Dizem que só se é universal quando se compreende e se traduz nossa província.
Grande pretensão, mas quem não é pretensioso não chega a Roma!
Então tenho que contar da minha Marília: não a que existe lá, das "Universidades" Univem e Unimar, nem mesmo da Unesp, nem da Famema "emcampada"...
Quero falar de uma Marília pretérita, antes dos conjuntos habitacionais Castelo Branco e Costa e Silva e da rodovia BR 153. Quando a avenida Sampaio Vidal recém inaugurava o Edifício Clipper, nosso arranha céu de 14 andaresque que vinha suplantar os outros 3 "prédios" então existentes (pois assim chamávamos os que tinham, digamos, mais de cinco andares). Sorveteria era a da esquina da 9 de Julho com São Luiz, Samuara Bar e Carango eram para os "velhos" de vinte e poucos anos, que tinham carros e fumavam, que namoravam...
Os confins eram o estádio de beisebol Fragata, o parque Príncipe Mikasa e o colégio Vila Polon, o Yara e o Cristo Rei, quando muito a Caic e o Bosque, "buracões", itambés, por toda volta, os sítios dos japoneses e demais migrantes e imigrantes, os peixinhos do seu Takana e o mercadão...o bon odori, exposição de orquídeas no Kaikan, a explosão do "corso" da copa de 70, quando a Biblioteca era o Ginásio Industrial!
E as brumas de inverno, sair na rua e soltar fumaça pela boca como um dragão, tomar cuidado para não cair da calçada, tao espessa a névoa que mal se via a luz no fim do poste...o primeiro caixa automático do Brasil, primitivíssimo, parecia uma ambulância "rádio patrulha" com luz rotativa em cima, mas que nos enchia de orgulho, afinal o Bradesco nasceu lá, como a TAM, como eu, o Sérgio Ricardo e sei lá mais quem...
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