixar bem claro: não acredito em Papai Noel, nem em Deus de religião.
Nunca bati cabeça em umbanda. Não como uma hóstia com regularidade há quase trinta anos. Centro espírita, também já já vai dar trinta que não tomo um passe, que não peço uma benção a padre.
Mas aprendi a pegar na mão dos velhos, beijar os rostos, andar por aí com eles e com os mais novos. Criancinha, devo admitir que faz tempo que não beijo, porque não está nessa fase entre nós. Meus filhos cresceram, o de 17 é mais alto que eu, bonito, magro e forte, e o de 13 é lindo e grandão.
Ou seja, nesse nível, minha família é minha religião, minha igrejinha. Já as tive no trabalho, na faculdade, antes em Marília, tenho agora com muitos que vem aqui sem se declarar. Esse papo todo de Ogum e de São Jorge é que o Zeca é fantástico como o Lobão, como Adriana Calcanhoto, como Gil, como todos que pegam batuques e guitarras e que rimam um canção. Vou levar por aí esse sentimento de fraternidade universal como um motorista louro e calminho nas ruas verdes de Curitiba...ou um negro sorridente sobre a areia da praia do Farol da Barra. Eu sou galego senegalês, sou o preto no branco, sou o que sou.
Índio tupiniquim daqui, só daqui, apesar de tudo porto o sobrenome do vice do Serra, sou Índio da Costa e ja passei pelos Andes, caiçara, plantei banana e mandioca e fiquei macunaímico na rede, fazendo arte com a moça cunhaporã que ainda me serve...
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