Continuando a seção nostalgia, no Amílcare a moda era voltar de ônibus e encher tanto o saco do motorista e do cobrador (imaginem cinquenta moleques infernizando mesmo) que eles nos levavam para a delegacia, portas fechadas, quando não pulávamos pelas janelas estreitas daqueles velhos Mercedes O362 da Empresa Circular...
Na maior parte das vezes tudo não passava de ameaças, mas quando a coisa se concretizou, o delegado não tinha muito a fazer a não ser dar o sermão e ameaçar de chamar os pais, na próxima...
Como conseguíamos os tirar do sério? Cantando marchinhas escatológicas e pornográficas, das quais a mais conhecida era "Chora bananeira", cujas quadras voltavam sempre ao refrão:
"Chora bananeira, bananeira chora,
Chora bananeira, meu amor já foi embora"
e cada um conhecia uma quadra, ou inventava.
Vou ficar numa "suave"
"Paulista sem pau é lista
Paulista sem lista é pau
Tirando o pau do paulista
Paulista fica sem pau"
e a coisa ia num crescendo do tipo:
"Encima daquele morro
Tem um pé de uva preta
Nunca vi mulher bonita
Com uma pinta na ..."careta"..."
(acho que vocês pensaram a palavra que ia no lugar da careta, né!)
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