Publicada em 25/05/2010 às 23h37m
O Globo
RIO - O Brasil se tornou porta-voz dos países emergentes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se apoia "apenas em seu carisma para falar alto e forte", mas "encarna um Brasil em plena forma", que se aproxima de China e Índia em termos de crescimento e que aspira um assento no Conselho de Segurança da ONU, afirma editorial do jornal "Le Monde" publicado na segunda-feira.
Com o título "O Brasil de Lula em todos os fronts", o jornal avalia ainda que o país é brilhantemente representado pelo chanceler Celso Amorim, ministro que, segundo o texto, trabalha mais ativamente para a conclusão da rodada de Doha.
O editorial cita a mediação do Brasil, junto com a Turquia, no impasse sobre o programa nuclear iraniano, o apoio dado aos Argentinos em relação às Ilhas Malvinas e as reprimendas à Alemanha por suas reticências em salvar a Grécia da crise econômica. O texto conclui que o mundo ainda não ouviu tudo o que tinha para ouvir do "antigo metalúrgico, amigo das favelas e dos investidores".
O jornal diz ainda que, com o eixo do mundo se deslocando ao Sul, o Brasil poderia reclamar com propriedade que os países emergentes sejam mais bem representados nas instâncias internacionais, "a começar pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional", e "sem esquecer do Conselho de Segurança da ONU, onde o Brasil aspira um assento permanente".
O "Le Monde" comenta que Lula poderia apresentar sua candidatura em 2012 para o secretariado-geral da ONU e afirma que o presidente deveria lutar para melhorar o G-20 e seu raio de influência.
Segundo o jornal, Petrobras, Vale e Embraer são apenas o carro-chefe de uma economia industrial de primeira ordem.
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