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sábado, 20 de setembro de 2008

Bananeira não sei, bananeira será?

Isso é lá com vocês!
BR 116, Régis Bittencourt, estrada da morte ou da banana.
Musa paradisíaca, nanicão do Vale do Ribeira, rizoma radiculado, tronco mole, aquoso, se metamorfoseando em folhas, as maiores de um metro de largo, mastro de quatro a cinco metros de comprido, ao vento, bandeiras verdes quando novas, ainda mais depois das constantes chuvas ou de pulverizadas, muitas vezes de avião, com óleo e fungicida. Depois vão se amarelando, rasgando, ficando marrons, morrendo e revivendo como adubo.
E de repente do centro do tronco ali no meio das folhas novas ainda enroladas, sai um pendão com um coração roxo, cartucho com às vezes mil frutos embrionários!
Lá nas exposições tinham cachos campeões de mais de cem quilos, lindos, ainda verdes. Pois, fruta sensível, só se amadurece a banana comercialmente com um processo químico "artificial", dito climatização: numa câmara fria, através de um "catalisador borifador" elétrico alimentado com acetato de etila, se esparge no ar os produtos da quebra do acetato, que se transforma em etanol e acetileno (ou etino), este último o mesmo composto que as frutas geram em seu processo de amadurecimento.
Banana boa então, para nao bater e escurecer, precisa ser colhida sobre espuma, ou enganchada diretamente do pé em cabos de teleféricos, sistema mais tecnificado e caro, por isso pouco usado no Brasil, que perdeu seu lugar de exportador para o Equador, Costa Rica, Martinica, etc.
Banana que a criança e o velho comem, que faz bem, que tem potássio, açúcares lentos e vitaminas, que cicatriza, que nutre. My business was bananas!

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