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domingo, 23 de maio de 2010

"Célula sintética"

Assim chamaram, numa extrapolação popularesca, a invenção do grupo coordenado pelo Dr. Craig Venter (um dos pioneiros no sequenciamento de DNA humano há dez anos atrás).
Trata-se de uma bactéria (Mycoplasma micoides) que passa a ser controlada (entenda-se: sua reprodução e demais funções fisiológicas) por um DNA "artificial" (montado em laboratório a partir das bases de aminoácidos "comerciais") quando este lhe é implantado no núcleo do qual o DNA original foi removido.
Se isso é "vida criada pelo homem" ou uma mera cópia barata, ou onde isso pode nos levar, ainda hemos de ver.
Assim como as promessas das controversas "células tronco", tenho certeza de que estamos frente a amplas portas que se abrem. Trazem consigo profundos dilemas éticos, pois podemos imaginar o que isso pode significar nas mãos de "gênios do mal"...
Sei que precisamos de mais dados.
Para se ter uma idéia, o feito, anunciado anteontem, aconteceu graças a um trabalho de 15 anos, 40 milhões de dólares e uma equipe de 20 pessoas, em laboratórios ultra sofisticados e com apoio já de empresas tão díspares, em termos de mercados, como Exxon e Novartis.

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