O Vicente Chaves, pai do Hérik e da Hérika, era casado, naqueles tempos, com uma professora que vinha a ser proprietária do terreno que ficava entre a casa do Vicente e a minha.
Ali ele construiu uma casinha simples e nela vivia sua mãe, digo, a mãe do Vicente, mineira de Bambuí.
Depois a velhinha voltou para Minas, mas acho que para Uberlândia?, e logo depois morreu. O Vicente separou-se da professora, que veio a me vender o terreno, sendo que a casinha o Vicente me vendeu diretamente, pois tinha também a intenção de desmontá-la e transferí-la para um sítio.
Lembro que lá pelos idos de 1997, ele me vendeu por R$ 1.000, para vocês verem como ela é simples.
Mas tem seu astral e ali, incorporada à minhas posses do entorno (tenho uma pequena chácara urbana, composta por 5 lotes, quase 2000 metros quadrados) se integrou às minhas artes, muros com murais de cerâmica, horta, pomar, arquivo de coleções e coisinhas, memórias que não cabem no apê de São Paulo...
A Kátia, minha assessora para assuntos construtivos e arquitetônicos e paisagísticos, muito fez para integrar jardins, muros, cores, à tudo dar um ar melhor, trocou telhas e refez a elétrica, tiramos a pia da sala (que era cozinha também) e ali instalei uma velha escrivaninha de meu pai, de um escritório de advocacia ou de casa, nem me lembro mais...
E o Bar que ganhei da dona Lourdes. E o oratório que ganhei da minha mãe. E um jogo de mesa e cadeiras que foram da Inês, e assim por diante, móveis, livros, recordações.
Uma cápsula do tempo.
Uma garrafa, atirada em Cajati, de onde me afasto centrifugamente nesse mundo que gira, agora, ao redor de São Paulo...
Vale do Ribeira nunca mais???
A resposta é não sei!
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